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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

EDITORIAL - Nosso mundo e as Organizações Internacionais




Nosso mundo e as Organizações Internacionais: quando o poder gerado pela maioria é usado para criar bodes expiatórios

Há assuntos que são recorrentes: entra ano e sai ano, entra década e sai década, e eles parecem nunca se renovar. Temas que vão evoluindo lentamente e que imaginamos nunca ter solução. Um destes temas é a situação de Israel na ONU. O Conselho de Segurança das Nações Unidas, criado para garantir permanente vigilância e manter as boas práticas de convivência permitindo o diálogo entre as nações, tem sido incapaz de realizar suas funções.

O preconceito e os blocos políticos impedem que as nações apontem de forma explícita governos que fomentam a ignorância e a violência; governos que destroem patrimônios da humanidade e mantém minorias étnicas sob constante pressão. Por outro lado, há uma pressão contínua e constante sobre o Estado de Israel. Pressão que vem sendo respondida através do desenvolvimento de mecanismos de defesa e de sobrevivência baseados em ciência e tecnologia. A sobrevivência do Estado de Israel está baseada em sua capacidade de criar mecanismos que impedem a ação de terroristas em seu território, sem tornar seus cidadãos reféns de uma situação de violência. Em Israel, é comum ver crianças a partir dos 10 anos andando sozinhas pelas ruas e encontrar cadeiras de restaurantes com bolsas marcando lugares. Para nós, brasileiros, é não só inacreditável como é impossível seguir o exemplo, pois vivemos em estado de constante vigilância.

Voltando ao Conselho de Segurança da ONU, já comentamos que a atual embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, que assumiu o cargo em 27 de janeiro de 2017, tem sido uma lúcida defensora de Israel. Quando mencionamos “lúcida defensora” queremos deixar claro que sua posição não é de alinhamento, mas sim de constante vigilância. No dia 20 de fevereiro de 2018, ela denunciou mais uma vez o quanto esta organização promove sistematicamente ações contra Israel.

O Conselho de Segurança da ONU é formado por 15 nações, sendo que cinco são membros permanentes e dez têm mandato de dois anos e são eleitas por blocos regionais. Os membros permanentes são Estados Unidos, França, Reino Unido, Federação Russa e República Popular da China e as regiões que elegem os demais membros são grupo Africano (3 membros), grupo Ásia-pacífico (2 membros), grupo Europa Oriental (1 membro), grupo América Latina-Caribe (2 membros), grupo Europa Ocidental e Outros (2 membros, sendo que pelo menos 1 deve ser da Europa Oriental). Há várias regras para a eleição que podem ser encontradas na Wikipedia, mas uma delas vale destacar: “Um dos membros não-permanentes do conselho é uma nação árabe, alternadamente dos grupos Africano ou Ásia-Pacífico. Esta regra foi acrescida ao Sistema das Nações Unidas em 1967, passando a vigorar a partir de 1968”.

Mais um detalhe importante: Israel não faz parte do bloco asiático. Fica então evidente que este arranjo é o responsável pelo número de condenações desproporcionais e também por quê as ações das missões da ONU não têm caráter de neutralidade.

Vale a leitura do discurso desta semana de Nikki Haley, que além de atual Embaixadora dos Estados Unidos na ONU também é ex-governadora da Carolina do Norte. Uma mulher nascida de uma família hindu tradicional, que exerce uma liderança há muito desejada com um olhar determinado. Uma mulher daquelas que conseguem ultrapassar fronteiras e avançar gerações, falando de forma ponderada mesmo tendo que pautar a ausência das delegações que agridem Israel. Estas, por seu lado, têm como conduta sair das salas de reunião quando sabem que verdades podem ser ditas.

Entender a forma como estes organismos internacionais são constituídos permite que possamos avaliar as suas decisões, e, principalmente a sua capacidade de manter a imparcialidade necessária para o avanço de processos de convivência.



Distribuição do Conselho de Segurança da ONU






Grupo Africano
Grupo Ásia-Pacífico
Grupo Europa Oriental
Grupo América Latina e Caribe
Grupo Europa Ocidental e Outros
Estado sem grupo
Estado ou território não-membro



Fontes:



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