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quinta-feira, 18 de abril de 2024

O ataque iraniano e as mentiras contadas

 

John Kirby, porta-voz da Casa Branca, veio a público desmentir duas grandes mentiras que andam circulando com relação ao ataque iraniano contra Israel.


A primeira mentira é a de que o Irã teria lançado os seus mais de 300 mísseis e drones com a "intenção de falhar" e de "não causar danos", com a segunda mentira sendo a de que os iranianos teriam alertado os EUA para a iminência do ataque.


Assista:






quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Acontece - De tudo um pouco, mas demasiado

Por Juliana Rehfeld




Tem acontecido muita coisa, em Israel e no front em Gaza, mas também no planeta, com o ressurgimento, para mim assustador, do “irracional” antissemitismo e de proporções inacreditáveis. 

Em Israel, a vida tentando voltar ao “normal”, apesar de muitos cidadãos e muitas cidadãs, sejam judeus ou árabes ou cristãos, ainda estarem substituindo em vários setores - agricultura, indústria - trabalhadores que estão atuando nas Forças de Defesa e é claro, apesar dos ataques ainda diários de foguetes do Hamas no sul e no centro e de drones suicidas do Hezbollah no norte. 

Fora de Israel, nas ruas, nas redes sociais e nas universidades da Europa, Estados Unidos e aqui no Brasil, acontecem manifestações anti-semitas de uma virulência que não mais acreditávamos possível. De tudo, um pouco, mas demasiado: afirmações mentirosas, dados historicamente inverídicos, generalizações “banalizadoras”. Frases como: 

- “Israel está mostrando seu verdadeiro objetivo de exterminar os palestinos” que ouvi de colegas “esclarecidos” - como se Israel precisasse de 75 anos para fazer isso se realmente o quisesse…

- “Hospitais palestinos são alvo de bombardeio indiscriminado por parte de Israel levando à morte de mais de 10 mil civis, sobretudo crianças" - quando casas e hospitais do norte foram evacuados a pedido de Israel mas contra vontade do Hamas e números não são checados e além disso, imagens divulgadas mostram uma já famosa tática de os mesmos adultos e crianças “morrerem” diversas vezes em locais diferentes…

- O presidente Lula desinformando ao dizer que "a ONU tinha sido capaz de criar o estado judeu mas não tem até hoje força para criar o estado palestino ao lado” quando todos sabem que a resolução de criar o estado árabe de 1947 não foi aceita pelos países árabes, o que resultou na primeira guerra de Israel. E na época, ao referir a palestinos falava-se  da população também judaica, de moedas e jornais em hebraico e árabe…

- Ainda Lula falando que “parece que Israel quer invadir Gaza e expulsar os palestinos", e tantos falando em genocídio quando, de novo, se Israel realmente quisesse ocupar o território não teria saído de lá em 2005, retirando à força a população judaica de lá, ou quisesse exterminar os árabes e fazer a alegada “limpeza étnica” quando em seu território abriga com plenos direitos cerca de 2 milhões de árabes! 

- E a ameaça verbal e à integridade física de professores e alunos judeus de inúmeras universidades mesmo que esses nem se tivessem manifestado pró Israel, mas simplesmente por serem judeus! 

E o pior, porque majoritário: o silêncio seletivo. O silêncio que deixa de condenar o estupro e a violência contra mulheres quando são israelenses ou judias, o silêncio que deixa de condenar as barbaridades perpetradas em 7 de outubro tratando essas ações como resistência a… ao que mesmo?? O silêncio das autoridades brasileiras em relação ao refém brasileiro enquanto se esforçam sobremaneira para trazer não-brasileiros fugindo de Gaza… 

E é claro, o silêncio da imprensa que deixa de mostrar as dificuldades do dia-a-dia em Israel, que mencionei acima, ou o cuidado com que estão sendo feitos os ataques a Gaza para reduzir ao mínimo as mortes colaterais dos escudos humanos usados pelo Hamas - se eu recebo essas imagens e vídeos, tenho certeza que a imprensa também recebe mas escolhe não mostrar!

Manifestações em todos os lugares que repetem “hipnoticamente” "Palestine Free - from the river to the sea” - palestina livre do rio ao mar - pregando portanto apagar Israel do mapa! Isso é resistência ao colonialismo?? 

E a ausência da Cruz Vermelha, supostamente preocupada em garantir a integridade de civis sequestrados? Quando são israelenses, não?

E manifestações que incluem desenho de suásticas e de estrelas de David em muros onde haviam sido apagados em 1945 ao final da 2a guerra! E achávamos que nunca mais! 

Se na Europa dos anos 40 estava escrito “Judeus - saiam daqui e vão pra Palestina" - hoje se escreve “Judeus - saiam da Palestina" e “e da nossa frente”!

