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terça-feira, 26 de dezembro de 2017

VOCÊ SABIA? - CHANUKÁ

Você sabia que há 22 séculos, o povo de Israel correu o grande risco de ter sido definitivamente exterminado e eliminado da face da terra pela ação do império Sírio-Grego?


Revolta dos Macabeus - História Judaica - Aula 29    C.J.Shaarei Shalom

Naquela época, a Judeia estava sob o domínio sírio-grego e o cruel rei Antíoco fazia tudo para humilhar e derrotar o povo de Israel.

No intuito de acabar com o Judaísmo e fazer com que o Helenismo fosse aceito e incorporado pelos judeus, Antíoco lançou mão de várias estratégias, como:

- proibir a leitura e o estudo da Torá;
- censurar o cumprimento dos mandamentos;
- banir a circuncisão dos meninos;
-  e finalmente profanar o templo sagrado ao colocar ali uma estátua de Júpiter.

Os exércitos de Antíoco eram poderosos, numerosos e ferrenhos.
Mas os Macabeus, um grupo de judeus corajosos, não numerosos mas perseverantes e decididos a não entregar sua terra, resistiram valorosamente escondendo-se nas montanhas e atacando os inimigos em rápidas e traiçoeiras emboscadas, guerrilhas e outros embates, e ao cabo de 3 anos conseguiram expulsar as forças de Antíoco.


A História de Chanucá / Revista Virtual Herança Judaica

Uma vez vencida a armada mais ponderosa da Antiguidade, os Macabeus libertaram Jerusalém, expurgaram o Templo Sagrado e reacenderam o candelabro de sete braços usando o único jarro de azeite não profanado pelos inimigos, encontrado em meio aos destroços e objetos maculados.
Este jarro possuía azeite impoluto com capacidade para acender a Menorá (candelabro) por um dia, mas para produzir-se mais azeite puro eram necessários oito dias.

O candelabro foi aceso mas, milagrosamente, durou oito dias, quando então o azeite ritualmente puro ficou pronto.

Segundo a Torá, o número oito simboliza o sobrenatural, o milagre.
Este foi mais um milagre de Chanucá, pois o primeiro foi a vitória dos Macabeus sobre o exército imbatível de Antíoco.

Ensina a revista Morashá de dezembro de 2017:

"Esta vitória militar significou a sobrevivência do Judaísmo e, por conseguinte, do Povo Judeu. A festa de Chanucá, portanto, não é apenas a celebração de milagres. Comemora, também, a eternidade da Torá e do Povo de Israel."



"Os judeus venceram os greco-sírios na batalha travada em Chanucá, mas sua luta espiritual continua até os nossos dias. A sociedade ocidental se alicerça nos fundamentos de duas culturas - a judaica e a grega. Ambas valorizavam a mente humana e ambas atingiram o ápice intelectual de seu tempo. Mas, para o judeu, há algo que em muito supera o intelecto humano e que tem importância muito maior do que nossas próprias ambições, conquistas e prazeres. E este Algo é D'us, Todo-Poderoso; Ele que é o Criador, Soberano e Juiz de todo o mundo."

FONTES

Este texto é uma colaboração de Itanira Heineberg para o EshTá na Mídia.


A Festa De Chanucá - Ensinando de Sião

Ocupação Síria - Pintura de Annie

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

EDITORIAL: AS FESTAS DAS LUZES – NOITES ILUMINADAS

21 de dezembro de 2017

 
Cidade de Haifa comemorando as FESTAS das LUZES - 2018
cedido pela Morá Yardena Yahav, moradora de Haifa, Israel.

EshTáNaMídia: uma aventura bem sucedida que vem dando oportunidade de interagir com todos e todas. Neste último Editorial do ano queremos, além de comentar um pouco a respeito das FESTAS das LUZES, agradecer a todos que nos acompanharam.

Em dezembro as cidades brasileiras preparam-se para as festas de fim de ano. As ruas ficam iluminadas e nos lares cristãos as árvores de Natal são montadas e acesas. Um espírito maravilhoso paira sobre São Paulo e de alguma forma nos sentimos envolvidos pela busca de momentos em família e pela busca de um mundo com mais paz. Assim, a data extrapola o seu significado religioso, ou melhor, o significado religioso do Natal abraça a nossa cidade.

