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sexta-feira, 27 de junho de 2025

VOCÊ SABIA? - A Arca mais gloriosa do mundo


A Arca Sagrada mais gloriosa do Mundo Revelada na Yeshiva Ateret Shlomo -Rishon Le Tzion - Israel - Junho 2025

Por Itanira Heineberg




Você Sabia que em um evento histórico com a presença de importantes figuras rabínicas e milhares de estudantes, a maior e mais ornamentada arca da Torá do mundo foi inaugurada no campus Ateret Shlomo Yeshiva em Rishon LeZion?

Numa celebração estonteante de kavod haTorah, a multidão dançava enquanto os grandes da Torá inauguravam uma Arca dourada e davam boas-vindas a um novo Sefer Torah em seu coração.

Falemos agora da Arca da Torá:

Uma arca da Torá (também conhecida como hekhal , hebraico: היכל , ou aron qodesh , אֲרוֹן קׄדֶש ) é uma câmara ornamental na sinagoga que abriga os rolos da Torá .

A arca também é conhecida como arca da lei, ou em hebraico Aron Kodesh ( אָרוֹן קׄדֶש ) ou aron ha-Kodesh ('arca sagrada') nas comunidades asquenazes e como Hekhal ('santuário') entre as comunidades sefarditas. O nome Aron Kodesh é uma referência à Arca da Aliança, que era armazenada no Santo dos Santos nos santuários internos do antigo Tabernáculo e do Templo em Jerusalém.


Notável foi a presença de filantropos e líderes comunitários de todo o mundo. Neste momento, todos reunidos para enaltecer a honra da Torá, vivenciando uma época em que sua luz é mais necessária do que nunca.




Os oradores rabínicos elogiaram os milhares de alunos de Ateret Shlomo por sua dedicação ao aprendizado da Torá e por defender sua coroa com orgulho e força.

O grande destaque do evento foi a inauguração de uma majestosa arca da Torá, feita inteiramente de ouro e prata puros - condizente com um santuário dedicado ao estudo da Torá.

 

As festividades começaram com a conclusão das letras finais do rolo da Torá, escritas na casa do rabino Buchris em Rishon LeZion. De lá, uma grande procissão seguiu para o campus da yeshiva, desfilando pelas ruas da cidade para homenagear a Torá com grande dignidade e reverência.

 

Neste link vocês podem assistir a um vídeo perfeito de 11 minutos contando a epopeia da execução desta Aron haKodesh, a alegria e fé de seus criadores, a compleição de um sonho de mais de 3 anos, e o regozijo dos envolvidos, artesãos e trabalhadores de participar de sua inauguração.

É um projeto de dimensões magníficas, o resultado de muita pesquisa, escolha de materiais nobres como ouro puro, 24K, prata, mármore, ônix e tecidos preciosos. As obras foram todas feitas à mão, a partir de peças gigantescas de ouro e prata, e as de prata cobertas com banho de ouro.

Esta obra vem ilustrar a garra do povo de Israel após cada embate, cada ataque recebido por seus inimigos.

Como uma Fênix renascida das cinzas do ultrajante 7 de outubro de 2023, esta sólida e fulgurante edificação surge leve e contagiante de amor a D’us e à Humanidade, mostrando ao mundo que somos um Povo que cultua a Vida, a Paz e a Tolerância entre todos.

 

FONTES:

https://www.jfeed.com/jewish-world/worlds-largest-golden-holy-ark-unveiled

Iachad (juntos - יחד) - por André Naves: O ouro do cinza

 




O Ouro do Cinza

Hoje amanheceu do jeito que mais me apetece. Sabe o céu cor de chumbo, o friozinho gostoso? Pois é, hoje era um desses. E eu, particularmente, gosto muito. Tem gente que só vê beleza no céu azul de brigadeiro, no calor do mergulho. E não tiro a razão, são lindos mesmo. Mas o cinza tem seu valor.

Eu tava caminhando como de costume, e os pensamentos avoavam. A cabeça, às vezes, parece uma mossoroca que a gente só desembaraça andando. Decidi dar uma pausa, sentei num banco ali perto da Alameda dos Campeões, no nosso Palmeiras.

O ar geladinho no rosto...

E fiquei pensando justamente nisso: como o frio e o dia nublado têm um outro tipo de beleza. É um chamado pra dentro. A gente se encolhe um pouco, busca o calor, e nesse movimento, acaba se voltando mais pra si. É como se o mundo externo menos colorido saísse de cena pra gente explorar o universo do “eu”.

Os dias assim são um convite, quase uma convocatória, pro aconchego do lar, sabe? Aquela vontade de um café quente, um bom livro, a família reunida em volta da mesa, com as conversas e risadas que aquecem mais que qualquer lareira.