Felizmente há movimentos, sobretudo de jovens, que antes alheios à polícia em Israel ou fora, manifestam em alto e bom som seu orgulho em serem cidadãos israelenses ou judeus na diáspora, e artigos e falas - poucos, mas fundamentais - expondo fatos que mencionei nesta coluna, e também trabalham há tempos pela paz e contra o ódio. Apenas alguns:

- Artigo de Mariliz Pereira Jorge na Folha - "O feminismo abandonou as judias”;

- Resposta na Folha de Alexandre Schwartsman a um judeu com auto ódio desproporcional (esse assunto falamos em outro artigo): “O que Breno Altman esconde”;

- O material fantástico produzido pelo StandWithUs e pelo IBI…

- Mulheres da ONU, UN Women: “Your silencie is Unbelievable” - teu silêncio é inacreditável;

- Movimento de cidadãos judeus e palestinos de Israel que buscam a paz: standing-together.org ;

- O movimento Mulheres que agem pela Paz - נשים עושות שלום - Nashim Ossot Shalom.




Acabei de receber a notícia de que um advogado americano - não tenho o nome- obteve em 17/11 a patente da frase "From the River to the Sea, Palestine Will be Free" e com isso processará quem a está usando. Grande ideia!

Mas de fato creio que nós judeus, sionistas, não israelenses, estamos perplexos e tristes com a ausência de reação ou com a triste reação de colegas e pessoas que pensávamos próximas, e sem dúvida, informadas e esclarecidas. Onde estava guardado e como emergiu esse antissemitismo cheio de ódio, vazio de crítica e auto-controle? Minha sensação é de me tirarem o chão, bases em que eu acreditava, me enganava. Alinhamento que eu imaginava ter foi totalmente quebrado e fico triste ao estar hoje acompanhada em meus argumentos por pessoas com as quais nunca concordei política ou socialmente. Por que isso acontece?

Tenho sempre tentado fazer uma correlação, ver se há alguma possível reflexão na parashá da semana com o que acontece em nossos dias. Nesta semana lemos  na Torá que Jacó saiu de sua casa a caminho da terra onde o tio Laban morava. O mais famoso sonho da Bíblia ocorre então, justamente quando ele está fora de sua casa, fugindo da ameaça de Esau, antes de padecer dos enganos a que Laban o submete, sozinho, no escuro, no máximo da vulnerabilidade: sonha com uma escada que vai ao céu, anjos sobem e descem por ela, Deus lhe aparece do alto e lhe promete dar-lhe a terra em que ele está, onde seus descendentes se espalharão, e lhe diz que sempre o acompanhará, não o abandonará até cumprir a promessa. 

Escolho “pescar” nisso que a esperança é possível no momento de grande vulnerabilidade, de solidão. Mas como se desenvolve a vida de Jacó, ele consegue “crescer e se multiplicar” apenas a partir de muito trabalho e resiliência. 

Hoje vi que no fim de outubro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sancionou a Lei nº 17.817/2023 que proíbe o ensino ou abordagem disciplinar do Holocausto a partir de perspectivas negacionistas ou revisionistas. A nova norma é válida para o Sistema de Educação Básica do Estado. A educação começa pela base, se esse trabalho for bem feito poderemos sonhar com um Nunca Mais de fato! 

Shabat Shalom

terça-feira, 21 de novembro de 2023

VOCÊ SABIA? - o que uma jovem palestina e o Primeiro-ministro de Israel têm em comum?

 

JOVEM PALESTINA DA FAIXA DE GAZA   X   PM ISRAELENSE BENJAMIN NETANYAHU: O QUE HÁ DE COMUM ENTRE ELES?

Por Itanira Heineberg


MARCA-PASSO, UMA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

O marca-passo nada mais é do que um aparelho que, ao ser implantado, tem a capacidade de normalizar os batimentos do coração produzindo impulsos elétricos a fim de estimular a contração do órgão. Ele é colocado entre o músculo e a pele no lado esquerdo

 

Você sabia que a jovem palestina Shahad, da Faixa de Gaza, recebeu um marca-passo diferenciado em Israel, similar ao implantado no Primeiro-Ministro do país, Benjamin Netanyahu?

 

O jornal Times of Israel publicou esta notícia anunciando que, pela primeira vez, uma jovem teria recebido este marca-passo de uma tecnologia inovadora. O Wolfson Medical Center, em Holon, na região central de Israel, instalou o aparelho em Shahad, de 18 anos de idade, uma palestina da Faixa de Gaza.



“Substituímos o marca-passo dela várias vezes ao longo dos anos, mas seu corpo continuou rejeitando-os. Ela também desenvolveu tecido cicatricial inflamado no local da implantação no peito. Não importa como a tratamos com antibióticos locais e sistêmicos, mas o problema continuou recorrente”, disse Sagi Assa, chefe da Unidade de Cardiologia Intervencionista Pediátrica do hospital.

 

Este aparelho milagroso recebido pela jovem Shahad é idêntico ao implantado no primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu em julho de 2023. É um aparelho menor do que o usado normalmente e, com uma vantagem tecnológica a mais, não requer incisão cirúrgica. A colocação do aparelho não deixa cicatrizes no corpo dos pacientes. E, mais um benefício, a vida útil da bateria pode durar pelo menos duas décadas.

Informações da Sociedade Brasileira de Cardiologia explicam que as baterias de marca-passos tradicionais costumam durar entre sete e 12 anos.