Para os judeus, é o mês em que se comemora a Festa de Hanuka - que dura 8 dias e neste ano acabou na última terça-feira, 19 de dezembro. O famoso candelabro de 8 braços e mais uma vela adicional (o Shamash, ou vela auxiliar) são acesos de forma lenta, uma vela a cada dia, para que sejam lembrados os dias em que o Templo de Jerusalém, que havia sido ocupado pelos gregos e onde foi erguida uma enorme estátua de Zeus, foi recuperado pelos Macabeus - e o pouco óleo que serviria só para uma noite conseguiu manter o candelabro aceso por 8 noites. Durou até que o novo óleo fosse produzido. A Cidade Velha de Jerusalém, há milênios, é iluminada nestes dias (bem, é claro que isto não ocorreu entre 1948 e 1967, quando foi proibido que os judeus entrassem ali). Este ano, uma linda dança de luzes iluminou a Muralha da Cidade Velha.

Festival das Luzes em Jerusalém 2018: O Sevivon (peão) girava e as letras que aparecem são N (ness, milagre), GUE (gimel, Gadol, grande), H (hei, haia, aconteceu), P (pei, Pó, aqui)  - Um grande milagre aconteceu aqui. Imagens cedidas por Eva Cialic.

Luzes iluminando dois mundos que se unem. Luzes que parecem ter significados diferentes, mas que representam uma alternância em relação às trevas. Colocamos o termo alternância e não substituição porque todos sabem que a noite e o dia, o claro e o escuro, compõem o dia. Manter um ambiente muito iluminado o tempo todo cega! Manter um ambiente totalmente escuro impede a visão! Assim, a diversidade e os pontos de convergência são o tempero que permite à vida humana ter significado.  As duas festas, os dois momentos de celebração, são inclusivos e têm um olhar voltado para a Paz – Shalom. 


Em seu livro “Gold from the Land of Israel” (2011, Smashwords Edition, e-book), o Rabino Chanan Morris recupera os escritos do Rabbi Abraham Isaac HaKohen Kook (1865-1938), que nasceu em um vilarejo da Letônia no dia 7 de setembro de 1865. Rav Kook foi o primeiro Rabino Chefe Ashkenazi do Mandato Britânico da Palestina e, mesmo sendo um ortodoxo sua casa sempre esteve aberta para todos os judeus. Era um grande estudioso da Torah e neste livro são recuperadas suas considerações sobre as formas como a Paz são referidas ou desejadas na Torah (cinco livros de Moisés). Quando Moisés despede-se de seu sogro Yetro e retorna para o Egito, este, um sacerdote dos Midianitas, abençoa o genro dizendo “Lech LE Shalom” “vá PARA a Paz”; e não da forma como todos fazem “Lech BE Shalom”; “vá EM Paz”. Esta forma foi como o Rei David saudou seu filho Absalom, que foi enforcado.


Sem abusar do nosso espaço e tempo no final deste ano, trazemos o resumo descrito no livro acima: Os caminhos da vida são caminhos que buscam a Paz. Este é o objetivo maior. Não pode ser perdido, mesmo que distante, mesmo que fora do alcance de nosso olhar. Vá Para a Paz – Viva em Busca da Paz – Encontre o seu caminho e seja este um dos caminhos que possam trazer a Paz para cada um de vocês e para todos. Esta caminhada é a que leva ao momento em que se Vai em Paz.


Até 2018, Lech Le Shalom – Vá Para a Paz.

Regina P Markus

Marcela Fejes
Juliana Rehfeld






A Conferência da Organização Islâmica na Turquia - Isaac Averbuch

13th Organization Of Islamic Cooperation Summit In Turkey



"Nenhuma coletividade humana cultiva o ódio tão intensamente quanto os muçulmanos. Eu poderia dizer que é um dos traços principais da sua cultura. A violência política e/ou religiosa é um aspecto marcante em qualquer país onde há presença significativa de muçulmanos. Onde são maioria, mesmo que num subúrbio de Londres ou Paris, não há liberdade religiosa. Odeiam outros muçulmanos - xiitas e sunitas matam-se há 14 séculos disputando a primazia da herança teológica de Maomé. Odeiam o Ocidente e tudo que ele representa em termos de liberdade, civilização, ciência e arte. Imigrantes recebidos de braços e portas abertas, têm sido pródigos em atentados e motins nas cidades europeias num fenômeno que os ocidentais não conseguem e não conseguirão entender enquanto não se derem conta que muçulmanos não se regem pelas formas que consideramos civilizadas e humanistas de convivência e tolerância. Entre muçulmanos proliferam grupos terroristas e indivíduos solitários que praticam terror por conta própria. Estados muçulmanos financiam o terror há décadas e são os únicos que fazem isso desde o fim da URSS. Pretextos não lhes faltam para explodir, atropelar, esfaquear, metralhar, sequestrar. Aliás, nem de motivo real precisam. A criatividade que lhes faltou nos últimos séculos nas artes e na ciência lhes sobra quando se trata de atacar qualquer alvo que lhes interesse.

