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sexta-feira, 26 de outubro de 2018

EDITORIAL - Ciência: a linguagem universal


A irrigação por sistema de gotejamento: uma das inúmeras inovações israelenses


Nós, que nascemos no século XX, estudamos e criamos filhos desde os 19xx, sempre nos maravilhamos com as novas tecnologias e com os avanços científicos que revolucionaram nossas vidas. Do celular e dos mais diversos aplicativos aos novos conhecimentos de biologia que permitem avanços significativos nas áreas da saúde e agricultura. Muitas vezes também vemos grupos de pessoas que têm dificuldade ou mesmo desconfiança com o novo. 

A EshTá Na Mídia tem mostrado a participação do moderno Estado de Israel nos processos de inovação e de mudança do nosso dia a dia. Desde o pendrive até programas como Waze, passando por vários medicamentos e técnicas novas na área de agricultura. E por que não falar do país desértico que é agora imune a variações sazonais nos regimes de chuva. Tecnologia e inovação aplicadas para a melhoria da vida de seus habitantes e de muitos outros países.

Hoje, quero brindar o nosso público com algo diferente. Em um encontro que aconteceu em São Paulo, no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), foram reunidos pesquisadores do Instituto Weizmann de Israel e brasileiros que trabalham no próprio Hospital, na Universidade de São Paulo e na Universidade Federal de Minas Gerais. De acordo com a Dra. Anna Carla Goldberg, o objetivo era permitir expor temas complexos como câncer, novos alvos terapêuticos, progressos em neuroimunologia, e expor como estes avanços podem voltar para a beira do leito do paciente e se transformar em melhoria da qualidade de vida. 

Foram quatro pesquisadores de Israel e seis do Brasil. Sem apontar detalhes, ficou confirmado que a ciência brasileira segue ombro a ombro com a melhor ciência internacional. Com muitos percalços e dificuldades que esbarram principalmente na falta de nossa percepção sobre o que é a busca da fronteira, do novo, daquilo que foi achado porque pessoas que estavam estudando fatos interessantes esbarraram no inusitado. Ao perguntar a mim mesma qual a grande diferença, ficou evidente que o cientista tem que ter imbuída em seu modo de viver a possibilidade de lidar com falhas e frustrações. Tem que saber transformar limões em limonadas. Tem que saber contornar grandes obstáculos e andar por novas vielas.

Desta constatação fica a grande diferença: em Israel premia-se as tentativas, ampliando-se a possibilidade de sucesso na busca do novo, enquanto no Brasil ainda é avaliado o sucesso, dificultando que “mares nunca dantes navegados” sejam explorados!

Hoje, lembrando Camões, que soube em prosa e verso conduzir nossas imaginações através do Cabo da Boa Esperança, desejamos a todos uma excelente semana.

Regina P. Markus

Um comentário:

  1. Gostei da frase: em Israel premia-se a tentativa na busca do novo; no Brasil ainda premia-se o sucesso.
    Afora disso, quantos palestinos foram mortos hoje?

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