Marcadores

terça-feira, 4 de agosto de 2020

VOCÊ SABIA? - Jonatan "Yoni" Netanyahu יונתן נתניהו, um dos heróis mais célebres de Israel

Por Itanira Heineberg



“Quão triste é não podermos alcançar a paz, pois é tudo o que queremos no final.” - Yoni em carta de 30/06/1970


"O Herói Comandante da Força de Resgate Entebbee" por Jonathan Netanyahu, Benjamin Netanyahu, Iddo Netanyahu


Você sabia que, assim como Anne Frank em seu diário nos deixou a imagem de uma jovem corajosa, idealista, com grandes planos de ajudar a humanidade, o jovem soldado Jonathan Netanyahu, em suas cartas aos familiares e amigos, legou-nos a presença de um batalhador que mais houvesse vivido, mais façanhas e vitórias teria conquistado em prol de seu país e de seu povo?


“’Yoni’, tal como era chamado por familiares, amigos e nação, é um dos heróis mais célebres de Israel.

Suas cartas abrangem treze anos importantes de sua vida: desde o ensino médio na Filadélfia até o ataque a Entebbe em 4 de julho de 1976.

 

Yoni Netanyahu resgatou 102 reféns e conseguiu evitar todos, exceto um fatalismo militar; o seu próprio.”

 

Neste livro de cartas do jovem entusiasta e grande apaixonado por seu país e comentários de seus irmãos mais jovens, conhecemos a alma e os sentimentos de Yoni, sua admiração sem limites por Israel, sua dedicação à tarefa de proteger seu povo e a alegria de descobrir e conhecer a pé a natureza da terra, seus desertos, canyons e águas em meio a ventos, poeira, e qualquer outra intempérie climática.

 

Carta de Yoni em 8 de julho de 1964

Quando vi o país do avião, senti uma pontada no coração. Jerusalém está mais bonita do que nunca. Talvez eu seja um pouco sentimental porque não a vejo há tanto tempo. Apesar de tudo o que há de errado aqui, e Deus sabe que há muitas falhas e males, é o nosso país, e eu a amo como sempre. 

Foto dos irmãos – Iddo à esquerda, Yoni ao centro, e Benjamin, o caçula.



Como irmão mais velho, Yoni foi um exemplo para os irmãos:

 

“Acredito de todo o coração que é extremamente importante estar no exército agora. Ouvimos os slogans de guerra de milhões de nossos vizinhos que desejam nos aniquilar, o que deve ser feito?” 

Carta de 30/06/1970

 

Em 4 de julho de 1976, enquanto os americanos celebravam seu importante feriado do Dia da Independência, a elite israelense das Forças de Defesa do país realizava uma inusitada operação em Entebbe, Uganda, libertando no aeroporto local passageiros do voo Air France sequestrado por palestinos e alemães.

 

“No dia 27 de junho, um Airbus da Air France, que viajava entre Tel Aviv e Paris, com mais de 250 pessoas a bordo – entre elas 12 tripulantes -, é sequestrado sobre o céu de Corfu por quatro piratas, que embarcaram em uma escala em Atenas. Os sequestradores obrigam a tripulação a aterrissar no aeroporto líbio de Benghazi.

 

Os sequestradores – dois palestinos e dois militantes da extrema-esquerda alemães, entre eles uma mulher – estão fortemente armados: pistolas, granadas, mas também uma grande quantidade de explosivos.

 

Na noite de 28 de junho, o avião pousa no aeroporto de Entebbe, ao sul da capital ugandesa, com a autorização do presidente Idi Amin Dada. Outros três piratas se somam aos sequestradores, que reúnem e vigiam passageiros e tripulantes em uma velha sala do aeroporto.

 

Os sequestradores ameaçam detonar o avião se 53 palestinos ou simpatizantes detidos em todo o mundo – 29 deles em Israel – não forem colocados em liberdade até 1º de julho. O governo israelense finge negociar e parece prestes a ceder às exigências dos piratas, que aceitam adiar o ultimato a 4 de julho.

 

Enquanto isso, parte dos reféns são libertados, mas 105 pessoas – passageiros israelenses ou de confissão judia, além dos tripulantes – seguem cativas.