Mas nenhum ódio é cultivado por eles com tanto afinco quanto o ódio a Israel, que incutem em suas crianças desde o jardim de infância. Só esse ódio tão feroz é capaz de mobilizá-los para uma conferência de cúpula como a que ocorreu esta semana em Istambul, a convite do ditador turco, depois que os EUA reconheceram Jerusalém como capital de Israel. A Europa acovardada, com sua tendência suicida, contribuiu ao deixar os EUA isolados, o que deu força à corja de ditadores para encontrar um discurso unificado tão hiperbólico quanto desprovido de senso e autocrítica. Pareciam tão inebriados pelo próprio ódio que perderam completamente qualquer resquício de vergonha que poderiam ter. Não há um único país democrático em todo o mundo islâmico. Será só coincidência? Mas eles, e especialmente o neo-sultão turco, não se envergonharam em vomitar as mentiras mais cabeludas contra Israel, que seriam verdades absolutas se aplicadas às suas ditaduras e monarquias absolutistas de caráter feudal.

Para espanto de qualquer pessoa com o mínimo de informação, eles afirmaram que a decisão americana seria uma "sabotagem deliberada de todos os esforços visando chegar à paz, uma ação que alimenta o terrorismo e ameaça a paz e a segurança no mundo". Hã???? então admitem que há terrorismo islâmico (o que a Europa apavorada se recusa a dizer com clareza)??? E quem financia e apoia esses terroristas, não são exatamente os mesmos países que estavam na tal conferência, como Irã, Qatar e Turquia? e onde nascem esses terroristas, senão na Arábia Saudita, Líbano, Afeganistão, Paquistão, entre outros antros de proliferação de terror? quem financia as madrassas onde o radicalismo religioso e assassino é incutido nos jovens? e o Hamas, lançando foguetes, por acaso está fazendo "esforços visando chegar à paz" com Israel? 

O texto da declaração amalucada dos ditadores afirma que a decisão americana é ilegal e que está encerrada a participação americana como mediadores do conflito árabe-israelense. Como assim, o Congresso americano se submete aos sultões, ditadores, xeques e chefes tribais mais atrasados do planeta? e quem eles pretendem colocar no lugar dos EUA? a ONU, que eles controlam e está totalmente desmoralizada? a última vez que governos árabes falaram em nome dos palestinos foi em 1948. O resto é história. O futuro dirá que sucesso terão.

Dizem ainda que Israel pratica limpeza étnica e apartheid. Nada pode ser mais absurdo, mas essa mentira nem é nova. Só gente muito ignorante ou antissemita militante lhes daria crédito, principalmente se lembrarmos como a Turquia trata os curdos (o mesmo vale para a Síria, Iraque e Irã, onde tb há numerosos curdos).

Seguindo na linha das declarações tresloucadas, o déspota turco afirmou que Israel é um país de ocupação e terror, que tortura pessoas desarmadas e como "prova" exibiu na conferência a foto de UM adolescente palestino com olhos fechados, cercado por militares israelenses. A fabricação de fotos propagandísticas forjadas por palestinos já é uma tática manjada, mas eventualmente a foto é verdadeira. Mas é de uma hipocrisia e falta de senso de ridículo ímpar qualquer líder islâmico criticar torturas, algo mais que corriqueiro em países onde direitos humanos, justiça e liberdade são anátemas. Aliás, as prisões turcas, onde o déspota encarcerou mais de 100 mil supostos adversários políticos sem julgamento ou acusação formal, são sucursais do inferno muito bem descritas no filme Expresso da Meia Noite. Um país que tem o histórico genocida da Turquia (e não me refiro apenas aos armênios), apoiou o clandestinamente o Estado Islâmico, apoia o Hamas, e ocupa parte de Chipre há décadas (algo que poucos sabem ou recordam), vem falar em "terror", "ocupação", "tortura"???? Erdogan, cinismo é seu nome.

