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quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

A ESPIRAL DO TEMPO - unindo o passado ao futuro



Nossa vida segue a espiral do tempo assim como a dos astros, a dos povos e a de toda a natureza. Nada é conservado, nada é perene, nada é imutável. Apesar deste tom de monotonia, sabemos que nada é muito monótono no nosso planeta.

Os últimos anos foram especiais e deverão ser contados no futuro, porque há a necessidade de um certo distanciamento para podermos entender tudo o que acontece. Hoje, muitos de nós perguntam o que nos espera. E a resposta mais plausível é que ter um olhar positivo e um olhar vigilante pode em muito ajudar. 

EshTá na Mída - uma corruptela da expressão hebraico Esh Tamid (Luz [fogo] Eterna) para chamar a atenção do que nossa comunidade de judeus reformistas registra sua opinião ao longo das semanas. 

Os tempos são contados através de marcos históricos e de processos que possam gerar diferenças importantes no futuro. Se hoje temos em nossas mentes o quanto os muito pequenos são relevantes - por razões puramente de saúde, também devemos lembrar que vivemos um período muito especial no que tange a geopolítica do Oriente Médio.

Nos últimos meses temos chamado atenção de muitos fatos que indicam estarmos entrando em um novo período de convivência entre árabes e judeus, entre os Países Árabes e Israel. Troca de embaixadores, abertura dos espaços aéreos e início de rotas turísticas e comerciais por mar, ar e quando possível por terra. Trocas importantes científicas e comerciais. Intercâmbio de estudantes, aberturas para competições esportivas e incentivo ao respeito e à convivência de religiões. Sem conversões, sem julgamento de valores. Sentando juntos ao redor de mesas e encontrando ligações entre datas festivas.

Nesta semana foram abordados dois assuntos de suma importância: o primeiro foi a entrega para o Museu do Cairo de antiquidades encontradas em Israel. Estas chegaram através de egípcios antigos. Autoridades israelenses e egípcias conversaram sobre temáticas de interesse comum, construindo linhas diretas para a manutenção da paz.

Neste contexto, também o Mundo Árabe que praticamente eliminou a presença judaica em seus territórios volta a abrir espaços físicos para reintegração, como apresentam no maravilhoso espaço "Institut du Monde Arab" em Paris uma exposição retratando os milênios de convivência.

A espiral do tempo... a vida em progressão e a busca da convivência do diverso vem sendo a tônica de nosso tempo. Portanto, se de um lado sentimos o difícil presente, de outro podemos ver que a esperança está acenando.

Que 2022 seja um ano do Esperançar - o ano da busca pelas diferenças e do aproveitar das diversidades.


Nossa Equipe

Regina, Marcela e Juliana


quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

VOCÊ SABIA? - Shemá

 




Às portas das festas do final de 2021, qual seria uma boa e produtiva proposta para o ano que em breve entrará?

SHEMÁ ... ouvir, ouvir de verdade nosso próximo, com todo nosso coração com toda nossa alma, com toda nossa força ...

“Se você ouvir, ouça de verdade.”

 


“A oração fundamental do Judaísmo nos convida não apenas a ouvir, mas a lembrar que há uma força de conexão que nos une a todos.” - Rabbi Adina Allen

 

Shema Yisrael, Adonai Eloheinu, Adonai Echad

Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus, o Senhor é um.

 

Este mantra do Judaísmo resume como é viver neste mundo para um judeu de fé.

A primeira oração ensinada às crianças, também a última a ser pronunciada no leito de morte, o Shemá marca o início e o fim de cada dia.

 


 

Esta prece anuncia uma ordem, sua voz é um imperativo: Ouça!

Uma obrigação que exige sacrifícios, todos nós sabemos que ouvir não é algo fácil de fazer.

Para realmente ouvirmos o que o Outro tenta nos dizer, devemos entrar na sintonia do Outro, compartilhar seus sofrimentos e preocupações, entendê-los e compartilhá-los. Em uníssono com a vibração deste ser, nós o levaremos a perceber nossa intenção de compreendê-lo e ajudá-lo, proporcionando o encontro de ambas as almas. Segundo o filósofo Martin Buber, esta vivência experimentada por locutor e ouvinte permite a relação eu-tu ao contrário da relação eu-isso.

Para Buber, a escuta é como “algo que fazemos de nós mesmos ao sentir e sentir o que o outro está tentando transmitir para que, juntos, possamos remover a barreira entre nós”.

Difícil? Complicado? Extenuante?

Sem dúvida!

Mas traz uma alegria imensa ao sentir o outro em sua individualidade, uma sensação reconfortante de poder tocar alguém de maneira profunda e verdadeira. Uma conversa sem barreiras, as mentes ligadas e em sintonia.