E o que a gente tem dentro? Qual nosso ouro da alma? É o desejo de, cada um à sua maneira, tenta doar o melhor de si pra construção do todo, pra essa teia social que a gente forma. É um esforço, às vezes consciente, às vezes nem tanto, mas tá lá.

E aí a coisa fica ainda mais bonita, porque parece que o Criador, na sua sabedoria infinita, já deixou as instruções bem claras dentro da gente, marcadas na nossa consciência, pra gente construir a morada d'Ele aqui na Terra.

Não é um manual complicado, não. A receita é simples, no fundo: basta que cada um de nós, sabendo direitinho das suas forças e também das suas fraquezas, dê a mão pro outro. Simples assim. Onde eu sou forte, ajudo quem é fraco naquilo. E onde eu sou fraco, tem sempre alguém com a força que me falta. É uma dança, um encaixe perfeito.

Quando a gente permite que cada pessoa brilhe no que tem de melhor, que desenvolva seus talentos e siga seus desejos mais genuínos, a coisa flui. E o mais incrível é pensar que essas instruções divinas parecem estar gravadas até no nosso DNA...

Lá vou eu com minhas curiosidades do Almanaque Abril... 

Aquela sequência, 10-5-6-5, espelha o Nome Sagrado em hebraico – Yud (10), Hay (5), Vav (6), Hay (5).

É como se D'us tivesse deixado uma assinatura em cada célula nossa, um lembrete constante de que fomos feitos para a conexão, para a unidade na diversidade. Essa "assinatura" mostra que o chamado é universal. Todos nós, sem exceção, fomos convidados a participar dessa grande obra: construir uma sociedade sem barreiras, onde cada um possa ser quem é, contribuir com seu dom, criar junto.

Um lugar onde o "Iachad", a unidade, seja a regra.

Só que aí entra o mistério da escolha, né?

O chamado ecoa pra todos, a instrução tá lá, impressa na alma e no corpo. Mas nem todo mundo decide ouvir, nem todo mundo escolhe seguir o mapa. É aquela velha história: "muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos" – ou melhor, poucos os que se decidem, que se apresentam como escolhidos para essa empreitada de construir a morada Divina aqui mesmo, no nosso dia a dia.

Fiquei ali mais um tempo, o vento frio soprando de leve, o céu ainda cinzento. E apesar da aparente melancolia do dia, senti uma Esperança quentinha no peito.

Porque mesmo que nem todos atendam ao chamado agora, a instrução continua lá, esperando. E cada gesto de união, cada mão estendida, cada "ouro da alma" compartilhado, é um tijolinho a mais nessa construção.

E isso é boniteza demais da conta!

André Naves

Defensor Público Federal. Especialista em Direitos Humanos e Sociais, Inclusão Social – FDUSP. Mestre em Economia Política - PUC/SP. Cientista Político - Hillsdale College. Doutor em Economia - Princeton University. Comendador Cultural. Escritor e Professor.

Conselheiro do Chaverim. Embaixador do Instituto FEFIG. Amigo da Turma do Jiló.

www.andrenaves.com

Instagram: @andrenaves.def


quinta-feira, 26 de junho de 2025

ACONTECE: TEMPO DE REFLETIR

 TEMPO DE REFLETIR

Regina P Markus - 25/07/2025



No dia 7 de outubro de 2023 Israel foi invadida por homens e mulheres dispostos a matar e torturar habitantes da Franja de Gaza. Os relatos chocantes continuam aparecendo, e assim como acontece até hoje com o Holocausto, há pessoas que negam o ocorrido. 

Aquele dia foi um ponto de inflexão na história das relações entre Israel e seus inimigos. Entre outubro de 2023 e julho de 2025, observamos um mundo incapaz de lidar com fatos reais. A verdade e o fato criador têm sido escamoteados. Israel lidou com grupos que têm como objetivo principal terminar com a existência de um Lar Nacional Judaico. Lutou em muitas frentes e como resultado escancarou a íntima relação entre o Estado Islâmico do Irã e seus próxis no Líbano, Síria, Iémen e territórios denominados palestinos. 

No dia 13 de junho, Israel atacou pontos específicos no Irã com o objetivo de encerrar o enriquecimento de urânio com objetivo bélico. Estados Unidos se junta a esta ação. No dia 21 de junho, realiza uma operação cirurgica de grande profundidade. Neste intervalo de 8 dias o Irã enviou mísseis de longo alcance e poder destrutivo para atingir a população israelense. Mirou conjuntos habitacionais, hospitais, escolas. Israel e seus vizinhos derrubaram a maioria dos mísseis no caminho, mas os que caíram causaram um estrago físico importante.

