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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Salvamento Nacional de Israel no México

Entra ano, sai ano, e Israel bate ponto onde se faz necessário.

Impossível não se emocionar com o que aconteceu durante a passagem do Salvamento Nacional de Israel pelo México, após o terremoto que atingiu o país na semana passada.

Assista:



Exército de Israel recruta soldados no espectro autista

Para uma pessoa no espectro autista, o mundo pode ser um lugar confuso. Mas o exército israelense encontrou um jeito de colocá-las onde são as melhores, fazendo com que tenham um propósito e façam realmente parte da sociedade.



segunda-feira, 25 de setembro de 2017

VOCÊ SABIA? - De onde vem a Heresia



Você sabia que a palavra “heresia”, que também define o crime imputado aos mouros, judeus e protestantes pela Igreja Católica durante a Idade Média, tem sua origem no grego e quer dizer escolha?



Heresia, escolha, opção, é um termo com origem grega, haíresis.


Segundo o dicionário Novo Aurélio (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, 1999, 3ª edição) heresia, é “escolha, escola filosófica, seita religiosa. 1 – Doutrina contrária ao que foi definido pela Igreja em matéria de fé. 2 – Ato ou palavra ofensiva à religião. 3 – Idéia ou teoria contrária a qualquer doutrina estabelecida. 4 – Fig. Contrassenso, tolice. ”

Segundo o site Significados.com.br: 

Heresia é quando alguém tem um pensamento diferente de um sistema ou de uma religião. Sendo assim, quem pratica heresia é considerado um herege.
Uma heresia é uma doutrina que se opõe frontalmente aos dogmas da Igreja. Fora do contexto da religião, uma heresia também pode ser um absurdo ou contrassenso.
A heresia acontece quando qualquer indivíduo ou um grupo resolve ir contra uma religião, em especial aquelas que são muito rígidas. A heresia surgiu com a Igreja Católica, em especial no período da Idade Média, quando ela começou a sentir-se ameaçada por pessoas que criticavam seus dogmas e seus ensinamentos.
Uma heresia consiste na negação ou dúvida pertinaz, por parte de um cristão, de alguma verdade que se deve crer com fé divina. As heresias apareceram ao longo da história da Igreja pela negação ou recusa voluntária de uma ou mais afirmações de fé. Por sua transcendência teológica e política, são destacadas as heresias relativas à natureza e missão de Cristo (arianismo, nestorianismo e monofisismo, entre outras); em relação à liberdade do homem e à ação de graça (pelagianismo, protestantismo), em relação à luta entre o bem e o mal (maniqueísmo, catarismo, etc.); em relação à função, à vida e constituição da Igreja (valdenses, hussitas, protestantismo, etc.).
Nos estados em que o catolicismo era a religião estatal, os hereges contumazes eram entregues com frequência ao braço secular para aplicação das penas civis, que podiam incluir pena de morte. Na sua própria esfera, a Igreja impõe penas canônicas, sendo que a mais importante é a excomunhão. ”
E assim, para combater os hereges, surgiu a Santa Inquisição, que a meu ver, de santa, nada tinha!



Foi criada para salvar os pecadores, mas tornou-se um instrumento para controlar as pessoas e suas ações, passando também a ser utilizada pelos reis que eliminavam inimigos ao seu bel prazer, apoderavam-se de seus bens, enriquecendo facilmente e alimentando mais e mais a própria ganância.
Os hereges eram punidos com severidade em fogueiras, com torturas e até mesmo estrangulamentos.
A Santa Inquisição ou Santo Ofício, instituído pelos tribunais da Igreja Católica, tinha como objetivo capturar, julgar e castigar todos aqueles que se afastavam de seus preceitos, isto é, os hereges.
A Inquisição Medieval foi fundada no sul da França, no Languedoc, em 1184, para acabar com os cátaros e os albigenses.
Os cátaros, (4 paróquias do Languedoc : Toulouse, Carcassone, Albi e Agen), repudiaram a Igreja Católica, a qual apelidaram de Igreja dos Lobos, criando um cristianismo alternativo denominado catarismo, do grego katharos, os puros.
Devido às duas últimas paróquias, são também conhecidos como albigenses.
Milhares de albigenses foram exterminados ao cabo de longos e trágicos 20 anos a mando do Papa Inocêncio III.
Em 1231, o Papa Gregório IX oficializou a Inquisição numa tentativa de excluir seitas de caráter religioso na Alemanha, Itália, Portugal e França.
Em 1478 a Inquisição Espanhola ressuscitou de forma aterradora, com o casamento dos Reis Católicos e a união dos reinos de Aragão e Castela.
E apesar das distâncias e das dificuldades das viagens marítimas, a Inquisição Espanhola, em seu furor, atingiu o continente americano, só esmorecendo e finalmente acabando em 1824.
A Inquisição Romana, conhecida como Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício, assim como a Espanhola, durou mais de 300 anos, estendendo-se de 1542 a 1965.
Fatos sobre a Inquisição
- A Inquisição teve origem no antigo Direito Romano, sendo o inquisidor o investigador e o juiz ao mesmo tempo, consequentemente uma pessoa com poder total em suas decisões.
- Os tribunais não praticavam Justiça, os acusados não tinham o direito de se defender e eram submetidos a grandes torturas para confessar o que os inquisidores tinham em mente, ou seja, as acusações por eles apresentadas.
- A Inquisição no Brasil iniciou em 1536, acabando em 1821, durante a Revolução Liberal do Porto.
- Em seu livro Cristãos novos em São Paulo (séculos XVI – XIX), Marcelo Meira Amaral Bogaciovas esclarece que houve sim, Inquisição em São Paulo, inclusive com Visitação do Santo Ofício. Eram feitas cobranças de impostos exclusivas a cristãos-novos, houve denúncias e caças aos judaizantes. Parentes do autor, de São Paulo e outros lugares do Brasil foram colocados em porões da Inquisição, alguns sendo executados e outros perdendo a lucidez por não entenderem o crime que tinham praticado. Alguns foram torturados e muitos morreram ao contrair doenças pela falta de higiene do cárcere.
- Alguns escritores consideram os hereges verdadeiros revolucionários ao defenderem suas ideias, princípios ou religião apesar de todos os perigosos riscos que corriam.
Finalizando ...
“Para retomarmos a história do conceito, o termo heresia foi utilizado primeiramente pelos cristãos, para designar ideias contrárias a outras aceitas, sendo aquelas consideradas como "falsas doutrinas". Foi utilizado tanto pela Igreja Católica como pelas Igrejas Protestantes, ambas argumentando que heresia é uma doutrina contrária à Verdade que teria sido revelada por Jesus Cristo, ou seja, que é uma ‘deturpação, distorção ou má-interpretação’ da Bíblia, dos profetas e de Jesus Cristo (bem como do magistério da Igreja no colégio apostólico, no caso da Igreja Católica e dos primeiros cristãos). A própria Bíblia fala sobre a "aparição de heresias", "idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias," (Gálatas5:20).”