 

“No Judaísmo, o ato de ouvir é a chave para desbloquear a generosidade e a bênção. Em Deuteronômio, enquanto os israelitas diminuíam sua peregrinação no deserto e se preparavam para entrar na terra de Israel, Moisés os instrui enfaticamente usando esta mesma palavra – shemá. “Se você ouvir, ouça de verdade”, disse Moisés, tudo ficará bem. Do contrário, as maldições se seguirão.”

 

O Hassídico comentarista, Sefat Emet, faz referência a uma linha do Midrash:

“Feliz é aquele cujas audições são para Mim.” Acrescentando seu próprio comentário, ele escreve: “'Ouvir' significa que a pessoa deve estar sempre preparada para receber e ouvir atentamente as palavras de Deus. A voz da palavra de Deus está em tudo, visto que todos foram criados pela expressão de Deus.”

Assim, encerrando nossas conversas de 2021, aqui fica minha proposta para o futuro que nos espera.

Ouvir não será uma tarefa fácil, mas se tivermos sucesso, receberemos em dobro todo o nosso esforço em atingir o próximo.

Nem por isso esqueçamos as tradicionais metas de nos propor a emagrecer, de fazer exercícios físicos, de não gastar além de nossas posses, de ler um pouco toda a semana, ou de visitar nossos amigos doentes...

Todas estas também são excelentes resoluções e juntamente com a minha, farão de nós seres melhores, mais felizes e mais capacitados a enfrentar estes tempos de Ômicron e do inesperado surto de influenza.

Assim como a oração apresentada nos encoraja, comecemos a ouvir nossos semelhantes sempre lembrando que dentro de nossas diferenças flui uma força de conexão e transformação no universo que nos anima e une a todos.

E queremos apresentar a todos nossos leitores o Rabino Darby Jared Leigh, um jovem que nasceu surdo e estudou com afinco por muitos anos para alcançar seus colegas de classe. Após dominar o inglês, atingiu seu sonho de ser rabino, enfrentando novo desafio: a língua hebraica!

Especialista em linguagem de sinais, ele se dedica a levar aos desprovidos da bênção da audição o entendimento dos ensinamentos judaicos.

No curto vídeo abaixo apresentamos o jovem Rabino explicando a oração Shema aos surdos, o que pode até parecer um disparate, mas nada mais é do que alcançar o outro. 




 

É sempre recompensador mostrar ao mundo estes exemplos de Tikum Olam: pessoas que saem de si mesmas para ouvir, consertar e enriquecer a vida de outros.

 

FONTES:

https://www.myjewishlearning.com/article/the-shema-how-listening-leads-to-oneness/

http://www.morasha.com.br/leis-costumes-e-tradicoes/shema-israel.html

https://archive.rrc.edu/admissions/spotlight-rabbi-darby-leigh

https://forward.com/series/rabbis/2016/darby-jared-leigh/

https://www.myjewishlearning.com/article/the-shema/

https://www.myjewishlearning.com/article/listening-or-really-hearing/

https://www.jweekly.com/2017/03/13/jewish-studio-project-moves-into-new-berkeley-home/

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

VOCÊ SABIA? - O que Israel devolveu ao Egito

 

Você Sabia que Israel devolveu, recentemente, algo muito precioso ao Egito?

Por Itanira Heineberg


Artefatos egípcios retornam ao Cairo pelas mãos do ministro israelense Yair Lapid por ocasião de sua visita ao país. 

(YOLI SCHWARTZ / IAA)



Você sabia que no início de dezembro, quando o Ministro das Relações Exteriores Yair Lapid se encontrou no Cairo com o presidente egípcio Abdel Fatah a-Sisi, Israel devolveu quase uma centena de artefatos arqueológicos saqueados do Egito?


Israel devolve antiguidades roubadas ao Egito: Lapid no Egito para se encontrar com Sisi e discutir os reféns do Hamas.

(crédito: SHLOMI AMSALEM)



Estes artefatos que retornam ao seu país de origem compreendem inscrições hieroglíficas em pedras e papiros, um pedaço de sarcófago e inúmeras estatuetas.

 

Quatro dos itens foram confiscados de um traficante de antiguidades que os contrabandeava da Inglaterra em sua mala no Aeroporto Ben-Gurion em 2013.

O Egito foi informado da operação e as autoridades então abordaram seus homólogos israelenses, chamando sua atenção para objetos vendidos em um antiquário em Israel que, segundo eles, haviam sido retirados ilegalmente do país.

Uma investigação acabou levando à apreensão de mais de 90 itens, transferidos para o Estado de Israel. A pedido do Egito e como um gesto de boa vontade, Israel decidiu devolvê-los.

Os artefatos mencionados incluem inscrições em pedras e papiros, um pedaço de um sarcófago e várias estatuetas, incluindo dezenas de shabtis ou oshabtis - estatuetas funerárias típicas que foram usadas no Egito por milênios.”



É com satisfação e sentimento de missão cumprida que a Autoridade de Antiguidades apoia e enaltece a iniciativa do ministro Lapid e mostra-se confiante em poder auxiliar as autoridades egípcias a recuperar as valiosas antiguidades de sua cultura afanadas ilegalmente.

