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segunda-feira, 3 de junho de 2019

Editorial: Dia de Jerusalém



Ontem, no dia 2 de junho de 2019, comemorou-se o dia de Jerusalém. Neste dia, em 1967, as tropas do Exército de Defesa de Israel entraram pela primeira vez desde 1948 na Cidade Velha de Jerusalém, na Cidade que tem mais de 3000 anos e onde estiveram localizados o Primeiro e o Segundo Templo da época bíblica. 

Para nos localizarmos mais facilmente na linha do tempo da História: o Primeiro Templo é também conhecido como Templo de Salomão e o Segundo Templo é aquele que foi Conquistado pelo Gregos (332 antes da Era Comum) e depois destruído pelo Romanos no ano 70 da Era Comum! Sim, estamos falando de mais de 2000 anos de História. Assim, o chamado MONTE DO TEMPLO, onde hoje estão localizadas duas mesquitas e que os judeus decidiram deixar sob controle dos mulçumanos, ganhou significado histórico através da História Judaica. Mas, em comemoração a este Dia de Jerusalém podemos ainda ir mais para trás – voltar nosso olhar para um passado ainda mais longínquo, e lembrar que tanto judeus como árabes consideram aquele o LOCAL DA PEDRA – da ROCHA. Qual rocha? Uma rocha localizada no Monte Moriá, onde Abraham deveria sacrificar seu filho Isaac – e na última hora foi providenciado um carneiro para substituição. 

Jerusalém – olhando o passado encontramos os judeus, e como a linha do tempo segue, esta foi uma cidade almejada por cristãos e mulçumanos, mas sempre habitada por judeus. Cidade pobre, cidade perdida no tempo, mas guardada na mente. Como? A cada ano, no Seder de Pessach, quando se comemora a libertação do Egito, canta-se ao final do jantar, ao final de copos de vinho e de muito mais – “Le Shana habá Be Yerushalaim” – “O Ano que vem em Jerusalém”! E, este ano chegou em 1967 – um Estado Judeu faz de Jerusalém sua Capital. Falando de Pessach, na semana que vem, dia 8 de junho comemoramos a festa de Shavuot. 49 dias separam a comemoração da saída do Egito até o recebimento das Tábuas de Lei no deserto – entre a liberdade física e a capacidade de assumir a responsabilidade sobre a própria liberdade. Neste intervalo, fica o DIA DE JERUSALEM – o século XX encontrando com os tempos bíblicos, não como profecias ou milagres, mas apenas como resultado da evolução da história de um mesmo povo.

Tão fora de qualquer roteiro encontrado na História da Humanidade que até hoje há muitos que se recusam a entender. Razões e emoções de ambos os lados – mas uma coisa é certa – Quer no Imaginário quer no Real – Jerusalém é a Capital Eterna do Povo Judeu!

Como isto é possível? Certamente, a obrigação de EDUCAR a geração seguinte é um fator muito importante – SABER QUEM SOU é baseado no SABER QUEM FORAM MEUS ANTEPASSADOS. Mas apenas isto é insuficiente – Há a necessidade de ir em direção ao FUTURO – há a necessidade de que as próximas gerações sejam educadas para viver o seu tempo e não apenas querer parar a espiral da história num momento de grande conveniência. Os heróis do passado são apenas referências e não determinam o objetivo futuro.

Neste contexto, Jerusalém HOJE possui um impressionante ECOSSISTEMA de INOVAÇÃO e é desta cidade milenar que saiu o maior sucesso de Israel – A Mobile EYE que foi negociada por 5 bilhões de dólares é de propriedade de professores da Universidade Hebraica de Jerusalém.

JERUSALÉM – a cidade eterna do POVO JUDEU – conta o passado e olha o futuro de um povo milenar. Um povo que continuará exercendo a liberdade com responsabilidade e que apesar de todas as dificuldades educa os seus filhos para seguirem em frente o caminho de toda a humanidade.

Boa semana!
Regina P. Markus

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