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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

ACONTECE: 25 de Janeiro, Tu B'Shvat - 27 de janeiro




Esta é uma semana plena de ACONTECIMENTOS. Prêmios, datas comemorativas, reconhecimentos e também uma semana em que Israel continua respondendo ao inominável ataque de 7 de outubro perpetrado pelo Hamas. A instabilidade na região aumenta à medida que os hutis no Iemén e o Hezbolah no Líbano entram no processo, assim como o Irã mostra sua participação em todos os movimentos terroristas islâmicos que agem em todos os continentes. E hoje é o Aniversário de São Paulo, que coincide com a data estipulada pela Torah para comemorar o ANO-NOVO DAS ÁRVORES. Raul Meyer o líder da Chavurá Esh Tamid recebeu no dia 24 de janeiro o Premio Fraternidade Cristã- Judaica! Uma semana que será lembrada!


Dia 25 de janeiro, um dia cheio de encantos para lembrar uma cidade de 1.521.110 km²  que abriga mais que 12 milhões de habitantes. Uma cidade cheia de parques e áreas verdes, cujos rios estão limpos, mas que é conhecida pela enorme quantidade de edifícios, veículos e boa comida. Sim, esta cidade que acolheu imigrantes de todas as regiões que chegavam pertinho do que era o Bom Retiro. Lá está a casa do imigrante. Nos nossos tempos o antissemitismo espalha-se por todos os rincões da terra, inclusive por esta São Paulo de 470 anos. O resumo do depoimento de Sandra Chayo , jovem empreendedora do Grupo Hope, mãe de três filhos, ilustra a percepção daqueles que têm visibilidade na mídia eletrônica. Interessante que é dito ser o antissemitismo em São Paulo algo recente. Quero hoje deixar um depoimento da década de 1950, mais precisamente 1958. Uma professora do terceiro ano da escola primária teve uma reação de repúdio quando, ao invés de ser dita uma oração cristão para dar início às atividades da manhã, uma aluna rezou o Shemá Israel ("Ouça Israel"). A base do antissemitismo estava presente, e as fotos do holocausto que cobriam a imprensa da época não afetavam aquela professora. MAS, o pastor do colégio tomou atitude completamente diferente, e soube introduzir para toda a escola a importância do Povo Judeu para o Cristianismo. Aqui estão fatos positivos que acontecem entre os moradores deste imensa cidade e que garantem a sua diversidade.

No dia 24 de janeiro (ontem) o líder da Esh Tamid - Raul Meyer - ganhou o Prêmio "Fraternidade de Diálogo Cristão-Judaico". Um texto de nossa Editora Marcela Fejes conta sobre a premiação e a cerimônia. Queria deixar aqui registrado que Raul Meyer atua como líder desde a década de 1960, quando era madrich no movimento juvenil e galga posições de relevância em busca do entendimento extra muros. Hoje, é de importância em vista das posições que o Brasil vêm assumindo. Olhando os últimos dias:

Hoje, o Brasil oficial reforça sua posição anti-Israel no que tange a denúncia da África do Sul, visando influenciar a sentença dada no dia 26 de janeiro. MAS, é importante lembrar que esta pode ser a posição do governo e de alguns (muitos brasileiros). Por outro lado, alguns (muitos brasileiros) tem posições pró-Israel. A saída do jogo do pró e contra, A versus B, verdade absoluta de cada lado, e portanto construção de falsas verdades requer poderação e entendimento.

Requer também que sejam reconhecidos os atos brutais de 7 de outubro e a o ataque constante que Israel vem sofrendo nos últimos 100 dias. O exército de defesa de Israel (IDF) optou por não atingir de forma maciça a população de GAZA com ataques aéreos, e colocou homens no solo para encontrar os reféns e um arsenal que permitiria continuar atacando Israel de forma impiedosa. Esta opção paga um alto preço entre os israelenses e os habitantes de Gaza. Quantos estão servindo de escudos humanos? Quantos estão sendo mortos pelo fogo amigo. Não temos a menor ideia. Escolas e Hospitais que servem de locais para armazenamento e disparo não podem ser considerados neutros.

E o fim do túnel, como costuma-se dizer? Este só pode ser atingido pelo DIÁLOGO, conversações, compromissos. Ontem o Hamas recusou mais uma proposta aceita por Israel. Proposta que foi negociada no Catar e contou


 com a presença americana e européia. Hoje já foi anunciada uma nova rodada. E assim, vamos. 

E talvez - o dia de hoje, no calendário judaico mostre que é possível sonhar, e é possível buscar. Paremos um momento e vamos viajar no tempo


MUITO MAIS PARA UM DIA SÓ

Tu b'SHVAT - ANO NOVO DAS ÁRVORES


Esta é uma comemoração [RAG (chag), festa] que exalta a NATUREZA. Em Israel é o final do inverno, início da primavera. Na Torah são citados os frutos da época e até hoje é feita uma ceia, A CEIA DAS FRUTAS. As deliciosas frutas citadas na Torah são apreciadas (uvas, figos, romãs, azeitonas e tâmaras). Todos os anos são plantadas milhares de árvores. Em algumas cidades, quando estas árvores crescem, a data do plantio é marcada. Cultura milenar que se reproduz em Israel moderna. E nunca é demais lembrar que os israelitas - os descendentes de Israel (Jacob) que sairam do Egito - ganharam a liberdade através dos DEZ COMANDOS recebidos no Monte Sinai, que foram tranformados em um sistema de leis e uma forma especial de legislar onde o poder de executar deveria ser feito em separado do poder de legislar e este seria exercido por um Conselho de 70 Anciões Sábios. Quarenta anos depois recebem a Terra de Israel. A saída do Egito também é um ANO NOVO - o ano novo da Liberdade que é separado do ANO NOVO CIVIL. 

Seguindo o princípio do Torah em que é dito e repetido Israel, um povo entre os povos, sabemos que as muitas comemorações futuras da NATUREZA requerem que os povos consigam viver em harmonia.

E para isso é preciso lembrar para não repetir!!!

Em dois dias (27 de janeiro) será o dia de Lembrança do Holocausto Nazista, Há 79 anos foi libertado o campo de concentração e extermínio Auschwitz-Birkenau. Nunca mais é o mote deste dia e também do Iom ha Shoá que acontece um pouco antes do dia da Independência do Estado de Israel. Em 2023/2024 aprendemos que grande contingente de pessoas no mundo ocidental não acreditam que o Holocausto aconteceu. NÃO ACREDITAM e formam verdades tão bizarras que culpam os judeus pelo nazismo! Diálogo entre as religiões não é importante, porque ramos do cristianismo e do islamismo partilham desta corrente e ensinam em escolas, igrejas e mesquitas coisas muito estranhas sobre os judeus. Assim, o diálogo entre as religiões e a formação de discursos que possam trazer o entendimento são importantes. 

Mas, neste contexto, um dia vamos ver falado com todas as letras que Israel é o Lar Nacional Judaico e que as terras mencionadas na Torah - a começar pelo local em que ainda hoje está a tumba da Matriarca Raquel e o outro marcos geográficos devem ser reconhecidos do ponto de vista religioso. 