Vale aqui ressaltar que o Estado de Israel, ao longo dos anos, desenvolveu um sistema de proteção à população em geral que se mostrou muito eficaz neste contexto. No entanto, há mortos e feridos devido a este ataque direto a alvos civis. 

Uma iniciativa americana propõe um processo de Paz.

PAZ, SHALOM SHALEM. Entre no Blogger e vamos refletir sobre possibilidades e caminhos para construir ao invés de destruir.

Regina P. Markus


DIA 2 de JULHO de 2025

Inicio pela data porque a chamada para este texto foi escrita no dia 25/06/2025. A jornalista Luciana S. van Deursen Loew que produz a News Letter viajou.  A News Letter foi programada para a quinta-feira dia 3 de julho. Sete dias, apenas uma semana e a dinâmica dos acontecimentos no Oriente Médio mostra o que é viver no centro de um turbilhão. 

O jornalista britânico Allister Heath, editor do Daily Tepegraph destacou que a forma brusca e direta dos israelenses não é a razão de visitantes ou estrangeiros sentirem-se  desconfortáveis". Os estrangeiros apontam para política, assentamentos, fronteiras e guerras. Mas se você vasculhar a raiva, encontrará algo mais profundo. Desconfortável não com o que Israel faz, mas com o que Israel é. Uma nação tão pequena não deveria ser tão poderosa. Ponto final. Israel não tem petróleo. Nenhum recurso natural especial. Uma população que mal chega ao tamanho de uma cidade americana de médio porte. Eles estão cercados por inimigos. Odiados pela ONU. Alvos terroristas. Denunciados por celebridades. Banidos, vilipendiados e atacados."

Este texto, que recebi hoje em um grupo de whatsapp deve ter sido escrito há muito tempo. Hoje sabemos que Israel tem petróleo ou pelo menos o gaz. Continuando... "E, no entanto, eles prosperam como se não houvesse amanhã. Nas forças armadas. Na medicina. Na segurança. Na tecnologia. Na agricultura. Na inteligência. Na moralidade. Na vontade pura e inquebrável. Eles transformam deserto em terras agrícolas. Eles produzem água do ar. Eles interceptam foguetes em pleno ar." INVEJA ou MEDO de uma FORÇA que singra os séculos.

EshTánaMídia tem sido um espaço plural não omitindo divergências, relatando fatos e compartilhando opiniões. Como vem acontecendo nos últimos 635 dias reféns ainda se encontram em G4za. Segundo informes da WIZO RIO 50 reféns ainda permanecem e os vivos estão em condições deploráveis. O refém libertado, Omer Wenkert, relata fome e humilhação. 

O refém Ohad Ben Ami relatou que o Hamas forçou os reféns a escolherem outros reféns para serem mortos. Tortura psicológica. E as histórias seguem e vão sendo contadas à medida que os libertados têm condições. A resilência dos que voltam e sua integração na sociedade israelense é digna de nota. Mas estes fatos vêm sendo esquecidos ou melhor, negligenciados.

Ontem foi um dia em que Israel bombardeou G4za e foi atacado por mísseis dirigidos a todo país, inclusive Jerusalém. Os Houtis do Yemen e o H4mas de Khan Younis provocaram o disparo dos alarmes e a corrida para os locais seguros.

No mundo político israelense ocorreu um fato de grande importância. Gadi Eisenkot, No. 2 do Partido de União Nacional liderado por Benny Gantz,  deixa o partido e renuncia seu mandato na Knesset, o parlamento unicameral israelense. Noticia do dia 30 de junho que mereceu muitas interpretações. Como costuma acontecer, é sempre preciso esperar um pouco para conseguir entender o processo, quando não estamos formatando as vias de interação. Hoje já saem notícias que Eisenkot junto com outro membro da Knesset que também renunciou o mandato estão abrindo um novo partido e este poderá fazer coalizão com o partido liderado por Gantz após as próximas eleições. Nestes passos não consigo deixar de lembrar os muitos ensinamentos de haSHEM ao longo dos textos judaícos. Compromissos e atitudes devem visar a continuação da VIDA. Abrir espaços e oportunidades para as próximas gerações e não empacar em posições desgastantes. O TEMPO ao TEMPO! 

Olhando para o nosso Brasil, vemos que o judeu continua sendo admirado e odiado. A EshTánaMídia tem apresentado muitas das relações de amizade e respeito a Israel e ao Povo Judeu, como também muitas manifestações de ódio e de fomento a falsas notícias e idéias. Ontem mesmo, ao circular entre as Avenidas Rebouças e Faria Lima presenciei uma manifestação anti-Israel, propagando inverdades e chamando a atenção para fatos que poderiam comprometer a integridade brasileira. Um ponto interessante que chamou minha atenção é que não estavam expostas bandeiras que representam os árabes de G4za. O nome Palestina estava escrito em uma enorme bandeira vermelha exposta na vertical. Detalhes, apenas detalhes... O cerne da questão é que estes mundos extremos continuam operando independente do que ocorrem no Oriente Médio. Ganham vida própria a serviço de ideologias locais. 

