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sexta-feira, 10 de junho de 2022

EDITORIAL: GILAD MENASHE ELDAD - 77ª ASSEMBLEIA GERAL DA ONU & ISRAEL

 

 



No último dia 6 foram eleitos os dirigentes da 77ª Assembleia Geral da ONU (AGO) que será instalada em setembro de 2022 em Nova York. Este é o órgão máximo das Nações Unidas que nas últimas décadas tem sido palco de importante desbalanço de atitudes de ações relacionando Israel com os chamados Palestinos.

Csaba Kőrösi, da Hungria, foi eleito por unanimidade o Presidente da 77ª AGO. O lema da 77ª será Soluções por meio da Solidariedade, Sustentabilidade e Ciência”. O Presidente-Eleito tem atuado de forma relevante no tema que foca a problemática atual do mundo.

Para ocupar as vice-presidências foram eleitos representantes da Austrália, Benim, Burundi, Chile, El Salvador, Israel, Jamaica, Quênia, Malásia, Mauritânia, Nepal, Níger, Tajiquistão, Turcomenistão, Vietnã e Zimbábue. A eleição de Israel para uma das Vice-Presidências da ONU ocorre um dia após o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas publicar um relatório condenando Israel e eximindo os responsáveis da autoridade palestina por atos terroristas cometidos dentro e fora de Israel. Seguindo a longa história do Povo Judeu, o Moderno Estado de Israel segue o caminho pela vida – e a busca de um dia após o outro.

O Estado de Israel ingressou na ONU em 11 de maio de1949, como seu 59º membro. Esta é a segunda vez que Israel é eleito para uma vice-presidência da Assembéia Geral. Durante cinco décadas, Israel não pertencia a nenhum grupo regional, que são os representados pelas vice-presidências. No ano 2000, o país foi incluído no Grupo Ocidental Regional (WEOG) e foi eleito para a 60ª Assembleia Geral. A ONU tem sido um campo de batalha em que Israel teve que enfrentar um bloco unido que constituía “maioria automática” contra Israel. Nos últimos anos, vemos estebloco ser desfeito e muitos países passaram agir de forma independente.

A história de Israel na ONU também vem ligada à das comunidades judaicas ao redor do mundo. Cada vez mais é difícil separar as duas entidades. Israel tem feito ao longo dos anos um esforço para trazer a narrativa judaica para dentro da Assembleia Geral. Em 2005, foi criado o dia da Recordação Anual do Holocausto, que coincidiu com o 60º aniversário da libertação de campos de concentração nazistas.

Este ano, pela segunda vez, a Assembleia Geral elege um israelense. Hoje, vamos comentar sobre o homem que chegou a esta posição. Gilad Menashe Erdan (גלעד מנשה ארדן( nasceu em Ashquelon (30 de setembro de 1970), é advogado e membro do Parlamento de Israel (Knesset) desde 2003. Pertence ao partido Likud e já foi ministro da Proteção Ambiental (2009-2021) e é o atual embaixador de Israel nos Estados Unidos e na ONU. Como vice-presidente, presidirá reuniões e participará da definição da agenda de deliberação da Assembléia Geral. De acordo com post publicado anteriormente na EshTáNa Mídia, Irã e Síria manifestaram objeção à eleição de Israel, mas não pediram nova votação. Erdan disse: “Agora estarei representando Israel em uma posição no coração da ONU. Nada me impedirá de combater a discriminação na ONU contra Israel. Esse triunfo envia uma mensagem clara aos nossos inimigos de que eles não nos impedirão de participar de papéis de liderança na ONU e na arena internacional. O ódio nunca deve triunfar sobre a verdade. Eu não vou permitir”.

Estas palavras vêm acompanhadas de um currículo dedicado a negociações e ações afirmativas. Erdan foi contra aos acordos de Oslo, prevendo que eram uma forma de excluir os árabes israelenses e todos os que compartilhavam o desejo de paz na região dos destinos de suas vidas. A história provou que as lideranças que negociaram o tratado de Oslo, assinado em 13 de setembro de 1993, há 28 anos, não tinham a intenção de criar um espaço democrático e pluralista e nem mesmo buscar a paz. Nos últimos 28 anos a Autoridade Palestina elegeu dois mandatários: Yasser Arafat e Mahmoud Zeidan Abbas. Em Israel a pluralidade e o “excesso” de partidos políticos são a tônica, e a alternância de poder e mobilidade partidária uma realidade.

Israel tem sido um grande defensor do meio ambiente, uma das linhas a serem seguidas na 77ª AGO, e Gilad Erdan, quando Ministro de Proteção do Meio Ambiente (2009 – 2013) promoveu muitas ações de grande relevância. Entre estas chama a atenção o abrangente programa de proteção de rios, praias e litoral, introdução de leis sobre reciclagem de embalagens e engarrafamentos e a criação de um Parque Ecológico em Beer Sheva, construído sobre um antigo lixão. Iniciou uma política de "poluição sem fronteiras" que incluiu a redução das emissões de gases de efeito estufa de Israel, aumentando a dessalinização da água, num esforço para fazer de Israel o líder mundial em reciclagem de água.

Serviu também como Ministro das Comunicações e Ministro de Defesa Interna. Impedir difamação de Israel por entidades internacionais que atuam em redes sociais e imprensa livre divulgando “fake news” sobre Israel resultou em ações positivas de mídias sociais e colaborou ativamente com processos de estabelecimento de relações estáveis com nações árabes e mulçumanas.

Entendemos que este é um momento positivo. Sem nutrir falsas esperanças ou querer desconhecer a grande onda antissemita que invade o mundo, temos que encerrar este editorial com um olhar positivo. Muitos momentos de altos e baixos continuarão acontecendo. Mas hoje queremos deixar para nossos leitores a mensagem que são estes pontos de inflexão na curva do tempo que dão a todos nós a certeza que atuar de forma consistente, com objetivos que visem o bem estar dos nossos e de toda a humanidade é uma forma de abrir a porta da esperança e vislumbrar caminhos que apontem um futuro mais digno.

 

Boa Sorte a todos que estão lutando para encontrar Soluções por meio da Solidariedade, Sustentabilidade e Ciência”.

 

Boa semana!


Regina P. Markus

 

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