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terça-feira, 2 de julho de 2019

VOCÊ SABIA? - Arco-íris - Arco celeste - Arco do céu






Você sabia que entre as orações judaicas recitadas em horários e ocasiões específicas, tais como as bençãos ao sol nascente ou aquelas proferidas antes e depois dos alimentos, há também uma oração especial para ser repetida ao vislumbrarmos um arco-íris?





O arco-íris é um relevante símbolo do Judaismo.

Após o dilúvio, em Gênesis, D’us afirmou que o arco de luz no céu seria uma firme promessa de que o mundo nunca mais seria destruído pelas águas.
Assim sendo, os rabinos do Talmud concordaram que deveríamos dizer uma bênção ao avistarmos o arco-íris, porém após muitas conversas e discussões não chegavam a um acordo sobre qual ela seria. A solução foi combinar duas orações em uma só.

בָּרוּךְ אַתָּה יהוה אֱלהֵינוּ מֶלֶך הָעולָם זוכֵר הַבְּרִית וְנֶאֱמָן בִּבְרִיתו וְקַיָּם בְּמַאֲמָרו.

Baruch ata Adonai, Eloheinu melech ha-olam, zocher habrit v’ne’eman biv’reetoh v’kayam b’ma’amarav.


Bendito sejas Tu, Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, que recordas a aliança, e és fiel à aliança de D’us, e manténs a promessa de D’us.





Perante os inaceitáveis pecados e iniquidades humanas, D’us falou a Noé:

“Hei de cobrir o mundo com uma terrível inundação. Tudo o que se encontrar abaixo do firmamento será destruído.”

Por que motivo D’us optou pelas águas? E não as pestes, as guerras, ou um incêndio?

No início da Criação a água dominava o mundo mas o Criador a removeu, afastando-a para os oceanos, oferecendo desta maneira um lugar seco e acolhedor à sua amada criação: as novas criaturas dotadas de inteligência, os seres humanos.

D’us então disse: “Se até a água canta Meus louvores, imagine o que farão estes homens que podem pensar e falar!”

Mas para Sua tristeza e revolta, estes seres pensantes não se comportaram bem, não Lhe obedeceram, apenas praticaram maldades e injustiças sem arrependimento.

D’us enfureceu-se com as crueldades das gerações desde o aparecimento de Adão e escolheu a água para castigar Sua criação.

D’us lembrou que a água, incapaz de louvá-Lo com palavras servia-se de suas ondas barulhentas, fortes e estrondosas rugindo sem parar: “Como D’us é poderoso!”


“E a água foi chamada novamente ao seu lugar, num cântico de adoração e fidelidade ao seu Criador.”




E assim a água desabou sobre a terra para eliminar os homens perversos.

Comentário interessante da tradição judaica sobre realidades paralelas:

“O arco celeste, obviamente, é um fenômeno natural. Raios de luz passam pelas gotas de água suspensas na atmosfera; as gotas claras e transparentes como cristal refratam a luz, liberando o espectro de cores nelas contido e exibindo-as num arco que cruza o céu nublado.

Porém antes do Dilúvio, esta ocorrência natural não acontecia. Havia alguma coisa sobre a interação entre a umidade na atmosfera terrestre e a luz emanando do sol que não produzia um arco celeste. Foi somente depois do Dilúvio que a dinâmica que cria um arco celeste foi colocada em funcionamento pelo Criador, como um sinal de seu pacto recém-formado com Sua criação.

O espiritual e o físico são duas fases da mesma realidade. Esta mudança na natureza física da interação entre água e luz reflete uma diferença espiritual entre os mundos pré e pós Dilúvio, e a diferença resultante na maneira de D’us lidar com um mundo corrompido.”


O arco-íris, imagem de beleza raríssima em um céu azul, foi sempre objeto de admiração e estudo por parte da humanidade. Inspirou os povos sugerindo lendas, mensagens, sinais do desconhecido.

 Vejamos a seguir alguns nomes como é conhecido:

Arco-íris”, vem de uma personagem da mitologia grega, Íris, que na função de mensageira percorria os céus deixando um rastro multicolorido.

Arco celeste”, ou “arco do céu”, é como Deus se referiu ao fenômeno em Gênesis, de onde também vem a designação “arco da aliança” para alguns povos.

A língua francesa pegou carona daí para seu “l’arc en ciel” (literalmente “o arco no céu”). “Arco da chuva” também é usado – como no inglês rainbow, junção das palavras rain (chuva) e bow (arco).”

Keshét Beanán





O Arco-Iris (Késhet) é o símbolo da paz entre os Céus e a Terra. Foi o que Noach (Noé) avistou quando saiu da Arca. É até hoje o símbolo dos Bnei Noach (Filhos de Noé). Nossos rabinos estabeleceram uma Brachá (Benção) que deve ser recitada quando se avista um Arco-ìris:


BARUCH ATÁ ADO*NÁI, ELO*HÊINU MÉLECH HAOLÁM,

ZOCHÊR HABRÍT VENEEMÁN BIVRITÓ VEKAIÁM BEMAAMARÓ!

Bendito é Tu, Senhor, Rei do Universo,
que Lembra do Pacto, é Fiel a Seu Pacto e Cumpre o que Diz!


O Arco-íris é um Pacto entre D-us e o Homem, de que o mundo jamais será totalmente destruído novamente. D-us está fazendo a parte Dele. E nós... estamos fazendo a nossa?




Este texto é uma colaboração de Itanira Heineberg para os canais do EshTá na Mídia.



FONTES:




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