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quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Acontece: Bolsas de Estudo - Preparando o Futuro

Preparando o Futuro

A cada semana encaramos um novo desafio e contamos os dias em que nossos Ratufim estão em situação insuportável. Já são 716 dias. O que realmente vem acontecendo está muito difícil de acompanhar. E hoje, deixo aqui no começo um olhar, pensamento e desejo de que possamos em breve escutar (Shemá) suas vozes unindo-se à corrente da vida. Nestes dias em que escutamos o Shofar a cada manhã, lembramos também da palavra Shomer (cuidar) para que nossas ações incluam atos que possam garantir o futuro dos   que retornam e de todo o Povo Judeu. Am Israel.


Esta foi uma semana muito agitada em São Paulo. O Fundo de Bolsas de Estudos para as Escolas Judaicas completou 10 anos. Fizeram uma campanha por meios de comunicação e também três dias ao vivo na Hebraica. A vibração e dedicação daqueles que estavam trabalhando foram contagiantes. Todas as formas de judaísmo estavam reunidas em um salão repleto. Equipes telefonavam para as pessoas que haviam doado em anos anteriores, outras percorriam o clube, e a equipe mais encantadora era das crianças e adolescentes que vendiam ou doavam bens e comidas. Era uma grande agitação. Uma sensação de que podemos. E ao final de três dias, a meta foi superada. Parabéns a todos os envolvidos, dos dirigentes aos que executaram tarefas mais simples. 

Uma regra importante nesta arrecadação foi que cada doador poderia escolher as escolas para as quais queria doar, avaliando todo o espectro do judaísmo. Para os que queriam apoiar de forma abrangente, ainda era possível aplicar a doação de forma proporcional, segundo o número de alunos em cada escola. Diversidade mantida não apenas por aceitar o diferente, sem perder a identidade.

Este é um conceito importantíssimo para seguir em frente. 

E foi assim que, embaixo de uma linda árvore florida, encontro uma banca com os livros para crianças e jovens da coleção PJ Library. Criada pela Fundação Harold Grinspoon, o programa reforça que "há espaço para diferentes perspectivas e pontos de vista, e cada um se envolve com o judaísmo à sua maneira, mas não pode esquecer que somos um só povo."



Parei para conversar com a jovem que lá estava distribuindo livros. Contou de forma entusiasmada o envolvimento de sua família e folheei livros muito bem ilustrados e com textos convidativos.



Fiquei encantada com "A sucá de Xangai", escrito por Heidi Smith Hyde e ilustrado por Jing Jing Tsong. Conta a história de Marcus, um menino judeu que sai de sua Berlim natal para Xangai com dez anos de idade. Eram tempos difíceis e os judeus estavam sendo perseguidos. A história mostra as diferenças e semelhanças entre as culturas chinesa e judaica. E ressalta que ambas tinham festas de luzes. No caso de sucot, as luzes vinham das estrelas. Eram luzes que se infiltravam em um teto natural. No caso do festival dos chineses, eram lanternas muito especiais que reluziam com as estrelas.

Lendo cada palavra, primeiro em conjunto com a jovem que lá estava doando os livros e depois com outras crianças, fiquei encantada e emocionada com o final. Um jogo de perguntas entre os meninos e depois um papo do menino judeu com o rabino da escola que frequentava chega a um destino que nos enche de esperança. Vale conhecer os detalhes deste programa, contribuir com doações e também ler e distribuir os livros mágicos.

Amizade, individualidade e observação servirão para permitir que o mundo respeite as diferenças.

E, nesta semana de tantas encruzilhadas, fico com a Sucá de Xangai e a amizade entre crianças de povos milenares que encontram pontos de contato e formam uma amizade magnífica.


Am Israel Chai - 

por Regina P. Markus




terça-feira, 9 de setembro de 2025

VOCÊ SABIA? - Donna Donna

 

Donna Donna, poema iídiche de 1940, converteu-se em símbolo da liberdade

Por Itanira Heineberg

 

Você Sabia que a canção "Donna Donna", com raízes em um poema iídiche chamado "Dois Kelbl" (O Bezerro), escrito por Aaron Zeitlin com música de Sholom Secunda para a peça Esterke, de 1940, tornou-se mundialmente popular depois que Joan Baez a gravou em 1960, frequentemente usando-a em protestos pelos direitos civis?




O texto descreve um bezerro a caminho do abate e ressalta temas de liberdade em oposição a cativeiro, ainda que  alguns o interpretem como uma metáfora para o martírio judaico vivendo o Holocausto.

Em 1956 o poema em ídiche foi traduzido por Teddi Schwartz e Arthur Kevess e foi popularizado por Joan Baez e sua voz doce e melodiosa, que frequentemente o cantava como uma ferrenha arma pela justiça social, em marchas e manifestações como a Marcha por Direitos Civis em Washington em 1963 e atuando em apoio a diversas causas como a luta contra a Guerra do Vietnã.