Nesta semana marcada por tantos símbolos, devemos lembrar que outros marcos de vida como desenvolvimento científico e inovação também têm sido atividades que permitem unir interesses de diferentes nações do Oriente Médio com Israel. No meio deste conflito sangrento feiras e contatos também inundam a mente com esperança.


Regina P.Markus

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

VOCÊ SABIA? - A coexistência em Israel e a arte

 

ISRAEL, 16 de janeiro de 2024: Um exemplo de boa vizinhança

Por Itanira Heineberg




Segundo relatório de dezembro 2023, 187.900 cristãos residem em Israel - um aumento de 1,3% em relação ao ano anterior, celebrando o terceiro ano consecutivo de crescimento da população cristã no país.

E, fato muito relevante, VOCÊ SABIA que dados da CBS informam que as mulheres cristãs árabes têm alguns dos mais altos níveis de escolaridade do país?


Escola e igreja cristãs de Salesian em Nazareth, Israel


Sim, à medida em que a população israelense-cristã cresce rapidamente, também continua a desfrutar de altos níveis educacionais e de realização profissional - é o que os números divulgados recentemente pelo Escritório Central de Estatísticas de Israel (CBS) nos mostram.

 

“Em 2021, a população cristã subiu para 182 mil, com um aumento de 1,4%, e em 2022, o crescimento foi de 2%, para 185 mil pessoas, de acordo com dados da CBS. A grande maioria da população cristã – 75,3% – é de cristãos árabes, enquanto os cristãos representam 1,9% da população total de Israel.

 

Os maiores centros populacionais cristãos árabes em Israel são Nazaré (20.800), Haifa (16.800) e Jerusalém (13.000).


Igreja do Santo Sepulcro - Jerusalém


O último relatório descobriu que 55,1% dos cristãos árabes continuaram seus estudos em direção a um diploma de bacharel dentro de oito anos após a conclusão do ensino médio, em comparação com apenas 34,6% do número total de graduados do ensino médio no sistema escolar árabe e 48,1% de todos os graduados na educação hebraica.


Nazaré – Igreja da Anunciação

De acordo com dados anteriores da CBS, 84% dos cristãos estão satisfeitos com sua vida em Israel: 24% responderam "muito satisfeitos" e 60% estavam "satisfeitos".

Dos cidadãos árabes de Israel, que compreendem 19,8% da população, mais de quatro quintos (82,6%) são muçulmanos. Dos restantes árabes israelenses, 8,8% e 8,4% são cristãos e drusos, respectivamente.”

 

Confira aqui um curto vídeo sobre os cristãos árabes em Israel, de janeiro 2023.


Ao realizar uma pesquisa sobre este importante assunto, a vida e escolaridade dos árabes-cristãos em Israel, procurei imagens de coexitência, convivência harmoniosa, pacífica e religiosa, e com alegria deparei-me com a tela abaixo de Eduardo Kobra, famoso grafiteiro e muralista, oriundo da periferia de São Paulo para o mundo.

Afinal quem é este artista que consegue imprimir em seu trabalho uma imagem tão bela, séria, conclusiva e questionadora?

As crianças não sorriem, seus olhos transmitem esperança, medo, sentimentos profundos, insegurança?

Alguns olhos talvez sorriam dissimuladamente?

O artista desde menino teve muita facilidade de representar a vida com seu traço livre e solto.

Gostava de rabiscar em paredes, muros, pichar, usar spray, sendo preso diversas vezes devido à sua arte transgressora.

Mas com o tempo amadureceu e dedicou-se ao graffiti, uma arte sob forma de inscrição caligrafada de elaboração mais complexa que a pichação, uma expressão artística autorizada em espaços públicos mostrando a realidade da periferia urbana evidenciando críticas sociais.


Coexistência – Eduardo Kobra - 2020

Um apelo do artista a D’us para que cientistas encontrem uma vacina contra Covid 19


E assim, de grafite em grafite, Kobra galgou os degraus da fama internacional, recebendo reconhecimento no Livro de Recordes do Guinness por sua obra Mural “Etnia, Somos todos Um”, de 2016.

Outro de seus trabalhos, “Olhando a Paz”, retrata personalidades que foram e são importantes para a Paz do mundo. A beleza e preservação de nosso planeta fazem parte de seus temas genuínos, desde o combate à pesca predatória, proteção aos animais, aquecimento global, desmatamento, enfim, uma preocupação legítima com o ser humano, seu próximo, que merece habitar um mundo de paz, saúde, camaradagem e coexistência.

Aguardemos por um futuro com outra tela de Kobra, onde as crianças dos 5 continentes sorrirão, sem máscaras, sem medo, de mãos dadas apesar de suas diferenças de cor, raça, religião e capacidades.

 

FONTES:

https://unitedwithisrael.org/the-chrisitan-community-in-israel-is-flourishing/?utm_source=MadMimi&utm_medium=email&utm_content=Netanyahu+Refutes+Charge+that+%27Amalek%27+Quote+Promotes+Genocide%3B+New+Israeli+Website+Shows+Graphic+Footage+of+Hamas+Massacre%3B+Rare+2500-Year-Old+Judean+Coin+Discovered&utm_campaign=20240117_m178939376_Netanyahu+Refutes+Charge+that+%27Amalek%27+Quote+Promotes+Genocide%3B+New+Israeli+Website+Shows+Graphic+Footage+of+Hamas+Massacre%3B+Rare+2500-Year-Old+Judean+Coin+Discovered&utm_term=more_btn_dark_jpg

https://www.acidigital.com/noticia/28632/as-6-imagens-mais-antigas-de-jesus-cristo

https://www.ebiografia.com/eduardo_kobra/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Mural_Etnias

https://todososcaminhos.com/mural-etnias-no-rio-de-janeiro/

 


quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

21 coisas que Israel deveria realmente dizer à Corte Mundial

 

21 coisas que Israel deveria realmente dizer à Corte Mundial

Tradução do texto de Joshua Hoffmann publicado originalmenteem inglês no dia 13 de janeiro de 2024 aqui


Basta do jargão legal. Vamos falar disso tal qual realmente é.

O Estado de Israel está atualmente (e pateticamente) enfrentando um julgamento contra as alegações de “genocídio” - após o Estado judaico ter sido invadido e atacado pelo de fato genocida grupo terrorista Hamas.

Durante estes procedimentos legais na Corte Internacional de Justiça, também conhecida como Corte Mundial, o jargão acadêmico está sendo oferecido a públicos amplamente ignorantes e não educados cuja preguiça intelectual leva a desonestidade intelectual, a própria razão pela qual milhões de judeus foram assassinados. Portanto, eu pensei que Israel poderia expor seu caso em uma linguagem bastante rasa, como segue:

Africa do Sul: Quem você está trazendo para depor, Israel?

Israel: Há dúzias de mulheres e meninas israelenses que gostariam de testemunhar nesta pervertida, infundada e vingativa audiência sobre genocídio. Mas, elas não podem. Elas foram estupradas anualmente por gangues, mutiladas e assassinadas em 7 de outubro pelo Hamas a serviço de Alá.

O pequeno Eitan Kapister deveria estar testemunhando por Israel também. Eitan diria ao mundo que ele foi assassinado em 7 de outubro, dia do seu quinto aniversário, e que não havia família em luto por ele porque seus pais e irmãos também foram massacrados pelo Hamas.

