ANO NOVO (2024) - LIVRO DA TORAH NOVO (SHEMOT) - o presente como uma ponte que une o ontem ao amanhã e constrói o futuro!
Chegamos em 2024. No dia 29 de dezembro de 2023, a África do Sul apresentou uma petição na Corte de Justiça de Haia acusando Israel de descumprir a convenção de punição e prevenção a genocídios de 1951. Naquela época, o recém-criado Estado de Israel e judeus do mundo inteiro lutavam para que a memória das atrocidades da Segunda Guerra Mundial não fossem apagadas. Hoje os negacionistas do Holocausto fazem parte do mesmo grupo que nega o direito à existência do Estado de Israel. Com uma atuação convincente na mídia, baseada em muitas criações não sustentáveis e na mobilização de pessoas no mundo inteiro, vemos que o objetivo é apagar os horrores do dia 7 de outubro de 2023. Não foi apenas um atentado ou um ato terrorista; foi uma expressão de ódio objetivando o extermínio do Estado de Israel. SHEMOT - NOMES - é este o livro da Torah que começamos a ler na semana passada, onde aprendemos que os nomes das pessoas e das famílias permitem criar uma linha de tempo que eterniza uma cultura e um povo. Mais que isso, é neste livro que aprendemos que "somos um entre os muitos povos da terra" e que a nossa identidade será eterna se criarmos pontos entre as gerações. Juntando os dois conceitos, numa semana tão controversa, VAMOS JUNTOS ACONTECER!
Como são muitos os temas que fazem esta ligação, convido os leitores a contribuirem em um debate dentro do blogger.
A VIRADA DO ANO
Conversando com amigos na Austrália, enquanto aqui era pleno dia, vendo o ano de 2024 entrar - fogos de artifícios e muitos brindes. A parada seguinte foi em Israel. Ainda era dia claro em São Paulo e eu estava brindando, via internet, a entrada de 2024 com amigos e família em uma pequena cidade entre Herzlia e Tel Aviv. E, de repente, falaram todos os mesmo tempo... "temos que correr - vamos para o bunker e ligamos de lá". Poucos minutinhos e a conexão estava refeita. Comidinhas e bandeirinhas já estavam no bunker e todos riam, porque tinham certeza que iam ser atacados aquela noite. Os domos de ferro foram acionados e naquela noite não houve baixas. Alguns prédios foram atingidos. E o ano começou...
As notícias na imprensa continuavam focando em imagens de Gaza, onde o Exército de Defesa de Israel vem descobrindo uma enorme cidade subterrânea. Mais quilometros de túneis do que o famoso metrô de Londres. Túneis localizados de 20 a 50 km abaixo da superfície, que ligam escolas (jardins de infância), hospitais, casas etc à fronteira de Israel. Foram localizados escritórios, salas de armazenamento de armas e muito mais. Os bebês, jovens, adultos, idosos, homens, mulheres, israelenses e de muitas outras nacionalidades que foram sequestrados no dia 7 de outubro de 2023 e que ainda continuam em Gaza estiveram nestes túneis, e talvez ainda estejam. O que sabemos?
O QUE VEMOS COM DIFICULDADE - cenas fortes - cenas que iniciaram em 7 de outubro.
As notícias da imprensa ainda focam em muitas ações de deslegitimização do Estado, do Povo, da Religião e da História. Queremos dizer que estamos surpreendidos com o desdobramento dos fatos, mas hoje tenho que pensar que por décadas tentamos não enxergar o que estava à nossa frente. O fato da África do Sul, um país que viveu (vive?) um apartheid real, tenha apresentado um petição para condenar Israel. A petição foi aceita e os trabalhos terão inicio amanhã, dia 11 de janeiro.
A seção de Tendências e Debates da Folha de São Paulo publicou dois textos, um assinado por Paulo Sérgio Pinheiro, que foi Ministro de Estado de Direitos Humanos no governo Fernando Henrique Cardoso e coordenador do Comissão Nacional da Verdade. Um texto que mostra o perfil de um antissemita, que liberta-se da necessidade de um discurso políticamente correto após o dia 7 de outubro. As barbáries que foram cometidas e que estão sendo cometidas até hoje entram em esquecimento e mostram a morte que ocorre na Faixa de Gaza de forma unilateral. Apesar do Exército de Defesa de Israel ter criado corredores para entrada de alimentos e remédios e ter aberto espaços para as populações se deslocarem para fora da zona de armazenhamento de munição de alto alcance que atinge a população de Israel diariamente, há um viés para as casualidades. Em nenhum momento é referenciado o que está acontecendo com os sequestrados. E assim, segue o texto.
O segundo texto é escrito por David Disendruck, cofundador do Instituto Brasil-Israel. Escrito de forma a mostrar o que os chama, David Disendruck percorre a história de Israel e do Povo judeu e também abre espaço para dar sua opinião sobre a questão palestina. Há um relato importante da relevância dos judeus e da cultura judaica, baseada nos escritos do Tanach, que incluem os cinco primeiros livros de Moisés (Torá), Profetas e Salmos. David Diesendruck foca no humanismo, na criação do socialismo e mostra que Israel foi o primeiro país, mesmo antes de ser um estado oficial, a viver uma real experiência socialista. Mas atualmente os chamados de esquerda criaram rótulos que deixam de fora a realidade de Israel.
