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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

EDITORIAL - Israel: um ecossistema de ciência, tecnologia e inovação

Israel em oitavo lugar no ranking dos países mais influentes da lista "Best Countries 2018" da US News em parceria com a Y&R e Wharton University.


Israel é um jovem país que completa 70 anos em maio deste ano. Localizado em um território rico em História e pobre em recursos naturais, teve que se reinventar várias vezes. Quando os judeus chegaram no final do século XIX, seguindo o sonho milenar de fazer renascer o Estado de Israel que havia sido conquistado há cerca de dois milênios pelos romanos, encontraram alguns compatriotas vivendo em extrema pobreza em uma terra árida. Uma terra coberta por um deserto ao Sul e pântanos ao Norte. Secar os pântanos e iniciar um processo de produção agrícola foi um processo lento. Mas vitorioso: já na década de 1980, o principal fator de exportação eram laranjas.

Mas os imigrantes que chegavam, além de estar preocupados com o alimento para manter o corpo, iniciaram um importante processo educacional que formava as bases da educação e da ciência do Estado de Israel. Uma nação não pode viver sem uma educação básica, e também não pode prescindir de uma educação superior. Na década de 1920 foram criadas a Universidade Hebraica de Jerusalém, a Escola Técnica (Technion) de Haifa e um Instituto de Pesquisa Básica para a busca de conhecimento, o Instituto Weizmann de Rehovot. Esta nação desprovida de recursos naturais, mas que de forma sistemática e contínua manteve uma política de estado que incentiva e premia a educação e a ciência, tornou-se uma nação de destaque no campo da Inovação Científica, transformando conhecimento em riqueza e fazendo com que o cérebro humano seja a sua principal riqueza natural. Usar descobertas feitas em Ciência Básica para gerar tecnologias disruptivas e produtos de alto valor agregado é a base do desenvolvimento econômico de Israel.

Esta semana postamos sobre o Instituto Weizmann de Israel. Esta é uma instituição particular que bem exemplifica o espírito israelense. O Weizmann é uma escola de pós-graduação e um Instituto de Pesquisa que cobre as áreas de Física, Química, Matemática, Computação, Biologia e Biomedicina. Seus pesquisadores se dedicam à pesquisa básica e à busca de novos conhecimentos. Alguns já ganharam os mais importantes prêmios do mundo, como Prêmio Nobel de química (Profa. Ada Yonat, 2009), Prêmio Turing, equivalente ao Premio Nobel da Computação (Profs. Amir Pnueli e Prof. Adi Shamir). Todos eles totalidade publicam nas mais importantes revistas do mundo, e os conhecimentos gerados pela sua investigação já foram convertidos em produtos cujos royalties são revertidos integralmente para a ciência básica e para a educação científica.

Neste mês de fevereiro está sendo lançada mais uma chamada para alunos brasileiros estudarem na Escola de Verão do Instituto Weizmann de Israel. Este curso de férias ocorrerá no próximo mês de Julho e os interessados podem se inscrever respondendo o questionário disponível na página dos Amigos do Weizmann Brasilaté o dia 25 de fevereiro de 2018. Muitos estudantes brasileiros já frequentaram os laboratório do Weizmann, viveram na Cidade da Juventude e viajaram para o deserto, dormindo sob um céu de estrelas e encontrando a vida que espreita através de cada fenda.
 
 
Boa Semana!

Editoras da EshTÁ Na Mídia

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