A fúria do ditador turco lhe embota totalmente as ideias. Ele afirma que "basta dar alguns passos por Jerusalém para perceber que ela é uma cidade ocupada"... a realidade é exatamente o oposto. No período em que esteve sob controle muçulmano, os monumentos religiosos e históricos da Cidade Velha foram depredados e a prática religiosa de não muçulmanos foi drasticamente restringida (como é padrão em todo o mundo islâmico). As sinagogas demolidas ou incendiadas foram 58, e os judeus foram proibidos de rezar no Muro das Lamentações, convertido num depósito de lixo. O mais antigo cemitério judaico do mundo (com 3.000 anos) teve as lápides arrancadas para que servissem de material de construção. Os cristãos também sofreram restrições de acesso aos seus locais sagrados. Hoje Jerusalém está verdadeiramente liberta, onde até os mais fanáticos muçulmanos podem livremente destilar seu ódio contra o país onde gozam de mais liberdade em todo o mundo.

Erdogan acusa Israel de "atirar crianças em prisões".... deve ter esquecido que as "crianças" a que ele se refere são usadas pelas lideranças muçulmanas para se explodir. Já houve casos até de crianças com deficiência mental que foram detidas carregadas de explosivos e que tinham sido convencidas (sabe-se lá como) a levar bombas amarradas ao próprio corpo. Será que ele não sabe que as crianças palestinas e nos países árabes, em geral, são doutrinadas desde a mais tenra infância a odiar Israel e ouvir as mais escabrosas mentiras sobre o "inimigo sionista" que elas precisam destruir? Ele parece não saber também das centenas de crianças feridas na guerra da Síria que Israel ajuda a salvar nos seus hospitais, mesmo sem ter nada a ver com um conflito tão selvagem, onde muçulmanos matam uns aos outros numa insaciável sede de sangue.

Na mesma conferência, aquele que o papa chamou "homem da paz", Mahmoud Abbas, além de pedir sanções econômicas contra os EUA (pasme-se!) disse que a decisão de Trump "estimulará grupos extremistas a transformar um conflito político em religioso". E prosseguiu o "homem de paz": "que assim seja, o mundo sofrerá as consequências e deve assumir a responsabilidade". Assim é o pacifista Abbas: um apelo à paz, à moderação, uma condenação ao extremismo e ao terrorismo? De forma alguma. Cai a máscara do sucessor de Arafat, que ameaça o mundo, dá aval ao terrorismo e já tem pronto o discurso de legitimação dos seus crimes. E esse é o palestino moderado....

Alguém desavisado poderia pensar que todo esse palavrório tão mentiroso quanto agressivo é em solidariedade aos palestinos, aos "irmãos de fé", que se encontrariam oprimidos. Nada mais distante da verdade. Não existe solidariedade ou humanitarismo no mundo islâmico. NENHUM PAÍS muçulmano se dispôs a aceitar refugiados da guerra da Síria como imigrantes. Muito poucos os receberam em campos de refugiados. Há uma minoria muçulmana em Myanmar sendo vítima de tudo de que o manda-chuva turco acusa Israel (limpeza étnica, torturas, expropriações, apartheid), mas NENHUM país islâmico protestou. Quem falou em defesa deles foi o papa, o "idólatra" desprezado pelos muçulmanos. Vejam o vídeo abaixo e observem o silêncio ensurdecedor dos países islâmicos e depois podem se perguntar porque tanto barulho em favor dos palestinos que teriam o seu país e levariam vidas perfeitamente normais se seus dirigentes não trabalhassem há 70 anos para destruir Israel. 

Solidariedade com os palestinos? não é com os árabes ou muçulmanos. A ONU tem duas agências para cuidar de refugiados: uma cuida de refugiados de todas as guerras do mundo, exceto uma. Essa exceção é o conflito árabe-israelense, que tem uma agência só para cuidar dos refugiados palestinos, a UNRWA. Quem tiver a curiosidade pode procurar o orçamento dessa agência (que é muito maior que o da outra agência) e descobrirá que ela é praticamente toda financiada pelos EUA e Europa Ocidental. Em todo o mundo islâmico, só o Qatar dá uma contribuição, e pequena. Os países que vociferaram tanto em favor dos palestinos na Turquia lhes oferecem armas, bombas, apoio diplomático e logístico para o terrorismo. Mas doações para educação, saúde e alimentação, os palestinos só recebem dos países governados pelos "infieis" do Ocidente. Permitir a absorção dos palestinos nos países onde ainda há campos de refugiados? Nem pensar. 

Alguns se perguntarão se, talvez, o que moveu tantos líderes muçulmanos (mais de 50 - o único país ausente foi o Iêmen, cujo presidente foi assassinado há poucos dias) para a conferência em Istambul não seria o fervor religioso pelo elevado significado que Jerusalém teria para eles? A resposta é não. Durante 19 anos (entre 1948 e 1967) Jerusalém esteve sob controle jordaniano e, com exceção do rei da Jordânia que esteve lá por algumas horas, NENHUM chefe de Estado muçulmano jamais pisou lá.

