Por Regina P Markus
O Som do Shofar Anuncia a Chegada de um Novo Ano |
O dia 1 de Elul começa ao entrar na noite do dia 24/08 e segue até o pôr do sol do dia 25/08. O mês em que os sentidos são estimulados. A parashá que é lida esta sexta-feira chama-se Reê - Ver. Usar o sentido da visão para acompanhar o mundo à nossa volta. O mundo físico. Aqui estão as regras da cashrut, responsabilidade com os semelhantes e a natureza e a menção das festas de peregrinação, Pessach Shavuot e Sucot. VER e ESCUTAR. Vemos o que está à nossa frente. Escutamos os sons que estão em qualquer direção. SHEMÁ ISRAEL - Escute Israel - esta é uma oração que é rezada todos os dias, ao acordar e antes de adormecer. Israel, o segundo nome de Jacob, o patriarca. E o Shemá Israel na Torah aparece quando os filhos de Jacob se reunem ao seu leito de morte e garantem a continuidade de sua gente. E também quando Moshé está discursando antes de morrer, vendo a Terra Prometida, e sabendo que esta deverá ser única. Neste momento, ensina que manter unidos os ancestrais e os descendentes é a principal garantia de romper os tempos. ELUL - o acrônimo de Ani le Dodi ve Dodi li. Eu sou de meu amado e meu amado é meu. E assim, unimos o universal com o particular. O que temos em comum com aquilo que é único.
Este ano, ao escutarmos o Som do Shofar, serviremos de ouvidos para todos os que estão livres e também para os reféns que ainda são mantidos pelo Hamas em condições subhumanas em Gaza. Onde estão? Por que a Cruz Vermelha e outras entidades humanitárias não cogitaram saber seu paradeiro? Por que não foram verificar suas condições? A cada nova informação que chega, ficamos todos horrorizados! D'us permita que possam ser resgatados ou liberados antes de atingir o marco de 7 de outubro de 2025.
As pessoas e histórias que tem que ser lembrados e resgatados |
Nesta última semana, a guerra das mil versões e das criações de mídia foi ampliada. Vimos em São Paulo e em todo o mundo cenas de antissemitismo explícito. Os desmentidos estão acontecendo. BBC, New York Times e outros meios de comunicação abriram espaço para mostrar que a fome em Gaza, ilustrada com destaque em jornais, revistas e TVs, era uma falsidade. As imagens mostrando crianças e mulheres com quadros de alta subnutrição retratavam pessoas com doenças que induzem perdas musculares e deficiência na retenção de nutrientes. Após identificação das pessoas, ficou claro que estavam em hospitais na Europa e que o transporte havia sido providenciado por Israel. Também foi mostrado que a distribuição de alimentos estava sendo boicotada por grupos internos, que inclusive vendiam produtos recebidos como ajuda humanitária. BBC, New York Times, The Economist e outros publicaram as versões corrigidas. Com destaque menor, mas lá estava para servir de referência. O mesmo não consegui verificar na imprensa brasileira. Os jornais que deram mais destaque para as notícias falsas não fizeram retratação visível.
A geopolítica internacional borbulhou ao longo da semana. O encontro pessoal de Trump e Putin no Alasca foi seguido por um encontro da principal liderança europeia e do Presidente da Ucrânia na Casa Branca. O tom agressivo de encontros anteriores foi substituído por um falar calmo, caracterizando a autoridade capaz de cunhar um futuro baseado em troca de opiniões e atitudes programadas. Sim, o mundo está precisando de mais trocas e menos fanfarras. A esperança é que possamos ver um eixo oriental capaz de incluir Arábia Saudita, Índia, China, Japão, Coreia do Sul, Síria, Jordânia, Líbano, Emirados Árabes Unidos e Israel capaz de liderar o silenciamento dos grandes grupos terroristas que têm fomentado o aumento do antissemitismo ao redor do mundo. Os blocos orientais seriam complementados por países da África, América e Europa - e então estaríamos caminhando para anos em que os interesses da humanidade estariam focados na "construção do mundo", tikun olam, ao invés de tangenciar sua extinção.
Semana em que esperança e desânimo fizeram com que a vida seguisse um rumo ainda desconhecido. Mas, entrando em ELUL - vamos iniciar um mês em que as prestações de contas com os nossos semelhantes vão permitindo selar fatos passados e pavimentar o futuro com realizações e esperança.
AM ISRAEL CHAI (leia RAI).
Regina
E agora, alguns fatos que merecem registro:
1) Uma parceria indo-israelense se traduziria em vantagem estratégica de longo prazo -
2017 Jerusalem Post |
Cada um dos países citados acima mantém projetos e colaborações com Israel.
