Marcadores

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Editorial - Esta é a situação do antissemitismo



Esta semana aqui, em Israel e no mundo: aqui, situação econômica complicada, apresentando indicadores negativos não vistos há quase 2 décadas. Situação política complicada também com o acompanhamento do relatório da CPI seguindo (ou não) um caminho jurídico/político. E muitos com fome...

Em Israel, fortalecimento dos laços científicos, políticos e militares (!) com países do acordo de Abraão; declaração de terrorismo de 6 ONGs que se dizem dedicadas a “salvaguardar direitos humanos”, votação de pacote milionário para ajuda às comunidades árabes no país; planos comuns com a Alemanha de lançar fórum de inteligência artificial na saúde; troca de parabéns com a Jordânia pelo aniversário de 27 anos do acordo de de paz entre os dois países…

No mundo, tanta violência, infrações aos direitos humanos e fome também na Ásia e na África, agravadas pela COVID-19, onde praticamente as vacinas não chegam…

E antissemitismo. 

Nos EUA, uma pesquisa atual mostrou o crescimento do antissemitismo tanto à esquerda como à direita - incrível, não? Quando pensamos que isto é coisa do passado quando não se analisava e denunciava isto globalmente, mas não: o fenômeno estranha e teimosamente só cresce. Faço referência aos dados apresentados pelo AJC - American Jewish Committee, Comitê Judaico Americano.

A pesquisa buscou fatos e percepções da comunidade judaica. Este é o segundo relatório, o primeiro foi em 2019, e de lá para cá as percepções evoluíram: tanto judeus como não judeus concordam que o antissemitismo é um problema, embora em diferente prevalência (90% e 60%, respectivamente, mas 21% dos não judeus pensam que não é um problema tão grande). 

Já na questão se o fenômeno está crescendo ou não, judeus sentem que cresceu nos últimos 5 anos (82%) enquanto apenas 44% do público em geral concordam. E nestes, há disparidade entre aqueles que conhecem algum judeu  (49% acham que piorou) e aqueles que não conhecem judeus (34%).

Metade dos mais idosos na comunidade judaica têm a percepção de aumento no antissemitismo enquanto apenas um terço dos judeus entre 18 e 35 anos concordam. Quanto aos fatos, um em cada 4 judeus foram vítimas de antissemitismo no ano passado, 8% deles mais de uma vez. Aqui, os jovens sentiram mais que os mais velhos, com 1 em cada 5 entre 18 e 35 anos, ouviram comentários antissemitas. Em termos de ataques , 70% dos judeus souberam de ocorrências nos EUA e no mundo em maio (mês do conflito entre Israel e Hamas) e desses, novamente 70% se sentem menos seguros - enquanto apenas não se sentem seguros 24% dos que não souberam e não veem o antissemitismo como um problema sério . Então, se não veem e não ouvem, não se sentem ameaçados. 

Finalmente, mais da metade dos jovens e os ortodoxos têm mudado de comportamento - seja escondendo que são judeus ou limitando suas atividades, evitando alguns lugares, entre outros. 90% dos judeus americanos consideram a extrema direita como uma grande ameaça antissemita, 10% a mais que na pesquisa de 2020. Há muitos e muitos números mais, a pesquisa é extensa, o link para ela segue aqui no final deste Editorial.

Aqui no Brasil carecemos de pesquisas tão abrangentes embora sejamos em número tão menor que nos EUA que podemos ter uma visão um pouco mais próxima das comunidades, uma troca maior em relação a ocorrências ou ameaças… e há ameaças. Há indícios de crescimento do antissemitismo junto com o da polarização entre extrema direita (mais barulhenta) e esquerda.

Pesco um último dado, ou melhor, reflexão da pesquisa do AJC de que é fundamental fazer o público em geral conhecer mais sobre os judeus americanos, sua grande diversidade e sobre Israel. 

A esta conclusão nós aqui do EshTaNaMidia chegamos há alguns anos e foi o que nos motivou e motiva a, semanalmente, trazer informações e análises e buscar ampliar o alcance desta Newsletter. Convido vocês leitor@s, no Brasil ou no âmbito da parceira UJR- Amlat a compartilhar seus dados, percepções e reflexões sobre isso. E sobre boas notícias, também! 😉

Shabat Shalom.


Juliana Rehfeld


Clique para acessar a íntegra da pesquisa The State of Antisemitism in America 2021: Insights and Analysis

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Você Sabia? - Bambi, Uma Vida na Floresta


Por Itanira Heineberg

 

VOCÊ SABIA que Bambi, adorável personagem do cinema infantil imortalizado pela Disney, foi criado por Felix Salten, um literato judeu austríaco, fecundo escritor da Época de Ouro de Viena? 

Agora, com imperdoável atraso de décadas, uma exposição tenta resgatá-lo do esquecimento.


Felix Salten - Museu de Viena - 15 de outubro a 19 de setembro 2021

A exposição é organizada em cooperação com a Biblioteca de Viena na Prefeitura.



