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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Editorial: VIEMOS COLABORAR




Esta semana o Brasil parou estarrecido observando, pela segunda vez, o rompimento de uma barreira de contenção. Brumadinho - uma cidade que muitos de nós conhecemos. Lá ficamos ao visitar o lindo museu a céu aberto de Inhotim. Quantos amigos colocaram posts lembrando da pousada que se foi. Conhecendo ou não o local, são dias de luto, preocupação e reação.

Gratidão de todo um povo que olha estarrecido os que literalmente se enterram na lama para salvar vidas, resgatar corpos e dar alento aos que tudo perderam. E nós brasileiros, fazemos isto a cada rodada da história com eficiência e coração.

Desta vez, algo diferente aconteceu. Israel ofereceu uma equipe de 136 pessoas para auxiliar no resgate. Seguindo o princípio talmúdico de "quem salva uma vida, salva toda a humanidade", o Exército de Defesa de Israel (IDF) mantém equipes de resgates treinadas e capazes de uma movimentação rápida. Para o Brasil vieram alguns socorristas que já moraram no Brasil ou são filhos de brasileiros.






O compromisso em usar equipamentos sofisticados, e principalmente um grupo de pessoas treinados para situações de emergência, vem de longa data. Em setembro de 1985, pela primeira vez, uma equipe de resgate israelense atuou no exterior - no Terremoto do México - e a ela seguiram-se ações nos terremotos na Armênia, no Japão, Equador, Itália e novamente no México, em 2017. Equipes israelenses estiveram presentes no resgate de vítimas de enchentes e furacões na Inglaterra, Sri-Lanka, Luisiana e Haiti, de incêndio na Turquia, de guerra civil em Ruanda, entre outras. Existem documentos que detalham as ações e até um mapa que mostra onde, quando e de que forma Israel enviou ajuda.

Este ano chegaram ao Brasil. Como temos conversado ao longo destas 100 semanas em que escrevemos este editorial, Israel desperta muitas reações. Algumas atávicas, baseadas em anos e anos de preconceito. Estas reações ficaram muito claras na grande mídia. Críticas ferinas, cheias de segundas intenções, todas desmentidas - mas já estavam ventiladas e encontraram solo fértil em alguns meios. Por outro lado, encontramos os que identificam Israel com preceitos religiosos. E a maioria, entre os que se manifestam e os que silenciam, observam a atitude pouco comum de ajuda ao outro.  No judaísmo existe o conceito que o homem foi criado à imagem e semelhança de D'us, mas esta semelhança não é física, é a capacidade criativa do homem, a capacidade de TIKUN OLAM - reparar o mundo que é relevante. Este é um princípio que vai além de religião, hábitos ou costumes. 
Este, na realidade é a principal razão que move uma ajuda humanitária, e ela deve ser independente de razões que a própria razão desconhece. A cada passar do dia vemos que muitos dos homens e mulheres envolvidos nesta tragédia sabem que é bom receber o apoio e os dois lados aproximam-se um pouco mais. 

Brumadinho - ainda muito próximos do que nunca deveria ter acontecido

Brumadinho - um local em que turistas e trabalhadores se encontravam

Brumadinho - esperemos que janeiro de 2019 seja apenas um hiato no tempo para esta cidade encantadora - mas que estes momentos sejam gravados na memória de cada brasileiro e passemos a usar o slogan
#BRUMADINHO_nós_lembramos
#NUNCA MAIS

Regina P. Markus




segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

VOCÊ SABIA? - Eilat אֵילַת



Você sabia que Eilat, um símbolo do verão israelense, classificou-se em sexto lugar na lista anual do New York Times que aponta os 52 lugares do mundo a serem visitados em 2019?




No extremo sul do país, na parte final do deserto de Negev, situa-se Eilat, um dos principais balneários de Israel.

A temperatura anual varia de 10 a 40 graus Centígrados, com média de 21 graus, a água do mar não é fria nem no inverno e a incidência de chuvas durante o ano é baixa.




O turismo tem aí grande importância, atraindo visitantes israelenses e estrangeiros que desejam usufruir das belezas do clima, do deserto e do mar.