Escultura de Gustaf Vasakyrkan em Estocolmo, “Os Santos triunfam sobre a heresia”


Este texto é uma contribuição de Itanira Heineberg para o EshTá na Mídia, do grupo Esh Tamid.
Outras fontes:
Armando Araújo Sivestre – Pós-doutorado em História da Cultura (Unicamp 2011)
Agencia.fapesp.br/ como a inquisição atuava no Brasil/ 18403
Wikipedia Heresia
http://super.abril.com.br Cátaros: Hereges, graças a Deus, Superinteressante






quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Chen Miller

Conheçam Chen Miller, a professora israelense de educação especial cujo discurso viralizou nas redes sociais.

Até o Ministro da Educação de Israel, Naftali Bennett, compartilhou o vídeo. Assista e se inspire com ela.



Editorial: SHANÁ TOVA





Resultado de imagem para shofar

Nesta noite, Erev Rosh Hasahná (20 de setembro de 2017), judeus do mundo inteiro estarão reunidos para iniciar o Ano Novo Judaico - a "Cabeça" (Rosh) do Ano (Shaná). A saudação tradicional é Shana Tova u Metuka - Um ano bom e doce, e são servidos pedaços de maçã mergulhados em mel.

Rosh Hashana é recebido com orações e coroa o último mês do ano civil, Elul - período em que se ouve o Shofar - som que acorda os corações para este momento de reflexão.

Neste dia judeus de todos os continentes estarão celebrando o mesmo ritual. Quando foram descobertos no século XX os judeus que moravam no interior da África e se consideravam um povo isolado e diferente, nós realizamos a dimensão de participar desta corrente da vida. Participar de uma tradição que vai se adaptando aos séculos e às civilizações, mas que segue em frente contando os anos. Este ano é 5778. Para lembrar esta dimensão do povo judeu esta semana vamos postar a História dos Judeus de Gana.

Maimonides, famoso sábio sefaradita, nascido em Córdoba na Espanha, dizia que o Shofar era o som que marcava o tempo - O TEMPO - um precioso bem que é dado aos homens de forma igualitária. O mesmo é dado ao rico é dado  ao pobre, ao bonito e ao feio, e cabe a cada pessoa fazer o que lhe convier com seu tempo. Mas, para que este tenha valor, temos que saber que está passando, e temos que ter oportunidade de avaliar o que estamos fazendo. A cada Rosh Hashaná, o Schofar é tocado para que saibamos que mais um ano se foi e para que tenhamos condições de pedir desculpas aos homens a quem ofendemos, olhar para o lado e ajustar nossos relacionamentos e também traçar rumos para continuar a jornada.

Esta jornada que é diferente para cada pessoa, mas que será sempre mais fácil quando pudermos contar com o melhor de cada um. Saber que podemos, saber que somos amados e saber que pertencemos é mais fácil quando estamos em um grupo que sabe olhar o futuro, criando facilidade e tecnologia, e ao mesmo tempo que sabe viver o presente apoiando e incentivando a cada um de forma muito especial e muito individual. Para sermos únicos, para sermos escolhidos, para sermos diferentes é preciso saber que somos muitos, fazemos parte de um todo e que não temos todas as habilidades. Rosh Hahana é o momento de cuidar do EU - e perceber que este faz parte de um NÓS.