Mas, será isso recente? Certamente, o que acontece na África do Sul já é um processo estabelecido e aflora junto com o antissemitismo mundial.
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Em 26 de junho de 2022 a Ministra do Exterior da África do Sul pede que Israel seja considerado um "Estado Apartheid".
"O único país do mundo que trouxe africanos negros como imigrantes legítimos e não como refugiados. Um país em que judeus, árabes, cristão, sujeitos de qualquer tonalidade de pele ou etnia frequentam as universidades e assumem postos na mais alta hierarquia intelectual, política e militar na dependência de sua capacidades. Ah - e não podemos esquecer das oportunidades de negócios e de inovação disruptiva."
Também naquela oportunidade os que criticaram esta postura nunca atacaram a Africa do Sul, mas tinham como mote esclarecer a diversidade da população israelense. Se olharmos como os judeus foram tratados na África do Sul em anos remotos, fica claro que a animosidade é de longa data. Por outro lado, conversando com amigos que nasceram naquele país, entendemos que até um certo momento de suas vidas, estavam ok. Podemos ir adiante e tornar este texto longuíssimo.
Do ponto de vista prático, Israel nomeou para estar entre os 15 juízes desta corte Aron Barack, 87 anos, sobrevivente do Holocausto, e grande opositor do atual governo no que tange à justiça israelense. Há dias, conseguiram vencer e impedir que fosse feita uma reforma judiciária que poderia atender a questões do presente. Já está quase aí... vamos seguir e colocar no nosso blogger as novidades do tema.
Teríamos que falar dos desdobramentos nas Universidades de elite americanas. Nesta semana ocorreu a demissão da Reitora de Harvard. Motivos alegados são de ordem acadêmica, mas qualquer um que avalie a mídia no último mês percebe que as pessoas que gostam de inclusão de gênero, cor e etnia têm um "odor" antissemita que aflorou nos últimos 90 dias! Mas, quero dar um guinada e pedir toda a atenção!
Será que hoje - 10 de janeiro de 2024; 29 tevet de 5054 - estão ocorrendo fatos que deixamos de perceber? Quando vocês estiverem lendo este texto já será o mes de Shevat, que começa hoje ao entardecer.
Como começou o atual conflito? O que o futuro está projetando...
De qualquer ponto que olhamos o atual conflito tem a forte mão do IRÃ. Coordenando movimentos muçulmanos terroristas em Israel, nos países árabes, nos países mulçumanos não árabes, nos países africanos não mulçumanos, na Europa, Estados Unidos, América Latina e Canadá e... aonde mais pudermos olhar! É uma rede importante de pessoas exportadas para o mundo todo. Só nesta virada de ano foram cometidos atentados em muitos países, inclusive no Irã. Na Argentina e no Brasil foram presos suspeitos e assim mesmo continuamos recebendo pessoas condenadas por matar crianças e frequentadores de bares e sinagogas!
Olhando a Ásia, fica evidente que a aproximação entre Israel e os países árabes, quer através de ações diplomáticas ou da colaboração em comércio, inovação e educação, trazia novos rumos e uma esperança que haveria uma mudança geopolítica construtiva!
Aí ocorre o 7 de outubro de 2023 - terá sido sem anúnico? Pois assistam o vídeo "Israel Bajo Fuego". Poderia ser recente, mas foi em 2018!! Isto faz pensar que o 7 de outubro vem sendo planejado há muitos anos!
EM RESUMO
Um planejamento que ultrapassa o simples jogo de xadrez. Envolve forças geopolíticas que têm se manifestado ao longo dos últimos 50 anos e que vêm pavimentando os organismos internacionais para desconsiderarem questões judaicas, incluindo (1) antissemitismo, (2) soberania do único Estado Judaico, (3) deslegitimização da religião judaica e (4) apagamento da história judaica. Será que esqueci algum item? Talvez... mas o mais relevante é olhar a questão do ponto de vista judaico. Israel está em guerra, e a população tomou o bem estar do país sob seu controle. Os judeus do mundo todo vêm sendo ameaçados e buscam formas de manter autonomia e impedir que o número desproporcional de inimigos ameace a sua sobrevivência. Assim, voltando a um mantra que todos repetimos --- de geração em geração! Esta é a forma de sobreviver.
Hoje, no entanto, se quisermos ir além devemos começar a tricotar um colete salva vidas que inclua os vários nós desta equação. E se apontar para o Irã, devemos estar prontos para denunciar. Vale ver a entrevista de o periodista Henrique Cimerman deu à jornalista brasileira Leila Sterenberg - esta foi uma entrevista especial e dará uma perspectiva do que está acontecendo nos bastidores deste mes de janeiro.
E agora segue o link para quem puder assistir à audiência no Tribunal da ONU em Haia.
Que tal enviarem informações para o nosso e-mail, de forma que possamos criar esta malha!
Am Israel Chai (Rai)
Regina P. Markus
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