Vejamos agora um pouco de sua história:

“Em 1916, o tenente-coronel britânico Thomas Edward Lawrence, em comando de uma tropa de beduínos, invade a região da cidade portuária de Aqaba substituindo o domínio turco pelo inglês.






Lawrence na Arábia Saudita em 1917, acima, imortalizado mais tarde nas telas de cinema como Lawrence da Arábia.






Anos mais tarde, em 1949, o Exército de Israel mobilizou as brigadas do Negev e Golan libertando a região do controle britânico.

            A região prospera normalmente e em 1950 a moderna cidade de Eilat é fundada onde antes existira uma cidade dos tempos bíblicos. É dito na Torá que o rei Salomão construiu um porto e uma marinha na região devido à importância da localização estratégica da cidade (porto de entrada para a África e o extremo oriente).

            A partir de 1956, com a guerra do Sinai, a cidade cresceu em importância e investimentos pesados foram feitos como a ligação com outras cidades de Israel (anel viário construído em 1958), construções de hotéis de luxo, ampliação da infraestrutura, construção de pontos turísticos e muitos mais.”




Algumas atrações turísticas da cidade:
Para quem ainda não sabe, Israel é um país de primeiro mundo e Eilat oferece diversas experiências turísticas, praias maravilhosas e uma vida noturna rica em barzinhos (onde até nossa caipirinha é encontrada), em pubs e em famosas casas noturnas como The Brewery  e Three Monkeys Pub.

Parque Nacional de Timna: 

“Essa é uma ótima atração para a família toda, o Timna Park está localizado a 25 km de Eilat e é uma grande oportunidade para conhecer melhor a geologia dessa região. São diversos pilares rochosos em forma de cogumelo, penhascos de arenito vermelho e a mina de cobre mais antiga do mundo, que tem cerca de 6 mil anos. Além disso, durante Sukkot – um famoso festival judaico que acontece em setembro -, o parque também oferece um festival de balões de ar quente, é muito lindo!!!


Red Canyon: 
Um canyon com 150 metros de comprimento, aproximadamente 3 metros de largura e uma altura com cerca de 30 metros, esse é um dos lugares mais bonitos e acessíveis do país. Localizado a 20 minutos ao norte de Eilat, a caminhada tranquila leva aos canyons naturais, que foram formados por arenito vermelho escuro, e possuem tons de roxo, vermelho, amarelo e branco. É um passeio imperdível.

Dolphin Reef: 
Outra opção para ir com a família toda é o Dolphin Reef, um local especial ao longo do Mar Vermelho, onde é possível admirar de perto e até nadar ao lado de golfinhos. Além disso, nesse lugar há um recife com dezenas de peixes tropicais e belíssimos corais para apreciar.


Coral Beach: 
Essa praia é considerada um dos melhores lugares do mundo para mergulhar, e o mais interessante?
É em pleno Mar Vermelho. O local, que é muito procurado na cidade, oferece lindos recifes, que podem ser vistos tanto no fundo do mar quanto na superfície, é um local protegido pela Autoridade Nacional de Parques de Israel.

Parque Marinho do Observatório Subaquático: 
Outra atração must see de Eilat, esse parque oferece uma incrível vista do mundo aquático do Mar Vermelho. Por lá podemos desfrutar de diversos aquários, além de observar tubarões, tartarugas, arraias e corais. O local também possui um observatório em uma torre chamada Terraço da Paz, onde é possível avistar 4 países: a Arábia Saudita, a Jordânia, o Egito e Israel.”

Isrotel Theatre
Um teatro magnífico com shows cativantes e variados todas as noites.




Hotéis modernos e luxuosos:
O complexo sistema de hospedagem da cidade já está preparado para receber visitantes de todo o mundo durante o Eurovision 2019, o famoso Festival Eurovisão da Canção 2019 em sua 64ª edição, na cidade de Tel Aviv.




Este texto é uma colaboração especial de Itanira Heineberg para os canais do EshTá na Mídia.


FONTES:


quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Editorial - Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto




Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto - 27 de janeiro

No ano de 2005 a Assembleia Geral da ONU publicou a resolução de criar o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto no dia 27 de janeiro. Foi nesta data, em 1945, que ocorreu a tomada do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, pelo exército russo, e os prisioneiros que ainda tinham alguma condição iniciaram a marcha da morte, seguindo à pé para outros campos. Janeiro – inverno – e muitos ficaram pelo caminho!