Ao ser perguntado para onde devemos olhar quando rezamos, um sábio registrou no Talmud a seguinte resposta: "Os olhos devem dirigir-se para a terra e o coração, para os céus". Devemos olhar o nosso planeta porque somos partícipes na sua criação e no seu cuidado. Temos que agir aqui e agora, no tempo que nos é dado para viver. Ninguém sabe quantas luas serão, mas sabemos que será uma vida inteira - e temos que torná-la doce como a maçã mergulhada no mel.

Romântico e poético - mas somos pessoas do século XXI, e o que mais gostamos é de toda a ciência e conhecimento que geramos e a partir destas tecnologias incríveis. Assim há muitos que sugerem colocar o Apple no Mel - e eu diria, use o seu Apple, ou seu celular para dizer doces palavras e com isto preparar a todos para um Ano maravilhoso.

SHANÁ TOVA u METUKÁ
20 de setembro de 2017
1 Tishrei 5778

Editoras da EshTÁ Na Mídia

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Maior torre de energia solar do mundo é construída em deserto de Israel


A Usina de Ashalim, em construção, em Israel

Na paisagem das areias do deserto do Negev, no sul de Israel, uma torre de 250 metros de altura - o equivalente a um prédio de 50 andares - se destaca. Trata-se da torre da usina solar de Ashalim, parte do esforço das autoridades israelenses para produzir, até 2020, 10% de sua energia através de fontes renováveis; hoje, este porcentual é de 2,5%.

A mais alta do mundo em um projeto de energia solar térmica concentrada (Concentrating Solar Power - CSP, em inglês), a torre de Ashalim é circundada por 50.600 espelhos controlados por computador (heliostatos), distribuídos por uma área de 3 km². Esses espelhos acompanharão a movimentação do sol de modo a refletir luz sobre uma caldeira localizada no alto da torre, durante o maior tempo possível ao longo do dia.

A radiação solar infravermelha capturada pelos espelhos e refletida sobre a caldeira criará um processo térmico de vapor que moverá enormes turbinas, gerando energia elétrica "limpa". Quando pronta, no primeiro trimestre de 2018, a usina de Ashalim produzirá 121 megawatts de energia solar, suficientes para iluminar 125 mil casas, evitando a emissão anual de 110 mil toneladas de dióxido de carbono.

"A eletricidade será gerada a partir do vapor da mesma forma que geraria uma usina de gás ou de carvão, mas a energia não vem de combustíveis fósseis e sim do sol. É uma obra de porte para quem quer investir em energia limpa", diz o engenheiro uruguaio Jacinto Durán-Sanchez, diretor-geral da usina solar. 




Termine de ler a reportagem do UOL, publicada em 07/09/2017, clicando aqui.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

VOCÊ SABIA? - Fernão de Noronha

Você sabia que o turístico arquipélago vulcânico Fernando de Noronha, no litoral brasileiro, deve seu nome a um notável mercador de Lisboa de ascendência judaica?



Como então se explica que nada sobre este famoso navegador tenha aparecido nos livros de história do Brasil e que os alunos na escola nunca tenham ouvido falar na valiosa e cobiçada “madeira judaica”?

Vejamos agora quem foi este ignorado personagem da nossa história.

- Fernando de Noronha, ou Fernão de Loronha, era um judeu sefaradita nascido nas Astúrias em 1470.

- Era um judeu português convertido ao catolicismo por razões de sobrevivência e continuidade, e como consequência, um cristão-novo.

- Noronha foi batizado em pé tendo como seu padrinho o Primeiro Conde de Linhares, de acordo com os relatos do padre Antonio Soares de Albergaria, um heraldista do século XVII.



- Além de dedicar-se ao comércio e às navegações, era representante do proeminente e rico  banqueiro alemão, Jakob Fugger von der Lilie, o Rico, na Península Ibérica.

- Em uma de suas expedições marítimas, Fernando de Noronha descobriu as ilhas na costa nordeste brasileira que, após várias denominações, receberam seu nome por ordem de D.Manoel I, rei de Portugal.

- Em 1504, D. Manoel o Venturoso doou as ilhas a Fernando de Noronha, surgindo assim a primeira capitania do mar no litoral brasileiro.




“Juntamente com outros cristãos-novos, comerciantes portugueses, (Fernão de Noronha) obteve concessão para explorar os recursos naturais do Brasil durante três anos e em 1503 obteve da Coroa o contrato (de exclusividade?) para exploração do pau-brasil, a valiosa madeira de tinturaria. O consórcio financiou a expedição de Gonçalo Coelho em 1503 que em 24 de julho descobriu a magnífica ilha que mais tarde tomaria seu nome. Em 1506, Noronha e os sócios extraíram das novas terras mais de 20 mil quintais de pau-brasil, vendidos em Lisboa com um lucro de 400% a 500%.” (Fonte




