O jogador Roger, do Botafogo, um dos principais destaques da equipe nos campeonatos Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil, disse em entrevista ao Bate Bola, no canal ESPN Brasil, que sua filha, Giulia, portadora de deficiência visual, poderá voltar a enxergar caso um tratamento oferecido por cientistas israelenses dê certo. A menina, de 9 anos, ficou famosa após reportagem da Rede Globo quando foi apresentada ao grande público. Por conta de um problema congênito, a menina jamais conseguiu enxergar.
Segundo Roger, após a publicidade e repercussão da reportagem, ele foi procurado por um representante dos cientistas israelenses que falou sobre o equipamento. Ele consiste em um óculos que é conectado a mente da pessoa cega. Assim, quando tudo funciona de acordo com o manual, a pessoa deficiente consegue identificar todos os que são registrados e escaneados pelo sistema informatizado.
Os usuários precisam usar uma pequena câmera conectada a um óculos e este a um computador e fones de ouvido. As imagens são convertidas em paisagens sonoras, o que permite ao indivíduo interpretar as informações.
Em reportagem publicada sobre o sistema israelense publicada no Brasil há alguns anos o sistema, ainda experimental, já apresentava boas expectativas de sucesso.
Cegos que passaram pela experiência alcançaram um nível de acerto que ultrapassa o critério estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a cegueira, segundo os pesquisadores. Publicada no Jornal O Globo, a reportagem informava que os resultados, apesar de não convencionais, já que não utilizam o sistema oftalmológico do corpo, não deixam de ser visuais, por ativarem a rede de identificação visual do cérebro.
Os pacientes que se dedicaram a 70 horas de treinamento com o dispositivo puderam identificar imagens de rostos, casas, objetos em geral e texturas. Algumas conquistas mais complexas foram as posições de determinadas pessoas e expressões faciais.
- Os testes mostraram como o cérebro adulto pode ser mais flexível do que imaginávamos, diz Amir Amedi, autor da pesquisa. - Outros trabalhos já demonstraram que as áreas do cérebros não apenas servem especificamente para um sentido (visão, audição, tato...), mas para várias modalidades - argumenta Amir Amedi, autor das pesquisas.
Reprodução da matéria do site Conexão Jornalismo. Clique aqui para ler a versão original.
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