 

O tratamento à jovem palestina foi realizado pela organização Save a Child’s Heart (Salve o Coração de uma Criança, em tradução livre), organização humanitária israelense que atua para salvar vidas de crianças de países onde o acesso a cuidados cardíacos pediátricos é limitado ou mesmo inexistente.”

 

Acrescentando mais alguns detalhes sobre este aparelho, o marca-passo é um dispositivo que estimula o coração para controlar ou aumentar os batimentos cardíacos se estiverem muito lentos ou irregulares. A implantação geralmente leva várias horas e os receptores normalmente recebem alta do hospital no mesmo dia ou no dia seguinte, de acordo com o hospital norte-americano Mayo Clinic e o Serviço Nacional de Saúde da Grã-Bretanha.

E agora, após os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro último, perguntamo-nos, onde estará a jovem Shahad?

Quem de sua família participou das barbáries perpetradas pelos terroristas?

E após muita pesquisa, como estará ela passando com seu novo e moderno marca-passo?

Quem poderá assessorá-la em alguma emergência?

Quem a socorrerá em uma arritmia cardíaca?

Será que ela ainda tem a liberdade de seu povo, de manter em seu corpo, um dispositivo israelense?

Como seus familiares encaram esta ajuda humanitária de Israel em relação ao seu povo?

E por falar em ajuda, generosidade, proteção à vida e dedicação especial a jovens e crianças, como o mundo entenderá a busca dos soldados israelenses em Gaza, pelos seus irmãos brutalmente sequestrados?

Estas são perguntas a que o tempo trará respostas.

Esperamos que a História registre os fatos verdadeiros desta catástrofe e esclareça os preconceituosos, os racistas, os ignorantes e os desinformados, no encalço de um mundo melhor, mais humano, mais pacífico e sem conflitos.



FONTES:

https://www.timesofisrael.com/netanyahu-has-a-pacemaker-fitted-on-eve-of-key-votes-on-his-coalitions-overhaul-bill/

https://conib.org.br/noticias-conib/37874-palestina-da-faixa-de-gaza-recebe-marca-passo-em-israel.html

https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2023/07/23/benjamin-netanyahu-como-e-realizada-cirurgia-para-implantar-marca-passo-a-mesma-que-primeiro-ministro-israelense-fez.ghtml

https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2023/11/12/conheca-shahed-al-banna-jovem-palestina-com-cidadania-brasileira-que-denunciou-o-desespero-da-guerra-nas-redes.ghtml


quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Acontece - 40 dias e mais...

40 dias e mais... 

7 de outubro: o estopim, o início... e lá vão mais de 40 dias.


Confundir a Opinião Pública - até onde vai o inconsciente coletivo!


Estamos vivendo uma guerra em várias frentes. Israel está sob ataque constante. A população segue a vida o mais normal possível, correndo para abrigos subterrâneos ou para baixo de escadas de forma a se proteger de bombas e de estilhaços de bombas destruídas antes de cair. Uma rotina que não é fácil e que pode ser transformada em horror.

Em Gaza o Exército de Defesa de Israel continua sua ação. Objetivo muito bem definido: acabar com o grupo terrorista Hamas, que é o administrador da Faixa de Gaza. Acabar com o impressionante estoque de munição que continua a bombardear Israel todos os dias. Por anos, eram encaminhadas bombas diretamente para escolas, vilas, fazendas, restaurantes e teatros! Tudo isso sendo noticiado lateralmente, ou mesmo não sendo mencionado. 

No Brasil e no mundo assistimos a uma onda de antissemitismo sem precedentes. As organizações judaicas estão atuando de forma pró-ativa e em conjunto para combater esta outra frente de batalha. Uma frente assustadora, porque sabemos há milênios no que pode resultar. Como brasileira, não posso esquecer das vítimas da inquisição. Mulheres judias sendo queimadas como bruxas, em nome de quê? Hoje nem faz sentido repetir as razões sem sentido. Hoje há muitos movimentos da Igreja Católica mostrando as atrocidades cometidas por uma parte autorizada. Há um diálogo que cria convergência e entendimento. 

Olhando alguns séculos para trás (XI - XII), encontramos as Cruzadas: lutas dos cristãos versus mulçumanos pelo domínio da Terra Santa. Ao longo do caminho e em Israel, habitavam várias comunidades judaicas que foram brutalizadas por serem judias! Uso aqui o termo judia propositalmente: no inconsciente coletivo de nosso idioma está o termo judiar - fazer mal!

Passamos pelos séculos seguintes com vários episódios antissemitas na Europa, América e Países Árabes. Chegamos ao século XX, quando foi definida a vontade e foram perpetratadas ações para eliminar os judeus do mundo.

Os judeus seguem... os judeus diversificam... um povo unido por uma cultura milenar que envolve religião, hábitos e costumes que vêm sendo ambientados e discutidos ao longo de séculos e uma forma de viver através de perguntas e respostas. Perguntar, analisar, concluir e voltar a perguntar. Debater, discutir, divergir e voltar a perguntar. Esta é uma rotina que segue por milênios - escrita ou não. 