Com certeza todos conhecem o cativante personagem Bambi, mas poucos sabem que o seu criador é Felix Salten, prolixo escritor em língua alemã e contemporâneo de Kafka, Thomas Mann e Max Brod. Sua vida e obra foram agora resgatadas em uma exposição em Viena.



O livro teve pouca repercussão ao ser escrito em 1922.

Na década seguinte Salten, assim como seus amigos judeus, foi perseguido pelos nazistas, o que o levou a ceder os direitos autorais da obra por mil dólares a um produtor americano - que depois os revendeu a um estúdio de animação.



A obra de Salten, proibida na Alemanha e Áustria durante o Holocausto, vai muito além da famosa história do cervo que sofre com a perda da mãe atingida mortalmente por caçadores.


“Além de Bambi - Felix Salten e a descoberta do modernismo vienense”



“Nascido em março de 1869 em Budapeste, ainda no poderoso Império Austro-Húngaro, Felix Salten e a sua família mudaram-se para Viena no ano seguinte. Foi nesta capital que ele começou a trabalhar como jornalista até escrever libretos de ópera, poesia, crítica de arte, argumentos de cinema e também um romance pornográfico.

Na época dourada da capital austríaca, Salten conviveu com o psicanalista Sigmund Freud e com o músico Richard Strauss. A anexação da Áustria à Alemanha nazi, em 1938, precipitou a fuga com a sua mulher e milhares de obras da sua biblioteca para a Suíça, onde faleceu em 1945.

A sua neta suíça, Lea Wyler, que conhece o seu avô apenas de ouvir as histórias de família, lamenta que "um homem tão dotado, tão cheio de humor e de sagacidade" seja lembrado apenas por "Bambi" - e isso no melhor dos casos.”



Não podemos esquecer a importância de Salten na vida cultural do modernismo vienense: jornalista respeitado, fundador de teatro e porta-voz do judaísmo, “figura literária controversa e camarada, nos braços da rede literária Jung-Wien em torno de Hugo von Hofmannsthal e Arthur Schnitzler.”

A mostra comemora o 75º aniversário da morte de Salten. O escritor viveu o fim da monarquia, a criação da Primeira República da Áustria, duas guerras mundiais, a ocupação nazista, e a fuga para a Suíça em 1939.

Do início de sua carreira literária até o exílio, Salten deixou um legado em Viena. Sua vida, obra, relacionamentos culturais e sua personalidade fascinante e frutífera é o que se encontra nesta exposição.

Entre fotos, documentos pessoais e o arquivo de manuscritos, encontra-se a coleção de cartas com cerca de 700 parceiros de correspondência (incluindo Karl Kraus, Heinrich e Thomas Mann, Berta Zuckerkandl e Stefan Zweig).

Há ainda a biblioteca de sua propriedade com mais de 2.300 livros, entre eles inúmeras cópias e originais, dedicatórias e a coleção de cópias do autor dos livros de Salten sobre animais, Bambi, Florian e Perri.



Acompanhemos agora as pegadas do simpático animalzinho na floresta ou, no caso, no Museu de Viena -  desde seu nascimento, sua primeira infância na mata, suas descobertas e travessuras em companhia de amigos até a chegada do inverno, da neve e a falta de alimento para a família.


Seu pai desaparece na floresta, os caçadores matam sua mãe, um incêndio criminoso e humano assusta os animais da mata...

A vida de Bambi sem seus familiares não é fácil, um simples esporte para humanos transforma sua infância em abandono materno, as armas e o fogo são inimigos dos animais da floresta.

Mas ele encontra o amor e se fortalece.




Uma história muito similar a histórias humanas com perdas, dores, solidão, luta e sucesso.

Bambi, o filme que mais fez seus espectadores verterem lágrimas de tristeza, introduz os pequeninos, através de um relato emocionante, às agruras e dificuldades da vida, com a recompensa de um final feliz.

Fica para todos, crianças e adultos, a mensagem positiva de podermos conquistar a vitória e a felicidade através de nossos esforços e dedicação e assim nos tornarmos o Príncipe da Floresta.  




FONTES:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bambi,_a_Life_in_the_Woods

https://istoe.com.br/viena-resgata-felix-salten-o-criador-esquecido-do-personagem-bambi/

https://www.correiodopovo.com.br/arteagenda/viena-resgata-felix-salten-o-criador-esquecido-do-personagem-bambi-1.635429

https://www.opovo.com.br/vidaearte/2021/06/12/viena-resgata-felix-salten--o-criador-esquecido-do-personagem-bambi.html

https://www.wienmuseum.at/en/exhibitions/exhibition-archive/detail/im-schatten-von-bambi-felix-salten-entdeckt-die-wiener-moderne

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

EDITORIAL - Estabilidade & Moderação

 

Lendo as notícias sobre Israel e o Mundo Judaico desta semana, sentimos algo diferente do que os alertas de muitos anos; correndo as páginas deste blog e toda a história recente há sempre um movimentar em busca do novo, um olhar para a frente. Este avanço muitas vezes é feito de forma disruptiva, rompendo barreiras e mostrando novos caminhos. O título desta semana pode ser interpretado como um hiato para olhar à nossa volta. Uma parada para aproveitar o momento. 