List Hetzroni também deveria estar testemunhando por Israel. Liel lhes diria que ela foi assassinada juntamente com seu irmão gêmeo, tia e avô em sua casa. Levou seis semanas para identificar os restos da menina de 12 anos para oficialmente declará-la morta.

Israel, é verdade que sua decisão de responder aos ataques terroristas de 7 de outubro incluiu ações de intenção genocida contra os palestinos em Gaza?

Israel: para pegar emprestada uma fala agora infame de nossos amigos que dirigem algumas das mais prestigiadas universidades na América, é uma decisão que “depende do contexto”.

O que isso quer dizer?

Israel: A Corte Internacional de Justiça nunca julgou um país como responsável por genocídio.NAO julgou o Cambodia, Ruanda, Síria, China, Sudão. Ela também nunca censurou a intenção de genocídio. Isto só foi expresso contra Israel. (Nota de David Wolpe, no X)

Como, então, você explica que alguns de seus legisladores tenham feito comentários genocidas sobre os palestinos em Gaza?

Israel: É verdade que alguns de nossos políticos fizeram comentários impróprios. No entanto, quando aqueles chamados “antissionistas” clamam por jogar judeus na câmara de gás, todos chamam isto de “livre expressão.” Quando nossos políticos à margem dizem algo “fora da linha” é denominado “genocida”. Mas estamos divagando 

Se as declarações não eram intencionais, então não teriam sido dadas.

Israel: Parece que os israelenses são o único povo no mundo culpado de dar declarações em reação a um grande trauma, graças ao massacre de 7 de outubro pelo Hamas, que incluiu estupro de de adolescentes, decapitação de bebês, queima de crianças e suas famílias até a morte, mutilações, cozinhar um recém-nascido no microondas, e o corte das partes íntimas de mulheres - tudo isso enquanto gritavam em árabe “Alá é o maior”!”

Meu nome é Adila Hassim. Sou uma advogada que representa a equipe legal da África do Sul aqui na Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas…

Israel: Sra Hassim, antes que continue, você pode por favor nos dar uma informação: o Hamas lhe pagou para ser sua representante em rand sul-africano, ou em shekels que Israel permite que usem, porque nenhum outro país ousaria oferecer sua moeda aos palestinos que mal conseguem manter suas economias no azul? Um amigo pediu para perguntar.

Você está insinuando que fomos subornados?

Israel: Ou isso, ou vocês são cúmplices n guerreiros genocida do Hamas contra Israel e o povo judeu.

O Chefe do Politburo do Hamas Khalid Mishal se dirige à imprensa após uma reunião bilateral com a liderança do Congresso Nacional Africano na África do Sul. (Foto)

Nós levamos genocídio muito a sério. A história olhará para sempre com gentileza para o povo sul-africano por fato nobre e heróico.

Israel: E Nelson Mandela foi um grande apoiador do Sionismo, um advogado pelo direito de Israel existir em paz e segurança, é um amigo da comunidade judaica sul-africana. Que repulsa ele teria por este imoral e antissemita ataque do atual governo da África do Sul ao Estado judaico.

O Sr Mandela também estaria com repulsa pelo genocídio por Israel

Israel: Ou ele se perguntaria onde estava a África do Sul quando milhões de pessoas foram mortas ou desalojadas de suas casas na Síria, no Iêmen, e no Sudão. E por quem? Pelos aliados do Hamas.

Isto não é sobre o Hamas. É sobre o genocídio por Israel. Os judeus não deveriam ter aprendido com o Holocausto?

Israel: o quinto mais ativo grupo terrorista no mundo perpetrou o pior crime contra judeus desde o Holocausto e agora vem um país totalmente não relacionado, com uma história torta, defender este grupo terrorista em nome do Holocausto - que foi a razão para o termo “genocídio” ter sido inventado. Por um judeu. Como vocês ousam?

O Hamas terá seu dia na Corte.

Israel: Nós não precisamos desperdiçar o tempo da Corte com o Hamas. Ele orgulhosamente admite ambição de cometer genocídio contra todos os israelenses e judeus. O Hamas é de fato, culpado de um duplo genocídio: um contra Israel e outro por usar os palestinos como diariamente escudos humanos. Mas isso não impede muitos jornalistas e funcionários das Nações Unidas de apoiar, defender e legitimar o Hamas, não é mesmo?

OK, mas o mundo quer desesperadamente que o genocídio de Israel

contra os pobres e não envolvidos palestinos acabe imediatamente.

Israel: A Arábia Saudita acabou de dizer que eles ainda querem fazer paz conosco após a guerra. Você não consegue ler nas entrelinhas?

A Arábia Saudita é um dos países que endossaram a ação legal contra o genocídio por Israel.

Israel: Você sabe quem realmente está sendo objeto de genocida? Os fazendeiros sul africanos. Verdade. Pesquise.

O que é que raça tem a ver com isso?

Israel: Não tem, mas a equipe legal da África do Sul parece estar orgulhosamente carregando o bastão do DEI (n.t. movimento Diversidade e Inclusão). Como se fala woke em Afrikaans? (n.t. palavra usada por negros americanos para dizer estar alerta para o preconceito e a discriminação racial)

Este é um assunto sério, Israel. Não há um espaço seguro em Gaza e Israel deveria se envergonhar.

Israel: na verdade, Israel se importa mais com os palestinos do que o Hamas. Se Israel quisesse de fato cometer genocídio em Gaza, a guerra teria terminado em 8 de outubro. Israel poderia facilmente achatar a faixa em um dia de bombardeio e seus amigos no Hamas sufocariam até a morte já que os destroços tampariam as saídas dos túneis de terror onde eles se escondem.

Ao contrário, Israel alertou os palestinos quando e onde ia atacar, permite assistência aos palestinos, ajuda nas evacuações e estabeleceu corredores humanitários para que civis possam evitar as zonas de combate.

Enquanto isso, todos os dias os palestinos - e a população que supostamente o Hamas representa - não encontram “espaço seguro” porque o Hamas não gastou nada dos bilhões de dólares de ajuda recebidos para construir mecanismos de segurança para a população no caso de, digamos, o Hamas invadir Israel e massacrar centenas de civis inocentes usando os mais terríveis e maldosos métodos para sequestrar crianças, mulheres e idosos.

E diferentemente dos países europeus ou outros que receberam refugiados ucranianos após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, nenhum entre dúzias de países árabes ou de maioria muçulmana ofereceu temporariamente abrigar os palestinos que vivem em Gaza. Mas, não há nada como uma grande família árabe, certo?

O povo palestino tem sofrido há 75 anos.

Israel: Espera aí, este julgamento é mais uma daquelas tortuosas tentativas de tornar os mais dúbios sofrimentos dos palestinos superiores a vidas judaicas? Este julgamento é mais um meio encoberto de ajudar um país chamado Palestina a efetivamente substituir o único Estado judeu na área nativa dos judeus?

Há um vídeo com soldados israelenses cantando, dançando e entoando “não há civis inocentes”.

Israel: E todos os vídeos dos palestinos em Gaza celebrando enquanto corpos de israelenses mortos eram desfilados nas ruas em 7 de outubro? É sobre a pesquisa feita pela Universidade de Bir Zeit em Ramallah que constatou que 75% dos árabes da Cisjordânia e de Gaza apoiam o Hamas e o que eles fizeram em 7 de outubro?