“O Estado de Israel e a Autoridade de Antiguidades de Israel estão interessados ​​em cooperar com as autoridades egípcias para proteger os tesouros arqueológicos que pertencem a toda a cultura humana”. “É essencial trabalharmos juntos para erradicar o roubo de antiguidades e o comércio ilegal de antiguidades em todo o mundo. A Autoridade de Antiguidades espera fortalecer a cooperação com o Ministério de Antiguidades egípcio em arqueologia e pesquisa.”

 

Artefatos egípcios voltaram de Israel para o Egito.

(crédito: YOLI SCHWARTZ / IAA)



Esta atitude magnânima do Estado de Israel deveria ser amplamente difundida pelos museus e cidades do mundo, num movimento de realocação de valiosos artefatos históricos aos seus devidos locais de origem.

Já imaginaram a alegria de Nefertiti, a famosa e belíssima esposa real do faraó Aquenáton, ao voltar ao Egito, após anos de exílio em terras estrangeiras? Seu formoso e imponente busto encanta os olhos dos turistas que visitam atualmente o Museu Egípcio de Berlim!

 


E o que falar da famosa Pedra da Roseta, de 196 AEC, o mais importante documento arqueológico sobre o Egito Antigo?

Desde 2003 o governo egípcio exige sua repatriação junto às autoridades britânicas.

Em exposição desde 1808 no British Museum de Londres, a pedra ficaria muito melhor instalada na região do Delta do Nilo, onde foi encontrada em 1799 pelo soldado Pierre-François Bouchard, do exército de Napoleão.

 


Com aproximadamente um metro de altura e pouco mais de meio metro de largura, a pedra que lembra granito é um fragmento de um monolito maior, atualmente perdido, denominado estela.

Mas apesar de incompleto, seu texto é incalculável, um decreto reafirmando o culto real de Ptolomeu V Epifânio, rei egípcio que assumiu o trono em 204 a.C.

Em 1822 o egiptólogo francês Jean-François Champollion descobriu que a pedra apresentava três versões de um mesmo texto. Esta descoberta ajudou-o a desvendar a compreensão moderna dos hieróglifos egípcios.

O decreto foi entalhado na pedra em hieróglifos ptolomaicos, escrita egípcia demótica (variante escrita do Egito tardio), e em grego antigo! Bingo! Estava aí a solução!

O objeto mais visitado e de maior importância de todo o acervo do principal museu da Inglaterra, pede passagem! Até quando para voltar ao Cairo? 



“A pedra de Roseta, como uma chave para a compreensão e tradução dos hieróglifos egípcios antigos, é um achado único e histórico, pois apenas com ela foi possível compreender a fundo a civilização e a literatura do Egito antigo.”

 

 

FONTES:

https://www.jpost.com/israel-news/israel-returns-looted-antiquities-to-egypt-during-diplomatic-visit-688308?_ga=2.176621093.1620562528.1638701287-1229034299.1617710680&utm_source=ActiveCampaign&utm_medium=email&utm_content=Israel+returns+looted+antiquities+to+Egypt&utm_campaign=December+9%2C+2021+Night

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/tesouro-roubado-com-271-artefatos-e-encontrado-por-iniciante-com-detector-de-metais.phtml

https://super.abril.com.br/historia/na-mao-leve-roubos-historicos/

https://share.america.gov/pt-br/tesouros-egipcios-roubados-estao-sendo-devolvidos-ao-pais-de-origem/

https://tribunapr.uol.com.br/noticias/mundo/egito-acusa-louvre-de-roubo-e-rompe-lacos-com-museu/

https://www.obaricentrodamente.com/2017/07/a-pedra-de-roseta.html

https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2021/07/como-a-pedra-de-roseta-ajudou-a-desvendar-os-segredos-de-antigas-civilizacoes

https://www.museudeimagens.com.br/pedra-de-roseta/


quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Dando a volta por cima - adeus 2021


Naftali Bennett e o Príncipe Sheikh Mohammed bin Zayed em Abu Dhabi, 13/12/2021

O calendário judaico criado e aperfeiçoado ao longo de milênios admite mais do que um começo de ano. O mais conhecido é Rosh Hashana, que fica ao redor de setembro/outubro.Um tempo de introspecção e de auto-reconhecimento. Um tempo de imersão no eu e também na comunidade. O outro ano novo é na Páscoa (Pessach, Passagem). Quando lembramos a saída do povo judeu do Egito, que caracteriza a primeira vez em que a história do coletivo e não de uma família fundadora é contada. E há ainda o Ano Novo das Árvores (dia 15 de Shvat, janeiro/fevereiro) em que celebramos o ciclo da natureza, o ciclo da vida vegetal. Como lemos em várias oportunidades, Israel é um povo entre os povos - e assim, também incluímos o ano novo civil. Nem preciso dizer que estamos vivendo o último mês de 2021!