Alguns anos mais tarde, na década de 1950, foram expulsos os judeus que moravam nos países mulçumanos, do Marrocos ao Iraque, da África Ocidental ao Centro da Ásia. Muitas destas populações moravam em suas cidades desde os tempos bíblicos. O século XX viu os judeus da Europa, África e Ásia transformarem-se em refugiados. Eles não fugiam da pobreza. Eles haviam sido roubados. Todas as suas posses e muito de suas famílias ficaram.

Hoje, quando olhamos para as 7 décadas que passaram, encontramos entre os 14 milhões de judeus pessoas de destaque nas ciências, artes, economia e inovação. O Estado de Israel, um sonho de 2000 anos, se torna uma realidade. Muitos buscam entender como isto é possível.

Neste dia, em que o terror é lembrado para que nunca mais volte, gostaria de aproveitar o momento para uma reflexão sobre o ato de sobreviver. Entre os muitos aspectos que contribuem para a sobrevivência de um povo dizimado está o cuidar um do outro, está o acolher. Mas acredito que neste caso, há algo mais. Há um diferencial, ao qual os sul-coreanos têm dado a maior atenção. Sim, eu não me enganei. Foi vendo um vídeo sobre o esforço dos sul-coreanos em buscar a essência da educação judaica, que foi possível colocar mais uma pedra deste quebra-cabeça no lugar.

Estudar é uma das grandes missões de um judeu e também de uma judia. Aos filhos é sempre propiciado tempo e ambiente para o saber. Mas há algumas técnicas milenares que são usadas pelo orientais e pelos ocidentais, e que foram instituídas para o estudo do Talmud – um conjunto de tratados que discute e interpreta a Torá, contém a Mishná, o regramento da vida, na maioria dos seus aspectos, e perguntas e respostas de temas dos mais diversos. A forma com que o Talmud é estudado é a partir de perguntas – e as perguntas valem mais do que as respostas. Duplas de alunos se debruçam sobre os temas e seguem questionando.

Foi nesta forma de estudar que os sul-coreanos fixaram atenção. Perguntar é a melhor forma de compreender algo. Saber perguntar é importante para aprender, interagir e se adaptar a novas sociedades e desafios. Hoje constatamos o aumento do antissemitismo em todo mundo, e junto com este, o aumento da rejeição ao outro, ao diferente e à criação de mecanismos que tendem a aumentar nossa percepção das diferenças.

Que o dia Internacional da Memória do Holocausto possa ser um dia de questionamento não apenas do passado, mas da forma como está sendo construído o futuro.

Uma semana de reflexão para todos.


Regina P. Markus

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

VOCÊ SABIA? - ANNE FRANK E O HOLOCAUSTO





“Uma voz fala pelos 6 milhões de judeus mortos; a voz não é de um sábio, nem de um poeta, mas de uma jovem como tantas e tantas outras".
Ilya Ehrenburg, escritor soviético



Você sabia que Anne Frank foi uma entre as mais de um milhão de crianças assassinadas durante o Holocausto?


Anne Frank, a menina enclausurada durante mais de dois anos pelo “crime” de ser judia, refugiava-se na palavra escrita com esperança de ser uma escritora ao final da guerra. Infelizmente, não conseguiu escapar do terror nazista.
Sua voz jovem e cheia de entusiasmo foi ouvida através de seu diário trazendo grande entendimento ao público sobre a guerra, o sofrimento e a maldade humana.

Miep Gies, funcionária da empresa de Otto Frank, grande amiga e protetora dos abrigados no Anexo, encontrou o diário após a retirada dos habitantes secretos pela polícia nazista, e guardou-o em segredo à espera de sua dona.
Já o diário de Margot, irmã mais velha de Anne, nunca foi encontrado.
Durante a Segunda Guerra Mundial, 25 mil judeus se esconderam em abrigos secretos.
Ao inverso de suas expectativas ... 8 mil foram descobertos e exterminados.

“Durante o tempo em que ficou escondida dos nazistas, Anne manteve um diário no qual escrevia sobre seus medos, suas vivências e suas esperanças”.

"A minha descontraída alegria, e os despreocupados dias de escola foram-se para sempre."

