Logo após a entrevista dada pela nova embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, em que afirmou que os Estados Unidos estavam determinados a enfrentar o viés anti-Israel que contamina a ONU (demos aqui no blog, desça a página para ler), recebemos mais uma animadora notícia: Malcolm Turnbull, Primeiro-Ministro da Austrália, ao falar sobre a visita de Benjamin Netanyahu ao seu país, declarou que o seu governo "não irá apoiar resoluções unilaterais criticando Israel como a recentemente adotada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas" e que "deplora as campanhas de boicote que têm como objetivo deslegitimar o Estado Judeu."
Confira abaixo a íntegra da notícia.
Fonte: Sky News Australia
Malcolm Turnbull defendeu Israel e criticou as Nações Unidas
antes de uma visita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu à Austrália.
Confira abaixo a íntegra da notícia.
Fonte: Sky News Australia
Malcolm Turnbull-Primeir Ministro de Austrália. |
Turnbull criticou a ONU por adotar 20 resoluções críticas a
Israel entre 2014 e 2015, quando apenas uma resolução foi emitida em resposta à
guerra síria.
"Meu governo não apoiará resoluções unilaterais que
critiquem Israel do tipo recentemente adotado pelo Conselho de Segurança da ONU
e deploramos as campanhas de boicote
destinadas a deslegitimar o Estado judeu", escreveu ele em um artigo
publicado pelo jornal The Australian na quarta-feira.
"Ao mesmo tempo, reconhecemos que Israel e os palestinos
precisam chegar a um acordo e apoiamos uma solução de dois estados diretamente
negociada para que os palestinos tenham seu próprio estado e o povo de Israel
possa estar em segurança dentro da fronteira acordada.”
Netanyahu será o primeiro primeiro-ministro israelense a
visitar a Austrália quando chegar a Sydney na quarta-feira.
Turnbull disse que apesar dos laços entre as duas nações,
muitos australianos viam Israel exclusivamente através da lente do seu conflito
com os palestinos.
"Eles exigem que o governo tome o lado daqueles que na
comunidade internacional buscam castigar Israel - e apenas Israel - pelo
contínuo fracasso no processo de paz".
Ele recomendou
fortemente que os líderes israelenses e palestinos retomem as negociações envolvendo uma solução de dois estados.
"Acreditamos que, com tantas outras disputas maiores,
mais destrutivas e intratáveis no Oriente Médio, este é um momento em que
líderes israelenses e palestinos, apoiados pela comunidade global, deveriam
voltar à mesa de negociações e trabalhar em prol de uma solução que sustente os
direitos de ambos os povos de viverem lado a lado em paz e segurança ".
Enquanto isto, uma profunda ruptura surgiu no Partido
Trabalhista antes da chegada de Netanyahu, com alguns veteranos do partido pedindo o reconhecimento
imediato de um Estado Palestino e de outras altas figuras políticas alertando
contra o abandono das negociações de paz.
Esta semana vários membros do Partido Trabalhista de alto
escalão insistiram publicamente que uma solução de dois estados não seria
viável se os assentamentos continuassem a ser incentivados e permitidos por
Israel.
Cerca de 50 pessoas se reuniram na frente da embaixada de Israel
em Canberra nesta segunda-feira para protestar contra a visita, com
manifestações semelhantes esperadas em Melbourne e Sydney ainda nesta semana,
em meio à forte segurança.
Mais de 60 australianos proeminentes, incluindo ex-políticos
trabalhistas, altos profissionais do direito e clero, assinaram uma declaração
contra a visita de Netanyahu por causa das políticas de seu governo em relação
aos palestinos ".
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