Nos nossos dias a quantidade de notícias falsas ou enviesadas sobre a Guerra provocada pelo Hamas no dia 7 de outubro vem tirando das pessoas a capacidade de raciocinar. Uma invasão que estuprou, matou, sequestrou... tudo isso feito com prazer e apoiado por pais! Que triste a cena em que um rapaz telefona para o pai e a mãe se vangloriando de ter infligido sofrimento extremo a uma jovem! Os pais aplaudem! Algo está muito errado - como é possível apoiar pessoas que são criadas para gerar cenas impensáveis?

Aqui no Brasil vemos um apoio de enorme magnitude a um grupo terrorista que brutaliza as populações de Israel e também habitantes de Gaza. Por que? Há alguma razão para apoiar assassinos?

Um pouco mais sutis são alguns deslizes de mídia. A BBC, no dia 14 de novembro, liberou uma nota explicativa sobre a entrada do Exército de Israel no Hospital Shilba na cidade de Gaza. Foi noticiado que "O Exército de Defesa de Israel "atirou" em médicos e pessoas que falavam árabe! A nota de desculpas informa que o pessoal que entrou no Hospital INCLUÍA soldados médicos e que falavam árabe para facilitar o contato e tratamento dos doentes. Há várias declarações de médicos e enfermeiras do próprio hospital sobre provisões e etc, trazidas pelo Exército de Israel. E... o que foi encontrado! Túneis, abrigos anti-aéreos para teroristas, armas, munições, foguetes... FATOS que acabam sendo negados! E invertidos.

E o que falar da ONU - vejam o que sai hoje:
"ATUALIZAÇÃO DE NOTÍCIAS 🚨🇮🇱🇺🇳Israel critica duramente as tentativas da ONU de equiparar suas ações em Gaza às do grupo terrorista Hamas, insistindo que a lei internacional “não é um pacto de suicídio”.
Se um Estado não puder defender-se, “ou for criticado por fazê-lo em conformidade com o direito internacional, inevitavelmente as organizações terroristas tornar-se-ão cada vez mais encorajadas a continuar a utilizar estes métodos, confiantes no apoio internacional contínuo”, disse o embaixador israelita Meirav Eilon Shahar depois de o chefe dos direitos da ONU informou os estados membros sobre a situação. (Toi)"

E os reféns? Bebês de meses de idade, crianças, jovens! Adultos e idosos! Trocar por terroristas que mataram dentro de Israel... e as negociações continuam!

Hoje - estou "acontecendo" de forma mais direta, sem muitos subterfúgios, mas também sem esquecer que a alma humana requer um toque de poesia e de música. Um toque de algo que possa servir de união.

Mesmo tendo que se equilibrar da forma mais difícil e sem nexo!
Este era o famoso Violinista no Telhado de Scholem Aleichem no tempo dos Pogroms no Império Russo! 
Hoje - um soldado violinista - repetiu a dose em cima de um tanque em Gaza! O intervalo de tempo nos ensinou o que aconteceu após os pogroms da Rússia - a criação do sionismo e a imigração terrestre para Israel - onde eram compradas terras para formar as colonias agrícolas - kibutzim e moshavim.


de Scholem Alechem a GAZA (2023)


O futuro não sabemos, mas oxalá este possa ser um tempo em que possamos mostrar fatos sem inversão e que a convivência entre judeus, cristãos e árabes seja possível no resto do mundo assim como acontece em Israel. Chegar ao parlamento, Suprema Corte, Comando no Exército. Ser médico, cientista, professor, advogado, engenheiro e tudo mais é garantido a qualquer cidadão israelense. Independente de etnia, religião, origem, gênero!

Olhando o Futuro - ao som do Violinista do Telhado!






Regina P. Markus









quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Acontece - E quando entrares na Terra (Ki Tavô)




ONTEM, HOJE e AMANHÃ

Por Regina P Markus

Este mês de Elul é o momento para refletir e preparar o futuro. A parashá desta semana Ki Tavô - Moshé discursa sobre a entrada na Terra do Leite e do Mel, na construção de uma CASA para o NOME e também sobre regras e maldições quando desvios forem feitos. A Terra será habitada pelo Povo de Israel, e também abrigará outros povos. Conflitos... chegamos aos dias de Hoje e sabemos dos conflitos por todos os meios de comunicação. Recentemente um representante da comunidade árabe-israelense que é membro da parlamento (Chaver Knesset) Ayman Odeh, líder do partido Hadash e líder da União de Partidos Árabes, deu declarações as quais o comentarista Marcos L. Susskind rebateu, escrevendo uma carta-resposta a seus posicionamentos. Este "Acontece" reproduz esta carta que esclarece pontos relevantes e faz um posicionamento claro sobre a soberania do único Estado Judeu na Terra. Lembrando que este estado é pluralista e que seus cidadãos não são necessariamente judeus, e que como cidadãos têm a prerrogativa de eleger representantes para o Parlamento.