Há uma onda positiva rolando no mundo, uma sensação de "vamos em frente". E foi nesta semana que os céus de Jerusalém presenciaram algo inédito: dois aviões de guerra fazendo manobras conjuntas sobre a história e mostrando que é possível seguir em frente sem esquecer o passado. Como parte do exercício militar "Bandeira Azul 2021", fizeram exercícios conjuntos aeronaves de vanguarda da Índia, Israel, Grécia, Chipre, Itália, Alemanha, França, Reino Unido e Estados Unidos. Notem que vamos desde a Índia, no Leste, até os Estados Unidos, a oeste - dando uma interessante volta ao mundo. 

Deixando as tecnicidades de defesa e de avanços tecnológicos, esta foi uma oportunidade de mostrar os traços de ESTABILIDADE & MODERAÇÃO que caracterizaram a semana.

Nos céus de Jerusalém, lado a lado, dois aviões sobrevoaram Yad Vashem e a Knesset. O tenente-general I Gerhartz, da Alemanha, e o major-general Amikam Norkin, das Forças Aéreas de Israel, criaram um momento único ao reverenciar e relembrar o nazismo e mostrar que seguimos em frente com relações que já não são mais bilaterais, mas que fazem parte de um novo mundo. No dia seguinte o exercício público envolveu aviões de todos os países da operação Blue Flag 2021 em um sobrevoo em Tel Aviv. Os aviões foram pilotados por homens e mulheres, mostrando mais uma das facetas que devem ser destacadas nos nossos tempos.

Mais um sinal importante foi a assinatura de acordos binacionais e de blocos econômicos: no dia 19 de outubro foi assinada a formação de um bloco incluindo Índia, Israel, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos. Segundo o jornalista Seth J. Frantzman, do Jerusalem Post, ainda poderão se juntar a esta lista Grécia, Chipre, França, Bahrein, Egito e Jordânia. São tempos de estabilidade e moderação que permitem que relações econômicas de bloco possam progredir. As relações entre Israel e os países mulçumanos vão se intensificando, e a força das comunidades judaicas originárias dos países árabes e mulçumanos pavimenta as interações culturais. 

Estabilidade e Moderação são possíveis quando os diferentes se encontram, se respeitam e convivem cada um com suas culturas. É como sentar ao redor de uma mesa servida com comidas típicas de muitas regiões. Comidas que continuarão sendo preparadas seguindo receitas conservadas por gerações. A grande novidade é que serão degustadas por muitos. Ao degustar os vários sabores, entendemos que a estabilidade vem da constatação e aceitação das diferenças. A moderação é um tempero magnífico que ressalta a beleza da diversidade. 

Bom Apetite! e Boa Semana.

Regina P. Markus





terça-feira, 19 de outubro de 2021

Você Sabia? - Old Iraq

 

"Judeus, muçulmanos, cristãos – éramos todos iraquianos – era o paraíso..."

Sim, judeus no Iraque, um dos povos mais antigos do mundo.

Por Itanira Heineberg



Exílio dos Judeus de Canaã à Babilônia, por James Tissot



VOCÊ SABIA que os judeus do Iraque constituem uma das comunidades mais antigas e historicamente significativas do mundo, desde os judeus que lá viveram por mais de 2.600 anos até recentemente, início do século XXI?

Sim, a história do país é tão rica em acontecimentos e influências humanas quanto em nomes que recebeu através dos tempos:

Babilônia, Shinar, Caldéia, Al-Jazireh, Mesopotâmia, Iraque.

A comunidade judaica lá se estabeleceu aproximadamente em 586 AC quando Nabucodonosor da Babilônia derrotou o reino de Judá, destruindo o templo de Salomão em Jerusalém e levando os judeus como escravos para sua terra.

Algumas dezenas de anos mais tarde, o reino foi conquistado pelos persas com Ciro, em 539 AC, e os judeus foram liberados para voltar à Judeia - porém uma grande maioria preferiu permanecer. Ciro revelou ter recebido uma mensagem de Deus ordenando-lhe que permitisse a volta dos judeus à sua terra de origem.

“Do período babilônico até o século XX, o Iraque prosperou como um centro de aprendizagem judaica. Após a queda de Jerusalém em 70 DC, o reino acolheu muitos refugiados judeus em busca de um novo lar e assim o Iraque se tornou o centro da tomada de decisões nos assuntos judaicos. O Cristianismo alcançou a Mesopotâmia no primeiro século DC e as religiões viviam lado a lado.