Neste conto talmúdico, acredita-se que o poema seja baseado em uma história sobre um rabino que foi punido por demonstrar falta de compaixão por um bezerro destinado ao abate, de acordo com Kveller e a Jewish Magazine.

Mesmo não tendo sido escrito como uma alegoria do Holocausto, alguns interpretam sua imagem da luta de um bezerro pela liberdade como um símbolo da perseguição aos judeus, observa Kveller.

A partir de então, a música foi regravada em muitas línguas e culturas, tornando-se uma balada folk conhecida no mundo todo, um verdadeiro fenômeno global.

 

Letra em português:

Em uma carroça com destino ao mercado

Há um bezerro com um olhar triste

Bem acima dele há uma andorinha

Voando ligeira pelo céu

Como os ventos estão rindo

Eles riem com todas as suas forças

Riem e riem o dia todo

E metade da noite do verão

Donna, Donna, Donna, Donna, Donna, Donna, Donna, Don

Donna, Donna, Donna, Donna, Donna, Donna, Donna, Don

 

Letra em inglês :

On a wagon bound for market

There's a calf with a mournful eye

High above him, there's a swallow

Winging swiftly through the sky

 

[Chorus]

How the winds are laughing

They laugh with all their might

Laugh and laugh the whole day through

And half the summer's night

Donna, Donna, Donna, Donna

Donna, Donna, Donna, Don

Donna, Donna, Donna, Donna

Donna, Donna, Donna, Don

 

"Stop complaining!" said the farmer

"Who told you a calf to be?

Why don't you have wings to fly with

Like the swallow so proud and free?"

 

How the winds are laughing

They laugh with all their might

Laugh and laugh the whole day through

And half the summer's night

Donna, Donna, Donna, Donna

Donna, Donna, Donna, Don

Donna, Donna, Donna, Donna

 

 

Letra em hebraico:      

אױפֿן פֿורל ליגט דאָס קעלבל,

ליגט געבונדן מיט אַ שטריק.

הױך אין הימל פֿליט דאָס שװעלבל,

פֿרייט זיך, דרייט זיך הין און Sim.

Em uma carroça, amarrado e indefeso,

jaz um bezerro, condenado à morte.

Bem acima dele voa uma andorinha,

planando alegremente pelo céu.        

Numa carroça a caminho do mercado,

há um bezerro com um olhar triste.

Bem acima dele, há uma andorinha

voando velozmente pelo céu.   

Sobre a carroça jaz o bezerro,

Amarrado com uma corda.

No alto dos céus voa uma andorinha,

Alegre, voando de um lado para o outro.

כאָר:

Coro: Coro: Coro:

לאַכט דער ווינט אין קאָרן,

לאַכט און לאַכט און לאַכט,

לאַכט ער אָפּ אַ טאָג אַ גאַנצן

מיט אַ האַלבע נאַכט.

דאָנאַ, דאָנאַ, דאָנאַ

O vento ri no milharal

Ri com toda a força

Ri e ri o dia inteiro

E no meio da noite

Dona, dona, dona...        

Como os ventos estão rindo

Eles riem com toda a sua força

Riem e riem o dia inteiro

E metade da noite de verão.

Dona, dona, dona...        

O vento ri no milho,

Ri e ri e ri,

Ri o dia inteiro

E metade da noite.

Dona, dona, dona...

שרייַט דאָס קעלבל, זאָגט דער פּױער:

װער זשע הײסט דיר זײַן אַ O que é isso?

װאָלסט געקענט דאָך זײַן אַ פֿױגל,

װאָלסט געקענט דאָך זײַן אַ שװאַלב.

Agora o bezerro chora baixinho

"Diga-me, vento, por que você ri?"

Por que não posso voar como a andorinha?

Por que eu tive que ser um bezerro?   "Pare de reclamar", disse o fazendeiro,

"Quem lhe disse para ser um bezerro?

Por que você não tem asas para voar

como a andorinha tão orgulhosa e livre?"    

O bezerro grita; o fazendeiro diz:

"Quem te mandou ser um bezerro?

Você poderia ter sido um pássaro,

Você poderia ter sido uma andorinha."

כאָר

Coro   Coro   Coro

בידנע קעלבער טוט מען בינדן

און מען שלעפּט זײ און מען שעכ

2 ס'האָט פֿליגל, פֿליט אַרױפֿצו,

איז בײַ קײנעם ניט קיין קנעכט.

Bezerros nascem e logo são abatidos

Sem esperança de salvação.

Somente aqueles com asas de andorinha

Jamais serão escravizados.      