2) Eles se tornaram símbolos da fome em Gaza. Mas todos os 12 sofrem de outros problemas de saúde.
https://www.thefp.com/p/they-became-symbols-for-gazan-starvation
3) Exemplo de Proposta do Hamas para Cessar Fogo
(ou será para ganhar tempo?) Não podemos esquecer que há pessoas de diferentes nacionalidades ainda sequestradas pelo Hamas. E vejam a proporção de resgate. Causa indignação.
Hostage Deal Update: Saudi media reports that Hamas agreed tonight to a 60-day ceasefire framework.
* The IDF would withdraw about one kilometer, except for Beit Lahiah and Shejaiya.
• In exchange for 10 living hostages, Israel would release 140 prisoners serving life sentences and 60 others with terms over 15 years, as well as all women and minors.
* Each fallen Israeli hostage would be returned in exchange for 10 Palestinian bodies.
• Humanitarian aid, fuel, electricity, and water would be allowed into Gaza.
• Rafah Crossing would reopen in both directions.
• The ceasefire would be for 60 days, with renewed negotiations when it concluded.
𝗜𝗦𝗥𝗔𝗘𝗟 𝗟𝗜𝗩𝗘 𝗡𝗘𝗪𝗦 https://chat.whatsapp.com/GHnMSPhx8yMFxdTyOb9xnQ
4) Ações Judiciais Visando Corrigir Erros de Tribunais Internacionais
A ONG israelense Shurat HaDin entrou com uma ação judicial de 20 milhões de shekels (cerca de R$ 32 milhões) contra Karim Khan, promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), acusando-o de ajudar o Hamas e obstruir a Justiça. O processo, movido em nome das famílias de três reféns mantidos na Faixa de Gaza, afirma que Khan transformou o TPI em “uma filial do grupo terrorista” e agiu contra Israel por motivações ocultas, incluindo o suposto encobrimento de denúncias de abuso sexual contra ele.
Segundo a ação, Khan demorou oito meses para emitir mandados de prisão contra os líderes do Hamas Yahya Sinwar, Mohammed Deif e Ismail Haniya, mortos por Israel nos últimos dois anos. Também há a ausência de mandados contra líderes da Jihad Islâmica Palestina e outros chefes do Hamas, que também mantinham reféns.
Para a Shurat HaDin, Khan promoveu uma falsa equivalência moral entre Israel e o Hamas, dando legitimidade para que os terroristas continuassem a manter e abusar dos reféns. A presidente da ONG, Nitsana Darshan-Leitner, disse que o promotor deu um enorme impulso aos assassinos terroristas com suas ações.
Via: The Jerusalem Post
5) Discurso do Presidente de Israel, Isaac Herzog, na Praça dos Reféns dia 17 de Agosto
(Comunicado pelo Porta-voz do Presidente)
O presidente Isaac Herzog visitou a Praça dos Reféns em Tel Aviv nesta manhã de domingo e se encontrou com as famílias de alguns dos 50 reféns mantidos por terroristas do Hamas em Gaza. Presidente Isaac Herzog discursa na Praça dos Reféns e pede que o mundo pressione o Hamas
“Digo à mídia internacional e aos tomadores de decisão: parem de ser um bando de hipócritas. Digam ao Hamas: sem acordo, sem nada, até que os libertem”.
“Estou aqui para dizer à mídia internacional e aos tomadores de decisão internacionais: Nossos filhos e filhas estão nas masmorras de Gaza há 681 dias. Queremos que eles voltem para casa o mais rápido possível. O mundo deveria querer que eles voltem para casa o mais rápido possível. Parem de ser um bando de hipócritas. Pressionem – porque quando vocês sabem pressionar, vocês pressionam, pressionam e dizem ao Hamas: ‘sem acordo, sem nada, até que vocês os libertem’.
O Presidente acrescentou: “E eu quero dizer aos nossos irmãos e irmãs em todo o mundo: estamos juntos nesta situação. Queremos os reféns de volta para casa. Eles são a questão mais importante nos assuntos mundiais e queremos vê-los de volta para casa o mais rápido possível”.
Enquanto falava com à imprensa, o presidente estava acompanhado de Sharon Sharabi e Yael Adar.
Sharon é irmão de Eli Sharabi, que sobreviveu 491 dias em cativeiro pelo Hamas após sua esposa e filhas serem assassinadas por terroristas do Hamas em sua casa em 7 de outubro. Yael é mãe de Tamir Adar, que morreu em combate contra terroristas do Hamas no Kibutz Nir Oz em 7 de outubro, e cujo corpo ainda está em poder do Hamas.
Texto refletindo momentos que vivemos, de dúvidas, inverdades e de alento para este mês de Elul.
ResponderExcluirQue os governos do bem dominem as decisões do mundo, expelindo as forças terroristas da face da terra! Excelente texto. Parabéns! Ita