“Este Rei (D.João III, sucessor de D. Manoel), atendendo aos serviços prestados a seu pai e a ele próprio por Fernão de Loronha, o tirou do número geral dos homens e conto plebeu, reduzindo-o ao conto, estima e participação dos nobres fidalgos de limpo sangue e o fez Fidalgo de Cota de Armas.”
“Alguns atribuem a Fernão de Noronha a mudança dos nomes cristãos de Ilha de Vera Cruz e Terra de Santa Cruz para Brasil. Entretanto, tal fato não tem base histórica e se origina de ideias antissemitas. ”
“O que ocorreu foi a mudança do nome devido ao comércio de pau-brasil, do qual Fernão de Noronha era apenas um dos arrendatários.“



- Características pessoais de Fernando de Noronha:

Como homem de seu tempo foi uma personalidade marcante na vida pública de Portugal.
Como donatário, através do contrato de arrendamento com o rei, colonizava as novas terras sem ônus para a coroa.
Como cristão-novo, foi magnânimo, comprando as propriedades dos judeus portugueses que abandonavam o país, caso contrário eles simplesmente as perderiam.
Estes detalhes de sua pessoa aparecem nos escritos do Arquivo da Torre do Tombo.

Bibliografia - Wikipedia
História Secreta do Brasil – Gustavo Barroso
http://www.dhi.uem.br/gtreligiao – Revista Brasileira da História das Religiões
Breve História dos Judeus no Brasil – Salomão Serebrenick – eSefarad.com

Este texto é uma contribuição de Itanira Heineberg para o Esh Tá na Mídia.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

EDITORIAL - PASSADO E FUTURO - a missão de Israel

A espiral da História segue o seu curso em uma Linha do Tempo que é inexorável e parece não ter volta. Mas, a cada ponto desta espiral, a visão que temos do Presente e do Passado são diferentes.

Nestas semanas de Elul, que antecedem a chegada do Ano Novo, a chegada de Rosh HaShaná, é comum as pessoas estarem envolvidas em grandes preparativos e ocuparem mais o seu tempo com preparativos.

Mas também é neste tempo que nos damos o direito de refletir sobre o passado e como este pode ser usado para inspirar o futuro. Esta foi uma semana muito ativa para a Comissão Editorial do EshTáNaMídia. Preparativos para chegar às Grandes Festas e encontrar toda a Comunidade que tem prestigiado este trabalho. Esta é uma semana perfeita para unirmos os Tempos.

O grande evento desta semana será o Weizmann Talk - todos convidados para assistir aos 4 jovens brasileiros que este ano passaram o mês de julho no Instituto de Pesquisa Weizmann em Israel realizando pesquisa em laboratórios de excelência e mochilando pelo Deserto do Neguev. Um passeio para muito jovens e bons aventureiros, muitas vezes exaustivo e que inclui a subida de Massada.

Veja aqui sobre o Weizmann Talks que vai acontecer no próximo domingo.





Massada, uma alta elevação, uma montanha que se destaca acima do Mar Morto e que foi o local elegido por Heródes para construir o seu Palácio lá no início da Era Comum. Uma fortaleza natural defendida pelo judeus até o último homem, até a última mulher e até a última criança. Os romanos conquistaram Massada há dois mil anos e os jovens cientistas sobem Massada levando o que há de mais precioso para o Povo Judeu, o estudo e o conhecimento.

Unir o passado e o futuro. Unir um momento de derrocada em um momento de conquista. Unir um momento particular do Povo Judeu com o encontro de jovens do mundo inteiro no Estado de Israel. Esta é a forma maior de expressar a confiança que temos no futuro: subindo Massada junto com jovens cientistas do mundo inteiro, junto com jovens brasileiros que iniciam promissoras carreiras científicas e que sabem que no longo prazo as derrotas têm que ser usadas como combustível para continuar na caminhada.

Caminhando para o ano de 5778 - Shaná Tová Umetuká
Comissão Eleitoral

Uma Ode ao Povo de Israel

Confira este vídeo emocionante legendado pela equipe de colaboradores do Grupo Esh Tamid.





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Uma busca pelos Judeus da Amazônia

Este vídeo mostra a saga do Rabino Eliahu Birnbaum à procura de comunidades judaicas na Amazônia.

Ele tem por missão procurar e identificar judeus oriundos da diáspora espanhola e do Marrocos e seus descendentes mundo afora.

Nesta viagem, ele convida Sara Beck, apresentadora da TV israelense, a compartilhar com ele dessas incríveis experiências que retratam a histórica de gerações de israelitas, ocultos no coração da selva amazônica.




(Matéria publicada no Jornal de Brasília)

Weizmann Talks - EVENTO

O Instituto Weizmann de pesquisa em Israel recebe anualmente 70 jovens de todo o mundo para sua Escola de Verão. Estes jovens têm a oportunidade de trabalhar nos melhores laboratórios do mundo e mochilar pelo deserto, conhecer o Estado de Israel e fazer uma rede de conhecimentos que vale por toda a vida.
No Brasil, é realizada uma seleção anual em que concorrem jovens de todo o país, e neste domingo os 4 participantes de 2017 contarão suas aventuras. Também contará sua experiência a estudante de medicina da UFRGS, Kawoana Vianna, ex-bolsista e uma inspiração para os futuros cientistas.