Bezerros são facilmente amarrados e abatidos,

sem saber o motivo.

Mas quem preza a liberdade,

Como a andorinha, aprendeu a voar.  

As pessoas amarram bezerros miseráveis,

os movem e os matam;

quem tem asas voa,

não é escravizado por ninguém.

כאָר

Coro   Coro   Coro

 

“Nascida nos Estados Unidos, Joan Baez conseguiu se tornar uma das mais festejadas cantoras de música de protesto latino-americana. E fez isso com mérito. Ao longo dos anos 1960 e 1970, gravando em inglês e em espanhol, a rainha do folk se tornou conhecida por seu timbre característico — soprano hábil nos vibratos — mas sobretudo por seu engajamento político.

Subiu em palanques ao lado de Martin Luther King, cantou em prisões, foi se apresentar nos teatros dos negros quando eles eram proibidos de entrar nos teatros dos brancos, e em 1966fundou  um instituto dedicado ao estudo da não-violência, militou na Anistia Internacional, e se aliou à resistência democrática em todos os países dominados por ditaduras militares na América do Sul.

E com esta canção de origem talmúdica, apregoou ao mundo o valor da liberdade e a luta por ela sob quaisquer circunstâncias.”

 

Na Festa de Pessach já todos aprendemos desde a mais tenra idade que nunca seremos livres enquanto nossos irmãos não o forem!

 

 Assista a mais uma apresentação clicando aqui.

 

FONTES:

https://genius.com/Joan-baez-donna-donna-lyrics

https://www.instagram.com/joancbaezofficial/p/DHbfm4Hv89e/?api=pg%E7%94%B5%E5%AD%90%E8%B5%8F%E9%87%91%E8%88%B9%E9%95%BF%E7%9C%9F%E5%9D%91%E4%BA%BA%E3%80%90%E9%97%AE%EF%BC%9ABet0009.NET%E3%80%91.lhtk&hl=pt

https://memoriasdaditadura.org.br/cultura/joan-baez/


quinta-feira, 4 de setembro de 2025

ACONTECE: Continuamos alvos de ódio… perdão?

 




Por Juliana Rehfeld

Por que, nesta situação de cansaço total da guerra, de evidente fracasso em acabar com o Hamas, Israel recusa proposta de trégua contra devolução total dos reféns? Os detalhes não sei, mas está é a notícia mais recente. 

Nova convocação foi feita pelas Forças de Defesa para mais 40 mil reservistas, totalizando 120 mil desde o início desta guerra. São cada vez maiores as manifestações nas ruas de Israel pedindo o fim dos combates, a Reuters falou em centenas de milhares… Na quarta-feira, 3 de setembro de 2025, os israelenses encenaram o que foi chamado de “dia de perturbação” nas principais cidades. Os manifestantes expressaram forte oposição à decisão do governo de convocar dezenas de milhares de reservistas para uma operação planejada na cidade de Gaza. Os organizadores enquadraram o movimento como perigoso para os reféns remanescentes, e os manifestantes acusaram o primeiro-ministro Netanyahu de priorizar a escalada da guerra em vez das negociações.

E ainda, na semana volta com força a conversa sobre anexação da Cisjordânia? Não era o que se esperava, houve critica a esta intenção de anexação de aliados, os Emirados Árabes Unidos, alegando que está é uma linha vermelha a não ser cruzada… e, certamente, não é o que eu esperava…

Estamos no mês de Elul, mês de tocar o shofar diariamente para convocar a comunidade à introspecção e reflexão, mês das Selichot, dos pedidos de perdão, para as pessoas, que culmina no pedido de perdão a Deus, em Yom Kipur.  Para quem devemos direcionar nosso pedido de perdão nestes dias? Nós pedimos perdão individualmente aos amigos e parentes, àqueles e aquelas com quem queremos continuar convivendo e não queremos que sofram por algo que falamos ou fizemos… nós, coletivamente, como judeus, cidadãos do mundo, cidadãos do século 21, temos algo sobre o que pedir perdão? Temos sido vítimas de tantas civilizações e por tantos séculos , temos sido alvo de críticas, julgamento profundo, cobranças,  e basicamente, para além de razões, temos sido, coletivamente, alvos de puro ódio . Como, de outra forma, entender a contínua perseguição que sofremos, de todos os lados, ora por sermos fracos e inferiores, ora por sermos opressores e cruéis…

A parasha que lemos agora, Ki Teitse - “quando saíres” - no caso, para a guerra, para a conquista…- começa com o que fazer com prisioneiros, sobretudo, mulheres… e segue por inúmeras regras de tratamento social  em geral muito rígidas, punitivas e violentas, que ao longo dos séculos foram sendo interpretadas, o espírito dessas regras foi se tornando uma referência que na prática as tornaram não aplicáveis… há menção a muitos apedrejamentos e desonras que abrandamos e refinamos ao longo da história, sendo que hoje cabem apenas nas releituras e conclusões das nossas predicas.. E o ódio?