Olhando para o mundo, continuamos detectando os mesmos sinais e sintomas. Sou pouco ligada a festivais de música pop. Mas foi impossível não notar o que aconteceu no Festival de Glanstonburry, Inglaterra. Chamou anteção o nome de um cantor pop, internacionalmente conhecido, Bob Vylan. A apresentação fou uma show de antissemitismo! Nem vale colocar imagens, mas vale cada um de vocês imaginarem um pirotecnia fantástica sendo usada para difamar Israel e os judeus. As reações durante a semana foram marcantes. Segundo a BBC o vilão foi retirado de um gestival de música francês e impedido de tocar em Manchester e Colônia. E as repercussões continuam.

OLHAR POR DIFERENTES ÂNGULOS  não significa não ter lado. Mas nossa história mostra que querer valorizar os que querem a destruição do Povo Judeu ao longo de milênios pode resultar em catátofres como a vivida pelos seguidores de Korach (Números 1:6, 18:32). A conclusão que a vida do Povo Judeu tem origem bíblica não é novidade. Allister Heath também chega a esta conclusão. Usa uma frase muito interessante "Não existe um caminho racional das câmaras de gás para a influência global". E estas últimas semanas seguindo a Operação de 14 dias no Irã fica evidente que um país que é menor que Sergipe mantém sua perfomance internacional. Ouso dizer uma liderança que ainda será plenamente revelada quando houver uma mundaça pactuada entre as nações do Oriente Médio.


E, continuam chegando relatos controversos! Vamos navegando com este bote seguro que nos foi colocado à disposição há 5785 anos (serão 3,5 bilhões de anos!). Desde os tempos em que os céus e a terra foram separados para permitir o aparecimento da vida em Nosso Planeta. 

AM ISRAEL CHAI (RAI)

Regina






 

quinta-feira, 19 de junho de 2025

ACONTECE: 23 de SIVAN - Lembrem!

 




23 de Sivan - 23o dia do mês lunar de Gêmeos. Diz a tradição que após 12 anos o rei da Pérsia, Arrashverosh, marido da Rainha Esther, anulou o decreto de morte contra os judeus. Assim conta a História de Purim. Este seria o dia da virada! O dia em que rumos podem ser mudados. O dia em que são acesas duas velas. Uma em homenagem a Esther e outra a Mordechai, seu tio. Dizem que é uma possibilidade de iluminar áreas que queremos transformar. Ao ler o texto publicado no WhatsApp pelo grupo Filosofia Judaica penso o quanto ganha relevância nos dias de hoje. Israel sob ataque, todos estão acompanhando o desenrolar dia-a-dia. Estão sendo atingidos edifícios residenciais, institutos de pesquisa, campos de plantação, áreas aleatórias e anteontem foi atingido o Hospital Soroka. A mídia iraniana e a ligada aos Proxis do Irã informa que havia depósitos sob os escombros - mentira deslavada- estão claramente querendo criar uma contrapartida do que foi encontrado em hospitais ao longo da franja beirada pelas cidades de Sderot, Ashkelon e os vários kibutzim e moshavim atacados em 7 de outubro de 2023. 

No momento, seguimos com apreensão o fato dos israelenses não mais dormirem algumas noites por alarme contra bombas, e em dias quase que alternados, as bombas chegarem em horários outros! Em plena manhã ou tarde. Certamente o sistema de alarme e proteção que existe por todo Israel é relevante para que o Estado de Israel não seja varrido do mapa. Estes termos são conhecidos e falados abertamente. Seguindo uma tradição milenar judaica, Rir é o Melhor Remédio. Hoje conversando com uma amiga que mora em um dos edifícios que foram atacados por mísseis, fiquei sabendo que os quartos de proteção de cada apartamento conseguiram ficar de pé e a porta de segurança ainda estava fechada. Quando foram abertas portas de segurança de alguns casais de idosos, o espanto foi ver que estavam vestidos com as melhores roupas! E todos, os que vieram resgatar e os resgatados riam da cena. O apartamento de um deles foi atingido de forma imperdoável e eles foram baixados por elevadores movidos a guindastes. A VIDA e o HUMOR estavam salvos. A situação desesperadora achou um tempero judaico. E escutei - nós viemos para cá na década de 1950 e não vamos sair porque um ditador iraniano assim quer. Coloco aqui um vídeo que saiu há algum tempo mostrando a resiliência dos israelenses e a confiança nos dias normais. Este video foi feito quando chegavam os drones e míssies lançados pelo Hammas, Hezbollah e Houtis. Hoje os mísseis que chegam do Irã têm causado danos muito maiores e exigido que a vida em Israel seja adptada para os tempos. O mundo precisa saber!

