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quarta-feira, 9 de junho de 2021

Editorial: Os Céus como Testemunhas

 

Imagens e Palavras - Dia 7 de junho



OLHANDO os céus e VENDO o Kotel Hamaaravi - David Rubinger - fotógrafo 
7 de junho de 1967




A foto acima mostra um momento único em toda a história judaica. Para a maioria dos nossos leitores, esta é uma imagem iconográfica que dispensa apresentações. Três soldados israelenses chegando ao Muro Ocidental do Templo de Jerusalém, KOTEL HAMAARAVI, no dia 7 de junho de 1967. Esta muralha que restou após a destruição ocorrida no ano 70 pelos romanos, comprovada historicamente nos textos de Flavius Josefus e no Arco do Triunfo em Roma. Esta muralha que serviu de foco para os judeus espalhados pelos quatro cantos do mundo, e que foi meta de peregrinação por dois milênios. Na realidade, alguns judeus sempre estiveram rezando nestas muralhas poucos anos após a conquista do Imperador Adriano até o ano de 1948. Ao ser formado o moderno Estado de Israel, um conjunto de exércitos árabes atacou a jovem nação que, apesar de ter conseguido uma vitória impressionante, viu o Templo de Jerusalém, a Universidade Hebraica de Jerusalém e muitos outros importantes referenciais ficarem sob domínio jordaniano. Os judeus foram proibidos de chegar perto do Kotel Hamaaravi. 

No segundo dia da Guerra dos Seis Dias, três paraquedistas (Zion Karassenti, Yitzhak Yifat e Chaim Oshri) chegaram à frente do Kotel. Hoje a jornalista Daniela Cohen publica no site Israeleconomico.com a história desta famosa foto feita pelo fotógrafo de guerra David Rubinger z´l (1924- 2017). No dia 5 de junho, estava Rubinger no Egito, acompanhando o Exército de Defesa de Israel (IDF) quando soube que havia luta em Jerusalém. Decidiu rumar para esta frente de batalha. As lutas entre o Batalhão de Paraquedistas 66 e as tropas jordanianas continuavam e ele estava no chão, se protegendo dos projéteis e pediu aos três soldados que parassem. Estes seguiram o pedido sem conseguir retirar os olhos do que viam - o Muro Ocidental, o Monte do Templo. 

 


Rubinger e sua Leica em 2011 (Foto: Shmuel Browns/ Creative Commons) 



Conhecemos outra famosa foto de Rubinger do mesmo dia, algumas horas depois. Ela registra a chegada do Rabino Shlomo Goren com um Shofar e um Rolo da Torah. Conta um jornalista amigo, Charlles Sennott, que a esposa de Rubinger, Anni, aconselhou que a foto a ser enviada para publicação era a dos três soldados.

 

 

Foto do Rabino Goren (Rubinger/GPO)



 

Passados tantos anos, os jovens voltam a olhar os céus de Israel - agora para seguir os foguetes e balões lançados pelo Hamas da faixa de Gaza. Israel acaba de sair de um período de guerra para entrar num triste período de hostilidade de muitos países e principalmente das organizações internacionais.

No último dia 7 de junho, alguns dias atrás, foi veiculada a notícia que a UNRWA, órgão das Nações Unidas dedicada aos chamados refugiados palestinos, informou que localizou túneis de terror sob uma de suas escolas em Gaza. Crianças servindo de escudos humanos para armas destinadas a matar outras crianças. 

 


Postagem em 7 de junho de 2021


 

Considerando o atual contexto na Faixa de Gaza, onde a população é refém de movimentos terroristas que visam acabar com o Estado de Israel, hoje ocorreu uma reunião muito importante para tornar transparente para todo o mundo a forma de atuar do Exército de Defesa de Israel. O respeito à vida, independente de adjetivos, é o foco. No dia 8 de junho, a imprensa internacional reportou a visita que o Embaixador de Israel em Washington fez ao CEO da American Press Association cujos escritórios estavam no prédio que Israel bombardeou este ano. Naquele edifício, no centro de uma cidade, onde estavam localizados escritórios de imprensa, consultórios e muitos outros empreendimentos, o Hamas estava produzindo artefatos para impedir a ação do Domo de Ferro - a importante defesa que Israel tem contra os foguetes lançados sobre sua população civil.

 

Escudo de Ferro (Iron Dome) intercepta foguete lançado de Gaza sobre Tel Aviv



Chegando ao final deste texto, fazendo uma viagem através da história com fatos que aconteceram nestes dias de junho de 1967 e de 2021, resumo as palavras de S. Abdulah Schleifer, que foi editor do "Palestine News" em um diário em inglês publicado em Jerusalem até 1967: "O tenente coronel Moshe Peles, comandante dos paraquedistas amarrou a bandeira azul e branca em uma grade, típica da Cidade Velha de Jerusalém. Naquele dia, o comandante Moshe Dayan comentou com a imprensa que ele era a favor da formação de uma confederação Israel-Jordânia." O artigo termina comentando fortuitamente - "quanto ao tenente coronel, foi assassinado 14 meses depois perto de Toubas, na região de Nablus em uma emboscada dos terroristas da al-Fatah". 

 

E a vida continua.... e os judeus do mundo inteiro continuam rezando ou olhando para Israel... e as fotos que falam vão sendo substituídos pelos textos que revelam imagens futuras.


Regina P. Markus

 

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