CARTA ABERTA AO PARLAMENTAR Ayman Odeh
escrita por Marcos L. Susskind

























Debate e troca de idéias é a base para poder ter entendimento. Mas é preciso guardar os limites. Limites, regras e punições é o que a Torah continua colocando esta semana. Num momento de reflexão são colocadas punições, agora focando o povo. Muito difícil de ler e de transportar para os dias de hoje se quisermos seguir tudo ao pé da letra. Mas o Talmud, e depois os textos dos comentaristas e agora dos muitos doutos que escrevem sobre o tema, ensinam que a Torah pode ter vários níveis de leitura. Na semana anterior, comentei que o rompimento das regras e a sua relação com a Terra de Israel poderia ser encarado como prenúnico de exílio. Nesta semana, as formas de redenção não aparecem, vão ser explícitas apenas no 15o versículo da próxima parashá. Este é um preparo longo, pessoal que chegará nos Iamim Noraim e Iom Kipur. O indivíduo, de forma pessoal e coletiva, chega a seguir em Sucot quando todos juntos, sob cabanas que lembram o início, continuam mais um ano no traçado do tempo.

Assim, lembramos que esta newsletter tem como objetivo abrir uma ÁGORA, uma praça para o debate, como existiu na Esplanada dos Templos de Jerusalém, onde era possível escutar e debater.

Boa semana!
 

terça-feira, 20 de junho de 2023

VOCÊ SABIA? - Judeus Negros

 

Judeus Negros?

Para a surpresa de muitos, sim: Judeus Negros. Do teatro iídiche ao rabinato, os judeus negros ganharam destaque e enriqueceram todos os aspectos da vida judaica e americana.

Por Itanira Heineberg



Você sabia que apesar da incredulidade de muitos e surpresa de outros tantos, os judeus negros existem e têm feito incríveis aportes nos campos da Arte, Cultura, Música, História, Academia, Esportes e mais, na América do Norte e de lá para o mundo?

Não vamos às origens desta dúvida, vamos aos resultados desta pesquisa.

 

Na verdade, os judeus negros viveram e fizeram história nos Estados Unidos e no Canadá desde o século 17. De acordo com A Chronicle of Race Relations, de W.E B. Du Bois, o primeiro judeu residente da Nova Inglaterra foi Sollomon, um judeu negro que chegou à Nova Inglaterra em 1668.”

 

Tentamos fotos ou relatos sobre Sollomon, judeu negro da Nova Inglaterra nos idos de 1668, mas nada encontramos na web, além do texto citado acima.

Assim, decidimos falar de Sammy Davis Jr., músico conhecido internacionalmente.


Samuel George “Sammy” Davis Jr., cantor, ator e dançarino

Harlem 1925 - Beverly Hills 1990

 

Sammy Davis Jr. foi criado em um lar cristão e seu interesse pelo judaísmo foi atiçado pelo comediante Eddie Cantor, que o presenteou com uma mezuzá em 1953.




Mezuzá, um pequeno rolo de pergaminho com as duas passagens da Torah - Devarim, “Ouve” e “Acontecerá” - colocado em um invólucro resistente para proteção contra chuvas e ventos e afixado nos batentes das casas, do lado direito das portas. Este objeto sagrado oferece proteção divina aos habitantes da residência.

 

Davis completou o processo de conversão em 1961. Durante entrevistas à imprensa, ele frequentemente traçava paralelos entre as comunidades afro-americana e judaica.

 

O artigo em que me baseei sugere 20 judeus de grande destaque, dos quais apresentarei alguns:


Professora Lani Guinier

Lani Guinier fez história em 1998, quando foi a primeira mulher negra nomeada para um cargo de professora titular na Harvard Law School. Guinier foi celebrada por seu trabalho em teoria jurídica e de direitos civis e anteriormente ocupou cargos na Faculdade de Direito da Universidade da Pensilvânia e na NAACP. Guinier faleceu em 2022, aos 71 anos.


Eric Andre

Nascido em Boca Raton, Flórida, Eric Andre foi criado judeu por seu pai haitiano e sua mãe asquenazita. Desde 2012, Andre apresenta o The Eric Andre Show e apareceu em dezenas de filmes, programas de TV e vídeos cômicos na internet. Ele se identifica fortemente com ambas as linhagens, e sua carreira de comédia incluiu muitos momentos judaicos.


Rabina Sandra Lawson

Nascida em 1970, Sandra Lawson se tornou a primeira rabina negra e abertamente gay do mundo ao receber a ordenação rabínica do Colégio Rabínico Reconstrucionista em 2018. Através de sua presença ativa nas redes sociais, Lawson tornou-se mundialmente conhecida como uma defensora da equidade racial e da justiça social.



Thomas LaRue Jones

Criado em Newark, Nova Jersey, no início dos anos 1900, LaRue estudou em uma escola ortodoxa quando criança, onde aprendeu hebraico e iídiche. Na década de 1920, LaRue era famoso no circuito teatral iídiche, onde era conhecido como “der schvartzer khazan”, ou "o cantor negro". Enquanto LaRue apareceu principalmente no palco em Nova York, ele também viajou para comunidades judaicas europeias para se apresentar.