Nesta Parasha, aponta J. Sacks z.l., há um versículo muito importante em suas implicações. É fácil passar despercebido, aparecendo no meio de uma longa lista de mitzvot (sobre as leis de herança, filhos rebeldes, bois, violações do casamento e escravos fugitivos). Então, sem alarde, Moisés profere uma ordem tão contraintuitiva que precisamos lê-la duas vezes para ter certeza de que não estamos ouvindo mal as palavras:

“Não odeie o egípcio, pois você foi estrangeiro em sua terra.”

Devarim 23:8

O que isso pode significar? Lembre-se da história de Bnei Yisrael: os egípcios os escravizaram, "amarguraram suas vidas" e tentaram um genocídio jogando todos os meninos israelitas no rio. A jornada de 40 anos pelo deserto começou com uma necessidade desesperada de escapar de uma vida de opressão e sofrimento nas mãos dos egípcios. No entanto, Moisés diz ao povo para não odiá-los. Ele não quer que esqueçam seu tempo como escravos – pelo contrário, ele insiste que o recontemos todos os anos em Pessach. Mas lembrar não é o mesmo que odiar.

A mensagem de Moisés é esta: para ser livre, é preciso abandonar o ódio. Se os Bnei Yisrael se apegassem às suas queixas contra os egípcios, continuariam sendo seus escravos – não fisicamente, mas mentalmente. E enquanto se encontram às margens do Jordão, prestes a entrar na Terra Prometida e estabelecer sua própria sociedade, precisam entender isso, porque não se pode criar uma sociedade livre com base no ódio.

Você deve conviver com o passado, sugere Moisés, mas não deve viver no passado. A lembrança do sofrimento não deve nos levar a perseguir os outros, mas a garantir que ninguém mais sofra o que sofremos.

A ética bíblica transforma a memória em força moral. Nós "lembramos" não porque desejamos nos apegar ao ódio, mas para impedir que a história se repita. É por isso que Moisés insiste: não odeiem o egípcio.

A escravidão deixa uma cicatriz. Sem algum ato de reconhecimento, o escravo liberto permanece prisioneiro da raiva. Ódio e liberdade não podem coexistir. Um povo livre deve abandonar o ódio, ou nunca será livre. Para construir uma sociedade sem perseguição, é preciso quebrar as correntes do passado e transformar a dor em determinação por um futuro melhor.

A liberdade exige o abandono do ódio e a aceitação da responsabilidade. A mensagem de Moisés para um povo prestes a entrar na Terra Prometida era que uma sociedade livre só pode ser construída por pessoas que aceitam a responsabilidade da liberdade, que se recusam a se ver como objetos, que se definem não pelo ódio, mas pelo amor a Deus. "Não odeiem um egípcio, porque vocês foram estrangeiros em sua terra", disse Moisés, significando: Para ser livre, vocês precisam abandonar o ódio.

Temos repetido isso há tanto tempo, o judaísmo trouxe isso à humanidade : a Torá é provavelmente o primeiro registro escrito preservado que formula explicitamente a proibição de odiar — tanto em relação ao próximo (Levítico) quanto em relação a povos estrangeiros (Deuteronômio).

E esse mandamento é uma novidade ética, pois em sociedades anteriores predominava o princípio da retribuição e da hostilidade entre povos. Ao introduzir a ideia de “não odiarás” (mesmo o estrangeiro, mesmo o inimigo ancestral), a tradição israelita dá um passo singular no campo da ética e da convivência.

Isto nos tem ajudado? Temos há muito pouco tempo o território de Israel, a terra pela qual, embora prometida, temos tido que batalhar incansavelmente, com os estrangeiros, e muito entre nós, os “próximos, nesta guerra mais do nunca na nossa história". Perseguimos individual e coletivamente, a Justiça (צדק -Tzedek) , de maneira ética, resignificando as regras que herdamos. 

E continuaremos em Elul a pedir perdão …que sejamos perdoados por não conseguirmos expandir a mensagem de que o ódio é um câncer que corrói o corpo individual, bem como a paz da humanidade. Que sejamos perdoados por não nos abatermos frente ao ódio, que tenhamos a energia de seguir em frente e trazer junto as próximas e espero, mais sábias, gerações.

Shabat Shalom.

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Iachad (juntos - יחד) - por André Naves: Falstaff

 



          O Zé adorava repetir uma frase do Borges.

Na verdade, eu não me lembro bem.. Parece que era uma que falava que a Verdade é só mais uma espécie de Ficção.

