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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

VOCÊ SABIA? - ANNE FRANK E O HOLOCAUSTO





“Uma voz fala pelos 6 milhões de judeus mortos; a voz não é de um sábio, nem de um poeta, mas de uma jovem como tantas e tantas outras".
Ilya Ehrenburg, escritor soviético



Você sabia que Anne Frank foi uma entre as mais de um milhão de crianças assassinadas durante o Holocausto?


Anne Frank, a menina enclausurada durante mais de dois anos pelo “crime” de ser judia, refugiava-se na palavra escrita com esperança de ser uma escritora ao final da guerra. Infelizmente, não conseguiu escapar do terror nazista.
Sua voz jovem e cheia de entusiasmo foi ouvida através de seu diário trazendo grande entendimento ao público sobre a guerra, o sofrimento e a maldade humana.

Miep Gies, funcionária da empresa de Otto Frank, grande amiga e protetora dos abrigados no Anexo, encontrou o diário após a retirada dos habitantes secretos pela polícia nazista, e guardou-o em segredo à espera de sua dona.
Já o diário de Margot, irmã mais velha de Anne, nunca foi encontrado.
Durante a Segunda Guerra Mundial, 25 mil judeus se esconderam em abrigos secretos.
Ao inverso de suas expectativas ... 8 mil foram descobertos e exterminados.

“Durante o tempo em que ficou escondida dos nazistas, Anne manteve um diário no qual escrevia sobre seus medos, suas vivências e suas esperanças”.

"A minha descontraída alegria, e os despreocupados dias de escola foram-se para sempre."

“Encontrado em um aposento secreto após a família ter sido presa, o diário foi mantido por Miep Gies, uma das pessoas que ajudou a esconder a família Frank. Depois da Guerra, ele foi publicado em diversos idiomas, sendo até hoje utilizado nos currículos de milhares de escolas de ensino fundamental e médio por todo o mundo”.

"Não poder sair me deixa mais chateada do que posso dizer, e me sinto aterrorizada com a possibilidade de nosso esconderijo ser descoberto e sermos mortos a tiros".

“Anne Frank tornou-se símbolo de esperança perdida pelo que aquelas crianças que foram mortas durante o Holocausto poderiam ter sido caso houvessem sobrevivido.”

“A melhor parte é poder escrever todos os meus pensamentos e sentimentos, caso contrário estaria totalmente sufocada.”


Ela nasceu em 12 de junho de 1929 em Frankfurt, na Alemanha, filha de Otto e Edith Frank. Nos primeiros cinco anos de vida, Anne morava com seus pais e sua irmã mais velha, Margot, em um apartamento localizado nos arredores de Frankfurt.

Após a tomada do poder pelos nazistas, em 1933, a família Frank fugiu para Amsterdã, na Holanda. Os alemães ocuparam Amsterdã em maio de 1940, e a partir de julho de 1942, as autoridades nazistas e seus colaboradores holandeses iniciaram a deportação dos judeus da Holanda para campos de extermínio na Polônia, já então ocupada pela Alemanha.
Na primeira metade de julho de 1942, Anne e sua família foram para um esconderijo com outras famílias judias. Por dois anos, viveram no sótão de um prédio que ficava atrás do escritório da empresa da família, na Rua Prinsengracht, 263, ao qual Anne se referia em seu diário como o "Anexo Secreto".

Amigos e colegas do escritório levavam roupas e alimentos clandestinamente aos Frank, colocando suas próprias vidas em grande perigo. Em 4 de agosto de 1944, após uma denúncia anônima feita por um holandês, a Gestapo (Polícia Secreta do Estado Alemão), descobriu o esconderijo e prendeu seus moradores.
Em setembro de 1944, as autoridades colocaram os Frank e as outras quatro pessoas com quem eles se escondiam em um trem rumo a Auschwitz. No final de outubro de 1944, devido à sua juventude e capacidade de trabalho, Anne e sua irmã foram transferidas para o campo de concentração Bergen-Belsen, no norte da Alemanha.

Devido às péssimas condições de higiene e alimentares as duas faleceram de tifo em março de 1945, apenas algumas semanas antes das tropas britânicas liberarem aquele campo. A mãe de Anne já havia morrido em Auschwitz no início de janeiro de 1945. Seu pai, Otto, foi o único da família a sobreviver à Guerra.”

Assim como Anne, muitas outras crianças sofreram a perda da infância, os malefícios da guerra, a privação de alimentos, de educação, de seus próprios familiares.

E uma vez de volta aos tempos de paz, sabe-se muito bem que apesar de toda a resiliência infantil, a volta ao equilíbrio emocional e físico é uma tarefa difícil de ser atingida.




Assista aqui a um breve vídeo, de apenas 4 minutos, sobre a curta vida desta menina alegre e feliz, que adorava os livros, os animais, os amigos, a família, e valorizava o espetáculo de um cantinho do céu através de uma velha e suja cortina protetora, e especialmente a visão dos galhos de uma árvore vizinha.


Ninguém no Anexo onde se escondiam Anne e mais 7 pessoas pensou que a guerra duraria tanto e que ficariam isolados do mundo por tão longo tempo.
Muitos já não alimentavam esperança de viver; porém Anne, até serem descobertos e enviados aos campos, acreditava num mundo melhor onde ela seria feliz e livre novamente.





Este texto é uma colaboração especial de Itanira Heineberg para os canais do EshTá na Mídia.

FONTES:




Livro – Anne Frank Remembered – autoras Miep Gies e Allison Leslie Gold (The Story of the Woman who Helped Hide the Frank Family – Pocket Books Autobiography)




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