Naomi Wadler

Naomi Wadler ganhou atenção nacional quando tinha 11 anos e defendeu o controle de armas na frente de mais de um milhão de pessoas na Marcha por Nossas Vidas de 2018. Desde então, Wadler celebrou sua mitsvá e falou sobre a discriminação que enfrenta por ser negra e judia.

"Estou aqui hoje para reconhecer e representar as meninas afro-americanas cujas histórias não fazem a primeira página de todos os jornais nacionais, cujas histórias não levam ao noticiário noturno. Eu represento as mulheres afro-americanas que são vítimas de violência armada, que são simplesmente estatísticas em vez de meninas vibrantes, bonitas e cheias de potencial."



Em tempos de racismo, antissemitismo e outros “ismos” preconceituosos, é muito bom lembrar dos judeus negros que se elevaram acima destes pré-julgamentos em suas buscas pessoais e atitudes de esticar o braço para alcançar e apoiar Outros.



FONTES:

https://www.jstor.org/stable/271529

https://www.myjewishlearning.com/article/20-black-jews-you-should-know/

https://www.kveller.com/activist-naomi-wadler-celebrates-her-bat-mitzvah/?_ga=2.160892093.1800662001.1687184002-606777884.1598795474

https://www.teenvogue.com/story/naomi-wadler-21-under-21-2018



terça-feira, 18 de outubro de 2022

VOCÊ SABIA? - COLOMBO

 

12 de outubro de 1492: Descoberta da América por Cristoforo Colombo - em latim, Christophorus Columbus e em espanhol, Cristóbal Colón.

Por Itanira Heineberg


Estátua em Barcelona “Monumento a Colombo”

A grande paixão de Colombo: libertar Jerusalém dos muçulmanos




A missão secreta de Colombo era uma busca desesperada por terras novas para os judeus.



Você sabia que Colombo era um marrano que secretamente escondeu sua identidade judaica para ficar vivo, sair em busca da liberdade e assim liberar Jerusalém dos muçulmanos?

Aprendemos na escola que o famoso navegador era um explorador genovês que ofereceu seus serviços aos monarcas reais com o objetivo de enriquecê-los com o ouro e especiarias do oriente.

Porém, de acordo com o excelente texto de Davis Benzecry*, a história não é bem assim.

 

Durante a vida de Colombo, os judeus tornaram-se alvo de perseguições religiosas fanáticas. Em 31 de março de 1492 o rei Fernando e a rainha Isabel proclamaram que todos os judeus deveriam ser expulsos da Espanha. O edito visava os 800.000 judeus que não haviam se convertido, e deu-lhes quatro meses para fazerem as malas e saírem.

Os judeus que foram forçados a renunciar ao judaísmo e abraçarem o catolicismo eram conhecidos como "conversos", ou convertidos. Havia também aqueles que fingiram se converter, praticando o catolicismo na aparência, porém secretamente praticavam o judaísmo, os chamados "marranos", ou suínos (porcos).

Colombo era um marrano, cuja sobrevivência dependia de esconder todas as evidências da sua origem judaica diante da brutal e sistemática limpeza étnica.

O navegador que era conhecido na Espanha como Cristóbal Colón e não falava o italiano, assinou o seu testamento no dia 19 de maio de 1506, e fez cinco curiosas - e reveladoras – disposições:

Dois dos seus desejos - o dízimo, um décimo da sua renda para os pobres, e pagar um dote anônimo para as noivas pobres - fazem parte dos costumes judaicos.

Ele também determinou que fundos fossem dados a um judeu que vivia junto ao portão de entrada do Bairro Judaico de Lisboa.

Neste documento, Colombo usou uma assinatura triangular de pontos e letras que se pareciam com inscrições encontradas em túmulos nos cemitérios judeus na Espanha. Ele ordenou a seus herdeiros para usarem a assinatura, em perpetuidade.

Finalmente, Colombo deixou dinheiro para o apoio às cruzadas que esperava que seus sucessores empreendessem para libertar a Terra Santa.”

 

Pedro Laranjeira, jornalista e escritor, também tem razões para desconfiar de nossos livros escolares; segundo ele, a história continua coxa e precisa ser contada com detalhes e verdade.

Após o exame de DNA ficou comprovado que Colombo era português, apesar das muitas ideias e teorias vigentes nos livros e documentos (genovês, espanhol, italiano...). Há mais de oito nomes para este personagem, um deles sendo Zarco, o grande conhecedor das navegações e frequentador da renomada Escola de Sagres.

Surpreendente foi descobrir que Cuba é uma cidadezinha portuguesa, a vila alentejana onde Colombo nasceu. Aí explica-se o nome por ele dado a uma ilha tão bonita, que lembrava sua cidade natal, Cuba. 



“Para quem escondia as suas origens sem as negar, ainda um outro monograma, que Colon colocou no início das últimas doze cartas ao filho Diogo (na imagem, por cima de 'muy caro filo') - trata-se de um monograma judaico, formado pelas letras hei e beth. Lido da direita para a esquerda, 'beth hei' corresponde à saudação judaica 'Baruch haschem': 'Louvado seja o Senhor' e pode também ser lido como uma bênção 'Deus te abençoe'.