Esse, assim como outros ensinamentos preciosos, era um vibrante rubi em meio aos pedregulhos de meu talento.

Tinha outro também que ele sempre me ensinou. Era meio que um sacerdócio por parte dele: me treinar, me adestrar, me alfabetizar... O escritor é um operário, resmungava naquele sotaque d´Azinhaga.

Pr´escrever a gente senta e´screve...

Scritor, s´cerdot, op´rário...

Mas tem um rubi que reluz com tanta força em meu tesouro de pedras que parece até o Sol se pondo... Sabe aquelas cores meio alaranjadas, vermelhosas, berrantes, já chegando num vinho, e que ofuscam os olhos?

Pens´na minha Jangada de Pedra... Ela que escolhe os rumos que toma! O ´scritor só põe no papel! Ela caminha pr´onde o vento sopra... Personagem é assim. Ele é o patrão. O ´scritor, op´rário. Manda quem pode, obedece quem tem juízo!

Esses dias fomos, Ana Rosa e eu, na ópera Falstaff, ali no Theatro São Pedro. Ele é um exemplo desse senhorio das letras... Começou como um figurante numa peça de Shakespeare. Aos poucos tomou fermento.

É que o Falstaff tem aquele charme de todo barrigudo, beberrão, quando não tá tão perto... É um anti-herói, meio picaresco, que se mete em confusão, mas sai com artimanha e carisma e acaba gerando um elo de afeto...

Sabe o Leôncio do Pica-Pau? Falstaff é meio assim...

Acabou encantando os italianos. Rossini era meio Falstaff, mas quem colocou a ópera na partitura foi Verdi, o compositor da unificação! Um personagem de Shakespeare cantando em italiano é sempre meio pitoresco... Caricato...

E se eu te falar que acontece muito? Parece até que ele fugiu do fog londrino e escolheu uma temporada de Sol, pizza e vinho na bota! Falstaffone!

Personagem é assim, né? É ele que escolhe os rumos e os passos... O escritor precisa de humildade para entender e agradecer. O verdadeiro reconhecimento é esse: sair de cena!

No fim, escrever não é oratória...

É “escutatória”...

Tutto nel mondo è burla!

André Naves

Defensor Público Federal. Especialista em Direitos Humanos e Sociais, Inclusão Social – FDUSP. Mestre em Economia Política - PUC/SP. Cientista Político - Hillsdale College. Doutor em Economia - Princeton University. Comendador Cultural. Escritor e Professor.

Conselheiro do Chaverim. Embaixador do Instituto FEFIG. Amigo da Turma do Jiló.

www.andrenaves.com

Instagram: @andrenaves.def

 

 

 

VOCÊ SABIA? - Elie Wiesel

 

PAZ... EXPIAÇÃO... DIGNIDADE...

Por Itanira Heineberg



Você Sabia que Elie Wiesel, "o judeu mais importante da América", segundo o jornal Los Angeles Times, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1986 por "ser um embaixador da humanidade com a mensagem de paz, expiação e dignidade"?



“Um dos mais importantes líderes espirituais em uma época em que a violência, a repressão e o racismo continuam a caracterizar o mundo...”.

Ao invadir a Hungria em 1944, os nazistas deportaram a família Wiesel para Auschwitz. A irmã e a mãe de Wiesel morreram nas câmaras de gás, porém Wiesel e seu pai foram transportados para Buchenwald, onde Wiesel permaneceu até ser libertado pelos americanos no final da guerra. A seguir, ele viajou para um centro de reabilitação na França juntamente com outras crianças sobreviventes e em 1948 encaminhou-se para Paris; lá estudou na Sorbonne, tornando-se jornalista para noticiários franceses e israelenses.

Elie Wiesel, ativista de direitos humanos, dedicou sua vida a educar o mundo sobre o Holocausto. E consagrou uma frase que até hoje e em especial hoje, é uma afirmação do valor do ser humano:

“Esquecer as vítimas é matá-las duas vezes.”

Voltando atrás algumas décadas, em uma cidade hoje parte da Romênia, Eliezer, uma criança feliz e despreocupada, se dedicava aos estudos judaicos quando, em 1944, sua família foi transferida para os guetos e, depois, aos campos de concentração.

A mãe e a irmã foram mortas imediatamente ao chegar, enquanto Elie e o pai, selecionados pelo famigerado Dr. Mengele por apresentarem boas condições de saúde e trabalho, seguiram juntos na luta pela sobrevivência.