Por esses fatos, é possível perceber que o que move as lideranças islâmicas não é a defesa dos palestinos ou o fervor religioso por Jerusalém, mas o ódio a Israel, o antissemitismo virulento cultivado há séculos e sintetizado na amizade entre o mufti de Jerusalém (tio de Arafat) e Hitler.

Essa conferência na Turquia teve um ar de deja vu. Há cinquenta anos houve uma conferência semelhante, em Kartoum, logo após a Guerra dos Seis Dias. Lá foi aprovada uma declaração que ficou conhecida como "os Três Nãos": NÃO ao reconhecimento de Israel; NÃO À Paz com Israel e NÃO a negociações com Israel. A grande diferença daquela época é que no governo do Egito havia um protótipo de genocida (Nasser) e a Arábia saudita não se sentia ameaçada pelo Irã. A Turquia e o Irã, que não são países árabes e não participaram da reunião, eram países em busca da modernidade, ao passo que hoje, enquanto ameaçam Israel, encaminham-se para as trevas. De todo modo, a tal conferência não impediu que doze anos depois Israel e Egito firmassem um tratado de paz e quinze anos mais tarde fosse a vez da Jordânia. O Egito foi expulso da Liga Árabe (anos depois retornou) e Sadat pagou com a vida a ousadia de rejeitar o ódio, mas a paz perdura até hoje.

Quem acompanha a história recente do Oriente Médio sabe que os líderes muçulmanos tem o costume de lançar discursos virulentos para insuflar as suas multidões, mas têm tantos problemas reais que não podem se dar ao luxo de tratar dos problemas imaginários. Além disso, entre eles há um grande conjunto de países miseráveis, totalmente alheios ao que se passa no Oriente Médio e cuja contribuição a essa aliança que o tirano turco pretende liderar se resume a votos contra Israel na ONU, coisa que já fazem há décadas, mesmo sem qualquer ter motivo real para isso. Dias se passaram e das profecias apocalípticas nada de prático se concretizou: ninguém rompeu relações ou retirou embaixadores dos EUA; as manifestações nas ruas foram muito tímidas se pensarmos no que a imprensa vaticinou que aconteceria. Aos poucos a vida seguirá, com Israel tendo os inimigos que sempre teve e sobrevivendo a eles como sempre fez. Os países árabes mais importantes para Israel (Egito, Jordânia e Arábia Saudita) ficaram praticamente em silêncio. Os dois primeiros têm acordos de paz e não vão prejudicá-los em nome de palestinos que só lhes trouxeram problemas e a Arábia Saudita, depois que Obama deu o aval e os meios para a bomba nuclear iraniana, sabe que, em poucos anos, pode ter que contar com Israel para defender-se do Irã."

Isaac Averbuch

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Festival das Luzes de Jerusalém



O Festival das Luzes de Jerusalém acontece anualmente e reúne artistas de Israel e do mundo. As suas instalações coloridas iluminam a cidade velha de Jerusalém e são admiradas por milhares de visitantes todos os anos.

Confira no belo vídeo abaixo.




segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Egípcios ameaçam banir judeus de sinagoga



O jornal Egípcio El Fagr reportou que Sherif Jadalla, um advogado e coordenador do Revolutionary Lawyers Movement, registrou queixa no tribunal do distrito de Attar solicitando o banimento de qualquer judeu na sinagoga de Alexandria e a autorização para que muçulmanos façam as suas cinco orações diárias no local.

Confira abaixo a notícia original, que também pode ser acessada clicando aqui.







Sunday, December 10, 2017

Egypt's el Fagr reports that an Alexandria lawyer and coordinator of the Revolutionary Lawyers Movement, Sherif Jadallah, has filed a complaint with the Attar District Court demanding the banning of any Jew from entering the Great Synagogue in Alexandria and allowing Muslims to perform the five daily prayers inside the synagogue.

Jadallah says this has nothing to do with the US recognizing Jerusalem as Israel's capital. Instead, he claims it is a response to Israel banning Muslims from the Al aqsa Mosque for a few days earlier this year after three terrorists used it as a base to murder Jews.

"The Jewish religious intransigence and persecution of Muslims must be met with a clear popular legal response to the prohibition of Jewish religious rituals and to allow us to perform Islamic religious rites within their Jewish temples," Jadallah said, in accordance with what he laughably called a principle in international law called "reciprocity."

The lawyer is targeting December 29th to ban Jewish worship in the synagogue and allow Muslims to take it over.