Histórias de pessoas comuns, com senso de humor aguçado podem ou não chegar ao grande público, mas a virada que vem acontecendo está chegando. Quando um país é atacado da forma como Israel está sendo há 7 dias, com bombas sendo lançadas em zonas residenciais, a reação da população é buscar outros cantos seguros dentro do próprio país ou no exterior. É o princípio do refúgio. O que acontece em Israel é novamente raro. Há um número importante de pessoas que estavam no exterior em férias, ou mesmo morando e querem voltar para Israel para fazer parte do esforço de guerra como soldados ou como civis. Famílias voltam com crianças e idosos. Espaço aéreo controlado. As companhias estrangeiras cancelaram os voos para Israel e há perigo por toda a parte. Alguns aeroportos internacionais não querem correr o risco de acidentes com grupos que militam sob o lema "do Rio ao Mar". O lema que foca o Rio Jordão e o Mar Vermelho. Assim, as empresas de aviação israelenses iniciaram nesta semana o retorno. Aviões que trazem passageiros israelenses que querem retornar à casa, ao lar, à pátria.

O mundo também reage aos acontecimentos em Israel. Apoios verbais em mídias públicas a Israel aumentaram esta semana. Mas nem todos acham que matar israelenses em seu território deve ser proibido! E há outro tipo de protesto que vem ganhando as ruas. Na Holanda, onde recentemente víamos manifestações ant💥💥💥💥mitas, ontem presenciamos uma passeata de iranianos apoiando Israel.





E seguimos a nossa estrada - com destruição, reconstrução e inovação




Regina P Markus - 19/06/2025

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Iachad (juntos - יחד) - por André Naves: O Fazendão, o Melado e o Banquete da Alma

 



    Óia, pisar nas Arcadas pra mim é que nem entrar em capela antiga, sabe? Dá um arrepio bão na espinha. Aqueles corredor comprido, a moçada nova aprendendo as lei, parece que a gente ouve o eco dos tempo de antes.

E lá tava eu, lambendo a cria, numa dessas prosa de gente estudada, falando da defesa dos pequeno, das minoria.

Do meu lado, um professor da Holanda, jeitão sério, aprumado que nem palanque de cerca nova. E eu, né, com meu jeito Policarpo Quaresma de ser, o peito já inflando que nem sapo em noite de chuva quando o assunto é nosso Brasilzão.

A conversa ia que ia, feito água de riacho manso, mas funda. A gente concordou num monte de coisa, mais que nada que o nó mais apertado que enforca os coitado das minoria é a falta de cobre no bolso.

A roupagem do discurso era que nem de domingo, engomada e cheirosa. Mas o miolo, ah, o miolo da conversa é que nem fruta, tem hora que surpreende.

Quando chegou a hora de arrematar o laço, o professor holandês, com aquele jeito de quem enxerga o mundo por cima do óculos, soltou: "Esse Brasil," disse ele, esticando a palavra que nem massa de pão, "tá virando um Fazendão sem porteira pro mundo. E isso, tenho cá pra mim, piora o distanciamento do povo daqui de dentro."

O sangue me subiu pra cabeça que nem poeira em dia de ventania.

Ele ainda emendou, gabando as comida da terra dele: os doce com um tiquinho só de açúcar, que mal lambuzava o beiço, e a mania de não misturar dois tipo de carboidrato no mesmo prato.

O recado, mesmo não dito com todas as letra, era que nem chifre em cabeça de boi: nossa fartura era um chamado pro desperdício, pra uma moleza de quem tem de sobra.

"Cruz credo, herança de gente que conta cada migalha," matutei cá com meus botão... "Mas que bicho tinhoso! Falar mal do nosso rancho, dentro da nossa cozinha!" Meu coração de brasileiro, que tem intuição de bicho do mato, me dizia que aquela prosa não podia morrer assim, murcha que nem flor sem água. A casca da crítica parecia até lustrosa, mas a semente era de um orgulho que não me descia pela goela.

Pedi a palavra, já sentindo a voz ficar mais grossa, que nem de quem vai apartar briga de galo. "Professor," comecei, tentando manter a pose que o lugar pedia, "precisamos desatar esse nó sobre esse tal de 'Fazendão'."