Judeus em Rawanduz - norte do Iraque



As academias babilônicas estavam em seu auge no século III DC, que marcou o início de uma nova era para os judeus. Foi quando eles estabeleceram o estilo de aprendizagem encontrado no Talmud, um livro de estudos jurídicos com histórias folclóricas, piadas, debates e divergências em que todos os tópicos imagináveis ​​são cobertos, desde o debate jurídico, teologia e música, até armadilhas para ratos.


O Talmud, democracia ancestral.


O Islã chegou na década de 630 e a comunidade judaica tornou-se parte do califado muçulmano. A cidade de Bagdá foi construída no século VIII e logo se tornou o principal centro do mundo muçulmano durante os séculos da Idade de Ouro Islâmica.

Todas as minorias tiveram que pagar um “poll tax”, imposto, e experimentaram alguma discriminação, mas como “o povo do livro”, os judeus tinham um lugar amplo e bem regulamentado na sociedade.


Sinagoga no Iraque



A comunidade judaica sobreviveu às invasões mongóis da Idade Média e se saiu bem sob o Império Otomano (1533–1918).

Durante o governo dos otomanos, mais de 40% dos habitantes da cidade de Bagdá eram judeus.

A comunidade estabeleceu escolas modernas na segunda metade do século 19 com financiamento de filantropos franceses.


Crianças em uma escola judaica em Bagdá.



Após a Primeira Guerra Mundial, o Império Otomano foi dividido e o Mandato Britânico da Mesopotâmia foi estabelecido pela Liga das Nações, posteriormente chamado de Iraque. Uma guerra de rebelião consumiu vastos recursos e colocou o povo do Iraque um contra o outro. Mas Winston Churchill estava determinado a permanecer no território, ciente de quanto petróleo seria necessário para abastecer uma frota e que a Grã-Bretanha se beneficiaria com o controle de uma rota comercial aberta para a Índia.

 

Em 1921, a Grã-Bretanha impôs uma monarquia hachemita (administração semelhante à da Jordânia) ao Iraque e definiu os limites territoriais do país. Depois de centenas de anos como súditos de segunda classe institucionalizados, os judeus começaram a desempenhar um papel importante na administração do país.

O primeiro-ministro das finanças era um judeu, Sassoon Eskell. No entanto, isso criou uma divisão entre muçulmanos e não muçulmanos. As minorias eram consideradas instrumentos de política europeia.”


Sassoon Eskell, o estadista que ajudou a fundar o Moderno Iraque.



A virada histórica no Iraque começou com os primeiros pogroms em meio ao século XX.

Em 1941, durante a Segunda Guerra, aconteceu a Noite dos Cristais em Bagdá, quando 180 judeus perderam a vida e mais de 2000 ficaram feridos.

A partir de então os judeus foram perdendo a confiança no país e em 1948 quando o Iraque entrou na coalizão árabe contra a criação do Estado de Israel, quase todos os 150.000 judeus foram exilados e perderam permanentemente a cidadania através de uma lei que proíbe a restauração da mesma para sempre.


Judeus iraquianos chegando a Israel em um voo de Chipre - 1950



Em 1951, 96% da comunidade judaica havia saído do país.

A comunidade judaica no Iraque hoje abriga menos de 5 indivíduos, mas em Israel vivem 219 mil judeus iraquianos.

Há poucas semanas uma nova estrela pareceu brilhar sobre a terra que por mais de 2.500 anos acolheu os judeus. Confira abaixo reportagem da revista Kadimah, traduzida por Marcus Susskind:

“Um evento sem precedentes no Iraque: Líderes sunitas e xiitas proeminentes pediram abertamente a paz com Israel.

Em uma conferência realizada em 24 de setembro 2021 em Irbil, capital do Curdistão iraquiano, os líderes, incluindo o líder da maior federação tribal do Oriente Médio - a Tribo Shemer - e ex-generais do exército iraquiano, exigiram que o Iraque aderisse aos "Acordos de Abraham" - acordos de paz assinados pelos Emirados Árabes Unidos e Bahrein com Israel.”



FONTES:

https://www.france24.com/en/live-news/20210328-iraq-s-jewish-community-dwindles-to-fewer-than-five

https://rememberbaghdad.com/history

https://en.wikipedia.org/wiki/History_of_the_Jews_in_Iraq

https://avida.livingwater.me/2018/10/31/history-of-the-jews/?gclid=CjwKCAjwh5qLBhALEiwAioods3Z1HSwBsBL7-QqT7RI5ku0qZNIy9139pHr7V8lnjeIXpckJ-OcGHRoCtnQQAvD_BwE

https://www.ebiografia.com/dario_i/

https://www.enlacejudio.com/2017/09/07/el-talmud-democracia-ancestral/

https://www.revistakadimah.com/amp/fenomenal-e-estimulante-l%C3%ADderes-iraquianos-exigem-paz-com-israel

https://www.revistakadimah.com/inicio/categories/mundo-judaico


sexta-feira, 15 de outubro de 2021

EDITORIAL: Conversando a gente se entende!

