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quinta-feira, 16 de março de 2017

Em busca de marcos históricos

O mausoléu de Esther e Mordechai, o mais importante local de peregrinação judaico no Irã.
By Philippe Chavin - Wikimedia Commons

Na última semana, durante as celebrações do Purim, foi veiculado na internet um vídeo mostrando a tumba de Mordechai e Ester que estaria localizada em Hamadan, no Irã. O vídeo mostra imagens bastante conhecidas dos judeus que moravam na Pérsia na época do Xá, mas que são novidade para muitos de nós. Como é possível que um local considerado o túmulo dos protagonistas de uma história tão importante quanto a de Ester e Mordechai, que ocorreu em um império como o Império Persa e numa época tão relevante na História de Humanidade seja desconhecido da maioria dos judeus e da população em geral?

Será mesmo a tumba de Esther e Mordechai? Há questionamentos. De acordo com a Wikipédia, o primeiro registro é do diário de viagem de Mrs Bishop em 1891 e em um artigo de 1997 na Enciclopédia de Arqueologia de Oxford, Stuart Brown data o túmulo entre 399–420 BC. Neste mesmo verbete da Wikipédia, há uma segunda informação afirmando que os túmulos de Esther e Mordechai estariam em Israel.

Ainda atrás das pistas fáceis de achar na Internet busco quando reinou Xerxes I, conhecido em hebraico com Ahashversrosh (o rei da história de Purim), e lá está ele, mais ou menos na mesma época - na realidade um pouco antes - seu reinado foi de 486 a 465 BC. Procuro saber se há alguma tentativa de ajustar as datas – mas isto já exige uma pesquisa mais aprofundada e em fontes mais escondidas.

Então mudo o foco e imagino quantos judeus, durante milênios, visitaram aquele lugar durante Purim? Considerando o que falam os judeus que habitaram aquelas terras até o final do século XX, era um hábito imemorial – e aí está o porquê de decidirmos seguir mais uma semana com o tema Purim. Nós não conhecemos estes hábitos e costumes e nem o lugar físico tão antigo ligado a eles porque os costumes dos judeus da Pérsia não foram propagados para o mundo ocidental. Está ocorrendo um apagamento histórico. E isto no Irã – a mesma nação que nega o holocausto.

A Esh Tá na Mídia tem o objetivo de combater o antissemitismo e a negação do Estado de Israel e em nosso percurso encontramos a forma como isto é feito: o silenciamento histórico; a perda de informações sobre hábitos e costumes que nos remetem aos primórdios da história.

Como dizia o samba – RECORDAR é VIVER – e nós continuamos VIVOS.

AM Israel CHAI ve KAIAM!!!!


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Um grande abraço,
Grupo Esh Tamid
Comitê Editorial 

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