NARRATIVAS - formando o inconsciente coletivo
Por:
Regina P Markus
Marcela Fejes
Com o passar do tempo, fatos contados e recontados vão ganhando valores e sendo consolidados formando o que são as bases para as nossas ações conscientes e inconscientes. Quando pensamos em judaísmo, anti-semitismo, o moderno Estado de Israel e seu lugar entre as nações, encontramos vários processos que se repetem ao longo dos séculos e todos nos convidam a refletir (vejam aqui no blog o artigo de Gido Maisuls postado em 10/02/2017).
As histórias - ou narrativas - que induzem ao anti-semitismo são muito conhecidas. Como exemplo, na Idade Média foi criada a fábula do Judeu Errante - uma forma de culpar os judeus coletivamente pela morte de Jesus. Uma sentença de sofrimento eterna - tudo isto omitindo a História.
Seguindo a linha do tempo e pulando vários episódios chegamos aos Protocolos dos Sábios de Sião e sua conspiração de domínio do mundo, aos horrores do nazismo e à dizimação de todas as judiarias dos países árabes. Países com populações judaicas que remontam aos tempos bíblicos fizeram uma limpeza étnica inacreditável.
Hoje encontramos o grande levante contra Israel. E novamente estamos baseados em narrativas: histórias construídas sem base ou fazendo uso de momentos pontuais que não refletem a realidade. Vamos mudar o foco! Vamos buscar fatos.
Esta semana, no Esh Tá na Mídia, destacamos as histórias que falam do envolvimento de Israel com refugiados, ou de Israel com as populações civis sob estado de guerra, e como colaboramos até aqui no Brasil (cidade inteligente no Ceará - também no nosso blog). É impressionante que quando o mundo todo discute se recebe ou não refugiados e o que se faz com a população síria em estado de guerra, é o Estado de Israel que monta hospitais para receber doentes daquele país, recebe refugiados e envia missões com cobertores e roupas para além de suas fronteiras.
Fatos como estes não são narrados de forma sistemática. Encontram um espaço na mídia digital, mas quase nenhum espaço nas mídias tradicionais. Assim, paralelo aos problemas com a população árabe que mora ao Oeste do Rio Jordão e na faixa de Gaza, há todo um lado de ações que são feitos de um povo que sabe o que é viver uma diáspora de mais de 2000 anos e que sobrevive não por causa de uma maldição sem sentido, mas porque sabe ser diverso e adaptar-se a cada momento.
Como diz a Torah- quando é dado o direito a escolher entre o bem e o mal - ESCOLHA A VIDA.
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