Now that there are nearly no Jews in Egypt, the country has been spending money to restore their old synagogues - for tourists, but not for prayer.

I'm sure that Muslims who claim that they have nothing against Jews will write irate articles about this in the Arabic press.

10 fatos sobre a paz entre Israel e Egito (celebração dos 40 anos de paz)


A paz traz consigo muitos benefícios. No caso de Israel e Egito, contribuiu para a estabilidade e prosperidade de toda a região, como bem ilustra o vídeo que legendamos.



VOCÊ SABIA? - Amato Lusitano

Você sabia que Amato Lusitano, um médico judeu português do século XVI, realizou uma ousada e inovadora façanha para sua época dissecando 12 cadáveres humanos e animais na presença de professores e de Giambattista Canano, chefe da cátedra, na Universidade de Ferrara, Itália?

“A Lição de Anatomia do Dr. Tulp” (1632, Haia, Mauritshuis)

Amato Lusitano, cujo verdadeiro nome era João Rodrigues de Castelo Branco, nasceu em 1511 descendente da família de marranos Chabib (Amatus = Beloved em latim) e foi educado na fé de seus ancestrais.

Formou-se com distinção como M.D. na Universidade de Salamanca em 1532, mas com receio da Inquisição galopante em Portugal e movido por sua curiosidade científica viajou para Bélgica, Holanda e França - e com sua bagagem médica enriquecida após tantas experiências, instalou-se na Itália onde trabalhou como médico assistente de Giambattista Canano ensinando anatomia humana.

Estudou latim e procurou entender línguas como castelhano, grego, hebraico, árabe, francês, italiano, inglês, alemão e assim interpretou obras de Avicena, Rasis, apontamentos de Galeno, entre outros textos médicos.

Amato ficou conhecido por manipular medicamentos químicos, escreveu dois compêndios sobre este assunto e um manuscrito de receitas químicas.
Também redigiu sobre a púrpura e as plantas medicinais das ilhas de São Tomé e da Madeira.
Ao longo de seu trabalho de médico produziu uma coleção sobre medicina conhecida como Centúrias, num total de 7 livros.

Sua fama levou-o a tratar da sobrinha do papa Julius III em Veneza.

Voltando ao assunto inicial desta coluna - o estudo de cadáveres, esta é uma prática muito antiga, datando já do século V A.C. no sul da Itália. Alcméon de Crotona iniciou a dissecação de animais para, por extensão, estudar o interior do ser humano.
Os primeiros registros de dissecação em seres humanos datam do século II AC, em Alexandria.

Também neste século, Galeno, médico das arenas de gladiadores em
Roma, estudou os animais para, por associação, descobrir o funcionamento dos órgãos do corpo humano.
Por três séculos a escola de Galeno perdurou por toda a Europa.
Com a queda do Império Romano e a ascensão da Igreja Cristã aquelas atividades foram reprimidas, proibidas e consideradas hediondas.
Após uma estagnação de 700 anos, em Salerno foi fundada a primeira Universidade de Medicina, que presenteou o mundo com os antigos estudos e descobertas de Galeno.
Muitos se interessaram pelo assunto e se dedicaram às pesquisas com gosto e entusiasmo, porém havia um problema: os cadáveres duravam, em média, 48 horas.
Um dos grandes entusiastas pelo assunto foi Leonardo da Vinci que produziu trabalhos sobre a arte de dissecar cadáveres humanos.

Segundo alguns biógrafos, foi em 1551 que João Rodrigues de Castelo Branco, ou Amato Lusitano, na presença do catedrático Canano e com sua ajuda, efetuou a famosa dissecação de 12 cadáveres perante uma platéia de médicos, encontrando na abertura da veia ázigo, na veia cava, válvulas que impediam o regresso do sangue.

“Desenvolveu o seguinte procedimento clínico: cortou a veia cava na parte superior e soprou para a inferior usando uma cânula. Notou que toda esta parte se entumecia, assim como a ázigo, não sucedendo o mesmo quando esta última era cortada e se soprava antes por ela. Durante algum tempo esta descoberta foi atribuída a Canano, provavelmente devido a uma interpretação errada do texto latino de Amato, onde se lê que Canano, ‘o anatómico distinto, achando-se presente na assembleia de sábios, viu também as válvulas’. Mais tarde e, por alguns autores ainda hoje, ela é atribuída ao italiano Fabrício d’Acquapendente (1537-1619), uma vez que vários médicos famosos não confirmaram, nas suas observações, a existência, reclamada por Amato e Canano, dessas válvulas.”