“Com apenas 15 anos, ele enfrentou a fome, o frio e a tortura, testemunhando a morte das piores formas possíveis. Em seu livro, Elie narra suas memórias em um relato conciso, com uma linguagem direta que surpreende pela intensidade. Mas ele vai além, ao expressar a perda da inocência, a sensação de abandono quando deixa de acreditar em Deus e a vergonha de ter sua dignidade arruinada pela banalização do horror. Foi com A Noite que ele enfim reencontrou sua voz dez anos após o Holocausto, descobrindo na preservação da memória um sentido para sua sobrevivência.”

 

Ao visitar o Brasil em 2001, Wiesel foi condecorado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em Brasília. De lá seguiu viagem pelo país em sua missão de paz e relatou um fato inusitado para o mundo, acredito ainda desconhecido para todos até hoje:

Em 1948 Ben Gurion foi o primeiro e o único Primeiro-Ministro a reconhecer o Estado Árabe, na Resolução de Partição, ou Resolução 181 que dividiria o antigo mandato palestino da Grã-Bretanha em estados judeu e árabe. Ben Gurion reconheceu o estado vizinho logo no primeiro dia, sacramentando a resolução da ONU.

Em sua entrevista à Revista Morashá, Wiesel deu um testemunho de esperança para o mundo.

 

Morashá - E o que podemos esperar do século 21?

E.W. - Eu gosto de citar Camus. Ele disse que a escolha está entre ser um pessimista sorridente ou um otimista lacrimoso. Quando estou muito otimista, para mim basta fechar os olhos para me tornar muito pessimista. E quando estou muito pessimista, abro os olhos e me torno muito otimista. Mas quando penso que tenho de escolher entre as duas opções, fico com a do otimismo. Não tenho o direito de cair no desânimo.

   

Sobre “A Noite”, a obra-prima de Elie Wiesel:

- “Um relato autobiográfico franco e aterrador de sua experiência nos campos de extermínio nazistas. Uma obra concisa de poder assombroso.” – The New York Times“

- “Uma memória de intenso poder. Relatos tão impressionantes que chegam a tirar o fôlego por sua precisão pungente. Uma leitura extremamente necessária.” – The Guardian

 

Vejamos agora palavras que nos despertam para a importância da existência de Israel, nestes tempos pós-massacre hediondo do 7 de outubro, em que se canta abertamente e sem restrições nas ruas “ From the river to the sea” numa mensagem de extinção total do povo judeu, assim como o plano Final de Hitler:

“Nenhuma citação resume melhor o apoio de Elie Wiesel ao Povo Judeu do que esta: “Existe Israel, ao menos para nós. O que nenhuma outra geração teve, nós temos. Nós temos Israel apesar de todos os perigos, as ameaças e as guerras, nós temos Israel. Podemos ir a Jerusalém. Gerações e gerações não podiam, e nós podemos”. “É claro para mim que não se pode ser judeu sem Israel. Religiosos ou não religiosos, sionistas e não-sionistas, asquenazis ou sefardis – todos eles não existirão sem Israel”.




FONTES:

https://www.estantevirtual.com.br/livro/a-noite-0A5-5488-000-BK?gad_source=1&gad_campaignid=21550996042&gbraid=0AAAAADteek3EvHQoqeQKwyewveY2PrXTr&gclid=Cj0KCQjwn8XFBhCxARIsAMyH8BuQBAF5PLi9gxP32T0PpxRyv4G5Du_KRc3zMhQkiOu8mFbysP0S2nYaAqb0EALw_wcB

https://www.morasha.com.br/biografias/elie-wiesel-a-consciencia-da-humanidade.html

https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/integrantes-do-hamas-filmaram-inicio-do-massacre-de-7-de-outubro-com-cameras-corporais/

https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/o-que-e-o-hamas-e-por-que-essa-organizacao-ataca-israel/