E aí, meu amigo, abri a porteira da emoção e do conhecimento. Falei do nosso agro, que não é só enxada e suor, não, senhor! É ciência de primeira, sabedoria que brota da terra e da cabeça do nosso povo.

Falei do nosso boi, ajeitado pela pesquisa, que dá mais carne, mais leite e cresce ligero que nem criança em dia de festa, aproveitando cada capim. Contei do pasto especial que nossa gente inventou, que solta menos fumaça ruim no ar!

"A gente tá na crista da onda, professor," disse firme, "com as coisa da natureza que ajuda a lavoura, na ponta da bioeconomia. O jeito que a gente planta e cria aqui, cuidando da terra e do povo, muito lugar chique por aí podia tirar o chapéu e aprender uma ou duas lição!"

A história do açúcar então, essa não deixei passar batido.

"E esse doce sem açúcar, professor?" sorri de canto de boca. "Vamos puxar pela memória, que nem se puxa água de cisterna. Os português, nossos avô de longe, foram os primeiro a mandar nas estrada do mar pras Índia, coisa que os holandês, com o perdão da palavra, sempre ficaram de olho gordo..." Dei uma piscadela pra plateia, que entendeu o recado.

"O nosso melado, professor, não é de quem conta tostão, é de quem já foi rei do pedaço! É a prova da riqueza que a gente soube colher. Não é à toa que os holandês vieram bisbilhotar nosso Nordeste, atrás de quê? De mais rapadura!" O povo riu, um riso gostoso de quem entende a malícia.

"E a nossa mesa," continuei, pegando embalo que nem cavalo em disparada, "aqui ela é cheia, sim! Graças ao bom D'us e ao suor da nossa gente, aqui não precisa guardar comida pra amanhã com medo de faltar. A gente põe no prato arroz, feijão, farofa, macarrão, um naco de carne de primeira, um frango assado no capricho e, se ninguém tiver espiando, uma pururuca estalando!"

Mais risada.

"E pra adoçar o bico, um bolo de fubá com queijo e banana, e um café coado na hora, forte que nem abraço de amigo!"

Aí, a voz mudou um tiquinho, mas ganhou a força da verdade doída e bonita.

"Professor, é dessa fartura, dessa terra que dá sem pedir licença, que brota, viçosa que nem pé de milho depois da chuva, a mão aberta do nosso povo. É a vontade de ralar não só pra si, mas pra ter mais pra dividir. É dessa humildade de raiz, de quem sabe que a colheita farta é fruto do suor e da bênção do céu, e não dessas modernage que só brilha por fora e é fria que nem relento de madrugada, que a gente constrói a verdadeira Justiça! A fartura, pra nós, professor, não é rede pra deitar na preguiça. É chamado pra Responsabilidade. Um encargo que a gente veste com respeito, que nem roupa de ir na missa em dia santo: um lembrete de que temos que botar comida na mesa do nosso povo e ajudar a encher a barriga do mundo."

"Nossa intuição de gente da terra nos ensina que o pão tem que ser repartido. Nossa memória das vacas magras nos faz dar valor a cada espiga. Essa responsabilidade, essa peleja por Justiça que nasce da nossa força de produzir, é o que faz nosso coração bater mais forte."

Respirei fundo, que nem boi antes de beber água. "E é com essa força que eu digo, lembrando da palavra sagrada, lá em Números 23:24: 'Eis que o povo se levanta como leoa, e se exalta como leão; não se deitará até que coma a presa, e beba o sangue dos que foram mortos.'"

Esperei um cadinho, pras palavras assentarem que nem poeira depois da boiada.

"A nossa 'caça', professor, é a vida boa pra todos, o nosso 'sangue', falando com respeito, é a alegria de ver cada filho desta terra com o bucho cheio e o coração contente, participando do banquete que esta terra mãe nos dá. Defender os pequeno de verdade é garantir que todo mundo tenha seu lugar nesse grande almoço de domingo, onde a alegria é o tempero e a partilha é a lei."

Fez-se um silêncio na sala, daqueles que a gente consegue ouvir o próprio pensamento. Depois, vieram as palma, forte que nem trovão anunciando chuva boa. Olhei pro professor da Holanda. Ele continuava aprumado, mas os zóio dele, antes afiado que nem faca de cortar fumo, parecia que enxergava um "Fazendão" diferente, um que ele não tinha imaginado.

E eu, por dentro, me senti que nem o peão que defendeu a honra da fazenda, com a alma mais leve que pluma e o coração batendo no compasso do hino nacional, verde e amarelo que só vendo.

André Naves

Defensor Público Federal. Especialista em Direitos Humanos e Sociais, Inclusão Social – FDUSP. Mestre em Economia Política - PUC/SP. Cientista Político - Hillsdale College. Doutor em Economia - Princeton University. Comendador Cultural. Escritor e Professor.

