Viver num mundo em que o particular e o privado podem se encontrar em uma mesma telinha - e em que hábitos e costumes de culturas remotas estão a um toque de dedos - tem levado a reações diametralmente opostas. A partir de absurdos falados por um pequeno grupo, acontecimentos são criticados e reverberados com tal intensidade que passam a ser considerados um pensamento geral. No outro extremo, há temas que passam despercebidos, apesar de serem relevantes e verdadeiros.
Nossos meios de comunicação oficiais - a imprensa falada e escrita também formada por pessoas, e muitas vezes vinculada a interesses econômicos e ideológicos - também sofre o mesmo processo e reverbera determinados fatos. Assim segue a nossa nave mãe, o planeta Terra, habitado por uma humanidade diversa que oscila entre momentos maravilhosos e de grandes realizações e outros em que há uma perda total de razão, de espirito e de humanidade.
Nestes dias de avanços científicos e de comunicação continuamos sofrendo o mesmo processo. Na última semana vimos atos de intolerância que geraram reações e que mostram que apesar de darmos dois passos para trás no nosso caminho, estes vêm sempre acompanhados de reações que mostram que sabemos qual é o lado certo.
Na semana passada, assistimos a dois episódios recheados de pontos negativos: a marcha nazista nos Estados Unidos e o desrespeito a um árabe, recém emigrado para o Brasil, que estava vendendo quitutes nas praias do Rio de Janeiro. A abrangência dos dois casos é muito diferente, mas ambas mostraram reações de inconformismo e que estes passos para trás foram acompanhados de importantes passos para frente. Focando no caso brasileiro, a reação foi de apoio, mostrando que é sempre bem-vinda mais uma pessoa que esteja buscando formas de sobreviver neste país que sabe acolher e que sabe respeitar as diversidades. Diversidade – conceito do momento, um legado da natureza para o Homo sapiens. É na diversidade das formas de vida que se baseia a vida no Planeta Terra.
No judaísmo a noção de unicidade e diversidade também está presente. Em toda a Torá é sempre mostrado o lado do outro, e há uma constante alternância entre situações conflituosas e situações de convívio e respeito. Em cada momento, há a noção da unicidade e da centralidade. Olhando os tempos de hoje com a perspectiva do passado brasileiro, que vem sendo mostrada pela nossa colaboradora Itanira Heinenberg na sessão “Você Sabia”, vemos que, mantendo a sua unicidade, o Povo de Israel vem trazendo a sua contribuição para a humanidade.
Do Astrolábio ao Waze, a mais recente contribuição de Israel para a “navegação terrestre”, continuamos singrando os mares deste nosso Planeta pelas águas muitas vezes turbulentas e outras muitas vezes calmas e cheias de crescimento e descobertas.
Comitê editorial -
Regina, Marcela, Juliana.
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