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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

MISS HOLOCAUST SURVIVOR 2018 - HAIFA





Você sabia que no dia 14 de outubro, uma simpática e risonha bisavó de 93 anos foi coroada “Miss Sobrevivente do Holocausto” num concurso anual de beleza criado em Israel com o objetivo de animar (ou compensar, o que vocês acham?) e alegrar as mulheres que padeceram as atrocidades do genocídio nazista?
Tova Ringer, a escolhida entre 12 participantes e vencedora da sexta edição do concurso de beleza, nasceu na Polônia e agora vive em Haifa.
Esta competição é organizada por Yad Ezer L’Haver, ou “Helping Hand” (Mão que Ajuda), uma instituição dedicada a assistir e amparar os sobreviventes carentes do Holocausto.
Antes das vencedoras serem anunciadas, houve shows dos veteranos artistas israelenses Hana Laszlo e Sassi Keshet e uma performance pelo coro dos sobreviventes do Holocausto cuja idade média é de 90 anos e cuja temática das canções fala sobre a sobrevivência dos guetos na Europa durante o Holocausto.
O genocídio de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial desempenha um papel singular na sociedade israelense.
Em 1948, no despertar do Holocausto, foi criado o Estado de Israel, tornando o país um refúgio para centenas de milhares de judeus sobreviventes dos campos de extermínio nazistas.
Hoje vivem em Israel menos que 200 mil idosos sobreviventes.
“Uma dúzia de concorrentes percorreu a passarela com cautela - às vezes assistida - na cidade de Haifa, com cabelos penteados, maquiagem e faixas adornando seus vestidos.
Várias gerações de parentes, junto com simpatizantes, aplaudiram e tiraram fotos, ressaltando a mensagem dos organizadores de que o concurso concede glamour e honra ao número cada vez menor daqueles cuja juventude foi roubada na Europa durante a guerra, mas que construíram novas vidas em Israel.
"Estou muito feliz. É algo especial", disse a nova Miss Sobrevivente do Holocausto, Tova Ringer, nascida na Polônia, que perdeu seus pais, quatro irmãs e uma avó no campo de extermínio de Auschwitz.
"Eu não tenho palavras para as pessoas que trabalham aqui. Eles deram tanto ... coração para nós", disse ela à Reuters.
"Eu não acreditaria que na minha idade eu seria uma beleza", brincou a ex-joalheira, com uma tiara sobre o cabelo branco.
Outras concorrentes incluíam uma ginecologista aposentada e técnica de gás, ambas com 81 anos de idade, e duas autoras de memórias do Holocausto. A mais jovem, 74 anos, ainda trabalha como professora apesar das complicações da pneumonia que sofreu quando criança na Romênia.”





Alguns comentaristas e sobreviventes temem que o evento ofusque a memória dos 6 milhões de judeus mortos pelos nazistas. Há quem considere este concurso de beleza muito controvertido.
Mas um alemão presente considerou “uma celebração maravilhosa”.
"É muito importante para minha geração conhecer a história do Holocausto, da Shoah, e é importante para mim apoiar essas pessoas", disse Jan Fischer, gerente de cartão de crédito, de 52 anos de idade de Munique.
"Eu desejo que isso (o genocídio) não aconteça novamente - nunca".




Este texto é uma colaboração de Itanira Heineberg para o EshTá na Mídia.

FONTES:








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