Estamos vivendo no que parece ser a fronteira dos tempos. Os avanços tecnológicos são de tal ordem, que muitos têm dificuldade de saber o que virá. Rompemos conceitos básicos na Física, Química e Biologia. Muitos não percebemos o que vem acontecendo na fronteira do saber, mas todos aproveitamos as vantagens e desvantagens destes imensos avanços.
Para a maioria dos nossos leitores falar de números irreais é algo que não faz o menor sentido. Para matemáticos foi um problema por séculos, visto que era impossível transformar estas entidades em uma figura geométrica. Mas há muitos séculos, foi como visualizar e tornar concretos estes números. É só sair do papel e passar a escrever também no ar. É sair do mundo plano e entrar no mundo em que vivemos, um mundo que tem volumes, corpos e que se projeta no espaço. Naquela época, muito do saber foi revisitado e reinventado.
Poderia dar exemplos mais fáceis, como usar o famoso WAZE, ou o Google Maps. A maioria de nós não entende como isto é feito, mas quando olhamos para o celular e identificamos rotas e trajetos que sugerem o melhor caminho para ir à pé, de transporte coletivo ou de carro, e que ainda identifica as ondas de trânsito e sugere um bom trajeto, nem pensamos como era há 20 anos. Todos já alcançamos o mundo tecnológico do século XXI, e na maioria das vezes estamos muito confortáveis com o momento.
MAS - e sempre tem um MAS - ao olharmos as sociedades, os países e todas as disputas e incongruências temos que parar e repensar. Atualmente, neste país percebemos algo estranho: o mundo parece estar dividido em dois grupos. Os que exaltam a igualdade de todos os indivíduos, retirando o mais precioso tesouro da humanidade, a diversidade. E aqueles que querem rotular grupos de pessoas, e com isto criar uma diversidade artificial, porque acham que pessoas de um mesmo grupo são consideradas iguais e incompatíveis com as pessoas dos outros grupos. Percebemos que estas atitudes estão nos levando a um ponto de conflito sem volta, alardeado por pensadores e cientistas. Alardeado por líderes e pelas redes sociais.
É neste ponto que devemos olhar para o Passado e ver como isto foi enfrentado, se é que já foi.
A História do Povo Judeu é muito longa, uma história que se inicia com Abrão saindo da casa de seu pai e abrindo novos caminhos. A História do Estado de Israel moderno é muito mais curta - está na casa dos 70 anos. Não tem nem um século! E foi criada a partir de um sonho de um judeu assimilado, Theodor Herzl, que escreveu um Livro: Der Judenstaat - O Estado Judeu - no final do século XIX, em resposta ao crescente antissemitismo que se tornava público na Europa. Aqui, a proposta era: saiam do conforto europeu e voltem à Terra Prometida.
Nos dois casos a idéia de REINVENTAR está inclusa - e deixando algo para falar nas próximas semanas, é muito importante que cada um de nós brasileiros lembremos que indepentemente de nossas opiniões, temos que respeitar o outro e com isto REIVENTAR o nosso futuro conscientes de que todos moramos no mesmo Brasil.
Sabendo REINVENTAR a cada um de nós, saberemos seguir em frente juntos.
Shabat Shalom
Regina P. Markus
Nenhum comentário:
Postar um comentário