Visita do Primeiro Ministro de Israel a América Latina

Pela primeira vez, um Primeiro Ministro israelense visita a Argentina, recebe o presidente do Paraguai em Buenos Aires e visita a Colômbia e o México para estreitar relações entre Israel e estes países.

(Confira aqui a matéria do Clarín)

Benjamin Netanyahu chegou com o avião de El Al acompanhado de empresários relacionados com os setores de cibersegurança, novas tecnologias, telecomunicações, agroindústrias, recursos hídricos e desenvolvimento local. Prestou homenagem às vítimas dos atentados contra AMIA e a Embaixada Israelense em Buenos Aires e se reuniu com os empresários

Assista ao vídeo:



Foi declarado Visitante Ilustre da Cidade de Buenos Aires, graças à iniciativa da legisladora Mercedes de las Casas. A vice-presidente argentina Gabriela Michetti declarou que "Israel é um país que considera irmão".

O Presidente Macri viajou 3 vezes para Israel antes de ser presidente e indicou sinais de ser aliado. Desde que assumiu, ficou contra o memorandum de entendimento entre Irã e Argentina assinado pelo governo anterior e Ahmadinejad. Argentina mudou seu voto na UNESCO de condenação a Israel sobre o conflito palestino, pela abstenção.

Netanyahu recebeu do Presidente Macri quase 140 mil documentos e fotografias datadas entre 1939 e 1948 em cinco HDs que revelam informações e detalhes do Holocausto e que estavam armazenadas na Argentina. Deve ser recordado que após a Segunda Guerra Mundial, muítos líderes nazistas se esconderam na Argentina e alguns como o caso do Eichmann e Pribke foram encontrados. Segundo o Embaixador de Israel na Argentina, Ilan Sztulman (ex- consul em São Paulo), a visita foi uma oportunidade para poder realizar um esforço conjunto para melhorar a balança comercial e as relações entre estes países e o Estado de Israel. (Leia mais clicando aqui). 





quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Transferência de tecnologia e conhecimento sustentável em zonas áridas rurais

Brasil - Rio Grande do Norte / Trangola setembro 2017

O curso agrícola será oferecido principalmente para mulheres no campo e estudantes de departamentos de agricultura e hidrologia. Este curso será composto de tópicos relacionados com peixes e cultura de microalgas, especificamente em condições desérticas. Outro tema principal será relacionado com o organismo e fisiologia celular da resposta ao estresse dentro do quadro de toda a interação ambiente da planta. O terceiro tópico será relacionado com a zona radicular das plantas irrigadas abordando fluxo de água e desafios do solo no ambiente de plantas.

A primeira parte do curso incluirá conhecimentos teóricos no campo da agricultura e biotecnologia, incluindo assuntos que dizem respeito às necessidades locais e pesquisa e desenvolvimento que foi concebido e posto em prática em Israel. Vamos explorar exemplos tanto de sistemas de trabalho e e de desafios que Israel tem enfrentado e tratado. Em seguida, o curso vai utilizar estes exemplos e colocá-los em prática em uma fazenda modelo no Brasil, onde se aprenderá como implementar os exemplos para encontrar soluções para os problemas específicos que os agricultores locais estão enfrentando.


Programa de Empoderamento das Mulheres na Agricultura Sustentável e Biotecnologia de Sistemas de Solo Seco


Comunidade judaica participa da 10ª Caminhada pela Liberdade Religiosa


A 10ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, organizada pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, ocorrerá no próximo domingo, 17 de setembro, na praia de Copacabana (Posto 6), a partir das 13h.

A Federação Israelita do Rio de Janeiro convoca a comunidade judaica a mostrar seu compromisso com a liberdade para todas as religiões.
Os judeus participam do evento desde a sua primeira edição. 



segunda-feira, 11 de setembro de 2017

VOCÊ SABIA? - a face secreta de Cristóvão Colombo

Você sabia que a tão festejada viagem de Colombo em 1492 não foi financiada (subsidiada) pela rainha Isabel, como aprendemos na escola ?

E que Colombo, além de descobrir terras e riquezas para seus patrocinadores, buscava um lugar seguro para os judeus que deveriam ser expulsos da Espanha até o dia 2 de agosto de 1492?


As negociações de Colombo com os reis da Espanha para seu projeto de navegação tinham sido quebradas, ao ponto de ele ter a firme intenção de falar com o rei da França.

Mas conversas influentes de Colombo em Málaga, na Espanha, coordenadas pelo rabino Abraham Sênior, mudaram aquele curso desfavorável das coisas.
  
O célebre navegador contou com a ajuda do colega judeu Abraão Zacuto (autor das tabelas astronômicas e matemáticas de valor inestimável, que acompanharam Colombo em suas viagens, e permitiram a Vasco da Gama descobrir o Cabo da Boa Esperança) e seu amigo Antonio Marchena Rábida.
   
Naqueles dias, as conversações tiveram lugar em Málaga, entre Cristóvão Colombo e dois dos mais proeminentes judeus de Espanha: rabino Abraham Sênior e seu amigo Isaac Abravanel.
   
A partir dessas conversas, surgiu em Málaga o primeiro apoio financeiro eficaz para o empreendimento de Colombo e a organização de um grupo de homens judeus abraçando a causa do navegador. Estes foram: Juan Cabrero, Luis Santangel, Gabriel Sanchez e Alonso Cavalaria.