Conselheiro do Chaverim. Embaixador do Instituto FEFIG. Amigo da Turma do Jiló.

www.andrenaves.com

Instagram: @andrenaves.def


quinta-feira, 12 de junho de 2025

ACONTECE: Frio tic-tac do relógio

Por Juliana Rehfeld

Parece que não é só o clima que está congelando para nós, mas congelam também os acontecimentos. E de novo, ou melhor, ainda, a sensação de que o tempo pára… acontecem alguns fatos, alguns posicionamentos aqui e lá contra o monobloco da opinião formada, e formada em cima dos mesmos dados alegados, e frequentemente já até desmentidos… mas sabemos que a defesa em geral não tem a força de rebater a acusação …

Houve acontecimentos até cômicos, primitivos como um barco levando um grupo de 12 autodenominados ativistas em missão de ajuda a Gaza, com o nome de “flotilha pela liberdade”, interceptado por Israel. Entre eles a famosa sueca Greta Thunberg, que discute igualmente opressão de palestinos além de riscos ao meio ambiente, e um brasileiro Thiago Ávila, que conseguem emitir falas como “estamos sequestrados” numa situação de risível invasão a uma zona de guerra… como disse Henrique Cymerman, o que pensariam os reféns ainda vivos em Gaza, após quase dois anos, se ouvissem esse “disparate”. Escrevi entre aspas pois a palavra é minha, não do jornalista…quem quereria sequestrá-los? Quem quereria se responsabilizar pela segurança de um grupo inócuo, trazendo uma quantidade ínfima de alimentos que, mesmo assim Israel prometeu encaminhar ao local adequado. Extraditá-los rapidamente era o melhor para o país… e Egito passou a vigiar a entrada do que poderão ser novas aventureiras e bombásticas flotilhas…

Havia, mais esta vez, uma expectativa de novos fatos sobretudo em relação a uma mudança na coalizão que sustenta o atual governo de Netaniahu, devido principalmente às sonoras ameaças que têm vindo há pelo menos duas semanas dos partidos ultra-ortodoxos. O que poderia ser preocupante numa situação de guerra que persiste há 618 dias, poderia também resolver muitos dos problemas que aí estão. Sem entrar no mérito partidário em si, pois não cabe na nossa linha editorial, é possível dizer que poucos radicais têm desequilibrado a comunicação do país com a sociedade: poucas mas estridentes declarações sobre anexação, re-ocupação, expulsão, e por aí vai, claramente não representantes da maioria da população nas ruas, têm impedido avanços de negociações e prejudicado muito, se é que isso ainda era possível, a opinião pública mundial em relação ao país. Mas parece que a decisão de sair da coalizão ainda não é firme o suficiente, apesar do crescente incômodo dos ultra ortodoxos com a pressão para alistarem seus membros para cobrir cada vez maiores “gaps”, sobretudo na infantaria.

O tic-tac do relógio - expressão que denuncia idade, já que poucos relógios ainda ticam - segue incólume. E fatal para alguns reféns, e também, para alguns palestinos abrigados próximos a bases do moribundo mas não morto Hamas. Começa a crescer um consenso entre os países árabes, e alguns europeus, de que qualquer solução de curto ou médio prazo para a região, não inclui esta organização terrorista, mas ir além dos meros discursos para uma ação efetiva, ainda não está no radar…

Haja esperança e coração!
Shabat Shalom

terça-feira, 10 de junho de 2025

VOCÊ SABIA? - Sinagogas Instagramáveis

 

Por Itanira Heineberg


Sinagoga da Estrada dos Príncipes em Liverpool, Inglaterra



Você Sabia que não há duas sinagogas iguais?

Na realidade, cada templo tem sua própria história e peculiaridades únicas, e como consequência, estes detalhes diferenciais aparecem no projeto de criação da própria sinagoga.

As mais antigas retratam as características arquitetônicas da época de suas construções: arcos românicos, intrincadas esculturas mouriscas ou vitrais góticos.

 

“As sinagogas históricas costumam oferecer passeios para os aficionados por história judaica e amantes da arquitetura. Graças à maravilha das mídias sociais, você não precisa reservar um voo para ver algumas das sinagogas mais impressionantes do mundo. Uma simples rolagem pelo Instagram pode servir como uma visita virtual a sinagogas”.

 

Aqui estão algumas das sinagogas que visitamos e gostaríamos de  compartilhar com nossos leitores, desde Mumbai à Cidade de Buenos Aires, na Argentina.