 

Em Israel, o Estado-Maior de Crise prepara uma intervenção militar. “Israel decidiu reagir e jamais ceder”, afirma o primeiro-ministro Yitzhak Rabin.

 

No dia 3 de julho, às 23h00 locais, quatro aviões Hércules da força aérea israelense sobrevoam em baixa altitude o lago Victoria e pousam no aeroporto, após mais de 3.600 km sem serem detectados pelo controle aéreo ugandês.

 

O primeiro comando entra em um Mercedes preto, réplica do veículo do presidente Amin Dada. Começa o ataque e rapidamente os israelenses tomam o controle do aeroporto.

 

Os reféns são libertados e levados imediatamente a um avião que acaba de aterrissar, com exceção de três deles, que morrem no ataque, assim como 20 soldados ugandeses e sete sequestradores.

 

Entre as vítimas figura o tenente-coronel Yonathan (Yoni) Netanyahu, irmão mais velho do atual primeiro-ministro e chefe do comando que libertou os reféns. Foi o único soldado israelense morto na operação, chamada “Thunderbolt”, e que depois seria rebatizada pelo governo israelense como “Operação Jonathan”, em sua memória.”


Última foto de Yoni, aos 30 anos

“Quando as pessoas pensam em um herói militar, a coragem física e o brilho estratégico geralmente vêm à mente. Mas, quando você lê as cartas de Yoni, entende rapidamente que sua alma expansiva era tão grande, se não maior, quanto seus amplos dons nesses outros domínios.”

 

Este jovem era uma pessoa admirável!

Ficou para sempre imortalizado na literatura e em filmes realizados sobre sua operação memorável em Entebbe.


Carta de 23/05/1963

“O homem não vive para sempre. Ele deve usar os dias da sua vida da melhor maneira possível. Como fazer isso, eu não posso te dizer. Só sei que não quero atingir uma certa idade, olhar ao meu redor e de repente descobrir que não criei nada. Devo ter certeza de que, não apenas no momento da minha morte poderei dar conta do tempo que vivi, devo estar pronto a cada momento da minha vida para me confrontar e dizer - é isso que eu tenho feito.”

 

Carta de 28/05/1967

“Nenhum de nós quer guerra, mas todos sabemos com certeza que devemos vencer.”

 

Carta de 22/06/1968

Devemos nos apegar ao nosso país com nossos corpos e com todas as nossas forças. Só então eles não escreverão em livros de história que, de fato, os judeus mantiveram sua terra por duas décadas, mas depois ficaram sobrecarregados e tornaram-se mais uma vez peregrinos sem-teto.” 

 


Carta de 15/06/1967

“Quando você vê a morte cara a cara; quando você está ferido e sozinho, no meio de um campo chamuscado, cercado de fumaça - com o braço quebrado e queimando com uma dor terrível; então a vida se torna mais preciosa e almejada do que nunca. Você quer abraçá-la e continuar com ela, para escapar de todo o sangue e morte, para viver.”

Lápide de Yoni Netanyahu (com o logotipo da IDF no canto superior direito)




FONTES:

https://www.nytimes.com/2012/05/18/movies/follow-me-a-biography-of-jonathan-netanyahu.html

https://blogs.timesofisrael.com/the-letters-of-yoni-netanyahu/

https://www.betterworldbooks.com/product/detail/the-letters-of-jonathan-netanyahu-the-commander-of-the-antebbee-rescue-force-9789652292674

https://www.israel365.com/2015/09/the-letters-of-jonathan-netanyahu/

https://en.wikipedia.org/wiki/Yonatan_Netanyahu

https://istoe.com.br/relembre-o-sequestro-e-a-operacao-do-comando-israelense-em-entebbe-em-1976/#:~:text=H%C3%A1%2040%20anos%2C%20na%20madrugada,sequestrado%20por%20palestinos%20e%20alem%C3%A3es.



Um comentário:

  1. maravilhoso texto, que os ostra um exemplo de vida, de crer no seu ideal e no ideal de seu povo.

    ResponderExcluir