O passar do tempo é percebido por duas formas diferentes. Uma delas é através de ciclos repetitivos como o dia e a noite ou as quatro estações do ano. Outra é o fluir que nos parece contínuo, como a existência de uma pessoa, mas que dizemos que tem começo meio e fim. Mesmo esta segunda forma de perceber o tempo é marcada através do correr dos anos – através de um tempo que se repete – Ano Após Ano.
Toda a vida judaica é marcada por datas que se repetem a cada ano e que são comemoradas no seio da família e das comunidades ao redor do mundo. Todas falam a todos os judeus de forma igual. Apenas nestas semanas que vivemos agora, quando é comemorada a criação do Estado de Israel, olhamos para um fato recente e que repercute de forma diferente entre os israelenses e os judeus da Galut: um dia antes de comemorar a liberdade são recordados todos os que se foram lutando pela criação do Estado de Israel, e também pela manutenção de sua existência (Iom Hazikaron). Uma semana antes são lembrados os mortos na Shoá (Iom Hashoá ve Haguevurá), os judeus que morreram durante a barbárie nazista apenas por serem judeus. Este é um ciclo que se inicia com a lembrança da morte e termina em uma explosão de alegria, comemorando a liberdade – o fato de existir uma nação judaica entre as nações do mundo.
Em Iom Hashoá ve ha guevurá é costume em Israel que todos parem e guardem em silêncio dois minutos. Os carros param, as pessoas descem e perfilam no meio da estrada... o trem para, e todos ficam de pé... olhando pela janela podemos ver que o som da sirene fez também pararem as pessoas que circulavam nas ruas. Todos à mesma hora. Este ano, o mundo parou.
Como? Por quê?
À mesma hora, todos os judeus ao redor do mundo foram convidados a guardar silêncio e, assim, ao redor de todo o planeta pessoas pararam e lembraram. Achamos tão significante que publicamos esse chamado em nosso blog e em nossa página do Facebook como parte de um esforço para que todos participassem. (clique para ver, caso não tenha visto)
Como? Por quê?
À mesma hora, todos os judeus ao redor do mundo foram convidados a guardar silêncio e, assim, ao redor de todo o planeta pessoas pararam e lembraram. Achamos tão significante que publicamos esse chamado em nosso blog e em nossa página do Facebook como parte de um esforço para que todos participassem. (clique para ver, caso não tenha visto)
Em Yad Vashem em Jerusalém, quando os mortos da Shoá foram recordados, Benjamin Netanyahu, Primeiro Ministro de Israel, lembrou que este ano após serem abertos arquivos americanos ficou claro que os governantes sabiam o que ocorria na Europa desde 1942 – e deixaram acontecer.
Hoje estamos enfrentando novos desafios. Muitos no mundo apontam o dedo para o Estado de Israel produzindo uma verdadeira discriminação de Israel entre as nações. Às vezes é muito sutil, como a Folha de São Paulo que em 24 de abril publicou um artigo de página inteira sobre um sírio de Alepo que admira o nazismo e seu líder. Outras vezes é muito mais direto, como os movimentos que boicotam o Estado de Israel do ponto de vista comercial, social, educacional e científico.
A grande diferença entre os século XX e XXI é a própria existência de Israel. E nesta semana o Instituto Weizmann de Pesquisa inicia um movimento chamado BDS - isto mesmo, BDS - cuja proposta é:
Vamos mudar a narrativa
Vamos impor a nossa verdade - a verdade do conhecimento e da criação.
A grande diferença entre os século XX e XXI é a própria existência de Israel. E nesta semana o Instituto Weizmann de Pesquisa inicia um movimento chamado BDS - isto mesmo, BDS - cuja proposta é:
Vamos mudar a narrativa
Vamos impor a nossa verdade - a verdade do conhecimento e da criação.
BUILDING DIALOGUE THROUGH SCIENCE, ou Construindo Diálogo através da Ciência.
Vamos nesta nova onda, iniciar um ciclo positivo. Iniciar o BDS que constrói!
Um novo ciclo - AAA - AAA - AAA.
Por Regina P Markus, Marcela Fejes e Juliana R Rehfeld
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