O título da semana é bastante prosaico, e muito brasileiro. Em cada canto que rodamos no nosso Brasil, da roda de mate ao barzinho da esquina, passando para o cafezinho de pé no balcão da padaria, é notável a capacidade de comunicação. Será que a diferença de formas de falar ou mesmo de idiomas atrapalha? 

Num papo gostoso com o chazan da EshTamid, Dany Markus, que também é organizador de grandes eventos, conversamos sobre a abertura do Pavilhão de Israel na EXPO DUBAI 2020. Fiquei sabendo das características especiais desta mega exposição de tecnologia que não apenas reúne uma quantidade incrível de pessoas do mundo inteiro, mas que programada para 2020, está sendo realizada em 2021.

Os números e a grandiosidade do evento cada um dos leitores pode conferir na INTERNET, porque encontrará de forma específica temas de seu interesse. O pavilhão de Israel é enorme, badalado e reúne expositores, desenvolvedores e turistas. Dany comentava que teve contato com uma pessoa da área de grandes eventos internacionais que chegou diretamente de Dubai para São Paulo contando sobre a diversidade de idiomas que eram falados naquele evento.

O papo rola e .... Bingo.... não poderia ficar de fora a TORRE de BABEL (מִגְדַּל בָּבֶל)- descrita na Parashat Noach (Breishit 11: 1-9). Naquela mesma região do Globo Terrestre, conta a história que nós, os humanos, não tínhamos problemas de comunicação. Falávamos o mesmo idioma! Mas todos queriam chegar a pontos mais altos, diz a Bíblia que para encontrar com D’us, que estaria acima de tudo e todos.

Eis que... dispondo de excelente tecnologia, os homens construíram uma torre tão alta que permitiria chegar aos céus. Tecnologia e desejo de alcançar o que parecia impossível foram as causas de uma competição tão acirrada que criou formas próprias  de comunicação para cada grupo... barreiras que pareciam intransponíveis!

Continuando pela história antiga, chega a hora em que o conceito da divindade mudou. D’us declara que está entre todos e que é responsabilidade da humanidade construir o mundo. É o D’us que habita entre os homens, que aparece de costas para Moisés, que define a responsabilidade do homem no Tikun Olam - na construção do mundo. Papo rola solto, e podemos falar de várias outras formas de relacionamento, envolvendo ou não religião e que separam ou unem, mas a maioria mostra a relevância dos “direitos humanos”, “do cuidar do planeta”, etc., etc., etc.... 

MAS - as diferenças entre os idiomas e as culturas parecem criar diferenças intransponíveis...

O homem continua avançando em tecnologia... para o bem e para o mal... esperança e desesperança... 

De repente, não mais que de repente, surge a idéia dos diferentes poderem se encontrar!

Entre judeus e árabes - o atualmente famoso acordo de Abraão, que avança nas relações entre países e entre pessoas! 

VOLTEMOS À EXPO DUBAI 2020 - e à TORRE de BABEL...

No papo que rola solto, esta feira aplica tecnologia para que todas as pessoas possam falar, papear e negociar, independente do idioma. É só falar que o celular do outro já traduz e permite que cada um fale no idioma que mais conhece!

TORRE DE BABEL INVERTIDA! Ao invés de buscar os céus, a humanidade usou a sua capacidade tecnológica para se comunicar! Que maravilha poder em dias tão conturbados ver que há olhares que permitem unir os tempos e seguir o sambista!

LEVANTA, SACODE A POEIRA E DÁ A VOLTA POR CIMA.

Que bom poder desejar uma boa semana, vendo que a diversidade é a riqueza do planeta e da humanidade!

Regina P. Markus



segunda-feira, 11 de outubro de 2021

VOCÊ SABIA? - MARC CHAGALL E BELLA ROSENFELD

 

Por Itanira Heineberg


Você sabia que Marc Chagall foi o artista que mais consagrou seu talento e obra para celebrar a mulher de sua vida, sua musa inspiradora Bella Rosenfeld?



Ao contrário da lenda da poeta gaúcha Carmen Vianna...

 

“Era uma vez, e o romance começou numa noite de luar, tinha príncipe encantado, tinha Bela Adormecida,

Luxo, pompa, esplendor... mas a história durou pouco, pois tendo tanta beleza, tendo príncipe e princesa, a história não tinha amor!”

 

... os jovens Marc (1887-1985) e Bella (1889-1944) não se conheceram numa noite de luar, mas viveram uma linda história de amor e fidelidade por quase trinta anos.

Bella, moça bonita, inteligente e gentil, realmente compreendia Chagall e o aceitava tal qual era.

Sua percepção ao encontrá-lo foi como se sempre o tivesse sabido e percebido.

Eles se descobriram em 1909, na fase dos vinte anos, na casa de Théa, namoradinha de Chagall.