Isto é uma vergonha porque os palestinos são altamente capazes e estão entre os melhor educados no mundo árabe. E no entanto, nos últimos cerca de cem anos, eles desviaram muitos dos recursos e capacidades não para construir Aldo para eles mas sim para destruir o Estado judeu.

Em qualquer momento, foi e é mais importante para os palestinos que os judeus não se sintam seguros na sua terra do que que os palestinos desenvolvam uma nação bem sucedida e próspera ao lado da judaica.

Então, você está culpando as vítimas palestinas?

Israel: Não, muitos israelenses ainda ficariam felizes em compartilhar o atual Levante (Leste) com eles (palestinos). Mas alegações bizarras e infundes de genocídio por Israel, bem como os procedimentos aqui (na Corte) que são um perigoso transvestimento, só tornam o conflito Israel-Palestina pior.

A Assembleia Ge da ONU, que indica os juízes aqui hoje, e dominada por ditaduras, regimes repressivos ou autoritários, e infestada de antissemitismo. Portanto, por definição, estes juízes não tem a autoridade moral para julgarem nenhuma democrata, especialmente Israel.

The UN General Assembly, which appoints the judges here today, is dominated by dictatorships, repressive and authoritarian regimes, and infested with antisemitism. Therefore, by definition, these judges lack the moral authority to stand in judgment over any democracy, especially Israel.

Quanto à África do Sul, ela está agora definindo um espaço nos livros de história como o país que se aliou aos Nazistas modernos. O dia virá em que a África do Sul estará muito embaraçada por sua decisão de defender o Hamas. O dia virá em que a África do Sul implorará pelo perdão do povo judeu.

A África do Sul está fazendo o que pode. É por isso que trouxemos você, Israel, a esta Corte, para que faça o que tem poder para fazer.

Israel: Mas a Corte Internacional de Justiça não tem poder para colocar nada em vigor. Se tivesse, nós há muito tempo atrás, teríamos trazido para cá as décadas do mais desprezível terrorismo do mundo, contra Israel e seus cidadãos, impetrado pelos palestinos e, sistematicamente, sancionado e patrocinado pela liderança palestina.

Se você quer falar sobre a real definição de genocídio ficaremos felizes. Da OLP e Autoridade Palestina, do Jihad Islâmica e o Hamas., o genocídio palestino contra os israelenses e judeus não tem limites!

Israel, as pessoas nesta sala da Corte, e fora dela, merecem ouvir a verdade sobre seu genocídio em Gaza.

Israel: A verdade é, um grande espetáculo de ver multidões de antissemitas marchando em torno de Haia e tomando as ruas pelo mundo, esperando ver o Estado judeu enforcado sobre acusações infundadas. Enquanto isso, na África do Sul, um jogador judeu da seleção nacional de cricket acabou de perder a capitania por causa de seus comentários pró Israel no ano passado. Mas, é claro, continue nos lembrando que anti sionismo não é antissemitismo.”

 Isto não tem nada a ver com os judeus.

Israel: Então porque vocês estão defendendo o Hamas, cuja plataforma inclui um “hadith” - mandamento islâmico - que sugere que o Dia do Juízo Final não virá até que os muçulmanos lutem e matem os judeus? E cujos planos, ações e instruções aos executores de 8 de outubro de assassinar o máximo de judeus possível, são a pura definição de tentativa de genocídio e intenção genocida!

O Hamas não é um país, mas a África do Sul é. O governo Sul africano deveria ser julgado por esta Corte Internacional de Justiça por apoiar o genocídio.

África do Sul: sem mais perguntas, suas Excelências.

Acontece - Falando sobre Leis

 

Por Juliana Rehfeld




Esta semana falamos muito de lei.  E a parasha desta semana, Bo, diz: vá ao faraó e peça novamente “let my people go” e então como o faraó se nega, vêm para os egípcios as três últimas pragas -  gafanhotos, trevas e morte aos primogênitos. O faraó era a autoridade máxima na época e no local, a “voz da justiça”. Só uma voz foi mais poderosa que a dele e levou ao começo da “construção do povo judeu” - Deus. 

Bem, a Torá é hoje uma fonte e referência cheia de símbolos, sendo interpretada há mais de 2500 anos. E a humanidade caminhou muito de lá até hoje, dizemos que evoluímos. E sim, criamos muitas referências e símbolos, a nossa vida, nossa cultura é infinitamente mais complexa que a do deserto e certamente, para a enorme maioria de nós, a comida não cai do céu… 

Babel, que já visitamos neste ano de 5784, pós dilúvio, abriu um grande desentendimento entre homens e mulheres: enquanto a incompreensão das línguas foi sendo sanada inicialmente por linguistas e hoje pelos quase perfeitos tradutores virtuais, o desencontro das ideias foi crescendo, tornando-se ciclicamente intransponível mesmo que se tenham criado instituições para lidar com isso, casas de diálogo, de representação, que já obtiveram sucessos pós guerras - nossos modernos “man-made” dilúvios - e às vezes, grandes revezes ou no mínimo, impotentes soluções - a ONU não prima hoje por ser uma reconhecida representação das populações dos 193 países que a compõem. A “voz da justiça global” hoje é a CIJ - Corte Internacional de Justiça da ONU em Haia, deveria ser.

Desde 29 de dezembro quando este órgão recebeu a ação da África do Sul acusando Israel de genocida e pedindo cessar-fogo em Gaza e o assunto recebeu destaque na mídia vimos vários tipos de reação, de apoio barulhento a repúdio acusativo à África do Sul. Desde artigos veementes de elogios à iniciativa sul-africana a críticas ácidas e irônicas a esta acusação. Apoios de duas federações: Organização dos Países Muçulmanos e Liga Árabe. Apoio de governos individuais: Malásia, Turquia, Jordânia, Maldivas, Namíbia, Paquistão, Bolívia, Colômbia e … nosso Brasil. Que representação global…! Recomendo que assistam às sessões da Corte para se impressionar com a habilidade de distorção de fatos, da criação de narrativas. 

Esta semana um manifesto contrário à ação e ao apoio do governo Lula está circulando para receber assinaturas, acima de quinze mil apoiadores em três dias… clique aqui para acessar.  

Vamos acompanhar este espetáculo contemporâneo, e acompanhar as pragas que se espalharão de Haia para as ávidas, muitas vezes tendenciosas (cooptadas) e superficiais redes sociais, e para a imprensa, mais analítica, apesar da mídia escrita ter pífias quantidades de leitores.   

A lei continua conosco esta semana na coluna Mitzvá legal - um olhar profundo comparativo entre leis, para nos ajudar a entender a complexidade dos desencontros e soluções para eles que o povo judeu e a humanidade em geral foi construindo… 

A propósito, a primeira mitzvá - comando - que Deus em Bo passou aos hebreus foi a do calendario lunar.  

Já a menção ao Shabat ocorreu em Gênesis quando Deus descansou no 7o dia e então o santificou, o Shabat veio como mandamento em quarto lugar nas tábuas da nossa lei. 

Shabat Shalom!

