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terça-feira, 4 de maio de 2021

VOCÊ SABIA? - 1030 perseguições

 

Por Itanira Heineberg


Você sabia que os Judeus foram expulsos de suas terras 1030 vezes, espalhando-se por várias partes do mundo, vindo a ser o povo mais cosmopolita do planeta?

Os Judeus são um dos povos mais antigos do mundo, têm mais fatos sobre sua história do que qualquer outro povo. Veja, clicando aqui, a lista das 1030 expulsões dos judeus pela história.

 

O primeiro desterro da lista refere-se ao ano de 1200 AC, quando os judeus sofreram perseguições e maus tratos no Egito.

A razão de sua expulsão era múltipla: os judeus portavam uma infecção contagiosa na pele, a tão temível lepra, além de causarem rebeliões no país ajudando os hicsos a conquistar e manter o poder.

 


Após os 400 anos dourados da dinastia do rei David em Jerusalém, do ano 1000 AC ao 600 AC aproximadamente, quando os profetas muito advertiram os dirigentes do poder sobre as maldições de Moisés combatendo a corrupção e a idolatria a outros deuses, finalmente a hecatombe aconteceu!

Antes de sua morte Moisés prenunciara Bênçãos e Maldições sobre os israelitas: eles seriam abençoados se obedecessem a Deus, mas vivenciariam as maldições caso não respeitassem os ensinamentos recebidos, estatutos e normas.

Ainda antes da Era Cristã, os judeus seriam expulsos duas vezes da Samaria, mas a grande expulsão viria logo depois.

Em 586 ou 597 AC, Nabucodonosor II da Babilônia conquistou Jerusalém, queimou e destruiu o Templo construído por Salomão, e expulsou os judeus levando-os como escravos para suas terras.

 

“O Senhor trará, de um lugar longínquo, dos confins da terra, uma nação que virá contra vocês… nação de aparência feroz, sem respeito pelos idosos nem piedade para com os moços… Ela sitiará todas as cidades da sua terra (Deuteronômio 28:49-52)”

 

Mas conforme já mencionado num dos Editoriais de nosso grupo“Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição: escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência. (Deuteronômio 30:19)”

Ficaram assim os judeus com a vida em meio a todas as tribulações que lhes foram atribuídas.

O cativeiro babilônico com duração de 70 anos foi uma experiência difícil para os judeus. Sofreram humilhações, foram maltratados, insultados, e a lembrança da queda de Jerusalém e da destruição do Templo derrotava-os duplamente.

Devemos lembrar que o exílio babilônico proporcionou a construção das escolas rabínicas e do Talmud Babilônico - assim, da destruição e diáspora foi construído todo um sistema educacional que permitiu que escolhessem a VIDA.

Os judeus permaneceram escravos na Babilônia até o ano de 538 AC quando Ciro, o Grande, o imbatível imperador persa dominou a região médio-oriental.

Como Ciro seguia os princípios de respeitar as culturas dos povos conquistados, ele permitiu que os escravos hebreus voltassem às suas terras e aos seus preceitos religiosos.

Dentro desta nova realidade os judeus retornaram, organizaram-se e iniciaram a reconstrução do templo de Jerusalém.

 

SEGUNDO TEMPLO

Então Alexandre, o Grande, conquistou a Pérsia e os judeus passaram a viver numa província dos impérios gregos, por mais 200 anos.

 

Alexandre, o Grande, em Jerusalém.



Depois veio o período dos romanos que no ano 70 DC conquistaram Jerusalém, destruíram o Segundo Templo e expulsaram novamente os judeus em mais um exílio judaico da história do povo.


Expulsos de Jerusalém pelo imperador romano Tito



E assim o povo judeu sobreviveu por aproximadamente 2000 anos, esparsos em terras estrangeiras sem  jamais serem aceitos naqueles territórios.

Além deste estranhamento com as populações locais, os judeus em geral sofreram grandes perseguições e assédios. A partir da Espanha, na Europa Ocidental, na Rússia, eles  viveram quase sempre em situações perigosas nestes reinos cristãos.


“As maldições de Moisés cerca de 1500 A.C. foram descrições acuradas de como Israel viveu.”

“No meio daquelas nações vocês não encontrarão repouso, nem mesmo um lugar de descanso para a sola dos pés. Lá o Senhor lhes dará coração desesperado, olhos exaustos de tanto esperar, e alma ansiosa. (Deuteronômio 28:65)

Todas as nações perguntarão: ‘Por que o Senhor fez isto a esta terra? Por que tanta ira e tanto furor?’ (Deuteronômio 29:24)

E a resposta era:

Cheio de ira, indignação e grande furor, o Senhor os desarraigou da sua terra e os lançou numa outra terra, como hoje se vê’. (Deuteronômio 29:28)”



E se olharmos a infindável lista de expulsões dos judeus veremos que os mesmos palmilharam os vários cantos da terra em busca de um lugar que os recebesse em paz e tolerância.

A Segunda Guerra irrompeu e mais uma vez os judeus foram escorraçados de seus lares numa perseguição cruel que os levou aos acontecimentos insanos do Holocausto.

Ainda no final do século XIX, em 1860 nasceu Theodor Herzl, um grande estadista judeu que entendeu que seu povo precisava com urgência de um lugar para se estabelecer e crescer. Decidiu-se pela Palestina, lugar de origem do povo destituído de direitos e leis.

Herzl não conheceu o estado que idealizou, em 1897 ele declarou:

 

“Se não for em cinco anos, certamente em cinquenta, os judeus terão seu próprio estado”.


Ele tinha razão, em 1947 foi votada a “Partilha da Palestina” e, logo depois, o pequeno Estado de Israel declarava sua independência.



Finalmente em 1948 foi criado o Estado de Israel, aquele cantinho tão esperado pelos judeus do mundo inteiro, especialmente após os grandes sofrimentos e perdas por eles experimentados durante o Holocausto.


Ben Gurion proclama o Estado de Israel.

1030 expulsões, mas nunca um minuto de hesitação!

Este povo valorizou e valoriza a VIDA, nunca se deixou abater, lutou sempre em busca de um mundo melhor!

 


Jerusalém


Israel, hoje, a única democracia do Oriente Médio.

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