Em que este ano foi diferente de todos os anos? Cada um olhe para as suas vidas e a de suas cidades e com certeza poderá afirmar que este foi um ano fora do comum. Estamos vivendo um período que seria uma boa ficção científica há dez anos atrás. Ou será que há cinco ou mesmo há três?

E nesta valsa em que o ritmo vem sendo alterado vamos focar em Israel e ver que a semana trouxe muitos eventos que também seriam impensáveis há alguns anos - e outros que estão no nosso radar há muito tempo e que são negados por muitos.

Neste contexto, no dia 14 de dezembro o Teheran Times publica o artigo "Just one wrong move!" ("Apenas um passo em falso!") em que mostra todos os locais que estão sob a mira de foguetes de alto alcance. Uma importante ameaça, que muda o tom e a força com que querem voltar a negociar uma nova relação internacional. O mundo do terror, agora desvendado publicamente. A repercussão na nossa imprensa foi pequena, assim como foi pequeno o interesse pelos irmãos mais velhos do SARS-COV2, que apenas afetaram alguns países e localidades. Fico impressionada porque esta notícia não foi lida em jornais ocidentais, é uma publicação do Tehran Times - publicado em inglês. A janela com que o Irã fala com o mundo!

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E o mundo se equilibra sobre muitas ações. Ao fim de 2021 podemos comemorar o aumento da colaboração internacional de cientistas que buscaram solucionar problemas universais. E também olhando o pequeno Estado de Israel encontramos avanços que justificam ser esta uma nação que singra os tempos.

Dois eventos inéditos ocorreram no mês de Dezembro. 

No domingo (12/12) o Concurso de Miss Universo ocorreu na Cidade de Eilat, no Sul de Israel.  A atriz indiana Harmaaz Sandhu foi eleita entre 79 outras concorrentes. O evento foi assistido por milhões de pessoas. Tempos de Covid e ameaças de palestinos não foram suficientes para interromper o evento. As candidatas viajaram por todo o país e fotografaram em Iad VaShem (Museu do Holocausto) e no Muro das Lamentações, ou Muro Oeste do Templo de Jerusalém, como é conhecido em hebraico. O que mais fiquei impressionada ao preparar este editorial foi ler sobre a vida destas mulheres, que são lindíssimas e ao mesmo tempo com atividades e educação dignas de mostrar que o empoderamento da mulher vai muito além da forma.

Seguindo a semana, aconteceu mais um evento único e que aponta para um futuro digno do verbo esperançar. O primeiro ministro de Israel Naftali Bennet visitou Abu Dabi (Emirados Árabes Unidos) e esteve com as principais autoridades do país, inclusive no palácio do Príncipe Herdeiro Mohammed bin Zayed.  Esta visita histórica dá continuidade ao estreitamento de relações entre Israel e os Países Árabes, criando uma nova onda de entendimento no Oriente Médio.

E assim, entre o passado e o futuro - apreciando as janelas que se abrem e que podem servir para nos dar esperanças - escrevo o último editorial do ano de 2021 e desejo a todos que nos encontremos em breve para celebrar o ano da virada!


Regina P. Markus


segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

VOCÊ SABIA? - Uma cidade chamada OSWIECIM

 

Da pacata OSWIECIM, Polônia, antes da Segunda Guerra, a AUSCHWITZ: como os alemães a denominaram e transformaram em uma amostra do inferno.

Por Itanira Heineberg




Você sabia que os leitores do compêndio de ficção histórica “Perguntem a Sarah Gross”, embevecidos com a leitura, convenceram o autor a acompanhá-los à Polônia e guiá-los pelos caminhos do holocausto em uma viagem de 6 dias, percorrendo as ruas de “Oswiecim” - a Auschwitz antes de virar palco da Segunda Guerra?



O livro acima, publicado em 2015, narra a história de Sarah Gross, uma judia de origem polonesa que sofreu as consequências abomináveis do holocausto, até o fim de seus dias, já num mundo pós-guerra, pacificado e aparentemente civilizado.

Serve como alerta para que nunca esqueçamos o passado doloroso de um povo injustamente perseguido e acusado, frente ao presente matizado de preconceitos, racismo, intolerância e demonstrações assustadoras por todos os rincões do mundo em pleno século XXI.

O autor judeu João Pinto Coelho, nascido em Londres, arquiteto e escritor que atualmente vive entre Lisboa e Nova York, é um grande estudioso e observador da História do mundo.

Especializou-se em Auschwitz e nunca acreditou que um dia levaria um grupo de seus leitores a percorrerem a trajetória de seu livro - judeus aprisionados nos espinhosos caminhos do holocausto na Europa.