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

‘Mitzvá Legal’ - Respeito à Dignidade da Mulher Cativa

Respeito à Dignidade da Mulher Cativa


Por Angelina Mariz de Oliveira


A grande maioria das mulheres é fisiologicamente mais fraca do que os homens, uma condição decorrente das diferenças hormonais, originadas de suas origens cromossômicas. Em quase todas as culturas essa diferença é, ou já foi, vista como indicativo de subalternidade, inferioridade, incapacidade. É uma condição usada como justificativa para a exigência de submissão da mulher às determinações do pai, do irmão, do marido, de familiares e autoridades masculinos.

Em uma situação de conflitos armados, a captura das mulheres do grupo derrotado por homens do grupo vencedor é visto como um sinal de força, um troféu, até mesmo representa enriquecimento. Além disso, a violência sexual é historicamente uma arma de humilhação e dominação. Essa situação é atual e corriqueira em conflitos urbanos, em atentados terroristas, em guerras convencionais. Essa ‘tradição’ inclusive é vista como sinal de virilidade pelas mulheres do grupo vencedor.

É flagrante que a sujeição cruel e violenta de mulheres cativas não confere a essas pessoas o respeito à sua dignidade humana. O tratamento de seres humanos como objetos, a tortura, a escravidão, a morte brutal... parecem inconciliáveis com valores tradicionais religiosos, morais e éticos. Há milhares de anos a humanidade vem lidando com essa tragédia cultural através de leis específicas regulando o tratamento que deve ser dado às mulheres capturadas e criminalizando os atos de violência.

Na Torá, quando os hebreus se tornam um povo - os filhos de Israel - e organizam um exército, recebem mandamentos claros em relação às mulheres cativas. Lemos na parashá Ki Tetzê (Devarim-Deuteronômio 21:11-14).

- proibição de violência sexual;

- a cativa deve ser levada para a casa do guerreiro;

- dever de deixar a cativa chorar pela família perdida durante um mês;

- após esse período, se o captor israelita mantiver o desejo pela cativa, ela terá todos os direitos de esposa;

- se depois de um mês o israelita não desejar mais a cativa, ele não pode vendê-la, nem a escravizar, nem a tratar como serva ou mercadoria, devendo deixar a mulher livre, pois ela foi humilhada.

O adjetivo bíblico dado para a mulher cativa desejada pelo guerreiro israelita é de ser ‘formosa à vista’ – ‘iefat toar’. Essa expressão aparece também como qualidade de Raquel, esposa de Jacó (Bereshit-Gênesis 29:17); bem como de Esther que seria rainha de Achashverosh (Esther 2:7). Essa equiparação é importante para demonstrar que a ‘mulher formosa’ não é responsável pelo abuso violento do homem, já que é uma qualidade positiva, compartilhada com duas personalidades judaicas essenciais: aquela que foi o grande amor de Jacó e mãe de duas tribos; e a rainha que salvou o povo judeu de um decreto de extermínio.

Sobre essa expressão, ‘formosa à vista’, no começo da Era Comum o Talmude ensina que o mandamento sobre a cativa de guerra se aplica mesmo que a prisioneira “não seja tão bonita, já que este é um julgamento subjetivo, dependendo do desejo” do soldado (Kedushim 22a). Neste Tratado também é afirmado que os mandamentos sobre a prisioneira de guerra “ensinam que ele (o israelita) não deveria pressionar ela (a mulher cativa) a ter relação sexual durante a guerra, mas ele deveria primeiro levá-la para dentro de sua casa”. E ainda afirma que cada guerreiro judeu só poderia levar uma única cativa, nenhuma a mais, nem outra cativa para ser entregue ao pai do guerreiro.

Rashi, na Idade Média (França, 1040-1105) explica que a punição ao guerreiro judeu que descumprir esses mandamentos seria ser obrigado a conviver com uma esposa em uma relação de ódio, que iria gerar “um filho desencaminhado e rebelde”. Sua conclusão decorre da análise conjunta dos versículos 11 a 14, e 15 a 21, do Capítulo 21 de Devarim-Deuteronômio.

Mais de três mil anos depois do recebimento da Torá ainda se procura modificar a cultura de violência contra a mulher, especialmente durante as guerras. São milhares os exemplos de textos normativos e legais sobre essa questão ao longo dos séculos.

Após a tragédia da Segunda Guerra Mundial, a maior parte das nações se comprometeu com a Convenção de Genebra, de 12 de agosto de 1949, que estipula em seu Artigo 27:

Mulheres devem ser especialmente protegidas contra qualquer ataque a sua honra, em particular contra estupro, prostituição forçada ou qualquer forma de investida indecente”.

Em 9 de junho de 1994 a Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) expediu a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher – “Convenção de Belém do Pará”. Seu Artigo 2 estabelece os seguintes parâmetros:

Entendese que a violência contra a mulher abrange a violência física, sexual e psicológica:

a. ocorrida no âmbito da família ou unidade doméstica ou em qualquer relação interpessoal, quer o agressor compartilhe, tenha compartilhado ou não a sua residência, incluindose, entre outras formas, o estupro, maustratos e abuso sexual;

b. ocorrida na comunidade e cometida por qualquer pessoa, incluindo, entre outras formas, o estupro, abuso sexual, tortura, tráfico de mulheres, prostituição forçada, sequestro e assédio sexual no local de trabalho, bem como em instituições educacionais, serviços de saúde ou qualquer outro local; e

c. perpetrada ou tolerada pelo Estado ou seus agentes, onde quer que ocorra”.

Apesar do longo histórico legislativo sobre a proibição de uso de violência sexual contra mulheres, em especial em conflitos, a questão continua muito preocupante no Século XX. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a Resolução 1325 sobre Mulheres, Paz e Segurança, em 31 de outubro de 2000, onde encontramos a seguinte invocação:

Apela a todas as partes envolvidas em conflito armado para que tomem medidas especiais de proteção das mulheres e das jovens contra a violência baseada na diferença de gênero, em particular a violação e outras formas de abuso sexual, bem como todas as outras formas de violência que ocorrem em situações de conflito armado”.

No entanto, os conflitos recentes demonstram que a violência contra mulheres e meninas é uma importante arma para subjugar outros grupos sociais. A violência sexual deixa marcas físicas e psicológicas traumáticas, e a mensagem de que uso da força contra pessoas capturadas seria por si só uma vitória dos agressores.

Apesar de tantas normas, leis e penalidades, o fato é que em poucas sociedades o soldado é treinado para conter seus impulsos violentos excessivos. Poucos exércitos realmente punem os atos de violência praticados por sua tropa contra inimigos capturados e aprisionados.

Em 7 de outubro de 2023 os homens do Hamas mais uma vez demonstraram o abuso de seu poder contra pessoas atacadas e subjugadas. Com o novo agravante de as violências sexuais e outras barbaridades terem sido filmadas e divulgadas em rede social mundial, como um filme de ação.

Vivemos um momento em que a violência contra mulheres e meninas nos conflitos é divulgada e enaltecida, inspira muitas pessoas a agirem da mesma forma, criando um tenebroso e perigoso ciclo de decadência humana. São estratégias de destruição, que nem levam à criação de sociedades fortes e saudáveis.

