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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

VOCÊ SABIA? - Gino Bartali


“ESTAS COISAS SE FAZEM, MAS NÃO SE CONTAM”

Por Itanira Heineber para o EshTá na Mídia




Gino Bartali (1914-2000), ciclista italiano vencedor do Giro d’Italia, Grã-Oficial da Ordem do Mérito da República Italiana, Cavaleiro Grã-Cruz da Ordem do Mérito da República Italiana, Um Justo entre as Nações!



Gino Bartali (1914-2000), ciclista italiano vencedor do Giro d’Italia, Grã-Oficial da Ordem do Mérito da República Italiana, Cavaleiro Grã-Cruz da Ordem do Mérito da República Italiana, Um Justo entre as Nações!



VOCÊ SABIA que o grande Bartali, três vezes vencedor do Giro d'Italia e duas do Tour de France, tem entre suas conquistas a proeza humanitária de salvar 800 judeus na iminência de serem deportados para as câmaras de gás dos nazistas?

Este herói da Resistência salvou centenas de judeus dos campos de Auschwitz através de uma rede secreta comandada pelo Cardeal Elia Della Costa, confessor e guia espiritual do destemido ciclista que desafiou os nazistas com sua bicicleta recheada de documentos falsos e dinheiro.

Segundo Bartali sua ação foi simplesmente uma questão de Humanidade, obedecendo um valioso ensinamento bíblico: ”Não serás omisso”.

Assistamos agora a um breve vídeo com a história deste feito magnífico, um exemplo de valores para inspirar a raça humana:







“Entre o outono de 1943 e a primavera de 1944, Bartali ajudou a evitar que centenas de judeus italianos fossem deportados e enviados para os campos de extermínio alemães.

A vitória no Tour de 1938 foi usada por Mussolini como forma de fazer propaganda ao regime. O ciclista tinha caído nas boas graças do líder italiano, e Elia Dalla Costa, um cardeal amigo da família de Bartali pensou que este prestígio poderia ser vantajoso para a missão em que tinha pensado.”



“O cardeal tinha criado uma rede clandestina formada por freiras, frades franciscanos e monges, com o objetivo de impedir que judeus fossem deportados pelas forças alemãs que se encontravam em território italiano. Faltava apenas alguém que servisse de correio e levasse os documentos falsos que permitissem aos judeus sair de Itália.”




A silenciosa missão consistia em pedalar até Assis onde um socialista devoto imprimia os documentos em uma máquina antiga e barulhenta. Durante o trabalho ruidoso da prensa as freiras Clarissas do Convento de San Quirico que mantinham em segredo dezenas de judeus em seus porões, escancaravam as janelas e em coro entoavam santas melodias para abafar o som de trovão da velha e ultrapassada impressora.



“Bartali foi o escolhido. Fez pelo menos 45 vezes os quase 200 quilómetros que separam Florença (onde vivia) de Assis. Levava os documentos e dinheiro escondidos na bicicleta pelas estradas secundárias e caminhos de ciprestes da região da Toscânia. A viagem de ida e volta era feita toda no mesmo dia e nem a própria família sabia aquilo que ele fazia. Bartali era católico mas não foi isso que o moveu, diz o filho, citado pelo El País:

Ele considerava que essas coisas se fazem mas não se contam. Vinha de uma família muito humilde. Estavam habituados a ajudar-se para seguir em frente e ele aprendeu a ser uma pessoa generosa. O que o moveu não foi a fé católica. Foi a humanidade”




Só dez anos após a morte do ciclista esta história veio à tona, graças aos esforços que dois jornalistas italianos empreenderam para que Bartali viesse a ser reconhecido como “Justo entre as Nações”, título conferido a todos que ajudaram judeus durante o Holocausto. Tiveram acesso a Giorgio Goldenberg, um judeu que permaneceu escondido durante dez meses, com os pais e com o avô, numa casa da propriedade de Gino Bartali.

Este passo foi decisivo para que o Estado de Israel reconhecesse as ações abnegadas do ciclista.


“Agora, no dia em que começa a 101.ª edição do Giro, Bartali volta a ser recordado.

As três primeiras etapas vão ser corridas em solo israelita e a primeira, um contra-relógio de 9,7 quilómetros em Jerusalém, vai ser dedicada ao italiano.

Na quarta-feira, aliás, foi-lhe atribuído o título de Cidadão Honorário de Israel. A neta Gioia recebeu o certificado durante a cerimónia realizada no Jardim dos Justos entre as Nações.”






FONTES:

https://observador.pt/2018/05/04/gino-bartali-o-ciclista-que-ajudou-a-salvar-judeus-durante-o-holocausto/

https://www.biografiasyvidas.com/biografia/b/bartali.htm

https://zahar.com.br/livro/o-leao-da-toscana

https://elpais.com/elpais/2018/04/06/eps/1523011819_924490.html

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