Deixemos o autor, especialista em Auschwitz, falar sobre sua proposta:

“Já levei outros grupos à Polónia, mas nunca enquanto autor, muito menos com um livro na bagagem para me fazer de guia. Será, também, a terceira vez que regresso àquele país, desde que publiquei Perguntem a Sarah Gross. De cada vez que o fiz, Auschwitz não era o mesmo, pois por lá já tinham estado Sarah e Daniel, Esther e Max, o Corvo. Não sei se os irão encontrar, mas aquilo que acontecer ao longo desses seis dias terá de ser muito mais do que consta habitualmente nos itinerários turísticos.”

A visita terá o apoio do Plano Nacional de Leitura e da Leya/D.Quixote, iniciando-se em 30 de julho de 2022, um sábado, e já está com a lotação esgotada.

Assista clicando aqui ao curto vídeo sobre o passeio.

 

“Nos dois meses que antecedem a visita, faremos videoconferências para falarmos de livros – da Sarah e de muitos outros -, de filmes, mas também da linguagem e da estrada armadilhada que é fazer ficção em torno do Holocausto.

Já na Polónia, ao final de cada tarde, proporemos reuniões para fazermos um balanço e escutar as expectativas de quem as quiser partilhar.

Além dos lugares obrigatórios que encontraremos em Cracóvia, queremos ir muito mais longe e visitar os cenários onde viveu Sarah Gross e as restantes personagens que povoam o romance - a cidade de Oswiecim (Auschwitz), a Solahutte, o Collegium Novum da Universidade, etc.

No fim, o dia passado em Auschwitz, para todos a razão de fazer esta viagem.”

O que intriga e preocupa o autor é saber como a Shoah aconteceu, “talvez convenha lembrar que a Shoah só foi possível pelo empenho obstinado de uma multidão de homens e mulheres que, antes da guerra, provaram ser assustadoramente parecidos com cada um de nós. O acaso do tempo e do sangue que nos corre nas veias poupou-nos às circunstâncias que transformaram gente comum em monstros e inocentes em vítimas.”

 

Após a leitura desta obra que muito apreciei e recomendo, acredito que outras excursões similares acontecerão e que João Pinto Coelho levará muitos interessados a conhecerem a tragédia do holocausto, a descobrirem a expertise do homem em requintes de crimes inimagináveis contra seus semelhantes, e a entenderem a necessidade de não esquecer o passado para conquistar um futuro de paz e tolerância frente às muitas diversidades da raça humana.

Estamos vivendo tempos preocupantes de antissemitismo nas universidades do planeta, injustiças na ONU, ataques a escolas e sinagogas.

Aí está a razão para informarmos a todos, ensinar aqueles que desconhecem a história, alertar os incautos. Governos totalitários permitem a supremacia desvantajosa e cruel do homem sobre o homem.


Convém, portanto, lembrar as palavras de Daniel Jonah Goldhagen:

“Pelo menos cem mil alemães colaboraram diretamente no Holocausto e muitos outros indiretamente; toda essa gente empregou a sua energia e as suas capacidades para a destruição do povo judeu, convencida de que ela era necessária e justa.”

 

Aqueles que esquecem o passado estão condenados a repeti-lo.”



FONTES:

https://www.trilhosdesarahgross.com/c%C3%B3pia-termos-e-servi%C3%A7os

https://www.trilhosdesarahgross.com/c%C3%B3pia-termos-e-servi%C3%A7os

https://visao.sapo.pt/atualidade/cultura/2017-11-16-viagem-ao-mundo-de-joao-pinto-coelho-os-loucos-somos-nos/

https://www.viajoteca.com/auschwitz/

https://www.facebook.com/joaopintocoelho.escritor

https://www.goodreads.com/book/show/25258867-perguntem-a-sarah-gross

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Editorial - O Estado Judeu: 3000 anos e incontáveis facetas

https://www.abraceomundo.com/mapa-de-israel/

 
O "Estado de Israel" foi lar nacional judaico em diferentes períodos da história. A história da formação do povo judeu é contada nos Cinco Livros de Moisés, a Torah. Lá encontra-se não apenas a descrição de fatos como também a relação de regras e leis a serem seguidas. Há uma grande ênfase na potencialidade de cada indivíduo e na relevância da transmissão destes ensinamentos de geração em geração. Também fica evidente a existência de muitos povos com regramentos diferentes, e há importante destaque para as regras gerais que serviriam para toda a humanidade e específicas dirigidas ao Povo de Israel. Com os anos, foram sendo atribuídas características elitistas para estas colocações - no entanto, uma leitura cuidadosa do original mostra que, ao contrário de elitista, esta é a melhor forma de criar espaço para todos. Os outros são respeitados e convidados a respeitar. Desde os primórdios foi dada muita importância ao contexto de "muitas nações" e "entre as nações".

Ao longo de milênios o Povo Judeu segue sua trajetória e mantém sua história  através de uma corrente entre as gerações Nesta longa história foram muitos os que se levantaram contra este núcleo formado por pessoas de diferentes etnias que mantém um forte vínculo cultural e educacional. Judeus famosos e judeus anônimos singram os tempos, algumas vezes com facilidade e outras sendo alvo de intensa perseguição. Como diz o samba, em determinados momentos é preciso sobreviver - e a forma de ultrapassar estes momentos é fazer com que o próprio homem seja o depósito da história de seus antepassados. 

