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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

EDITORIAL: ADAR e a alegria no ar


E chegamos ao último mês do ano judaico. Mas como? - Quem tem alguma proximidade com o judaísmo dirá: o início do ano judaico é em Rosh Hashaná, por volta de setembro/ outubro! Outros ainda poderão lembrar do Ano Novo das Árvores - no dia 15 do mês de Shvat. Todos estão certos. A Torah traz três datas como o início do ano: o início do ano da natureza, o início do ano civil e também um início do ano para relembrar e celebrar o início do Povo de Israel, quando os descendentes de Jacob se encontram no deserto - esta muitos conhecem. Vamos falar hoje do mês anterior - o mês de Adar. O mês em que é celebrada a alegria, a sorte, a maravilha que é viver.


 



Este é o mês em que se comemora a festa de Purim (24 e 25 de fevereiro de 2021). O Carnaval! O mês de fantasias, desfiles e muita alegria. O mês em que a vida mostra todo o seu vigor.
Nos últimos três anos escrevemos algo sobre a Pérsia, hoje conhecida como Irã, que foi onde aconteceram os episódios ligados à Festa de Purim. Sobre como um dos conselheiros do Rei Arrashverosh induziu a que se ordenasse o extermínio dos judeus, e como a Rainha Ester, sobrinha de Mordechai, levou o rei a evitar tal desastre e como a Vida vence a morte. A mesma sequência, mudando os nomes e a gravidade dos fatos, continuou a ocorrer ao longo da história judaica e ao longo da história da humanidade.

Saber lembrar sem sucumbir às memórias e saber alegrar-se olhando o futuro é o que faz com que a vida seja temperada com sal e açúcar, pimenta e mel, que possa pular os obstáculos e fazer de cada um e cada uma o vencedor e a campeã. Nas comemorações de Purim, a história é lida nas sinagogas, as fantasias e o reco-reco são indispensáveis e este é girado todas as vezes que o nome do ministro é mencionado. Festas de rua, bailes e comidas especiais nos fazem lembrar que a alegria pode ser contagiosa. E que saber se alegrar é uma das principais armas que temos para suplantar dificuldades.

Mesmo no meio desta pandemia, olhando o vai e vem das vacinas, a possibilidade de mutantes de vírus enganarem anticorpos e a reação dos cientistas aprendendo a criar em velocidade recorde novos complementares, ou vasculhando rotas para fechar a porta ao invasor, vemos que há muitos pontos positivos e muitos avanços. Não esqueçam que, apesar das vacinas, o vírus pode continuar no ar - assim, para proteger os que ainda não estão imunizados é preciso que todos usem máscaras. Assim poderemos lembrar de Purim 2021, o carnaval que não necessita de quarta-feira de cinzas. Purim, o carnaval que aponta para um ano novo com regramentos que permitirão uma vida longa, apesar das cinzas.






Que a alegria de Purim e do Carnaval que comemora a vida se espalhe e que continuemos usando máscaras que salvam vidas!


Boa semana!

Regina P. Markus

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