E as leis? Nenhuma lei penal existe espontaneamente, as leis são criações políticas humanas; para elas serem eficazes é necessário que as pessoas as façam ser cumpridas. É como o projeto de construção de uma escola: não basta a planta arquitetônica e o projeto de engenharia, é preciso que as pessoas construam a escola, e que depois o local seja usado para compartilhar conhecimento.

Os Estados e organizações comunitárias demonstram que têm grandes dificuldades em garantir segurança às meninas e mulheres submetidas durante conflitos. Presenciamos mesmo a omissão de importantes organismos internacionais, em um silêncio aterrorizador. E os Estados e grupos que praticam a barbaridade, incluindo a violência sexual contra seus prisioneiros, continuam a agir impunes.

Para isso mudar é preciso que cada um de nós se manifeste explicitamente, com coragem e vigor, clamando pelo cumprimento das leis, exigindo que as autoridades e instituições internacionais cumpram suas funções. Falar dessa questão com outras pessoas também é relevante na ‘construção desse edifício de respeito à dignidade de meninas e mulheres’. A educação, a conscientização de cada ser humano é essencial para combater o enaltecimento e propagação da violência sexual contra o ser humano capturado, seja mulher ou seja homem, independente de sua orientação sexual.

 

 

  

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Iachad (juntos - יחד) - por André Naves: Trabalhe enquanto eles dormem...


          

Jacareí, como toda cidade brasileira, também tem suas carências, suas dificuldades e suas feiúras... mas, igual a todas as outras, tem suas belezas, suas alegrias, sua poesia cotidiana. E de uma coisa ela pode se orgulhar!

A localização é encantadora: Jacareí, a Atenas Paulista e Cabrocha da Dutra... Estamos perto da praia, da montanha, do aeroporto, de São Paulo, do Rio e de Minas. Jacareí é um tipo de encruzilhada sudestina...

A fornalha carioca também é uma rosa cheia de espinhos... Purgatório da beleza e do caos, cantaria Fernanda Abreu... Vinícius, cheio de saudades, lembraria dos sons do piano na rua Nascimento Silva, 107, e de tudo o que já não era mais.

Mas a verdade é que o Criador também gosta de algum lirismo... Ele escreveu a mais bela poesia em forma de cidade: Rio de Janeiro.

Uma prima minha morou lá por vários anos. Ela também tem um nome poético, desses que parece um pouco a luz do luar. No fundo, se a gente pensar bem, todo nome é lírico! Toda gente é bela! A humanidade é poeta!

Mas voltando, antes que eu perca o rumo da prosa ainda mais... a casa dela ficava em Santa Tereza, bairro que une o samba à Mata Atlântica. Era um antigo convento, transformado em morada. Verde, música e lar...

E que bela decoradora, além de tantas outras coisas boas, ela é! Ela pega o objeto mais comum, normal, corriqueiro, e coloca num lugar que o enche de significado e graça. Ela taca uma moldura no ordinário e constrói o extraordinário! Enfeita a casa e constrói um lar!

Sabe quem enxerga a beleza no comum?

Acho até que isso já vem de berço. É que minha tia, a mãe dela, é desse mesmo jeitinho... Meu tio, o pai dela, que já caminha pelas luzes do luar, também...

Eu pousei naquele encanto da Beleza uma vez. Era uma reunião de trabalho que eu teria com meu amigo João, e com um tal de Zé, num boteco de Copacabana. Trabalho, boteco e domingo não rimam...

Não existe trabalho ruim... o ruim é ter que trabalhar, resmungava o seu Madruga.

Mas fazer o que, né? O João era um daqueles monstros sagrados que me tinha como aprendiz. Ele queria desbastar um pouco meu pedregulho interno, fazer minha poética interna se derramar no texto...

Era domingo que ele queria? Era boteco? Era Copacabana? Eu nem questionei... Eu só fui... Mesmo sem ter nem roupa, fui!

No caminho fomos passando pelo bonde, pelas árvores, pela passarada, e por vários botecos em que a gente carioca cantava, bebia e torcia. Domingo no boteco é só samba e futebol, gostava de dizer o João.

É a poesia do povo! Um pingo de igualdade social naquele oceano de iniquidade! Como é belo o feio Rio! Como é feio o belo Rio!

Naquela mesma mesinha de latão, já na calçada, estava, como sempre, o João. Óculos, bigode, a careca típica da meia idade já avançando, uma camisa azul aberta, calção e chinelas meio vermelhos... Um copo americano de cerveja pela metade...

Na cambaleante cadeira do lado estava o Zé. Um português já idoso, também de óculos, mas sem bigode, de calça cinza, camisa branca, um impressionante pulôver preto que gritava de tanto sufocar naquele abafamento tropical...

Os europeus nunca entenderão a civilização do Sol e da Beleza!

Aproximei-me, puxei uma cadeira de lado e, tentando me equilibrar, me sentei. A mesinha, de um latão mambembe, em cima daquele chão em que o mosaico português brigava com as raízes dos flamboyants, parecia dançar um jogo ancestral...

João deu uma risada e falou:

“Se achegue no meu escritório! Vou pedir um copo para você também!”, com aquele sotaque, doce e arrastado como o chocolate de Itaparica.

Eu ainda sem acreditar, encarei bem o Zé... Como eu poderia estar ali? Um “nada”, ao lado de dois “tudo”. Sabe o João Batista, que repetia não servir nem para amarrar as sandálias de seu primo? Era bem assim que eu me sentia.

Mas, a vida quer da gente é coragem... Fui direto ao ponto:

“Vamos comer o que?”

“Sardinhas assadas e torradas com manteiga e alho”, foi direto ao ponto o Zé.

O João parecia concordar, já que ficou calado enquanto olhava para mais uma de tantas sereias que passavam...

E o Zé continuou: “a gente tem de comer o que o povo come! A gente escreve como o povo fala. Se a literatura não dissolve as correias que prendem nossa gente, ela não serve para nada!”.

O João, batucando a mesa e admirando as ondas no copo de cerveja, quis dar seu pitaco também: “Isso é verdade pura! No ‘Viva o Povo Brasileiro’, o personagem principal, o mais importante, é o povo. Ele que tem costumes, tradições e trabalho. É ele que cultiva a língua na fala. É ele que escreve na labuta cotidiana. O Povo sabe!”

Eu queria ficar rouco de tanto ouvir! Só conseguimos escutar quando abrimos as alas para o silêncio e para a reflexão...

Zé interrompeu: “Acho que escrever é um ato de esforço e disciplina. Todo dia sento e escrevo, e as palavras vão me guiando por caminhos de luz e sombras que eu nunca imaginava poder pensar... Uma vez, eu tava escrevendo ‘Levantando do Chão’... Já tinha escrito umas 20 páginas quando percebi que para falar eu precisava ser entendido. Foi aí que fui buscar a língua da gente! A linguagem popular!”

“Mas a linguagem popular é tinhosa! Ela é traiçoeira e rápida igual uma caninana!”, falou por cima o João... “Uma vez eu tava tomando uma cachaça de rolha lá na praia, contente, sossegado. Chegou um consagrado e ligou o rádio bem alto. Eu até gostei da música, mas naquela hora eu queria escutar a melodia do vento... A falta de educação também é parte da língua do povo!”.