A música e os mantras são fórmulas para ultrapassar as fronteiras do tempo. "O ANO QUE VEM EM JERUSALÉM" é um verso cantado e rezado por judeus do mundo inteiro que ajudou a manter um vínculo com a Cidade de David, onde foi construído o Templo de Salomão. Segundo a Torah e também escritos mulçumanos, foi o mesmo lugar onde Abrahão levou seu filho Isaac para o sacrifício. 

No século XX,  a importante façanha de reconstruir um lar nacional judaico na Terra de Israel foi finalmente realizada. Muito antes da formação do estado político foram formadas escolas, universidades, zonas de produção e institutos de ciência e cultura. Orquestras e bibliotecas, e de forma inédita foi revivido o idioma hebraico. Homens e mulheres assinam várias destas conquistas. O Estado de Israel e a Jordânia foram criados a partir do Mandato Britânico da Palestina. 

A ONU vem adotando uma postura que demoniza o Estado de Israel, apesar de ser este o único que tem um parlamento formado por árabes e judeus, e cidadãos de todos os credos e etnias. Um parlamento que reflete a diversidade de seus cidadãos. No dia 1° de dezembro de 2021, a Assembléia Geral aprovou uma resolução que ignora a ligação do Povo Judeu com o Monte do Templo. O texto apenas se refere a este local com o nome dado pelos mulçumanos: "Al-Haram al-Sharif". 

Reescrever a história e trocar nomes de acordo com a conveniência de determinados grupos é uma prática antiga que tem por objetivo legitimizar condutas e justificar extermínios. O mais famoso episódio disso foi a alteração, por parte dos romanos, do nome da região de Judeia para Síria Palestina em 135 AC logo após da revolta de Bar Kochba. Temos visto isto acontecer ao longo da história e esta é uma forma muito especial de racismo denominada antissemitismo. 

Mas uma procura sobre o tema na imprensa judaica mostra que há luz no fim do túnel: The Times of Israel, The Jerusalem Post e i24News  apontam a omissão e os constantes desvios observados na conduta da ONU, mas notam uma importante mudança em relação a 2018, ano em que passou uma resolução semelhante.

Desta vez a resolução foi aprovada por 129 votos a favor, 11 contrários e 31 abstenções. É preciso notar que em 2018, quando a assembléia geral da ONU aprovou uma resolução que ignorava a relação do Povo Judeu como o Monte do Templo, assim denominado desde os tempos do Rei Salomão (reinado 970 a 930 a.ec.), foram 148 a 11. Neste ano o número de abstenções aumentou (14-31). O Brasil está entre os países que se abstiveram. Abaixo você pode conferir o painel de votação da Assembléia Geral da ONU.


Será que esta resolução da ONU apagará a história do Povo Judeu com Jerusalém? Certamente a resposta é não. Será esta certeza de longevidade ligada a conceitos religiosos?

Sim, não, talvez... certamente encontraremos muitas respostas, e estas refletirão em quem está a responder, portanto em todas encontraremos argumentações aceitas por determinados grupos.

O fato é que a existência do Templo de Salomão não mais pode ser negada, a relação deste com o Povo Judeu tampouco e a importância da educação, transmitida de forma linear de geração em geração, tem sido comprovada como a forma mais eficaz de sobrevivência!

A história baseada na memória coletiva e nos relatos individuais é capaz de singrar os tempos e embalar o futuro.

Har ha Bait - Monte da Casa (como é falado em hebraico) porque a CASA é o TEMPLO que carregamos pelo mundo mantendo uma identidade que é capaz de se misturar sem se dissolver!

Abraço a todos.

Regina P. Markus



segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

VOCÊ SABIA? - As luzes milagrosas de Hanukkah

 

Por Itanira Heibenerg



A última vela de Hanukkah do ano 5782 do calendário judaico brilhou ontem, 5 de dezembro de 2021.

lazar Cohen, diretor geral do pavilhão de Israel na Expo 2020 Dubai; Rabbi Levi Duchman; Nave Shachar, diretor do Jewish National Fund para a Expo; Solly Wolf, presidente da Comunidade Judaica nos Emirados Árabes e Ilan Sztulman, chefe da  missão do Consulado de Israel durante a abertura da Festa de Hanukkah na Expo 2020 Dubai.

Photo: Israel Pavillion



VOCÊ SABIA que as celebrações desta festa de Hanukkah iniciaram em Dubai, na grandiosa exposição EXPO 2020, com o brilho da primeira vela no pavilhão de Israel?

O festival durou oito abençoadas noites realçadas pela luminescência das velas ao por do sol!

No ano passado o candelabro foi aceso pela primeira vez na História do Golfo,  em frente ao  edifício Burj Khalifa, o mais alto da cidade e este ano no coração da maior Feira de Exposições do mundo.