https://www.morasha.com.br/biografias/uma-entrevista-com-elie-wiesel.html


quarta-feira, 27 de agosto de 2025

ACONTECE: O REI ESTÁ NO CAMPO

 Por Regina P Markus - 3/Elul/5785,  27 de agosto de 2025


ELUL - Inteligência - Memória


O último mês do ano, quando o Shofar é tocado todos os dias para lembrar que O REI ESTÁ NO CAMPO. Melech (Mélerr) ba Sadê. Encerrar lentamente o ciclo anual, como acontece com o amanhecer, com as lindas cores que anunciam a chegada do Sol. O Shofar emite um som que ecoa pelos vales e montanhas e também pela cidade. Lembro de quando meu sobrinho, Daniel, vinha tocar Shofar na varanda e podia ser apreciado por muitos. Tempo de reflexão, tempo de transição. O nome Elul é um acróstico e significa "Eu sou de meu Amado, e meu Amado é meu". Redundante, mostrando a interação entre dois seres. Uma interação íntima que pode ser com um parceiro ou com o Rei que está no Campo. Amar o Rei, que é, segundo os cabalistas, D'us. Neste contexto, a interação é feita através do ar que respiramos! Entra por nossas narinas e provê elemento essencial para a vida. E aqui, lembramos que escutar é a base do judaísmo - Shema Israel Adonai Elokeinu Adonai Errad. Ouve ó Israel, Adonai é D'us, Adonai é UM. E neste "um" está incluído o bem e o mal, o certo e o errado. Nós inspiramos o todo, aproveitamos o bom e expiramos o que nos faria mal. A saída é pela mesma via de entrada, o ar expirado, ou por outras vias como a pele e as reações. E há um mal que fica, e precisamos lidar com ele. No momento, para o Povo de Israel, os RATUFIM (abduzidos, levados, sequestrados). 🚨 Dia 691 🎗️ nossos 50. Elevemos nossas vozes para que não sejam esquecidos. Vamos andar por este mundo que deturpa a cada dia os acontecimentos e deixar registros que possam servir de informação para o futuro.

O que acontece no dia a dia em Israel e em todas as frentes segue um rumo mal definido. Foguetes continuam sendo enviados para Israel, e todo dia há alertas por todo o país. Esta noite foi no centro de Israel, e os mísseis foram enviados do Iêmen. Foram abatidos antes de entrar em Israel.
A guerra das mentiras continua. E o mundo e o Brasil compram. Uma vergonha que docentes da USP recebam um texto difamatório para assinar. Entre os idealizadores há docentes de ascendência judaica que discordam da existência do Estado de Israel. Há feministas e vários membros de grupos diversos que idealizam grupos de sequestradores e torturadores, esquecendo que entre eles a diversidade não é reconhecida ou apreciada. 

Muitas vezes digo a amigos que há ladainhas que não precisam ser repetidas, a não ser que queiramos transformá-las em rezas. Mas atualmente converso com tantos que ignoram a verdade sobre o Estado de Israel, que creio que devemos repetir sim. Querer jogar sobre Israel a pecha de discriminador é desconhecer a verdade. O Estado de Israel é plural. Formado por cidadãos de diferentes credos, etnias, orientação de gênero, etc. 

Esta semana lemos a Parashá Shoftim (Juízes). É a 48ª parashá da Torah e a 5ª do Livro de Devarim (Deuteronômio). É dedicada ao sistema de justiça. Uma instituição separada dos poderes executivo e legislativo e também dos geradores de riqueza (empresários e trabalhadores). Encontramos princípios, regras e modos operacionais. Um dos pontos que chama a atenção é que dentro dos princípios de Tikun Olam (construção do mundo) são dados tratamentos especiais a diferentes grupos ou tipos de pessoas. Israel está em guerra há 691 dias. O israelense está cansado e em busca de soluções que devem incluir a volta imediata de todos os reféns. Mas o exército está mobilizado, pessoas morrendo e sendo substituídas. Uma das questões que têm ocupado a mídia israelense e judaica é: quem serve? Todos já escutamos que há haredim que se recusam a servir. Estes estão sendo buscados para integrar as Forças de Defesa de Israel. O não atendimento a convocações passou a ser considerado deserção. Um dos argumentos dos que contestam este posicionamento é que vários grupos de cidadãos israelenses, como por exemplo os de origem árabe, que não servem no exército, não são considerados desertores.

A pergunta que não cala para os que não captam a íntima relação entre a justiça na Torah e no atual Estado de Israel é: por que o tratamento diferencial entre árabes e judeus? Mesmo que neste caso a penalização caia sobre os judeus e não sobre os árabes, poderia ser isso considerado discriminação?

E a resposta é surpreendente! Israel é o único Estado Judeu no mundo. É a terra ancestral do povo judeu e nas atuais circunstâncias cabe a todos os cidadãos israelenses judeus defender o país. Por outro lado, na declaração de independência do Estado de Israel está registrado que todos os cidadãos que moravam naquele território em 1948 poderiam adquirir a nacionalidade israelense e mantê-la para as próximas gerações. Hoje vi um vídeo em que um árabe que serve nas Forças de Defesa de Israel (FDI) declara que todos os cidadãos israelenses árabes podem servir. Para isso têm que se voluntariar. Há a opção de servir a FDI ou o Sherut Leumi, que realiza ações comunitárias e de integração. Em outras palavras, é uma questão de livre arbítrio. Um dos pontos principais na relação entre HaShem e a humanidade.

E a Faixa de Gaza? Abaixo-assinados rodam por todo o Brasil e há várias ações no exterior de difamação do Estado de Israel. A maioria das afirmações é falsa. Contestadas oficialmente e por mídias sociais e certos jornais. Hoje quero deixar registrados alguns dos muitos informes que comprovam o respeito que Israel tem pela vida e o firme desejo de encerrar este conflito. E também algumas das novidades que estão gerando apreensão.

