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quinta-feira, 3 de junho de 2021

EDITORIAL: ANTISSEMITISMO e ISRAEL - as muitas espirais da História





Fatos e fotos, imagens e contos, sonho e realidade: a vida de cada um de nós tem histórias pessoais diferentes, compartilhando experiências com muitos e comparando realidades de outros, que parecem viver em mundos paralelos.

Nestes tempos de pandemia, aprendemos que pode existir um atrator comum que passa por várias realidades, transformando, unindo e dividindo. Tudo depende do ponto de vista e tudo depende dos fatos e das narrativas.

O antissemitismo está presente na história humana há mais de 3000 anos. Num determinado contexto, pode ser apenas percebido por judeus. A maioria das vezes eu percebia que os interlocutores apenas eram curiosos ou agiam de forma induzida por preconceitos que circulavam livremente na sociedade. Por décadas este foi o contexto brasileiro recente. No passado brasileiro há um forte traço antissemita importado da Península Ibérica – a SANTA INQUISIÇÃO. Conhecemos a história dos anussim, que mantiveram a identidade escondida por muitas gerações. Atualmente muitos retornam ao judaísmo, muitos tentam e muitos se deparam com dificuldades transformadas em alimento para o antissemitismo. Recriam os mesmos argumentos usados por séculos pelos inquisidores e seus seguidores. Quem é quem? Quando e Por quê? Todas são perguntas que ficam sem respostas porque o acaso tem muito a ver com o destino individual, mas quando olhamos o grupo constatamos que são formadas comunidades que se integram e revigoram o Povo Judeu. O Povo Judeu é revigorado pelos descendentes dos que mantiveram sua identidade escondida por séculos – isto porque a cultura judaica é um dos principais elos entre as gerações e as diferentes etnias que compõem o povo judeu.

Se andamos mais céleres na história nos deparamos com fatos pró-semitas durante os tempos do Império e uma sequência de períodos antissemitas nas décadas de 1930-1950. A partir da década de 1970, quando ocorre a Guerra de Iom Kipur (1973) e todos os desdobramentos do Estado de Israel, começam aparecer discursos anti-Israel. Todos estes movimentos são perceptíveis e registrados, mas não atingem a grande mídia. E raramente encontramos pessoas que se declaram antissemitas.

Nestes últimos meses e nestes últimos anos o discurso antissemita atinge proporções não conhecidas por nós brasileiros que nascemos na década de 1950. Os judeus começam a entender que ultrapassamos a fase do NUNCA MAIS e entramos na fase “O QUE FAZER AGORA?”

Esta semana acompanhamos eventos nacionais e internacionais de antissemitismo. Aqui no Brasil alunos judeus da PUC-SP escreveram um manifesto exemplar contra um grupo antissemita e antissionista que se manifestou junto ao Centro Acadêmico 22 de Agosto (Direito). Também esta semana (30 de maio) o jornalista J.R.Guzzo publicou em sua coluna no Estado de São Paulo o texto, “O Veneno Antissemita”. Com humor especial conduz o leitor pelos mais absurdos acontecimentos que mostram manifestação de antissemitismo da esquerda brasileira fantasiados do antissionismo.

O direito do Povo Judeu se defender e o direito do Estado de Israel existir não deveriam ser contestados, nem pelo homem simples que aprende isso de lideranças de massas com duplas intenções e nem por intelectuais que usam e abusam do direito de esquecer e mal interpretar. Toda vez que acompanho atividades acadêmicas ou comemorativas sobre o Eclipse de Sobral (CE), que completou 100 anos em 1919, fico impressionada com a dificuldade em dar a Einstein uma origem. Nos jornais da época é chamado de cientista suíço, atualmente é definido como cientista alemão, e na maioria das vezes, sua origem judaica é omitida. Einstein foi judeu e sionista. Ele foi um ativista sionista e contribuiu de forma marcante para a criação da Universidade Hebraica de Jerusalém. Esteve no lançamento de sua pedra fundamental – e muito mais. Por que sua identidade judaica é omitida? Por muitos anos dizia que era ingenuidade ou desconhecimento, hoje vejo que é o antissemitismo com verniz.