Instantaneamente foram atingidos pelas flechas do Cupido: um verdadeiro caso de amor à primeira vista. Chagall sentiu que era com aquela jovem de olhos grandes e escuros que ele queria estar para sempre.

A partir de então viveu sob uma grande inspiração, a mulher por ele idolatrada era seu símbolo de amor em todas suas obras.

Os jovens cresceram em Vitebsk, Bielorússia (Rússia Branca), uma cidade na fronteira do povoado destinado à população judaica por Catarina no século XVIII. Em meio a dezenas de igrejas e sinagogas, a “Russian Toledo” da época era composta por milhares de judeus, número equivalente a mais da metade de sua população. Este foi o cenário onde Marc e Bella viveram o início de seu romance.



Vitebsk era bastante grande, com vários teatros, uma orquestra sinfônica da cidade e uma escola de arte fundada por Yehuda Pen. Na cidade se falava iídiche e as lojas e o comércio local fechavam às 15 horas da tarde nas sextas-feiras.

O artista Chagall, Moïshe Zakharovich Shagalov, gravador e vitralista, lá nasceu em uma família judaica humilde de dez filhos, numa periferia pobre, entre simples casinhas de madeira, com galinhas e vacas soltas pelas ruelas.

A família de Bella, ricos comerciantes de joias, no início não aprovou a união dos jovens e não imaginava o que estaria por vir. Os joalheiros viviam no centro e possuíam uma vaca no celeiro que sempre os acompanhava ao campo.

Bella, escritora e tradutora, tinha grande interesse por arte e teatro e um belo futuro pela frente.

Chagall encantou-se com a pintura desde muito cedo, ao conhecer o ateliê de um grande retratista em sua cidade natal.

Em São Petersburgo perseguiu sua paixão pela arte e em 1910 mudou-se para Paris onde residiu até 1914.

Talvez as saudades de Bella o tenham levado de volta à sua cidade onde, em 1915, casaram e um ano mais tarde nasceu sua única filha, Ida.

Sempre atrás de sua arte e dos movimentos por ela originados, a família mudou-se para Petrogrado e em 1918 voltaram a Vitebsk onde Chagall tornou-se diretor da Escola de Belas Artes.



Como todos sabemos, a vida não foi clemente para os apaixonados, difíceis acontecimentos e asperezas tiveram de enfrentar: duas revoluções, duas guerras, pobreza, riqueza e ... várias viagens, às vezes em fuga para se salvarem.

Em 1924 estabeleceram-se em Paris e em 1941, com a chegada da ocupação nazista no país, refugiaram se em Marselha como muitos outros judeus, e de lá seguiram para os Estados Unidos onde Bella foi vítima de uma infecção viral vindo a falecer em 1944.

Este grande amor ultrapassou várias barreiras, oceanos e perseguições, mas foi interrompido pela doença.  

 

Na obra “Près de la Fenêtre”, acima, Chagall faz uma homenagem póstuma à sua querida companheira.

A mim parece que aqui está me faltando uma certa inspiração romântica, um pouco do lirismo de Goethe, para melhor expressar a força deste sentimento que nasceu num primeiro olhar e nunca mais se extinguiu.

Este laço de amor indestrutível conservado por quase uma centena de anos existiu e reviveu nas telas de Chagall, nas características pinturas oníricas onde encontramos pairando sobre as tonalidades do céu, a imagem de sua sempre noiva eterna!

 


Chagall amou sua esposa e companheira como jamais visto, com fervor e idolatria, sentimentos estes que  ele carregou consigo até o final de seus dias, já beirando os 98 anos.


Chagall apreciava as sessões de pintura em que Bella posava para ele, e as telas sempre passaram por sua aprovação antes de receberem o toque final do artista.



E aqui fica uma divagação: como conseguiu o debutante pintor, encantado com as jovens de seu tempo, focar intensamente em sua obra, no amor e na consagração da mulher amada...

A leveza e o flutuar de Chagall


FONTES:

https://www.beauxarts.com/grand-format/bella-rosenfeld-leternelle-fiancee-de-marc-chagall/

https://www.narrativemagazine.com/issues/stories-week-2015-2016/story-week/first-meeting-marc-and-bella-chagall

https://www.infoescola.com/biografias/marc-chagall/

https://www.jewishvirtuallibrary.org/bella-rosenfeld-chagall

https://periodicos.ufpb.br/index.php/letraseideias/article/view/26431

https://www.actualidadliteratura.com/pt/goethe-padre-romanticismo-aleman/

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

NOVOS TEMPOS - FAZENDO HISTóRIA - NÃO AO ANTISSEMITISMO!

 NOVOS TEMPOS - FAZENDO HISTóRIA - 

NÃO AO ANTISSEMITISMO!


Esta é uma semana histórica. Os dedos correm sobre o teclado e o coração transborda de emoção! A respiração segue controlada para que os impressionantes fatos da semana possam ser transmitidos a todos os nossos leitores carregados de emoção. SIM - há dias em que a razão deve se curvar à emoção e o momento deve ser prolongado a mais do que a física diz ser possível.