“Encontrado em um aposento secreto após a família ter sido presa, o diário foi mantido por Miep Gies, uma das pessoas que ajudou a esconder a família Frank. Depois da Guerra, ele foi publicado em diversos idiomas, sendo até hoje utilizado nos currículos de milhares de escolas de ensino fundamental e médio por todo o mundo”.

"Não poder sair me deixa mais chateada do que posso dizer, e me sinto aterrorizada com a possibilidade de nosso esconderijo ser descoberto e sermos mortos a tiros".

“Anne Frank tornou-se símbolo de esperança perdida pelo que aquelas crianças que foram mortas durante o Holocausto poderiam ter sido caso houvessem sobrevivido.”

“A melhor parte é poder escrever todos os meus pensamentos e sentimentos, caso contrário estaria totalmente sufocada.”


Ela nasceu em 12 de junho de 1929 em Frankfurt, na Alemanha, filha de Otto e Edith Frank. Nos primeiros cinco anos de vida, Anne morava com seus pais e sua irmã mais velha, Margot, em um apartamento localizado nos arredores de Frankfurt.

Após a tomada do poder pelos nazistas, em 1933, a família Frank fugiu para Amsterdã, na Holanda. Os alemães ocuparam Amsterdã em maio de 1940, e a partir de julho de 1942, as autoridades nazistas e seus colaboradores holandeses iniciaram a deportação dos judeus da Holanda para campos de extermínio na Polônia, já então ocupada pela Alemanha.
Na primeira metade de julho de 1942, Anne e sua família foram para um esconderijo com outras famílias judias. Por dois anos, viveram no sótão de um prédio que ficava atrás do escritório da empresa da família, na Rua Prinsengracht, 263, ao qual Anne se referia em seu diário como o "Anexo Secreto".

Amigos e colegas do escritório levavam roupas e alimentos clandestinamente aos Frank, colocando suas próprias vidas em grande perigo. Em 4 de agosto de 1944, após uma denúncia anônima feita por um holandês, a Gestapo (Polícia Secreta do Estado Alemão), descobriu o esconderijo e prendeu seus moradores.
Em setembro de 1944, as autoridades colocaram os Frank e as outras quatro pessoas com quem eles se escondiam em um trem rumo a Auschwitz. No final de outubro de 1944, devido à sua juventude e capacidade de trabalho, Anne e sua irmã foram transferidas para o campo de concentração Bergen-Belsen, no norte da Alemanha.

Devido às péssimas condições de higiene e alimentares as duas faleceram de tifo em março de 1945, apenas algumas semanas antes das tropas britânicas liberarem aquele campo. A mãe de Anne já havia morrido em Auschwitz no início de janeiro de 1945. Seu pai, Otto, foi o único da família a sobreviver à Guerra.”

Assim como Anne, muitas outras crianças sofreram a perda da infância, os malefícios da guerra, a privação de alimentos, de educação, de seus próprios familiares.

E uma vez de volta aos tempos de paz, sabe-se muito bem que apesar de toda a resiliência infantil, a volta ao equilíbrio emocional e físico é uma tarefa difícil de ser atingida.




Assista aqui a um breve vídeo, de apenas 4 minutos, sobre a curta vida desta menina alegre e feliz, que adorava os livros, os animais, os amigos, a família, e valorizava o espetáculo de um cantinho do céu através de uma velha e suja cortina protetora, e especialmente a visão dos galhos de uma árvore vizinha.


Ninguém no Anexo onde se escondiam Anne e mais 7 pessoas pensou que a guerra duraria tanto e que ficariam isolados do mundo por tão longo tempo.
Muitos já não alimentavam esperança de viver; porém Anne, até serem descobertos e enviados aos campos, acreditava num mundo melhor onde ela seria feliz e livre novamente.





Este texto é uma colaboração especial de Itanira Heineberg para os canais do EshTá na Mídia.