E o mundo roda... os ciclos seguem, o claro após o escuro, a primavera após o inverno, as gerações se sucedem e o Povo Judeu segue a sua história. No meio de uma semana com tantos baixos, hoje, dia 2 de junho, foi eleito o 11° Presidente de Israel – Isaac Herzog

O primeiro presidente de Israel, escolhido em 17 de maio de 1948, foi Chaim Weizmann – pertencia ao partido Sionistas Gerais. O 6° Presidente foi Chaim Herzog, pai do recém-eleito Isaac Herzog, ambos do Partido Trabalhista (Avodá). Ele é o atual presidente da Agência Judaica e foi membro da Knesset (parlamento israelense) de 2003 a 2018. Também foi presidente do Partido Trabalhista e teve várias posições nos governos de Rivlin e Shimon Perez. Seu avô Yitzhak HaLevi Herzog (1888-1959) nasceu na Polônia e foi rabino chefe da Irlanda de 1921 a 1936, quando imigrou para o Mandato Britânico da Palestina e se tornou o Rabino Chefe Ashkenazi do Mandato e, depois de 1948, do Estado de Israel. Ler a biografia do avô do Presidente eleito, de quem este herdou o nome, é também impressionante. Sua família imigrou em 1898 da Polônia para Leeds, no Reino Unido. Seus estudos foram orientados pelo pai que era rabino em Leeds e depois em Paris, frequentou a Sorbonne e a Universidade de Londres, onde obteve o grau de doutor. Interessante estudo sobre cefalópodes, moluscos desafiadores, que são capazes de esperar por uma refeição mais saborosa, quando, em cativeiro tenta-se alimentá-los com algo apenas nutritivo. Estes animais encontram espaço na Torah, porque é de seus cromatóforos azuis que é extraído o azul para o talit, xale de oração usado até hoje pelos judeus. O atual presidente pertence a uma família de líderes, que fizeram diferença ao longo das gerações.

QUE VIAGEM.... e nem mencionamos as origens de sua esposa – EGITO – e teríamos como dar tantas voltas em um outro lado da história judaica. ANTISSEMITISMO faz mal! Mata inocentes! Aleija Gerações! Mas... a VIDA continua...  De geração em geração. E o Povo Judeu segue em frente olhando para o futuro, lembrando sempre de repetir O ANO QUE VEM EM JERUSALÉM... alguns, como o Presidente Ytizhak Herzog, cantam – ESTE ANO EM JERUSALÉM.

BOA SEMANA!

 

Regina P. Markus

2 comentários:

  1. Aqui no Brasil não, os esquerdopatas não vão conseguir espalhar o preconceito e o antissemitismo. Aqui no Brasil a maioria esmagadora do povo acordou e não vai mais cair no mimimi da esquerda nem dos ladrões de dinheiro publico, O Brasil é amigo de Israel e do povo judeu e acordou e não vai mais tolerar ser dirigido pela corja que esta tentando desde 1979 espalhar o ódio, preconceito e caos em terras tupiniquins. Não mais enquanto estivermos alertas. Vai ter sim Bolsonaro em 2022 apoiando Israel e se perturbarem muito vamos resgatar o regime monárquico no Brasil que desde D. Pedro II(que por sinal falava muito bem o hebraico e conhecia profundamente a cultura e historia do povo judeu) foi e sua família imperial ainda é amigo e sempre será de Israel e do povo judeu. #Bolsonaro2022Até2026 #MonarquiaBrasilVoltando2030 #ConservadoresBrasil #Trump2024

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  2. Excelente iniciativa. Devemos deixar claro que antissemitismo é algo cruelmente mau, resultou na morte de 6 milhões de Judeus só no Nazismo.

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