 

·        Sinagoga Jubileu de Jerusalém   -   Praga   -   construída em 1906 na rua Jerusalém



A sinagoga Jubileu de Jerusalém é a única sinagoga de Praga ainda em atividade fora da área do antigo gueto judeu, na Cidade Nova, próxima à estação central. Em relação às outras sinagogas da cidade, destaca-se devido ao seu tamanho e fachada colorida, que visivelmente lembram os monumentos muçulmanos da Espanha.



Foi projetada em estilo mourisco e art nouveau por Wilhelm Stiassny, famoso arquiteto de monumentos judaicos e cofundador do Museu Judaico de Viena.

Vale muito a pena visitar seu interior.


·         Grande Sinagoga de Roma inaugurada em 1904



O Templo Maggiore, a principal sinagoga de Roma,  é uma das mais grandiosas da Europa. Também conhecida como a Grande Sinagoga de Roma, o monumental edifício localiza-se na área do antigo gueto. Exibindo uma cúpula quadrada, a única com esse formato na cidade, que cobre toda a construção e o edifício, é uma das muitas sinagogas majestosas erguidas pelos judeus na Europa pós-emancipação, testemunhando seus esforços para serem aceitos como cidadãos iguais pela sociedade maior, nos inúmeros países onde viviam.


Por sua imponência, mesmo numa cidade como Roma, famosa por seus esplendidos edifícios, o Templo Maggiore se sobressai por seu eclético estilo arquitetônico, com elementos ao gosto assírio-babilônico, egípcio e greco-romano.

 

A pedra fundamental da sinagoga foi colocada em 1901, três décadas  após a conquista da cidade pelo exército italiano. Em 1870 o Papa perde o controle político e militar dos Estados Pontifícios, Roma é incorporada ao Reino da Itália, tornando-se sua capital.


O Reino havia sido estabelecido em 1861, com a unificação da península italiana, realizada pela Casa de Savóia. Consequentemente, o rei Vítor Emanuel da Sardenha é proclamado rei da nova nação. Na Itália unificada os judeus gozam de plenos direitos civis, em igualdade de situação com os demais habitantes. Assim sendo, tão logo Roma passa a fazer parte do Reino os judeus da cidade são finalmente libertados. Eram os últimos da Europa a serem emancipados, sendo que em 1870 ainda viviam reclusos no gueto, um dos maiores símbolos da opressão cristã, e sujeitos a leis muito severas.




Em 1893, Abraham Berliner, teólogo e historiador judeu alemão, mostra-se muito esperançoso acerca do futuro dos judeus de Roma, que, a partir de então, faziam parte de “uma Itália unida e liberta, onde todos os cidadãos têm direitos iguais, sem distinção de fé religiosa, e onde os muros do gueto de Roma desmoronaram ao som das trombetas da liberdade”.

 

·        Grande Sinagoga de Edirne, Turquia ou Sinagoga de Adrianópolis, inaugurada em 1909



Concluída no estilo neomourisco, a sinagoga foi restaurada após a Segunda Guerra Mundial , abandonada na década de 1980 e restaurada como uma sinagoga ativa em 2015.




Em 1983, a sinagoga foi abandonada depois que a maior parte da comunidade judaica deixou a cidade, emigrando para Israel, Europa ou América do Norte. Em 1995, o templo, por lei, ficou sob o controle da Instituição de Fundações Turcas do governo .

 

·         Sinagoga Knesset Eliyahoo  Mumbai, Índia, pintada na cor turquesa



A Sinagoga Knesset Eliyahoo, também  Sinagoga Azul, é uma congregação e sinagoga judaica ortodoxa, localizada em 55, Dr. Gandhi Marg, no bairro de Kala Ghoda, Fort, no centro de Mumbai, no estado de Maharashtra, na Índia. Concluída em 1884, é a segunda sinagoga sefardita mais antiga de Mumbai.




Esta  sinagoga foi fundada por Jacob Elias Sassoon  e o edifício é mantido pelo Jacob Sassoon Trust.

A importância do edifício é atribuída às suas tradições judaicas, bem como às influências coloniais indianas e inglesas. Foi projetado pelo escritório de arquitetura britânico Gostling & Morris de Bombaim.

E agora estamos chegando ao fim de nossa viagem. Uma professora colega minha de trabalho costumava dizer que ler era uma gostosa atividade, algo como um  “armchair travel”.




Desejo ao leitor uma excelente continuidade de nossa viagem até agora. 

Assim, acomode-se em sua poltrona favorita e embarque nesta aventura deliciosa de visitar novos lugares no conforto de sua casa, sem os percalços de aeroportos, malas perdidas, voos atrasados ou simplesmente cancelados.

Embarque neste arm chair travel, degustando seu café preferido ou seu drink de cada dia.

Evite fumar, especialmente os cigarros eletrônicos.

God Speed!!!