Estelle Irizarry, professora de linguística da Universidade de Georgetown, analisou a linguagem e a sintaxe de centenas de cartas manuscritas, diários e documentos de Colombo e concluiu que a linguagem primária escrita e falada do explorador era o espanhol castelhano. Irizarry explica que no século 15 o espanhol castelhano era o 'iídiche' dos judeus espanhóis, conhecido como 'ladino'. No canto superior esquerdo de 12 das 13 cartas escritas por Colombo para o seu filho legítimo Diego, aparecem as letras manuscritas em hebraico beth-hei.  Há séculos judeus observantes habitualmente adicionavam esta bênção nas suas cartas. Nenhuma carta para outras pessoas tinha estas letras, e na carta para Diego em que foram omitidas eram para serem entregues ao rei Fernando.

No livro de Simon Weisenthal do 'Sails of Hope', ele argumenta que a viagem de Colombo foi motivada por um desejo de encontrar um refúgio seguro para os judeus por causa da expulsão deles da Espanha. Da mesma forma, Carol Delaney, antropólogo cultural na Universidade de Stanford, concluiu que Colombo era um homem profundamente religioso cujo objetivo era navegar para a Ásia para obter ouro, a fim de financiar uma cruzada para retomar Jerusalém e reconstruir o Templo Santo para os Judeus.

Estudiosos apontam para a data em que Colombo partiu como mais uma evidência dos seus verdadeiros motivos. Ele inicialmente estava programado para partir no dia 2 de agosto de 1492, que coincidia com o feriado judaico de TishB'Av, que marca a destruição dos Primeiro e Segundo Templos Sagrados de Jerusalém. Colombo adiou esta data por um dia, para evitar embarcar no feriado, o que teria sido considerado pelos judeus como um dia de azar para zarpar. (Coincidentemente ou significativamente, foi a mesma data que foi estabelecida para que os judeus, por lei, se convertessem, saíssem da Espanha ou serem mortos).

A viagem de Colombo não era como comumente se acredita, financiada pela rainha Isabella, mas sim por dois conversos judeus e um proeminente judeu. Louis de Santangel e Gabriel Sanchez adiantaram um empréstimo sem juros de 17.000 ducados dos seus próprios bolsos para ajudarem pagar a viagem, assim como Don Isaac Abravanel, rabino e estadista judeu.

Na verdade, as duas primeiras cartas que Colombo enviou na sua viagem não eram para Fernando e Isabella, mas para Santangel e Sanchez, agradecendo-lhes pelo seu apoio e dizer-lhes o que ele havia descoberto.

Enquanto testemunhamos o derramamento de sangue em todo o mundo em nome da liberdade religiosa, é importante se ter outro olhar para o homem que navegou os mares em busca de tais liberdades –desembarcando em um lugar que iria se realizar esse ideal, nos seus fundamentos mais importantes.”

Por Davis Benzecry*

 

O texto revelador de Benzecry nos leva a mais perguntas, mais dúvidas, mais leituras.

E aí fica a questão: quando a História será contada sem falhas, mistérios, lacunas?

 

 

*Reproduzimos aqui trechos atribuídos a Davis Benzecry recebidos de amigos por canais de comunicação digital.

 

FONTES:

 

https://www.bbc.com/portuguese/geral-50028627

https://www.cm-cuba.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=89&Itemid=884

https://www.cm-cuba.pt/ficheiros/CristovaoColon/Desdobrav_Colon.pdf

https://pt.wikipedia.org/wiki/Teorias_sobre_a_origem_de_Crist%C3%B3v%C3%A3o_Colombo

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-50464995

 https://laranjeira.com/artigos/colon/index.html#.Y0syC3bMJ1s


segunda-feira, 12 de setembro de 2022

VOCÊ SABIA? - A arte saqueada pelos nazistas

 

Nova York – Mostra de Arte Saqueada pelos Nazistas contou uma história judaica perdida e agora recuperada.

Por Itanira Heineberg


“Afterlives: Recovering the Lost Stories of Looted Art”

Exposição 20 de agosto de 2021 a janeiro de 2022


Detalhe de "Purim", de Marc Chagall, pintado por volta de 1916-1917. (Philadelphia Museum of Art, Filadélfia. © Artists Rights Society (ARS), Nova York / ADAGP, Paris/ Museu Judaico NYC)

Esta tela vibrante de Chagall foi retirada do museu alemão de Essen como uma obra degenerada, mas misteriosamente passou às mãos de um colecionador de arte em Berlim, membro do partido nazista.


Você sabia que durante a Segunda Guerra os nazistas, com determinação e disciplina, saquearam um número incontável de obras de arte e peças de domínio cultural para enriquecer o futuro Terceiro Reich e apagar os rastros da identidade e cultura judaica?

Ainda que um número exorbitante de peças esteja faltando, mais ou menos um milhão de obras de arte e dois milhões e meio de livros já foram recuperados até o momento.

O objetivo desta mostra em Nova York foi trazer à luz um assunto pouco conhecido da história: o saque das obras de arte e de objetos culturais dos judeus pelos nazistas, a desaparição dos mesmos e a consecutiva reaparição em locais de destaque, museus e galerias, encantando a todos - porém sem revelar suas verdadeiras e tristes narrativas.