A festa de Hanukkah, uma festa que celebra o milagre da restauração e conquista do templo além da multiplicação do óleo, comemora agora mais um milagre, o milagre dos Acordos de Abraão, acordos estes que proporcionaram a multiplicação de países árabes, amigos e apoiadores do Estado de Israel.


Rabbi Levi Duchman acende a  Hanukkiah em 28 de novembro de 2021 -  Dubai Expo 2020 in Dubai, UAE.  (photo credit: Courtesy JEWISH UAE)





Rabino Duchman, o primeiro rabino residente da UAE, recitou as bênçãos de Hanukkah em frente à comunidade judaica de Dubai, turistas, expositores e visitantes da feira oriundos de 192 países.

A festividade das luzes foi acompanhada por canções de Hanukkah entoadas pelo coro infantil da comunidade judaica da cidade.

Também os tradicionais e deliciosos sonhos (sufganiyot) foram oferecidos aos participantes.


O milagre Hanukkah nunca foi mencionado na Torah, uma vez que a história aconteceu depois da Torah ter sido finalizada.

Moisés acabou de escrevê-la no ano 2488, ou 1273 BCE ao passo que o milagre se concretizou mais de mil anos depois, nos anos 3621-3622 ou 140-139 BCE.

Mesmo assim esta festa é muito celebrada em todos os cantos do mundo, afinal não há nada mais reconfortante do que celebrar a vitória da Luz sobre as sombras da humanidade.

Assim sendo em New York foi arquitetada a maior Hanukkiah dos tempos:


Maior candelabro de 9 braços para Hanukkah 2021 na primeira noite na Grand Army Plaza, 28 de Novembro, 2021, Nova York.

 (Alexi Rosenfeld/Getty Images)


E a mídia está plena de fotos e festas de Hanukkah em todo o mundo.

Eu, por minha vez, fico feliz de poder incluir aqui fatos de nossa pequena grande Família Abraâmica em São Paulo em que membros das três religiões seguidoras de Abraão se reuniram em harmonia e amizade celebrando nosso primeiro encontro presencial desde o início da Covid-19, finalizando com troca de presentes e acendendo as últimas Luzes milagrosas de Hanukkah!




 

FONTES:

https://www.boston25news.com/news/trending/photos-worlds/F3AOERJNWVBFNEIIZ7MSRLYNM4/

https://embassynews.info/israelenses-celebram-o-hanuka-a-festa-das-luzes/

https://www.guiame.com.br/gospel/israel/pela-primeira-vez-emirados-arabes-unidos-tem-cabana-montada-para-festa-dos-tabernaculos.html

https://www.thenationalnews.com/uae/expo-2020/2021/11/29/hanukkah-celebrations-begin-at-israels-expo-2020-pavilion/

https://www.jpost.com/middle-east/hanukkah-candle-lighting-held-at-dubais-expo-2020-687265

https://www.chabad.org/holidays/chanukah/article_cdo/aid/610029/jewish/Is-Chanukah-Mentioned-in-the-Torah.htm


quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

EDITORIAL: As Luzes de Chanuka



Imagens do vídeo produzido pela organização City of David - Ancient Jerusalem


O tempo, esta dimensão contínua e recorrente. Finita e Infinita! Esta dimensão que comprova a importância do ângulo do observador para qualificar e testemunhar um fato. Nestes tempos em que passamos a conviver com mentiras plantadas para criar uma sensação de verdade, sempre olhamos esta dimensão que abrange o passado e o futuro com um carinho especial.

O tempo prova e reprova! O tempo soluciona! O tempo... 

Aprender a conviver com o passado a cada momento que seguimos para o futuro é uma arte que dá uma dimensão especial à vida. É uma arte que permite estar ao mesmo tempo em dois momentos diferentes. É surreal, mas muitos gostariam de transformar esta possibilidade em algo real.

Os calendários e as datas de comemoração e lembrança são formas de aprisionar e dimensionar o tempo, enquanto a sequência direta entre o nascimento e a morte nos dá a certeza que não é assim tão fácil driblar o passar dos dias e dos anos.

No judaísmo religioso e civil há muitas datas e festividades de lembrança e celebração. Formas de contar a nossos filhos uma história tão longa, da qual somos testemunhas e atores. Difícil pensar em um povo que conta o seu passado e que ao mesmo tempo projeta este para o futuro.

Uma das festas que mais simboliza esta capacidade é a Festa das Luzes, a Festa de Chanuka (pronuncia-se "Ranucá"). A referência histórica é a vitória do Macabeus sobre os gregos, que ao conquistarem Jerusalém consagraram o Templo de Salomão para seus deuses. Esta história é contada com detalhes, mas a ênfase da festa está na consagração do Templo. Luzes acesas em candeias de óleo deveriam durar oito dias, o tempo necessário para que mais óleo fosse feito. Apesar do pouco óleo que sobrou, este durou o tempo necessário.