Se observarmos as datas, e se elas forem precisas, é pouco provável que Acquapendente, nascido em 1537, estivesse presente na aula de anatomia de Amato e Canano.


Hospital Amato Lusitano, Castelo Branco, Portugal


“Estátua de João Rodrigues, Amato Lusitano, no centro de Castelo Branco, no jardim baptizado com o seu nome. Algumas das plantas referidas nas suas  terapêuticas foram plantadas nesse jardim.”



Com a Inquisição no seu encalço, Amato viveu e exerceu sua profissão em Pesaro, em Ragusa, hoje Dubrovnik, e finalmente em Tessalônica, hoje Salônica, onde finalmente sentiu-se a salvo em terras do sultão da Turquia.

Além de sua paixão pela anatomia humana e pelas plantas terapêuticas, Amato foi sempre um médico dedicado aos seus pacientes, ouvindo-os com paciência, e acreditava que cada ser era diferente, que os males que os afligiam tinham origens e causas variadas e como exemplo, certa vez estudou as doenças dos trabalhadores de seda ao atender a Família Vizinho.

Em Salônica veio a falecer aos 57 anos de idade, vítima de uma peste avassaladora que ele, com seus conhecimentos, sua dedicação a cada paciente e sua companheira de vida, a fé científica, combatia arduamente.


FONTES

en.m.wikipedia.org




quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Pilar Rahola - Como se atrevem estes judeus loucos considerar a capital de Israel, capital de Israel?

A escritora e jornalista Pilar Rahola dedicou três artigos imperdíveis a Jerusalém, capital do Estado de Israel e, e a seu reconhecimento por parte dos Estado Unidos. Reproduzimos abaixo um deles, intitulado "Como se atrevem estes judeus loucos considerar a capital de Israel, capital de Israel?".

Cómo se atreven estos judíos locos a considerar que la capital de Israel, es la capital de Israel?”
A la ignorancia y al prejuicio, cabe añadir la hipocresía. Esa es la triple constante que mueve la reacción contra Israel, cada vez que protagoniza la noticia. Lo que pasa sobre este pequeño país, no pasa con ningún otro, ni tan siquiera con aquellas tiranías indecentes que esclavizan, reprimen y matan.
No solo porque es la única nación que sufre violencia desde el día uno de su existencia, y el único miembro de la ONU amenazado con la destrucción por otro país miembro, sino porque a Israel todo el mundo se atreve a decirle cuál es su capital, cómo debe gobernarse y cómo defenderse. ¿Se imaginan esa arrogancia respecto a otros países con conflictos abiertos o con guerras declaradas? ¿Se imaginan a la ONU diciéndole a Irán cómo debe actuar? Pero si ni tan solo le ha pedido explicaciones por su implicación en el doble atentado en Buenos Aires, plenamente demostrado por el fiscal Nisman, al que después alguien “suicidó” adecuadamente. O, ¿Se imaginan a Rusia puesta en la picota por las armas nuevas que está probando, con total impunidad, en la guerra de Siria? Y, ¿Qué me dicen del bueno de Erdogan con su pequeña represión por doquier, o de la guerra desalmada que Arabia Saudita está perpetrando en el Yemen?
Alguien, de todos los alguien que ponen en discusión todo lo que hace Israel e, incluso, cuestionan su propia existencia, ¿Se pregunta por qué existe Qatar, o Emiratos, o cualquier otro país nacido hace dos días, fruto de los intereses geopolíticos europeos? ¿A alguno de estos alguien les exige una capital distinta a la propia, a pesar de que ninguna de ellas tenga el pedigrí milenario que tiene Jerusalén para el pueblo judío? Y por preguntar, en el camino de cuestionarlo todo, ¿Alguien les dice a las organizaciones palestinas cómo deben gobernarse, les afean su represión masiva a los disidentes, sus acciones terroristas, su corrupción endémica, felizmente surgida de la ayuda internacional? Para nada. Sobre el conflicto que vive y sufre Israel, la defensa siempre es unilateral, la crítica se convierte en demonización, y la hipocresía en una evidente forma de desprecio. Al mismo tiempo, nunca se pone luz a los logros, a los intentos de pacto, a las renuncias, a los avances científicos y tecnológicos, a la solidez de su democracia. Es una especie de crítica en negro, sin blanco, ni matiz, perpetrada por aquellos que acumulan miserias sin descanso.