Assim, 75 anos após o fim da guerra, tivemos 53 telas de arte e 80 objetos cerimoniais expostos no Museu Judaico de Nova York.


Materiais recuperados pela Jewish Cultural Reconstruction, Inc. em armazenamento no Museu Judaico por volta de 1949.

(Arquivos do Museu Judaico, Nova Iorque)


A mostra conta o trajeto das obras em meio à violência da guerra e relata em minúcias o resgate complicado, quando possível, de cada uma delas.


Henri Matisse – 1939 - “A garota de amarelo e azul com guitarra”


Duas telas de Matisse enriqueceram a exposição; a da foto acima com a garota e “As Margaridas”, tentando contar suas histórias e percalços até chegarem à mostra.

“A garota de amarelo e azul...” estava pendurada na sala da casa de Hermann Goering, no sudoeste da Alemanha, onde foi encontrada no final da guerra. Em 1942 o curador de arte Gustave Rochlitz a sequestrou do Museu Jeu de Paume, Paris, a mando de Goering.

A tela “As Margaridas” estava em Paris.

E não foram só estas! 600 mil obras foram roubadas dos judeus: além da tentativa de morte de um povo, a morte também de sua cultura e tradição.

A exposição tenta acordar o mundo, contar uma história quase incontável se levarmos em conta o pouco número de sobreviventes em condições e idade de lutar por seus direitos e pertences. Mas a Cultura Judaica sobreviveu, frutificou e resistiu à tragédia do Holocausto.

Paul Klee, Gustave Courbet, Camile Pissaro, sem esquecer da Dama Dourada de Paul Klimt.

Todas estas notícias e descobertas surpreenderam os visitantes. Algo devia ser feito para conscientizar as pessoas, trazendo luz ao Mal menos conhecido e difundido do Holocausto.

 

Placa de Seder Hierárquica (bandeja em camadas) – Polônia - séc.XVIII – XIX


Ciente de que os nazistas saqueariam a grande sinagoga de Danzig, a comunidade judaica encaixotou seus objetos rituais valiosos, ouro e prata, e enviou 10 arcas para o Seminário Teológico Judaico de Nova York. Em 1954 as peças foram devolvidas aos seus verdadeiros donos.


Bernando Strozzi, 'Um Ato de Misericórdia: Dando Bebida aos Sedentos' pintado na década de 1620. (John and Mable Ringling Museum of Art, o State Art Museum of Florida, Florida State University, Sarasota/ Jewish Museum NYC)


“Legisladores da cidade de Nova York descobriram: as pesquisas   mostraram que os nova-iorquinos mais jovens não sabiam dos fatos básicos sobre o genocídio. Uma pesquisa de 2020 da Conferência de Reivindicações, que representa os judeus que buscam compensação pelo Holocausto, constatou que 60% dos nova-iorquinos não sabiam que seis milhões de judeus foram assassinados; 58% não poderiam nomear um único campo de concentração; 19% acreditavam que os judeus causavam o Holocausto; e 43% não sabiam o que era Auschwitz.”


“Batalha na Ponte” – Claude Lorrain

Tela vendida sob coação e reservada para o futuro museu pessoal de Hitler, que nunca veio a existir.



Em agosto 2022 a governadora do estado de Nova York Kathy Hochul assinou um trio de projetos de lei do Holocausto, incluindo um que exige que museus rotulem obras de arte saqueadas sob o regime nazista.”


Tropas americanas encontram uma coleção inestimável de arte saqueada escondida no Castelo de Neuschwantstein em Fussen, perto da fronteira suíça na Áustria, maio de 1945.



A nova Lei Estadual de Nova York está exigindo de seus museus que rotulem as obras de arte saqueadas, contando aos visitantes sobre a dor e tristeza daqueles que as possuíam ao perdê-las assim como ao perder suas casas, suas vidas, suas identidades.

Desde 1994 a educação sobre o Holocausto tornou-se matéria obrigatória nas escolas do estado, mas pelo que se viu nas pesquisas realizadas esta demanda não está sendo muito eficiente.

Os principais museus de arte da cidade - Met, MAM, Guggenheim - têm em mente aplicar a lei no intuito de diminuir este fluxo ilegal.

O que faria um curador de arte ao receber telas sequestradas famosas dos mais famosos pintores em troca de benefícios fiscais?

Esta exposição representou um lembrança funesta da história da arte saqueada durante o Holocausto e contou ao mundo insensível, que não quer ver nem ouvir, mais uma página de atribulação e injustiças do Povo Judeu.


“As Margaridas” – Henri Matisse – 1939



FONTES:

https://www.timesofisrael.com/nyc-exhibit-of-nazi-looted-art-tells-a-tale-of-jewish-loss-and-recovery/

https://www.timesofisrael.com/new-york-law-on-nazi-looted-art-aims-to-shine-light-on-lesser-known-holocaust-evil/?utm_source=The+Daily+Edition&utm_campaign=daily-edition-2022-09-02&utm_medium=emailrecovery/