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domingo, 9 de abril de 2017

Pessach – Passagem – A Festa de Liberdade




Esta semana, os judeus dos quatro cantos do mundo celebram o Pessach – a passagem - o momento em que os judeus saíram do Egito e se transformaram de uma família expandida em um povo, e de escravos em pessoas livres.

Muito falamos sobre Pessach, cujo tema central é a liberdade, e o Seder de Pessach (o jantar ritual), e a maior parte da simbologia é compartilhada por judeus dos quatro cantos do mundo.

Hoje queremos colocar para vocês que Pessach pode ser visto como algo mais. O Povo Judeu, ao invés de querer reparação pelo que aconteceu no Egito,  ao longo dos anos usa este fato, esta passagem, para reunir toda a família e contar por que somos livres. Pessach é a fórmula da liberdade.

Sim, ser LIVRE é uma escolha – e a cada Pessach escolhemos ser LIVRES.

Ser livre é lembrar a importância dos HOMENS e das MULHERES. Mesmo em um texto escrito na antiguidade encontramos relatada com todos os detalhes a história da duas parteiras – Shifrah e Pouah – que, desobedecendo às ordens do Faraó do Egito, deixaram de matar os meninos judeus. Um destes meninos era Moisés.... e o resto é História.

Também é dada a Miriam, irmã de Moisés, a honra de tocar seu instrumento (em bom português, um pandeiro) e guiar o povo entre as colunas de água que ser formaram ao abrirem-se as águas do Mar de Junco, depois denominado de Mar Vermelho.

Há mais... todas as mulheres são citadas – mães, irmãs, cuidadoras e esposas – e a todas elas é dada uma missão fora do chamado tradicional papel feminino. A Torah abre o caminho para que muitos séculos depois o papel da mulher na sociedade atinja patamares diferentes dos que foram desenhados nas sociedades machistas. 

Em Pessach, sem perceber, mostramos que homens e mulheres têm seu espaço e que estes não estão restritos a uma função de mando ou de liderança. Cada um pode seguir e pode liderar – e a soma das diversas habilidades faz um povo livre. Ser diferente é bom.

Ser livre é escolher! Temos o direito da escolha – e nestas circunstâncias podemos escolher errado. Em Pessach, o livre arbítrio é particularizado para cada personalidade e para diferentes habilidades. E lemos na Hagadá que cada um escuta o que pode, e a cada um temos que falar de forma a que entenda. OS QUATRO FILHOS, levando em conta o texto de 3000 anos atrás para o século XXI, podemos dizer Filhos e Filhas.

Filhos:a maior dádiva de todas – a vida eterna. Na semana passada esteve no Brasil o Doron Almog, General Israelense responsável por muitas vitórias (algumas tão famosas como ENTEBE – o resgate dos judeus que estavam em um avião da Air France em Uganda em 1976) e façanhas que mais parecem ficção. A este homem foi dado um filho que impôs um grande desafio – e todos devem conferir a sua história, a sua TRAVESSIA – e como podemos ser livres, donos do nosso destino, até ser considerados escolhidos.
Este é um depoimento que deve ser visto e compartilhado para que possamos não só sentir uma grande emoção, mas também saber que ser livre é um ato de passagem.

Pessach – a Hagadá de Pessach – contada e impressa nos 4 cantos do mundo sem citar um nome. MOISÉS não é mencionado em Pessach, quem sabe por que? Isto não vamos escrever: queremos ouvir, ou ler, a opinião de VOCÊS e vamos compartilhar as respostas.

Chag Sameach.

Um comentário:

  1. Muito Bom ! Apoio o esforço de não esquecer que desde a liberdade as escolhas podem ser boas ou ruins...pensemos certo!

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