Continuando em nossa jornada e esperando mais esperançando que este conflito chegue a um final breve.

Shabat Shalom!

Regina

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1 - FONTES DA BBC na FAIXA DE GAZA disseram que quantidades significativas de ajuda humanitária foram tomadas pelo H1M1S. StandWithUS - Vejam o que fala a viúva Nisslei Kaled - (post 5/7). 



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2 - @byKrok publicou um texto de Luai Ahmed, um influenciador e ativista de direitos humanos iemenita. Bem abaixo tem a transcrição de um vídeo gravado há 25 semanas!!! 

Luai Ahmed é um influenciador e ativista pelos direitos humanos. Ele foi criado na capital do Iêmen, Sanaa. Cresceu em casa com os valores incutidos por sua mãe, Amal Basha, ativista pela paz e pelos direitos das mulheres e vencedora de diversas honrarias, incluindo um doutorado honorário da Universidade de Toronto. Após o ativismo feminista de sua mãe, a organização Al-Qaeda ameaçou sua família em 2013 em uma carta aberta à população do Iêmen para obter o endereço de sua família a fim de atacar a todos. 

Em 2014, Luai Ahmed teve a oportunidade de proferir uma palestra a convite da "Fundação Olof Palme", ​​na Suécia. Seus familiares o incentivaram a buscar asilo lá. Ele se mudou para Halmstad e, desde então, viveu lá pelos quatro anos seguintes. Solicitou e recebeu asilo político e, posteriormente, também a cidadania sueca.

Ahmed é ativo nas redes sociais, acumulando mais de 390 mil seguidores: no X, com 192 mil seguidores; no Instagram, 112 mil; no TikTok, 75 mil; e no Facebook, 11 mil. Seus vídeos viralizaram na rede, nos meses entre outubro e novembro de 2023, e ele conquistou cerca de 100 mil seguidores. Ele condena o que considera a hipocrisia do Oriente Médio, o ódio aos judeus incutido desde a infância.

Neste vídeo, diretamente da sede da ONU, durante uma sessão do Conselho de Direitos Humanos, ele expõe a hipocrisia e double standard de tantos países membros e sua obsessão por Israel, e só por Israel, enquanto conflitos muito maiores e fome generalizada muito, mas muito mais abrangente em outros países, são esquecidos apesar de tantas provas. Este vídeo foi gravado há 25 semanas! 
Se não conseguiu abrir o link para ouvir o poderoso discuso do yementita Luai Ahmed, leia a transcrição feita por OyVeyGram. 

“Pergunto à ONU, à Liga Árabe e a todos os que hastearam a bandeira palestina desde 7 de outubro: Onde está a bandeira do Iêmen? No meu país, meio milhão de pessoas morreram nos últimos 10 anos. A maior fome e crise humanitária da história moderna. Por que ninguém se importa quando meio milhão de iemenitas morrem? E o Sudão? Em menos de dois anos, mais de 150 mil pessoas foram mortas. Onde está a bandeira sudanesa? E a Síria? Meio milhão de pessoas foram mortas. Onde está a bandeira da Síria? Alto Comissário, porque é que quando os árabes matam milhões de árabes, ninguém pisca? Onde está a indignação? Onde estão os protestos? Alto Comissário, posso perguntar por que é que o seu relatório menciona Israel 188 vezes – mas não menciona nem sequer uma vez a República Islâmica no Irã? Como se pode falar sobre o conflito ignorando o partido que armou, treinou e financiou os representantes do terrorismo - o Hamas, o Hezbollah, os Houthis - que têm bombardeado Israel milhares de vezes? Por que não menciona que os Houthis no Iêmen gastaram milhões de dólares disparando mísseis contra Israel, em vez de alimentar o meu povo faminto? E porque é que o Catar está aqui sentado como membro do Conselho dos Direitos Humanos quando acolhe os líderes terroristas do Hamas em hotéis de luxo?”

A resposta deles? Silêncio. Afinal, contra fatos não há argumentos. Obrigada Luai, por ser uma voz corajosa.

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3 - Ratufim libertados unem-se para reivindicar a soltura dos demais e a recuperação dos corpos.


IMAGEM DO DIA 📸Comunicado de Imprensa da Sede do Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas - publicado por WizoRio Ilana Gritzewsky, sobrevivente do sequestro do Hamas e parceira do refém Matan Zangauker, deve depor perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas em meia hora. Apoiadores se reuniram em frente ao prédio da ONU em Nova York em uma poderosa demonstração de solidariedade, exigindo o retorno imediato de todos os reféns por meio de um acordo e o fim dos conflitos. Crédito das fotos: Amnon Shemi.
___________ Sede do Fórum de Reféns e Famílias