O projeto estava prestes a falhar, mas teve sucesso graças à intervenção do judeu convertido Luis Santangel (escriba da casa real e tesoureiro da Coroa de Aragão, que gozava da confiança total do rei Fernando).

Luis Santangel influenciado por Abraham Sênior custeou a maior parte do dinheiro que foi necessário para a empreitada histórica de navegação.

Nos livros de contas de Santangel Luis, preservados no Arquivo das Índias, em Sevilha, é creditado Santangel um jogo de 1.140.000 maravedis, que tinha dado o bispo de Ávila para a expedição de Colombo, com a contribuição pessoal de Colombo de 500.000 maravedis, que financiaram o projeto total (1,64 milhões) do orçamento.

Das negociações de empréstimo em Málaga, coordenadas pelo rabino Abraham Sênior com seu amigo Isaac Abravanel e Luis de Santagel, veio o apoio material e pessoal a Colombo, pois a partir dessas conversas conduzidas por Sênior, a jornada de finanças da descoberta do Novo Mundo foi formada.

Outros autores (nomeadamente Salvador de Madariaga e Simon Wiesenthal) têm especulado sobre os anseios de judeus que apoiaram Colombo pelos sonhos compartilhados de encontrar abrigo para o povo de Moisés perseguido pela cruel inquisição européia no Novo Mundo.

Durante a vida de Colombo, os judeus tornaram-se alvo de perseguições religiosas fanáticas. Em 31 de março de 1492 o rei Fernando e a rainha Isabel proclamaram que todos os judeus deveriam ser expulsos da Espanha. O edito visava os 800.000 judeus que não haviam se convertido, e deu-lhes quatro meses para fazerem as malas e saírem.





Os judeus que foram forçados a renunciar ao judaísmo e abraçar o catolicismo eram conhecidos como "conversos", ou convertidos. Havia também aqueles que fingiram se converter, praticando o catolicismo na aparência, porém secretamente praticavam o judaísmo, os chamados "marranos", ou suínos (porcos).

Dezenas de milhares de marranos foram torturados pela Inquisição espanhola. Eles foram pressionados a informar nomes de amigos e parentes, que foram exibidos às multidões, amarrados a estacas e queimados vivos. Suas terras e bens pessoais foram, então, divididos entre a igreja e a coroa.

Recentemente, uma série de estudiosos espanhóis, como José Erugo, Celso Garcia de La Riega, Sanchez Otero e Nicholas Dias Perez, chegaram à conclusão que Colombo era um marrano, cuja sobrevivência dependia de esconder todas as evidências da sua origem judaica diante da brutal e sistemática limpeza étnica.

Este texto é uma colaboração de Itanira Heineberg para o Esh Tá na mídia. 
Bibliografia:
Velas da Esperança de Simon Weisenthal
Joaquim Neto – Judaísmo e Liberdade : blogspot – C.Colombo – um judeu marrano

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

EDITORIAL

EDITORIAL

Diário de Theodor Herzl – 3 de setembro de 1897.




SONHOS – A força motriz das novas realidades
ESTUDO - O caminho para atingir o sonho
CONHECIMENTO - A base para mudar a realidade


 
Caros,

Há 120 anos, no dia 3 de setembro de 1897, Theodor Herzl -  jornalista austríaco fundador do sionismo moderno - escreveu em seu diário “.. em Basel, eu fundei o Estado Judeu. Se eu falasse isto em público seria uma grande piada. Talvez em cinco anos, certamente em 50 todos saberão que eu falo a verdade”. Estava sendo realizado o primeiro Congresso Sionista e a semente tinha sido lançada.

Hoje – 120 anos depois – podemos contar a história e ela é baseada em sonhos, que através da educação e da busca de novas fronteiras do conhecimento chega a avanços científicos que são usufruídos por toda a humanidade.

Vamos aos fatos que nem todos conhecem, ou talvez nem todos fazem a relação. O Estado de Israel moderno tornou-se um país independente no ano de 1948, mas o seu engajamento com a educação começa muito antes. Podemos dizer que desde o início dos tempos o Povo Judeu tinha como um dos principais focos a educação dos filhos e o estudo, e isto pode ser resumido pelos anos de fundação da Universidade Hebraica de Jerusalém (24/06/1918) e do Instituto de Pesquisa Chaim Weizmann (1934). Notem que isto tudo aconteceu antes do Holocausto, aconteceu porque fazia parte do novo Estado que ainda estava a ser criado formar bases sólidas no campo da educação e da ciência.