Ahora toca sesgarse las vestiduras por Jerusalén. ¿Cómo se atreven, estos judíos locos y este loco yanqui a considerar que la capital de Israel, es la capital de Israel? ¿Qué son tres mil años de nada, ante el griterío del mundo islámico, siempre tan dado a venderse como víctimas, ellos, tan a menudo victimarios? Y en estas estamos otra vez, con la escandalera de unos países que le exigen a Israel, lo que nunca permitirían en su casa. Se le llama geopolítica, pero solo es una descarnada hipocresía.

EDITORIAL: JUDEUS um povo “multidiverso” espalhado entre as nações

JUDEUS

um povo “multidiverso” espalhado entre as nações





Povos, nações, etnias: termos que definem grupos específicos de pessoas que se identificam por características biológicas, históricas, culturais e afinidades. Propositalmente, usamos na frase anterior a forma reflexiva para caracterizar que as pessoas de um mesmo grupo se identificam através de pontos comuns. Por outro lado, os que não pertencem a estes grupos também costumam destacar pontos comuns às pessoas de um mesmo grupo. Estas atitudes podem ser a base de uma convivência entre os diversos ou a base de uma rejeição ao diferente. Dependendo da perspectiva com que um observador caracteriza diferentes grupos humanos, a diversidade pode ser considerada um ponto positivo ou pode levar a reações de extrema rejeição ao outro, causando danos irreparáveis.
Uma das bases para esta atitude é o uso de padrões de identificação que não necessariamente refletem a realidade - assim se constroem os estereótipos. Narrativas que vão se perpetuando sem refletir a verdade. 

Por isso, mostrar o que somos e de onde viemos é sempre uma forma de embasar o futuro.

O Povo Judeu, nascido numa caminhada de 40 anos pelo deserto, tem visto os milênios passarem e tem não só sobrevivido como também atuado diretamente ao longo dos séculos. Um povo formado por várias etnias, brancos, negros, pardos. Um povo formado por profissionais de diferentes ramos, por pessoas conhecidas e por aquelas que não são identificadas como judeus. Até a primeira metade do século XX havia pouca menção aos judeus negros, apesar de na Torah (cinco livros de Moisés) ser relatado que a esposa de Moisés, Pnina, era filha de Yitró, líder dos Midianítas. Na Torah está escrito que a esposa de Moisés era kushi (negra), que era muito bonita, e mais ainda, foi a primeira judia a fazer a circuncisão de seu filho. E, para confirmar esta história, os rabinos muitos séculos depois ainda comentam: "o valor numérico da palavra “kushit” é o mesmo que “yafet mareh” (maravilhosa)". Assim, ao falar da cor da pele de Tsipora, ao mesmo tempo estava sendo proclamada a sua beleza (citado em: TanhumaZav 13). 

Esta história iniciada em tempos bíblicos chega até aos nossos dias, quando os judeus da Etiópia foram resgatados e formam um contingente importante dos que vivem no Estado de Israel. A vinda dos judeus da Etiópia para Israel ocorreu no século XX, mas nos dias de hoje, mais especificamente na semana passada, chegaram em Israel judeus vindos da Índia. Mais um grupo que escapa do estereótipo europeu e que faz parte integral de um povo que após ficar disperso pelo mundo por milênios volta à sua pátria. Mais um grupo que faz renascer a esperança que um dia todos os povos poderão entender que a soma das diferenças e a capacidade de manter a identidade é que dá condições para contribuir de forma positiva com toda a humanidade.

Na foto acima colocamos três judeus que receberam o Prêmio Nobel. Certamente todos identificam Albert Einstein, aquele que conseguiu equacionar matematicamente a relação entre tempo e espaço. Muitos identificam Elie Wiesel, aquele que soube sair do inferno construído pelo preconceito e conseguiu trazer ao seu tempo conceitos que estimulam a convivência entre muitos. Mas poucos reconhecem a cientista Rita Levy Montalcini, italiana de nascimento, judia que descobriu o fator de crescimento neural e que iniciou um novo campo nas neurociências. Poucos sabem que Rita esteve no Brasil, na UFRJ, logo que saiu da Europa - mas aqui também, por ser judia, não encontrou a devida guarida, e emigrou para os Estados Unidos. Posteriormente, Rita voltou para a Itália e no final de sua vida criou um fantástico programa para desenvolver neurociências na África e estimular o talento científico em jovens mulheres. 
Desde os tempos bíblicos foi dado à mulher judia um papel de destaque, e por mais que este venha sendo tirado ao longo dos anos, sempre vai sendo resgatado.


A diversidade humana é, na realidade, a maior riqueza que temos e parte do sucesso e da resiliência do Povo Judeu está baseada justamente na sua diversidade.