Marcadores

sexta-feira, 21 de julho de 2017

EDITORIAL - Alerta!!! Alerta!!!


Alerta!!! Alerta!!!


O mundo judaico une Israel e a Diáspora. Temos tratado de diferentes assuntos mostrando o que há de bom e não tão bom em todos os mundos. Um olhar para os judeus que chegaram na Amazônia no final do século XIX, uma pitada de ciência e as importantes evoluções que ocorrem em Israel, um país que fez do conhecimento e do capital humano a sua maior fonte de riqueza, e denúncias de narrativas que buscam deslegitimar o Estado de Israel e o Povo Judeu.

Tratamos disto como um antissemitismo escondido - como se estivesse dentro das águas de um rio caudaloso, que corre através dos séculos e que de tempos em tempos pode ser visualizado - e em certas situações externalizados. Nos tempos de hoje vem sendo criado nos organismos internacionais ligados à ONU, como a UNESCO, uma narrativa que se afasta cada vez mais da verdade. Esta narrativa vem sendo legitimada pelo sistema de votação onde a maioria dos países são muçulmanos e onde muitos se curvam aos senhores do petróleo. Na última semana foi declarado que a Tumba dos Patriarcas não era uma herança judia, mas sim uma herança palestina. 

Na realidade, se seguirmos os passos da construção desta nova identidade vemos que há ao longo dos últimos 30 anos uma forma de buscar identidades que apagam as identidades judaicas e burlam a história real. A Torá não serve como um relato histórico, apesar de haver muitos estudos arqueológicos que seguem o método científico de forma rigorosa. O Monte do Templo não mais é considerado um lugar sagrado para os judeus - e aqueles que querem lá rezar são proibidos. Um judeu não sobe para rezar no Monte do Templo porque lá foram construídas duas Mesquitas nos anos 600-700 - depois da destruição do Segundo Templo. 

Hoje vemos esta onda de antissemitismo chegar a todo o mundo. Este vem de forma explícita como acontece nos atentados ou de forma implícita no linguajar e nas formas de educar. No Brasil já foram delatadas Universidades e Escolas que escamoteiam a história e a verdade. Alunos perdem nota quando respondem que Jerusalém é a capital do Estado de Israel - o Brasil não reconhece. 

Pergunto - onde é a capital de um país? Onde está o parlamento e todo o executivo e a suprema corte, ou onde está a embaixada brasileira? 

Esta situação pode ser alterada? Podemos encontrar, interferir e facilitar o entendimento? Nosso grupo e muitos têm a convicção de que o melhor antídoto para este mal constante é a informação e o esclarecimento. É trazer fatos que não estão sendo destacados na mídia e que devem ser usados de base para reflexões e entendimentos.

Como escreve o Prof. Yuval Noah Harari da Universidade Hebraica de Jerusalém, em seu mais recente "best-seller" Homo Deus: uma breve história do amanhã: ao contrário dos socialistas que buscam a perda da identidade e a construção de um coletivo que anula as diferenças, e dos liberais que andam acima destas, os humanistas (homens do século XXI) buscam identificar todas as possibilidades e deixar a evolução seguir seu rumo. Lembrando a História Judaica - a História do Povo de Israel - todos os povos devem ser respeitados. As pessoas não devem ser convertidas - o estrangeiro tem que ser recebido em sua casa como irmão e a este irmão são dadas todas as honras, sem a necessidade de cumprir as leis judaicas. Assim foi desde os tempos de Abraão, assim é hoje. 

Em suma, observar, conhecer e divulgar é a forma que temos para mostrar os pontos relevantes que podem mudar as trajetórias. E entre estas é tratar os grupamentos humanos como diferentes e buscar os pontos de contato.

Nesta semana também mostramos como é possível fazer acordos que permitam trazer autossuficiência em bens essenciais a toda a população. Água, um elemento essencial para a sobrevivência no planeta - e mais ainda em terras tão desérticas como as do Oriente Médio.

Buscar acordos e pontos de contato, é uma forma de aproximação - e a melhor forma de interação.

Comitê Editorial - Regina P. Markus, Marcela Fejes e Juliana Rehfeld

Nenhum comentário:

Postar um comentário