Esta semana todos os jornais do mundo chamaram atenção para uma forma revolucionária de curar o câncer: usar as próprias células de defesa do paciente para atacar as células cancerígenas. A ideia é brilhante e o resultado, fantástico. Retira-se as células do sangue, separa-se as que têm a função de matar invasores e coloca-se na superfície desta célula uma molécula que reconhece as células cancerígenas do paciente. O paciente recebe as células modificadas (CAR-T) e estas vão direto ligar as células cancerígenas. É como enviar uma correspondência com o endereço certo – impossível chegar na casa do vizinho. Pesquisas básicas iniciadas há 20 anos pelo grupo do Prof. Zelig Eshar já correram todo o processo de pesquisa clínica, atingindo a impressionante marca de 94% de sucesso no tratamento de leucemia. Os estudos clínicos iniciais  foram realizados na Centro de Câncer da Universidade da Pensilvânia e na Escola de Medicina Perelman, também nos Estados Unidos. O valor da descoberta foi reconhecido pelo mercado de capitais e a start-up que levou a ideia da bancada ao leito foi negociada por 11,9 bilhões de dólares. Clique aqui para ler mais sobre o assunto.

Comentamos menos da Universidade Hebraica de Jerusalém porque a semana é do CAR-T que é capa da Revista Veja – mas apenas para não passar em branco registramos um produto e em outra oportunidade contamos a história – o WAZE – que todos os motoristas no mundo conhecem tão bem e é uma patente da UHJ.

O século XXI é o século do conhecimento. Mas por toda a história do nosso planeta o estudo, o conhecimento e a capacidade de dividir com toda a humanidade o que foi descoberto é a chave para o futuro. O moderno Estado de Israel fundado há 69 anos foi precedido de um sistema de educação e ciência baseado em 3 milênios de história e hoje tem sua economia baseada no conhecimento.



Um abraço,
Comitê Editorial

A Câmera Leica e os judeus



A Leica é a câmera fotográfica pioneira para filmes de 35 mm. É um produto alemão – preciso, minimalista e absolutamente eficiente.

Por trás de sua aceitação universal como ferramenta de criatividade estava uma empresa familiar, socialmente orientada, que agiu durante a era nazista com dignidade, generosidade e modéstia incomuns. A E.Leitz Inc., projetista e fabricante do mais famoso produto fotográfico da Alemanha, salvou os seus Judeus.

E Ernst Leitz II, o patriarca protestante de olhos de aço que estava à testa da excelentemente administrada companhia na época em que o Holocausto grassava pela Europa, agiu de forma a receber o título de “o Schindler da indústria fotográfica”.

Assim que Adolf Hitler foi nomeado chanceler da Alemanha em 1933, Ernst Leitz II começou a receber telefonemas desesperados de seus colaboradores judeus, pedindo-lhe que os ajudasse a sair com suas famílias do país. Como cristãos, Leitz e sua família eram imunes às Leis de Nurenberg da Alemanha nazista, que restringiam a emigração de judeus e limitavam suas atividades profissionais.

Para ajudar seus funcionários e colegas judeus, Leitz criou sem alarde aquilo que ficou conhecido entre os historiadores do Holocausto como “O Trem da Liberdade da Leica”, uma forma encoberta de fazer com que judeus pudessem deixar a Alemanha sob a condição de funcionários seus designados para trabalhar no exterior.

Funcionários, vendedores, familiares, e até amigos de familiares eram “designados” para os escritórios comerciais de Leitz na França, Grã-Bretanha, Hong-Kong e Estados Unidos, e essas atividades foram intensificadas após a “Noite dos Cristais”, em Novembro de 1938, durante a qual as sinagogas e as lojas de judeus foram queimadas em toda a Alemanha.

Mas já desde um bom tempo antes, “funcionários” alemães desembarcavam do transatlântico “Bremen” num cais de Nova York e dirigiam-se para o escritório da Leitz Inc. em Manhattan, onde executivos rapidamente colocavam-nos em empregos na indústria fotográfica.

Cada novo indivíduo que chegava tinha ao pescoço o símbolo da liberdade – uma câmera Leica nova. Os refugiados recebiam um salário até que encontrassem emprego. Nessa migração vinham designers, técnicos de manutenção, agentes de vendas e de marketing, e redatores de matérias sobre fotografia para a imprensa.




Sem fazer alarde, a estória do “Trem da liberdade da Leica” atingiu seu ápice em 1938 e começo de 1939, enviando grupos de refugiados para Nova York a intervalos de algumas semanas. Depois, com a invasão da Polônia, em 1° de Setembro de 1939, a Alemanha fechou as suas fronteiras. 

Naquela época, centenas de judeus em perigo escaparam para a América, graças aos esforços dos Leitz. Como Ernst Leitz II e seu pessoal fugiram?

A Leitz Inc. era uma empresa internacionalmente reconhecida que honrava o recentemente ressurgido Reich. A fábrica produzia câmeras, telêmetros e outros sistemas óticos para os militares alemães. Além disso, o governo nazista precisava desesperadamente de uma moeda forte estrangeira, e o único grande mercado para os produtos ópticos Leitz eram os Estados Unidos.

Mesmo assim, os membros da família e da empresa Leitz sofreram por seus bons trabalhos. Um alto executivo, Alfred Turk, foi preso por estar trabalhando para ajudar judeus e só foi solto após pagar um grande suborno.