Neste último ano vimos o desenrolar de uma aproximação do mundo árabe e do Estado de Israel. Neste ano também vimos uma crescente onda de antissemitismo relatada nos jornais. Esta onda aconteceu ao redor de todo o mundo, mas foi acompanhada por muitos que buscavam construir pontes entre os mundos e criar formas de fazer com que a história fosse realmente fonte de reflexão e aprendizado!


Comissão de Direitos Humanos ONU - Genebra, 2021

Esta semana - a primeira semana de outubro de 2021 - temos o prazer de reverberar fatos que mostram que é possível construir o futuro.

No dia 4 de outubro, em uma reunião da Comissão da ONU para Direitos Humanos (UNHRC) em Genebra, foi lida por Leon Saltiel uma declaração conjunta em nome do Congresso Judaico Mundial (WJC) e da Liga Muçulmana Mundial (MWL). 

"Estou honrado de pronunciar esta declaração em nome do WJC e da MWL que representam a maioria dos mulçumanos e judeus do mundo. Chegamos unidos em nome da paz, tolerância e respeito pelos direitos humanos.  Acreditamos que todos os seres humanos  recebem do Criador a liberdade e o direito  a uma vida próspera baseada em igualdade, ausência de conflitos, opressão ou assédio. Partilhamos o compromisso de promover e proteger os direitos humanos para todos. Nossas duas organizações já iniciaram uma cooperação multifacetada, como uma celebração conjunta do Ramadã que co-organizamos em abril de 2021, na qual participaram líderes comunitários e religiosos de ambas as religiões de todo o mundo. Pretendemos continuar, fortalecer e expandir estes laços com mais atividades conjuntas, visitas e intercâmbios. Também reiteramos a importância de salvaguardar a liberdade de religião ou crença em todo o mundo, assim como o direito de cada indivíduo de praticar sua religião sem restrições de qualquer tipo, como um direito humano básico. A humanidade está enfrentando muitos desafios, da pobreza às mudanças climáticas, do conflito e do terrorismo ao deslocamento e migração. Possibilitar o diálogo entre indivíduos de diferentes religiões ou crenças pode nos ajudar a avançar em direção a um consenso internacional sobre estas importantes questões, remover barreiras e fomentar a compreensão. Nossa humanidade comum nos ordena que não façamos menos".

Que maravilhosa declaração conjunta! Palavras acompanhadas por aviões cruzando e pousando nos países mulçumanos em Israel. Pessoas que confraternizam e se permitem conhecer umas às outras. 




Comissão de Bahrein visita o Museu do Holocausto em Jerusalém


A EUROPA TAMBÉM BUSCA NOVOS HORIZONTES


E tivemos mais! No dia 5 de outubro, a  COMISSÃO da EUROPA que reúne em Estrasburgo, na França, os países da Comunidade Europeia apresentou em seu congresso uma estratégia para erradicar o antissemitismo na Europa. Esta ação foi programada para 2021-2030 e prevê várias ações conjuntas visando o acolhimento de todos os judeus que moram ou chegam na Europa. São ações positivas e que reforçam a contribuição e a integração dos judeus europeus nas artes, ciências e na vida do dia-a-dia. Conviver em harmonia: esta foi a tônica de todas as declarações e ações. 


Uma semana a ser lembrada e a ser cobrada! Uma 😀 semana que traz esperança e renova nossas forças!

Será que estas ações foram orquestradas? Será que Genebra e Estrasburgo acertaram os dias? O mais provável é que a coincidência faz parte do momento que vivemos. E para não deixar o nosso Brasil de fora, aqui vai uma grande notícia da Organização dos Estados Americanos (OEA).


E A ONDA POSITIVA CRUZA O ATLÂNTICO




Fernando Lottemberg, incansável ativista da nossa comunidade, será o primeiro comissário da OEA contra o antissemitismo. “O principal desafio é conscientizar os países de que o antissemitismo não é um problema apenas das comunidades judaicas, mas das sociedades que fazem parte do continente; é uma questão ligada à defesa da democracia e dos direitos humanos”, diz Lottenberg.

ESH TAMID:
Pavimentando a Convivência


Desejamos a todos uma excelente semana - e que esta onda de noticias positivas continue agitando nossas mentes e nossos dedos!

Regina P. Markus












segunda-feira, 4 de outubro de 2021

VOCÊ SABIA? - Meias que salvam vidas

 

 Meias com tecnologia israelense salvaram as vidas de 33 mineiros chilenos em agosto de 2010.

Por Itanira Heineberg



Você sabia que os 33 mineiros do Chile, presos debaixo da terra por 69 dias, usavam roupas que Israel lhes enviara - inclusive meias que deixaram os médicos perplexos ao examinarem os pés das vítimas?

Após mais de 2 meses de incertezas e sofrimento, ao serem resgatados do subsolo a 625 metros de profundidade, os mineiros sobreviventes do colapso da mina San José foram examinados por médicos que não acreditaram no que viam.

