Marcadores

sexta-feira, 8 de março de 2019

EDITORIAL: DIA DA MULHER

DIA INTERNACIONAL DA MULHER 2019



Dia Internacional da Mulher - 8 de março - qual a importância? Qual o significado? 
Não temos dúvidas sobre as diferenças entre homens e mulheres e os papéis especiais que cada um ocupa em uma sociedade. Gerar filhos e alimentá-los na mais tenra idade é uma tarefa que não admite substituição, e que se torna muito melhor quando há colaboração.

Mas o Dia Internacional da Mulher não foca neste curto, apesar de importantíssimo, espaço de tempo na vida de um ser humano. Foca em toda a vida adulta em que mulheres buscam exercer tarefas para as quais são aptas e, se possível, melhor que muitos outros seres humanos - não por serem mulheres, mas por serem indivíduos.

Confuso? Será? Apenas para os que querem rotular as capacidades individuais usando estereótipos sociais. Neste momento, coloco em evidência a mulher que passou a ser um símbolo da relevância de olhar o indivíduo e não a classe.

MULHER, AMERICANA, NEGRA, na década de 1960, quando ainda a segregação era uma regra e o povo americano e o mundo testemunharam uma das grandes conquistas científicas - as viagens espaciais da NASA, que culminaram com a chegada à Lua. Sim, Katherine Johnson (nascida Coleman) que foi "um(a) do(a)s matemático(a)s" mais importantes do século XX, responsável pela chegada do homem à Lua. John Glenn, o primeiro homem a dar a volta à Lua, certificou-se que Katherine seria a responsável por checar a rota. "A Garota" completou 100 anos em agosto de 2018. E todos deveriam conhecer a história desta guerreira, que teve que superar a muitos preconceitos e que foi mãe dedicada, e que é MULHER. 


Katherine Johnson - NASA


Esta história emblemática se repete ao redor do Planeta Azul, o nosso! E se chegarmos a Israel, podemos saber que as coisas também não são fáceis para as mulheres e que lá também existem mulheres de muitas origens e etnias diferentes. Mas, apesar de querermos mais, não podemos deixar de contar alguns fatos.


MULHER NA POLÍTICA

Golda Meir - Primeira Ministra de Israel


Mulheres atuam na política de Israel em vários níveis. Golda Meir foi Primeira-Ministra de Israel na quarta legislatura. Mulher que viveu em três continentes e em três sociedades muito diferentes, que perseguiu um sonho e realizou. Um passado de perseguições e a chegada ao novo mundo criaram a certeza de que queria algo mais, queria um país para seus filhos e foi atrás de um sonho. Após Golda, outras mulheres ocuparam cargos no gabinete e no Congresso Nacional Israelense. Aqui vale lembrar que apenas congressistas eleitos podem ocupar cargos no Ministério israelense. As mulheres, apesar de serem em pequeno número, contam com uma grande diversidade - árabes, palestinas, negras, religiosas, progressistas. Todas as faces da política israelense tem mulheres que buscam representação. Mas como aqui no Brasil ainda é pouco, forçar apenas porque são mulheres pode resultar em má representação. Mas como acontece com Katherine Johnson - há mulheres dotadas para a busca do bem comum. 

MULHER no EXÉRCITO


Ruth Weistheimer - 2019 e 1948

Israel é conhecido por ter serviço militar obrigatório também para as mulheres. Como o exército de Israel é um local de formação de alta relevância para o país, há espaço para muitas atividades, inclusive algumas que podemos considerar mais adequadas para o perfil feminino. Não podemos negar diferenças. Mas, e sempre há um mas... Há alguns casos que vem recebendo destaque.

Ruth Westheimer  (nascidade em 1928), conhecida como Dra. Ruth - sexóloga de grande sucesso no meios de comunicação israelenses, nasceu na Alemanha e poderia ter sua biografia ligada ao Holocausto. Sim, ela tem o que relatar sobre este perído, mas o que mais chama atenção no seu perfil é que durante a Guerra da Independência de Israel (1948), quando homens e mulheres lutavam lado a lado e a munição era escassa, "o atirador de elite" era uma atiradora - a jovem Ruth, que naturalmente nunca perdia um alvo, mesmo os mais distantes.

Há muito mais histórias - mas esta é um lembrança que mostra a importância do indivíduo - o DOM.


MULHER e JUDAíSMO 


Nechamá Leibowitz

Mulher e religião. Se perguntarmos às mulheres judias, às ortodoxas, mulheres conservadoras ou reformistas e principalmente às que não tem nenhuma ligação com a religião quais a mulheres de destaque nas escolas rabínicas, a resposta será: Que pergunta! Poucas lembrarão das filhas do Rabino Shlomo Yitzchaki, RASHI (1040-1105), que eram versadas nos estudos judaicos, e menos ainda conhecerão NECHAMA LEIBOWITZ (נחמה ליבוביץ׳(1905-1997). Ela nasceu em Riga, viveu em Berlim e doutorou-se pela Universidade de Marburg, na Alemanha (1930). Emigrou para o Mandato Britânico da Palestina na mesma época e iniciou carreira universitária em Israel. Ao mesmo tempo, começou a responder em folhas mimeografadas questões sobre religião em geral, e Talmud em especial. Esta ativiade se prolongou até a era da INTERNET - e foi esta a grande Mestre reconhecida pelo rabinato. Judia ortodoxa, soube ser uma mulher do século XX, e juntar seu nome ao dos grandes conhecedores e estudiosos. Neste ponto precisamos lembrar que ser um Talmid Torah (estudantes de Torah) é uma grande aspiração.

Em muitos outros campos encontramos mulheres de destaque, o mesmo acontece no Brasil - mas ainda temos muito a percorrer!

E mostrando que o caminho é longo, lembro que há uma israelense que ganhou o Prêmio Nobel de Química. Muitas vezes já falamos da Prof. Ada Yonat do Instituto Weizmann de Pesquisa de Israel e como ela cristalizou o ribossoma - missão considerada impossível por muitos, e que abriu grandes perspectivas na medicina. Ada Yonat e sua atividade científica merece um Editorial completo.

MULHER - 👩

MULHERES

Este é um dia para reflexão! É um dia para lembrarmos de pessoas muito especiais e de reconhecermos que cada uma de nós é especial. E, por favor: cada homem também.

Em celebrando as mulheres, celebramos toda a humanidade.

Boa Semana 

Regina P Markus

Nenhum comentário:

Postar um comentário