“Aliás, vamos de caninha?”, perguntou. Na verdade, ele já sabia da resposta... É que ele nem deu tempo e já foi chamando o garçom: “Meu consagrado! 3 da boa, por favor!”, e com a mão fez o gesto, tão verde-amarelo, da cachaça.

O Zé, com uma cara de poucos amigos, falou: “Falta de educação igual a sua, João, que já atropelou meu discurso! Há uns dias Pilar e eu nos banhávamos nos mares de Cabo Frio. Era muito gostoso. Um cardume colorido se acercava de nós, e, aos poucos, beliscava nossas pernas. Chegava a fazer cosquinha... Quando eu ia pegar um deles, o cardume fugia. Estavam ali, encostando em mim, mas eu não conseguia tocar!

A linguagem popular é igual esse cardume! Se a gente força demais, fica parecendo um bobo da corte escrevendo. Se a gente força de menos, continuamos presos nas masmorras da incompreensão.

Pegar o idioma popular é uma arte! É pra poucos!”

Nesse momento apareceu o garçom. Na bandeja, as sardinhas tostadas, uma porção de pães assados, mais uma cerveja e uma garrafa de pinga. Era a da casa, feita artesanalmente, lá em Paraty, pela família do dono.

“Essa é das boas!”, celebrou o João! “Qual seu nome, por gentileza, meu amigo?”

“Johnny. Mas você já me conhece. Eu te atendo sempre aqui, seu João.”

“Eu sei. É que eu queria te apresentar para os meus amigos, o paulistinha André e o portuga Zé.”

“Olá pessoal! Qualquer coisa, estamos às ordens!”

O Zé sorriu amarelado: “Vocês do lado de cá tem cada costume! Uma sonoridade lírica e linda ‘JOÃO’ que não se acha em lugar nenhum do mundo... E vocês insistem em emporcalhá-la com esse lixo estrangeiro... “Johnny, onde já se viu? Esse mundo se perde!”

João, rindo muito, completou: “Sonoridade ainda mais linda aqui no Brasil, em que as vogais parecem ter se espreguiçado e deitado numa esteira de vime... JOÃO! Só esse nome já dá música... João...”

“É... Olha como a língua popular é um camaleão! João é muito mais linda! É de um lirismo lusitano gigantesco... Mas o povo prefere o lixo inglês! Johnny! São os peixes daquele cardume... Tão à mão, tão intocáveis!”, suspirou Zé, como Don Quixote que adoraria vencer os gigantes mas sabe que eles não passam de moinhos de vento...

“Pindura aí, Johnny! Pago na próxima! Vou levar meus amigos ali para ver o Sol se deitar em Copacabana!”

Levantamos os três e fomos pela areia maravilhados pelas cores alaranjadas que iam desabando sobre o mar... “As artes nascem de quem consegue enxergar esse espetáculo! Tentem escutar o pôr do Sol... Será que Beethoven era brasileiro?” riu demais o Zé!

“Nossa próxima reunião será em Itapoã!”, gritou o João.

A gente riu demais...

Até hoje, quando me perguntam dessa reunião de trabalho, dou uma de Chicó, o amigo de João Grilo: “Não sei... Só sei que foi assim...”.

Será?

ANDRÉ NAVES

Especialista em Direitos Humanos e Sociais, Inclusão Social e Economia Política.

Defensor Público Federal. Escritor e Professor.

Colunista do Instituto Millenium, do “Esh Tá na Mídia”, além de diversas outras mídias de comunicação.

Conselheiro do Chaverim, grupo de assistência às pessoas com Deficiência Intelectual, além de diversas instituições voltadas à Inclusão Social.

Membro do LeCulam, da FISESP (Grupo de Inclusão das Pessoas com Deficiência da Federação Israelita de São Paulo).

Embaixador do Instituto FEFIG, para a promoção da Educação.

Membro do LIDE – Inclusão.

Comendador Cultural.

Autor do livro “Caminho – A Beleza é Enxergar”.

www.andrenaves.com

Instagram: @andrenaves.def


ACONTECE - Quando o passado é reconstruído

 ANO NOVO (2024) - LIVRO DA TORAH NOVO (SHEMOT) - o presente como uma ponte que une o ontem ao amanhã e constrói o futuro!

Chegamos em 2024. No dia 29 de dezembro de 2023, a África do Sul apresentou uma petição na Corte de Justiça de Haia acusando Israel de descumprir a convenção de punição e prevenção a genocídios de 1951. Naquela época, o recém-criado Estado de Israel e judeus do mundo inteiro lutavam para que a memória das atrocidades da Segunda Guerra Mundial não fossem apagadas. Hoje os negacionistas do Holocausto fazem parte do mesmo grupo que nega o direito à existência do Estado de Israel. Com uma atuação convincente na mídia, baseada em muitas criações não sustentáveis e na mobilização de pessoas no mundo inteiro, vemos que o objetivo é apagar os horrores do dia 7 de outubro de 2023. Não foi apenas um atentado ou um ato terrorista; foi uma expressão de ódio objetivando o extermínio do Estado de Israel. SHEMOT - NOMES - é este o livro da Torah que começamos a ler na semana passada, onde aprendemos que os nomes das pessoas e das famílias permitem criar uma linha de tempo que eterniza uma cultura e um povo. Mais que isso, é neste livro que aprendemos que "somos um entre os muitos povos da terra" e que a nossa identidade será eterna se criarmos pontos entre as gerações. Juntando os dois conceitos, numa semana tão controversa, VAMOS JUNTOS ACONTECER! 

Como são muitos os temas que fazem esta ligação, convido os leitores a contribuirem em um debate dentro do blogger.

A VIRADA DO ANO

Conversando com amigos na Austrália, enquanto aqui era pleno dia, vendo o ano de 2024 entrar - fogos de artifícios e muitos brindes. A parada seguinte foi em Israel. Ainda era dia claro em São Paulo e eu estava brindando, via internet, a entrada de 2024 com amigos e família em uma pequena cidade entre Herzlia e Tel Aviv. E, de repente, falaram todos os mesmo tempo... "temos que correr - vamos para o bunker e ligamos de lá". Poucos minutinhos e a conexão estava refeita. Comidinhas e bandeirinhas já estavam no bunker e todos riam, porque tinham certeza que iam ser atacados aquela noite. Os domos de ferro foram acionados e naquela noite não houve baixas. Alguns prédios foram atingidos. E o ano começou...

As notícias na imprensa continuavam focando em imagens de Gaza, onde o Exército de Defesa de Israel vem descobrindo uma enorme cidade subterrânea. Mais quilometros de túneis do que o famoso metrô de Londres. Túneis localizados de 20 a 50 km abaixo da superfície, que ligam escolas (jardins de infância), hospitais, casas etc à fronteira de Israel. Foram localizados escritórios, salas de armazenamento de armas e muito mais. Os bebês, jovens, adultos, idosos, homens, mulheres, israelenses e de muitas outras nacionalidades que foram sequestrados no dia 7 de outubro de 2023 e que ainda continuam em Gaza estiveram nestes túneis, e talvez ainda estejam. O que sabemos? 

O QUE VEMOS COM DIFICULDADE - cenas fortes - cenas que iniciaram em 7 de outubro.