Como haviam estes homens assim se mantido e resisitido num ambiente de 35 graus de calor com umidade de 90%?

Ao tirarem as meias dos mineiros, os médicos constataram que as solas de seus pés estavam simplesmente intactas!

A verdade é que logo que conseguiram perfurar e antes mesmo de enviarem alimentos e medicações para o fundo da mina, encaminharam as roupas “made in Israel”, junto com equipamentos que lhes permitiram entrar em contato com o mundo fora da tragédia, com a imprensa e com o governo do Chile.



Sim, as roupas especiais, mais um presente de Israel, foi o que realmente permitiu que saissem vivos e com saúde, após meses de confinamento no subsolo.

 

“Embora essa patente ainda estivesse em desenvolvimento, os pesquisadores em Israel já conheciam os resultados de antemão, haviam verificado que as “fibras de cobre” nas roupas têm um conteúdo que cura. Era sabido que antes de inventar o antibiótico, o cobre tinha duas qualidades: desinfeta infecções e bactérias e também acelera o processo de reprodução da pele.

O curioso de tudo isso é que a mina era rica em cobre e por isso escavaram, ou seja, foram condenados à morte pelo cobre e o próprio cobre salvou suas vidas.”

As camisetas, também presentes de Israel, fizeram uma grande diferença na vida dos mineiros aprisionados. Elas eram feitas com o mesmo material que o país usa na confecção de roupas para os astronautas da NASA.

 

“Roupas que parecem ficção científica já são vendidas em Israel. Conseguiram introduzir material químico (microcápsulas) no furo dos fios acrílicos do têxtil junto com material eletrônico para o qual podemos programar suas funções.

Digamos que está nevando lá fora, a pessoa pode tirar dois pequenos cabos da camisa, juntá-los e em um minuto suas roupas esquentam. Acabou de nevar? Você pegou um avião para a selva brasileira? A mesma vestimenta pode ser transformada em um mini ar condicionado. Ah!!! também mudar a cor.

A pessoa pode espalhar aromas ao encontrar outra pessoa apertando uma parte de sua roupa (esta patente é francesa) ou tornando a roupa fluorescente (patente inglesa). Todas estas peças de roupa podem ser lavadas sem problemas na máquina de lavar.”

 

Em 2011 os sobreviventes da mina San José visitaram Israel acompanhados por uma delegação chilena.

Não se tratava de um passeio turístico, mas uma visita de agradecimento ao país pelo envio de presentes valiosos para sua saúde e conforto enquanto confinados no subsolo da mina. As roupas, meias e equipamentos foram a razão de terem saído do cativeiro com saúde.

A imprensa ofereceu informações e detalhes minuciosos sobre a quase tragédia chilena, porém mais uma vez ignorou a inegável ajuda de Israel às vítimas do acidente. Mas em 2011 eles lá estavam no Muro das Lamentações, agradecendo ao Estado de Israel por suas vestimentas e a Deus por suas vidas.


Mineiros chilenos visitam Israel

Na realidade poucos conhecem esta história, assim como várias mais em que Israel se voluntaria a ajudar outros países - até mesmo países inimigos - em situações de perigo e desespero.


2019 - Brumadinho recebe soldados israelenses para ajudar no resgate de pessoas soterradas após o rompimento da barragem da Vale.


2010 - terremoto arrasa Haiti, país mais pobre do Hemisfério Ocidental.

Outra história incrível que nunca ouviremos falar foi a ajuda humanitária que Israel ofereceu ao Líbano em 2020 após a grande explosão no porto de Beirute: sim, ao Líbano, um de seus piores inimigos.


2020 - Benny Gantz, Ministro da Defesa de Israel, em pronunciamento sobre ajuda humanitária ao Líbano.


Que não haja dúvidas: a ajuda israelense sempre virá, mas ninguém, ninguém saberá!

Como criticar é sempre mais efetivo, Israel não é sempre lembrado por suas boas ações.

Mas como melhorar o mundo, em hebraico “tikun olam” - reparar ou consertar o mundo - é um dos preceitos do judaísmo, o povo judeu vai constantemente olhar para o próximo com respeito humano, vai agir, e tudo fazer para seguir esta máxima que há milênios persegue.

 

FONTES:

https://www.enlacejudio.com/2021/08/10/los-calcetines-de-israel-que-salvaron-33-vidas/

http://www.morasha.com.br/israel-hoje/tragedia-haitiana-socorro-israelense.html

https://www.radiojai.com/index.php/2021/08/11/108398/las-medias-de-israel-que-salvaron-33-vidas/

http://futuro.aiponline.com.ar/las-medias-de-israel-que-salvaron-33-vidas/

https://cnnespanol.cnn.com/2015/08/04/8-datos-que-quiza-no-sabias-sobre-el-rescate-de-los-33-mineros-chilenos/