Acendemos os candelabros de 9 braços. Um para cada dia da festa e mais um auxiliar. Hoje os candelabros são colocados na janelas e a cada dia acendemos uma vela a mais. Jerusalém, a cidade de David, fica toda iluminada. Iluminada com candeias e velas, uma luz fraca, mas como todas as casas têm vitrinas para expor a Chanukiá, em algumas ruas escuras e estreitas a festa das LUZES traz uma boa sensação. 

Caro leitor, agora é a hora de unir o tempo recorrente, do que fazemos igual a cada ano, e o tempo eterno que permite superar a morte e fazer uma corrente muito forte que une as gerações e com isto dá suporte para que o futuro não seja pensado como algo estático e imutável. 

Este ano a organização Cidade de David, Jerusalém Antiga 

apresenta um magnífico video unindo arqueologia e a festa de Chanuká. O candelabro foi feito com candeias encontradas em escavações em Jerusalém. Cada uma é de época muito diferente. Vale assistir o curto vídeo - e ver a semelhança das candeias ao longo dos séculos.

Contando e educando seguimos em frente nesta aventura que é a Vida.

Regina P. Markus



segunda-feira, 29 de novembro de 2021

VOCÊ SABIA? - Salvador Dalí ou Shalom Dalí?

 

Dalí, o judaísmo e o sionismo

Por Itanira Heineberg



Você sabia que na segunda metade do século passado, Salvador Dalí inspirou-se apaixonadamente pela História dos judeus, seu Livro, suas perseguições e resiliências e criou uma série de telas, reunidas mais tarde numa exposição denominada “Shalom Dalí”?

Salvador Dalí, “Eu sou o Surrealismo”, como ele próprio se intitulava, nem sempre foi um sionista. Porém, a partir dos anos 60, passou a perceber a conexão do povo judeu com a Terra de Israel observando a concretização de certas profecias bíblicas tal como o renascimento do Estado de Israel.

Seus trabalhos de arte totalmente voltados para este povo e sua longa trajetória levaram-no a ser chamado de judeu.

Houve até quem especulasse a possibilidade de o pintor ter um sangue marrano, talvez uma secreta descendência judaica, mas na realidade Dalí sempre se declarou árabe - como ele mesmo explicava, um “Mudejar”, isto é, um muçulmano coagido a se converter ao catolicismo.

Conforme Gibson, biógrafo do artista, “Dalí” é um nome comum nos países árabes ao longo do litoral norte do Mediterrâneo e tem o significado de "líder".

Pois estes trabalhos instigantes e notadamente Dalinianos foram reunidos por Jean Paul Delcourt em 2002 em uma exposição denominada “Shalom Dali”, no Centro de Artes Performáticas, na residência do presidente em Jerusalém, Israel em junho de 2002. Depois a exposição seguiu para Rishon Le-Zion, também em Israel, de setembro a outubro de 2002.

Naquelas telas encontramos toda a saga, sonhos e anseios dos judeus por mais de dois mil anos.

Cada tela recebeu um verso bíblico escolhido pelo artista.



Muitos se perguntam qual o significado deste trabalho para o pintor.

Uma súbita admiração pelos judeus e sua perseverança aos princípios religiosos e tradição?

Um exercício puramente comercial?


Aliyah, o renascimento de Israel


"Tu que dominas sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre o gado, e sobre todos os répteis" (Gênesis 1:26)

A terra do leite e do mel



Nas margens da liberdade: O navio Eliahu Golomb traz imigrantes "ilegais"



Enquanto fica a dúvida quanto ao objetivo de Dalí ao inspirar-se no povo do livro, nossa ideia, assim como a do site Eterna Sefarad, é apreciar estes quadros fascinantes que representam, por meio da arte surrealista, uma história de erros, acertos, lutas, conquistas e muito desvelo, dedicação e garra.

Temos no link abaixo a oportunidade de conhecer a exposição Shalom Dalí.

Boa visita!

http://zivabdavid.blogspot.com/2012/10/dali-os-judeus-o-judaismo-e-o-sionismo.html

 

 

FONTES:

http://www.js.emory.edu/BLUMENTHAL/Salvador%20Dali%20Aliyah.htm#one

http://zivabdavid.blogspot.com/2012/10/dali-os-judeus-o-judaismo-e-o-sionismo.html

https://www.publico.pt/2020/06/18/culturaipsilon/noticia/investigacao-revela-50-artistas-salvos-nazismo-aristides-sousa-mendes-1921010

http://davidblumenthal.org/Salvador%20Dali%20Aliyah.htm

https://fozmuseum.com/explore-foz/salvador-dali-depicted-connection-jewish-people-land-israel/

https://jewishjournal.com/mobile_20111212/115206/no-place-like-home-salvador-dali-victor-hugo-paris-and-the-jews/

https://www.algemeiner.com/2016/04/11/little-known-zionist-series-by-salvador-dali-goes-on-private-display-in-nyc/