FONTES:




Livro – Anne Frank Remembered – autoras Miep Gies e Allison Leslie Gold (The Story of the Woman who Helped Hide the Frank Family – Pocket Books Autobiography)




quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

EDITORIAL - O ANO NOVO DAS ÁRVORES





Este é o primeiro editorial de 2019, e aproveito para desejar a todos um FELIZ ANO. Um ano como muitos frutos, muita luz e uma sombra deliciosa embaixo de árvores frondosas. Um ano verde! E, por falar em ano novo, quantas vezes amigos cristãos comentam que a virada do ano talvez não seria considerada pelos judeus. Mas, todos sabemos que o espírito de Ano Novo e a virada do ano civil é um fato comemorado por todos, um momento de parada e de balanço e, é claro, de esperanças renovadas.

Assim, voltamos com todo o entusiasmo para comemorar um novo ANO NOVO – oops??? Sim, o Ano Novo das Árvores – Rosh HaShaná le Ilanot – que acontece no dia 15 de Shvat, que este ano será no dia 21 de janeiro. No Talmud, no tratado sobre Rosh Hashaná (ano novo) são descritos 4 anos novos no calendário judaico. Além do ano novo civil, e que hoje é celebrado em todo o mundo aproximadamente em setembro-outubro, há um ano novo ligado aos reis de Israel, e dois ligados à natureza, um ano novo dos animais e o ano novo das árvores. Este remonta aos tempos bíblicos e tem íntima ligação com as responsabilidades com a natureza.

Israel foi o único país do mundo que iniciou o século XXI com uma cobertura verde maior que quando iniciou o século XX, e mesmo que de forma indireta, hoje é reconhecido que todas as leis de trato do verde encontradas em Levíticos fazem parte de um inconsciente coletivo, que levou os primeiro sionistas a cuidarem da terra como um dos bens mais preciosos para reviver uma nação. Não podemos esquecer que o outro bem é a educação.

Ao rever algumas destas leis, é interessante ver a proibição de colher frutos de árvores novas. Durante os três primeiros anos não pode haver colheita. Os frutos devem amadurecer no pé. A colheita do quarto ano deve ser parcimoniosa, muitos dos frutos devem ser deixados. Hoje, sabemos que esta é uma boa prática para que possa haver uma maior produtividade futura. 

15 de Shvat – Tu B’Shvat – comemorada com gala na Idade Média, com uma refeição com frutas, celebrada em Israel, em volta de seu grande empenho em transformar desertos em terras férteis, celebrada no mundo inteiro que vem recuperando a sua identidade ecológica e a preocupação com o planeta.

Neste ANO NOVO em pleno janeiro, quero deixar para todos os nossos leitores algo lindo a respeito da Brasil: um link para uma conferência do Chefe da Divisão da EMBRAPA responsável pela conservação sobre o que nosso país vem conseguindo em uma área em que foi abençoado com uma natureza exuberante e fértil.





Nós da EshTá na Mídia desejamos a todos um ano com muito verde, muitos frutos e comunicação.

Além disso, convidamos a todos a participar do nosso Serviço de amanhã, que acontece no Unibes Cultural, em São Paulo, em que serão distribuídas plantas em celebração ao Tu B’Shvat. Todos os presentes também poderão comprar árvores a serem plantadas pelo Keren Kayemet, que fornecerá um certificado para a Esh Tamid. 


Boa semana!

Regina P. Markus

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

VOCÊ SABIA? - FELICIDADE



COMO SER MAIS FELIZ AGORA? - O MESTRE DA FELICIDADE






Você sabia que em Harvard, nos EUA, os cursos mais procurados não são Medicina nem Direito, mas Felicidade? E que a matéria é ministrada pelo professor israelense Tal Ben-Shahar?

Em 2017 mais de mil alunos frequentaram as aulas de Ben-Shahar, mestre em Psicologia Positiva e Ciência da Felicidade. Quando iniciou o curso há dez anos, apenas oito alunos haviam participado de suas lições.
A boa divulgação boca a boca estimulou mais pessoas a se inscrever e o resultado foi surpreendente. Os alunos apresentam trabalhos e não são avaliados – porém, segundo estes discípulos, o curso definitivamente muda suas vidas.






