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terça-feira, 18 de outubro de 2022

VOCÊ SABIA? - COLOMBO

 

12 de outubro de 1492: Descoberta da América por Cristoforo Colombo - em latim, Christophorus Columbus e em espanhol, Cristóbal Colón.

Por Itanira Heineberg


Estátua em Barcelona “Monumento a Colombo”

A grande paixão de Colombo: libertar Jerusalém dos muçulmanos




A missão secreta de Colombo era uma busca desesperada por terras novas para os judeus.



Você sabia que Colombo era um marrano que secretamente escondeu sua identidade judaica para ficar vivo, sair em busca da liberdade e assim liberar Jerusalém dos muçulmanos?

Aprendemos na escola que o famoso navegador era um explorador genovês que ofereceu seus serviços aos monarcas reais com o objetivo de enriquecê-los com o ouro e especiarias do oriente.

Porém, de acordo com o excelente texto de Davis Benzecry*, a história não é bem assim.

 

Durante a vida de Colombo, os judeus tornaram-se alvo de perseguições religiosas fanáticas. Em 31 de março de 1492 o rei Fernando e a rainha Isabel proclamaram que todos os judeus deveriam ser expulsos da Espanha. O edito visava os 800.000 judeus que não haviam se convertido, e deu-lhes quatro meses para fazerem as malas e saírem.

Os judeus que foram forçados a renunciar ao judaísmo e abraçarem o catolicismo eram conhecidos como "conversos", ou convertidos. Havia também aqueles que fingiram se converter, praticando o catolicismo na aparência, porém secretamente praticavam o judaísmo, os chamados "marranos", ou suínos (porcos).

Colombo era um marrano, cuja sobrevivência dependia de esconder todas as evidências da sua origem judaica diante da brutal e sistemática limpeza étnica.

O navegador que era conhecido na Espanha como Cristóbal Colón e não falava o italiano, assinou o seu testamento no dia 19 de maio de 1506, e fez cinco curiosas - e reveladoras – disposições:

Dois dos seus desejos - o dízimo, um décimo da sua renda para os pobres, e pagar um dote anônimo para as noivas pobres - fazem parte dos costumes judaicos.

Ele também determinou que fundos fossem dados a um judeu que vivia junto ao portão de entrada do Bairro Judaico de Lisboa.

Neste documento, Colombo usou uma assinatura triangular de pontos e letras que se pareciam com inscrições encontradas em túmulos nos cemitérios judeus na Espanha. Ele ordenou a seus herdeiros para usarem a assinatura, em perpetuidade.

Finalmente, Colombo deixou dinheiro para o apoio às cruzadas que esperava que seus sucessores empreendessem para libertar a Terra Santa.”

 

Pedro Laranjeira, jornalista e escritor, também tem razões para desconfiar de nossos livros escolares; segundo ele, a história continua coxa e precisa ser contada com detalhes e verdade.

Após o exame de DNA ficou comprovado que Colombo era português, apesar das muitas ideias e teorias vigentes nos livros e documentos (genovês, espanhol, italiano...). Há mais de oito nomes para este personagem, um deles sendo Zarco, o grande conhecedor das navegações e frequentador da renomada Escola de Sagres.

Surpreendente foi descobrir que Cuba é uma cidadezinha portuguesa, a vila alentejana onde Colombo nasceu. Aí explica-se o nome por ele dado a uma ilha tão bonita, que lembrava sua cidade natal, Cuba. 



“Para quem escondia as suas origens sem as negar, ainda um outro monograma, que Colon colocou no início das últimas doze cartas ao filho Diogo (na imagem, por cima de 'muy caro filo') - trata-se de um monograma judaico, formado pelas letras hei e beth. Lido da direita para a esquerda, 'beth hei' corresponde à saudação judaica 'Baruch haschem': 'Louvado seja o Senhor' e pode também ser lido como uma bênção 'Deus te abençoe'.

Estelle Irizarry, professora de linguística da Universidade de Georgetown, analisou a linguagem e a sintaxe de centenas de cartas manuscritas, diários e documentos de Colombo e concluiu que a linguagem primária escrita e falada do explorador era o espanhol castelhano. Irizarry explica que no século 15 o espanhol castelhano era o 'iídiche' dos judeus espanhóis, conhecido como 'ladino'. No canto superior esquerdo de 12 das 13 cartas escritas por Colombo para o seu filho legítimo Diego, aparecem as letras manuscritas em hebraico beth-hei.  Há séculos judeus observantes habitualmente adicionavam esta bênção nas suas cartas. Nenhuma carta para outras pessoas tinha estas letras, e na carta para Diego em que foram omitidas eram para serem entregues ao rei Fernando.

No livro de Simon Weisenthal do 'Sails of Hope', ele argumenta que a viagem de Colombo foi motivada por um desejo de encontrar um refúgio seguro para os judeus por causa da expulsão deles da Espanha. Da mesma forma, Carol Delaney, antropólogo cultural na Universidade de Stanford, concluiu que Colombo era um homem profundamente religioso cujo objetivo era navegar para a Ásia para obter ouro, a fim de financiar uma cruzada para retomar Jerusalém e reconstruir o Templo Santo para os Judeus.

Estudiosos apontam para a data em que Colombo partiu como mais uma evidência dos seus verdadeiros motivos. Ele inicialmente estava programado para partir no dia 2 de agosto de 1492, que coincidia com o feriado judaico de TishB'Av, que marca a destruição dos Primeiro e Segundo Templos Sagrados de Jerusalém. Colombo adiou esta data por um dia, para evitar embarcar no feriado, o que teria sido considerado pelos judeus como um dia de azar para zarpar. (Coincidentemente ou significativamente, foi a mesma data que foi estabelecida para que os judeus, por lei, se convertessem, saíssem da Espanha ou serem mortos).

A viagem de Colombo não era como comumente se acredita, financiada pela rainha Isabella, mas sim por dois conversos judeus e um proeminente judeu. Louis de Santangel e Gabriel Sanchez adiantaram um empréstimo sem juros de 17.000 ducados dos seus próprios bolsos para ajudarem pagar a viagem, assim como Don Isaac Abravanel, rabino e estadista judeu.

Na verdade, as duas primeiras cartas que Colombo enviou na sua viagem não eram para Fernando e Isabella, mas para Santangel e Sanchez, agradecendo-lhes pelo seu apoio e dizer-lhes o que ele havia descoberto.

Enquanto testemunhamos o derramamento de sangue em todo o mundo em nome da liberdade religiosa, é importante se ter outro olhar para o homem que navegou os mares em busca de tais liberdades –desembarcando em um lugar que iria se realizar esse ideal, nos seus fundamentos mais importantes.”

Por Davis Benzecry*

 

O texto revelador de Benzecry nos leva a mais perguntas, mais dúvidas, mais leituras.

E aí fica a questão: quando a História será contada sem falhas, mistérios, lacunas?

 

 

*Reproduzimos aqui trechos atribuídos a Davis Benzecry recebidos de amigos por canais de comunicação digital.

 

FONTES:

 

https://www.bbc.com/portuguese/geral-50028627

https://www.cm-cuba.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=89&Itemid=884

https://www.cm-cuba.pt/ficheiros/CristovaoColon/Desdobrav_Colon.pdf

https://pt.wikipedia.org/wiki/Teorias_sobre_a_origem_de_Crist%C3%B3v%C3%A3o_Colombo

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-50464995

 https://laranjeira.com/artigos/colon/index.html#.Y0syC3bMJ1s


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