A filha de Leitz, Elsie Kuhn-Leitz, foi presa pela Gestapo após ter sido pega na fronteira, ajudando mulheres judias a irem para a Suíça.  Ela foi libertada, mas suportou um duro tratamento durante um interrogatório. Também caiu sob suspeita quando tentou melhorar as condições de vida de 700 a 800 trabalhadoras ucranianas mantidas em regime de escravidão, que foram designadas para trabalhar na fábrica durante os anos 1940 (depois da guerra, Kuhn-Leitz recebeu numerosas homenagens por seus esforços humanitários, entre elas o “Officier d´Honneurs des Palms Académiques” da França, em 1965, e o “Aristide Briand Medal” da Academia Europeia, nos anos 1970).

Por que ninguém contou essa estória até agora? De acordo com o falecido Norman Lipton, escritor e editor independente, a família Leitz não queria publicidade para seus esforços heroicos. Só depois que o último membro da família Leitz morreu, o“Trem da liberdade da Leica”  foi finalmente revelado.
Atualmente é tema de um livro: “A maior invenção da família Leitz: o trem da liberdade da Leica”, escrito por Frank Dabba Smith, um rabino nascido na Califórnia, que vive atualmente na Inglaterra.

Assista também ao vídeo traduzido e legendado pela equipe de colaboradores do Esh Tamid:



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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

VOCÊ SABIA? - Abraham Senior, último rabino de Castela.

Quem foi Abraham Sênior, o último rabino de Castela?



ABRAHAM SÊNIOR nasceu e faleceu em Segóvia, Espanha (1412-1493). A sua casa abriga atualmente o Centro Didático da Juderia de Segovia, onde se vê as iniciais AS:



 
 
Grão-Rabino de Castela, Conselheiro da rainha Isabel e Encarregado das Finanças do Reino da Espanha, foi um banqueiro e político judeu de destaque no século XV.

Simon Wiesenthal  menciona a ingratidão e fraqueza de caráter deste rei espanhol com os judeus, que sempre o apoiaram e a seu pai.  O rei João de Aragão, pai de Fernando, mantinha um bom relacionamento com os judeus, tendo sido curado de uma cegueira pelo seu médico judeu. 

Fernando era um príncipe pobre e sem condições de se aproximar da princesa Isabela de Castela, que tinha fortes pretendentes, como os reis da Inglaterra e da França, que visavam uma união política com a detentora do reino de Castela. 
  
Quem ajudou o príncipe a se casar com Isabel foi Abraham Sênior, com o apoio da comunidade judaica espanhola. Como o seu pai mantinha um bom relacionamento com os judeus, era bem visto o apoio ao seu filho. 

Desde os recursos financeiros, até o encontro secreto com a princesa  na casa do rabino Abraham Sênior, para evitar opositores, e o rico colar oferecido de presente para conquistar Isabel de Castela, foram custeados de boa vontade pelos judeus da Espanha, esperançosos no bom reinado de Fernando.

Porém, ao invés de gratidão, após alcançar seu objetivo, o casamento com a princesa, que resultou na união dos reinos de Aragão e Castela, ocorreu algo inimaginável: tomado por uma cobiça insana, ingratidão e ódio injustificado, o rei Fernando decidiu perseguir o povo judeu.

Aliando-se a maus dirigentes da igreja católica, entre os quais o terrível e influente Torquemada, o rei Fernando passou a confiscar os bens, prender, matar e expulsar os judeus da Espanha.





Quando o decreto de expulsão dos judeus da Espanha (31 de março de 1492) tornou-se do conhecimento geral, o rabino Abraham Sênior, juntamente com seu amigo Isaac Abravanel, correu até a rainha Isabel, implorando-lhe para poupar seu povo, revogando o trágico decreto, sem sucesso.

Em 15 de junho de 1492, com oitenta anos, abatido e cansado, juntamente com seu filho, foi batizado em Valladolid, na presença dos monarcas espanhóis.

Adotou o nome cristão novo de'' ''Fernando Nunes Coronel'', e seu filho, o rabino Meier Melamed, o nome de Fernando Perez Coronel, tendo como “padrinhos” Isabel e Fernando de Castela. 

Criptografia nos sobrenomes cristãos novos
O sobrenome "cristão novo" do filho de Abrahamo rabino Meir Melamed,"Co-Ronel Perez" pode ser lido em uma mistura de castelhano e hebraico, como"cantando a Deus perecer", enquanto "Nunes Coronel" de Abraham Sênior,como "No-Nizco-Ronel" significando "lembre-se de cantar para Deus", em mensagens criptocrafadas fora do conhecimento dos reis da Espanha. 

Desde o dia seguinte ao seu batismo, suas altezas saíram e eles foram para a sinagoga secretamente, para orar com outros judeus (Martin MONTESDEOCA, 1556, citado em Eugenio Asensio, Delia Luisa López De León Fray Luis de Quevedo e hum outros estudos da Universidade de Salamanca, 2005, ISBN 8478008462, pg 56. 


Com a perversa e implacável perseguição da inquisição na Espanha (confisco dos bens, prisões e pena de morte na fogueira), idoso, doente e amargurado, Abraham Sênior falece no ano seguinte após a sua conversão e de seu filho, em 1493.

Morreu recitando o “Shema Israel“, oração milenar de fé do povo judeu (Sefarad Paul A. Chami, disse Ignacio López Calvo por Secret Crypto). 

(Fontes: Google - texto de Simon Weisenthal)