Ben-Shahar nasceu em Israel em 1970 e seu grande exemplo de vida  foi a avó materna, original de Syget, Romênia, que após indescritíveis sofrimentos em campos de concentração onde perdeu pais, quase todos os irmãos e parte de sua juventude, ainda conseguia apreciar a vida e considerava o mundo um lugar bonito que seria triste abandonar.
Ao sair de Auschwitz com 26 quilos, sem cabelos e sem poder caminhar, constituída apenas de ossos e pele, sua recuperação foi considerada um milagre pelos médicos e enfermeiros britânicos que a retiraram do campo no famoso Dia D.
Anos depois, ela e sua irmã optaram pela Palestina - mas novamente viveram a desalentadora experiência dos campos quando tiveram de se refugiar em Chipre por alguns meses até a criação do Estado de Israel em 1948.
Sua história e sua atitude perante a vida foram uma grande inspiração para Ben-Shahar.






Ben-Shahar relata que não se sentia feliz apesar de suas conquistas acadêmicas, já cursando Ciência da Computação em Harvard e usufruindo da prática do squash, esporte que realmente apreciava.
Para melhor se conhecer, ele trocou de curso e foi para Psicologia e Filosofia. Ele queria ser feliz, a tristeza não o agradava.
O estudo destas matérias muito o ajudou e assim surgiram suas lições de felicidade. São conceitos simples, mas nem sempre fáceis de serem aplicados ao nosso dia a dia:

Felicidade dispensa dinheiro, dispensa fama e poder?

Podemos estar felizes longe de nossos seres queridos?

Ao escolhermos uma profissão para nosso futuro, pensamos mais no aspecto financeiro do que naquilo que realmente gostamos de fazer?

Priorizamos nossos pontos fortes ou só nos lembramos de nossas fraquezas e insucessos?

Sentimos gratidão por tudo o que temos ou focamos
em itens que não possuímos, os quais acreditamos serem os responsáveis pela felicidade?


Psicologia positiva
“A Psicologia Positiva - o estudo científico da funcionalidade humana ideal - fornece ferramentas práticas que podem ajudar indivíduos, casais e organizações a se tornarem mais felizes e mais bem-sucedidos.”


“A primeira lição que dou na minha aula é que nós precisamos nos conceder a permissão de sermos seres humanos. Isso significa vivenciar emoções dolorosas, como raiva, tristeza e decepção. Temos dificuldade de aceitar que todo mundo sente essas emoções às vezes. Não aceitar isso leva à frustração e à infelicidade.”
E Ben-Shahar logo em seguida relata a principal lição por ele aprendida sobre a felicidade:
“O que realmente interfere na felicidade é o tempo que passamos com pessoas que são importantes para nós, como amigos e familiares — mas só se você estiver por inteiro: não adianta ficar no celular quando se encontrar com quem você ama. Hoje, muita gente prioriza o trabalho em vez dos relacionamentos, e isso aumenta a infelicidade.”






Vejamos a seguir algumas propostas de Ben-Shahar para chegarmos à felicidade que apesar de não ser perene, conduz-nos a picos elevados de plenitude, unindo a sensação de prazer à de realizações:

- Relações cara a cara, contato direto com as pessoas que amamos. 

- Tornar a vida mais simples, sem pressa, enfrentando cada situação ou resolvendo cada problema à sua vez, cientes de nossas limitações mas confiantes nas nossas ferramentas.

- Exercício físico – 30 minutos de exercício regular, 3 vezes por semana. Liberam as tensões e geram endorfina, aquela sensação de bem-estar.

- Apreciar e agradecer – valorizar o que somos e o que temos e praticar a gratidão consciente.

- Reconhecer que somos humanos e aceitar nossa condição de seres finitos, eliminando assim o medo de falhar. Encarar o quadro completo da realidade: saber enxergar o que vai bem assim como o que vai mal!

- Cultivar hobbies – alternar obrigações com atividades prazerosas e agradáveis.






Assistamos agora este vídeo de menos de 3 minutos em que, através da deliciosa metáfora do hambúrguer, Ben-Shahar resume o Segredo da Felicidade:






E agora, munidos de ensinamentos e dicas sobre este tema de maior importância em nossas vidas, iniciemos este novo ano que nos acolhe em seus dias de sol ou de pouca luz com otimismo, determinação e grande força de vontade, e a certeza da conquista da felicidade!

FELIZ 2019 para todos nós!



Este texto é uma colaboração especial de Itanira Heineberg para os canais do EshTá Na Mídia.



FONTES:

Revista VEJA – Editora Abril – edição 2612 – ano 51 - # 50 – 12/12/2018