As notícias da imprensa ainda focam em muitas ações de deslegitimização do Estado, do Povo, da Religião e da História. Queremos dizer que estamos surpreendidos com o desdobramento dos fatos, mas hoje tenho que pensar que por décadas tentamos não enxergar o que estava à nossa frente. O fato da África do Sul, um país que viveu (vive?) um apartheid real, tenha apresentado um petição para condenar Israel. A petição foi aceita e os trabalhos terão inicio amanhã, dia 11 de janeiro. 

A seção de Tendências e Debates da Folha de São Paulo publicou dois textos, um assinado por Paulo Sérgio Pinheiro, que foi Ministro de Estado de Direitos Humanos no governo Fernando Henrique Cardoso e coordenador do Comissão Nacional da Verdade. Um texto que mostra o perfil de um antissemita, que liberta-se da necessidade de um discurso políticamente correto após o dia 7 de outubro. As barbáries que foram cometidas e que estão sendo cometidas até hoje entram em esquecimento e mostram a morte que ocorre na Faixa de Gaza de forma unilateral. Apesar do Exército de Defesa de Israel ter criado corredores para entrada de alimentos e remédios e ter aberto espaços para as populações se deslocarem para fora da zona de armazenhamento de munição de alto alcance que atinge a população de Israel diariamente, há um viés para as casualidades. Em nenhum momento é referenciado o que está acontecendo com os sequestrados. E assim, segue o texto.

O segundo texto é escrito por David Disendruck, cofundador do Instituto Brasil-Israel. Escrito de forma a mostrar o que os chama, David Disendruck percorre a história de Israel e do Povo judeu e também abre espaço para dar sua opinião sobre a questão palestina. Há um relato importante da relevância dos judeus e da cultura judaica, baseada nos escritos do Tanach, que incluem os cinco primeiros livros de Moisés (Torá), Profetas e Salmos. David Diesendruck foca no humanismo, na criação do socialismo e mostra que Israel foi o primeiro país, mesmo antes de ser um estado oficial, a viver uma real experiência socialista. Mas atualmente os chamados de esquerda criaram rótulos que deixam de fora a realidade de Israel.

Mas, será isso recente? Certamente, o que acontece na África do Sul já é um processo estabelecido e aflora junto com o antissemitismo mundial. 

📻📻📻📻???ᐒᐒᐒ

Em 26 de junho de 2022 a Ministra do Exterior da África do Sul pede que Israel seja considerado um "Estado Apartheid". 

"O único país do mundo que trouxe africanos negros como imigrantes legítimos e não como refugiados. Um país em que judeus, árabes, cristão, sujeitos de qualquer tonalidade de pele ou etnia frequentam as universidades e assumem postos na mais alta hierarquia intelectual, política e militar na dependência de sua capacidades. Ah - e não podemos esquecer das oportunidades de negócios e de inovação disruptiva."

Também naquela oportunidade os que criticaram esta postura nunca atacaram a Africa do Sul, mas tinham como mote esclarecer a diversidade da população israelense. Se olharmos como os judeus foram tratados na África do Sul em anos remotos, fica claro que a animosidade é de longa data. Por outro lado, conversando com amigos que nasceram naquele país, entendemos que até um certo momento de suas vidas, estavam ok. Podemos ir adiante e tornar este texto longuíssimo. 

Do ponto de vista prático, Israel nomeou para estar entre os 15 juízes desta corte Aron Barack, 87 anos, sobrevivente do Holocausto, e grande opositor do atual governo no que tange à justiça israelense. Há dias, conseguiram vencer e impedir que fosse feita uma reforma judiciária que poderia atender a questões do presente. Já está quase aí... vamos seguir e colocar no nosso blogger as novidades do tema.

Teríamos que falar dos desdobramentos nas Universidades de elite americanas. Nesta semana ocorreu a demissão da Reitora de Harvard. Motivos alegados são de ordem acadêmica, mas qualquer um que avalie a mídia no último mês percebe que as pessoas que gostam de inclusão de gênero, cor e etnia têm um "odor" antissemita que aflorou nos últimos 90 dias! Mas, quero dar um guinada e pedir toda a atenção!

Será que hoje - 10 de janeiro de 2024; 29 tevet de 5054 - estão ocorrendo fatos que deixamos de perceber? Quando vocês estiverem lendo este texto já será o mes de Shevat, que começa hoje ao entardecer.

Como começou o atual conflito? O que o futuro está projetando...

De qualquer ponto que olhamos o atual conflito tem a forte mão do IRÃ. Coordenando movimentos muçulmanos terroristas em Israel, nos países árabes, nos países mulçumanos não árabes, nos países africanos não mulçumanos, na Europa, Estados Unidos, América Latina e Canadá e... aonde mais pudermos olhar! É uma rede importante de pessoas exportadas para o mundo todo. Só nesta virada de ano foram cometidos atentados em muitos países, inclusive no Irã. Na Argentina e no Brasil foram presos suspeitos e assim mesmo continuamos recebendo pessoas condenadas por matar crianças e frequentadores de bares e sinagogas! 

Olhando a Ásia, fica evidente que a aproximação entre Israel e os países árabes, quer através de ações diplomáticas ou da colaboração em comércio, inovação e educação, trazia novos rumos e uma esperança que haveria uma mudança geopolítica construtiva!

Aí ocorre o 7 de outubro de 2023 - terá sido sem anúnico? Pois assistam o vídeo "Israel Bajo Fuego". Poderia ser recente, mas foi em 2018!! Isto faz pensar que o 7 de outubro vem sendo planejado há muitos anos!


EM RESUMO

Um planejamento que ultrapassa o simples jogo de xadrez. Envolve forças geopolíticas que têm se manifestado ao longo dos últimos 50 anos e que vêm pavimentando os organismos internacionais para desconsiderarem questões judaicas, incluindo (1) antissemitismo, (2) soberania do único Estado Judaico, (3) deslegitimização da religião judaica e (4) apagamento da história judaica. Será que esqueci algum item? Talvez... mas o mais relevante é olhar a questão do ponto de vista judaico. Israel está em guerra, e a população tomou o bem estar do país sob seu controle. Os judeus do mundo todo vêm sendo ameaçados e buscam formas de manter autonomia e impedir que o número desproporcional de inimigos ameace a sua sobrevivência. Assim, voltando a um mantra que todos repetimos --- de geração em geração! Esta é a forma de sobreviver.

Hoje, no entanto, se quisermos ir além devemos começar a tricotar um colete salva vidas que inclua os vários nós desta equação. E se apontar para o Irã, devemos estar prontos para denunciar. Vale ver a entrevista de o periodista Henrique Cimerman deu à jornalista brasileira Leila Sterenberg - esta foi uma entrevista especial e dará uma perspectiva do que está acontecendo nos bastidores deste mes de janeiro. 



use o link para assistir


E agora segue o link para quem puder assistir à audiência no Tribunal da ONU em Haia.



Link para assistir à audiência do Tribunal Internacional de Justiça sobre a África do Sul vs Israel na quinta-feira 11 e sexta-feira, 12 de janeiro de 2024 10h00-12h00 Holanda: https://webtv.un.org/en



Que tal enviarem informações para o nosso e-mail, de forma que possamos criar esta malha!

Am Israel Chai (Rai)

Regina P. Markus