JERUSALÉM - A CIDADE DE OURO
22 de maio de 2020
Jerusalém, a Cidade Eterna. Uma cidade que segue a história da humanidade no planeta Terra. Arqueólogos descrevem a presença de assentamentos humanos desde a era do cobre (4500 - 3500 aEC, antes da era comum), mas o início de uma cidade, denominada Rusalimum em textos egípcios, acontece na era do bronze (2000-1330 aEC). Nesta era é descrita na Torah o sacrifício de Isaac. De acordo com o relato de Genesis, ocorreu no Monte do Templo.
Continuando nossa viagem através do tempo terrestre chegamos a 1100 aEC, quando o Rei David conquista a Cidade de Jerusalém dos Jabuseus e a transforma na capital do Reino de Israel. Segue-se a construção do Primeiro Templo, conhecido como Templo de Salomão, que foi destruído em 587 aEC pelos babilônios, povo que habitava uma cidade localizada no atual Iraque.
Continuando nossa viagem através do tempo terrestre chegamos a 1100 aEC, quando o Rei David conquista a Cidade de Jerusalém dos Jabuseus e a transforma na capital do Reino de Israel. Segue-se a construção do Primeiro Templo, conhecido como Templo de Salomão, que foi destruído em 587 aEC pelos babilônios, povo que habitava uma cidade localizada no atual Iraque.
Os judeus seguem para o primeiro exílio. Em 539 a.EC o Império Persa conquista a Babilônia e em 516 Ciro autoriza a volta do judeus para Jerusalém. Em 516 a.EC é construído o Segundo Templo. Lembramos que muitos judeus ficaram na Pérsia e só deixaram seus lares, mais de um milênio depois, quando o Império Persa foi transformado na República do Irã (1979).
Vários impérios tentaram tomar a terra de Israel e Jerusalém dos Judeus, entre eles os gregos (332 - 63 aEC). A ocupação helenista foi repleta de práticas antissemitas, e a revolta dos Macabeus (167 – 164 aEC) libera Jerusalém e a Terra de Israel dos gregos. Israel volta a ser a nação dos judeus pela terceira vez.
A seguir entra o período Romano (63 aEC -313). É na era dos romanos que a construção do Segundo Templo foi finalizada, para então ser destruído no dia 9 do mês de Av do ano 70. Nos anos de 132-135 ocorre a revolta de Bar-Kochba. Três anos de luta por um sonho que é interrompido na Fortaleza de Betar. Os romanos conquistam a região e mudam seu nome para Palestina, bem como o nome Jerusalém para Aelia Capitolina. Inicia-se o Exílio de 2000 anos!Nestes 2000 anos Jerusalém passa pelo período bizantino (324-629), muçulmano (636 – 1098), cruzadas (1099 – 1260), mameluco (1260-1516), turco-otomano (1516-1917) e britânico (1917-1948).
Durante todos estes anos há registro da presença judaica em Jerusalém. As lutas entre cristãos e judeus que se iniciam na época do Império Bizantino e resultam na morte do governador judeu Nehemiah ben Hushiel seguem por séculos, incluindo o período das cruzadas. O período mulçumano foi pluralista e garantia a prática de outras religiões e outras culturas. No domínio dos reinos dos cruzados, judeus e mulçumanos foram massacrados. Os mulçumanos recuperam Jerusalém durante o período dos cruzados e finalmente deixam a cidade quando esta é conquistada pelos mongóis.
Os judeus espalhados pelos quatro cantos do mundo continuam olhando para Jerusalém. E esta afirmação é literal – e vale tanto para os judeus que professam a religião judaica (as rezas são dirigidas para Jerusalém) quanto para aqueles que fazem parte do povo judeu, ligados à sua cultura e ética. Ao longo de toda a história judeus voltam para Jerusalém, e durante o Império Otomano a necessidade de criar um Lar Nacional Judaico foi aumentada.
É no ano de 1967 – no dia 28 do mês de Yar – que Jerusalém é unificada. Pulamos muito da história – e ao escrever este texto, fica claro que este é um tema importante para entender uma das fontes de discussão sobre a soberania do Estado Judeu do século XX -XXI. Fica a vontade de descrever de forma pormenorizada os 2000 anos de exílio e a importância de Jerusalém no imaginário do povo judeu e dos muitos fatos, que ao longo de uma história de 3000 anos, une os sonhos e a realidade.
Jerusalém, a cidade dourada, com o sol batendo nas pedras de Jerusalém ao final do dia, refletem uma luz muito especial. Jerusalém, a cidade eterna. E para terminar, não podemos deixar de mencionar: Jerusalém, a cidade do futuro. É lá que se localiza um dos principais centros de inovação do mundo, e é de lá que vêm Waze, Moovit, WhatsApp e muitas outras inovações que tornam a nossa vida muito melhor nestes dias de Corona!
Boa semana!
Regina P. Markus
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