Made in
Israel, um dos
ecossistemas mais maduros do mundo
Por Itanira Heineberg
Tomate-cereja
(Solanum lycopersicum var. cerasiforme)
Espécie de
tomate de tamanho menor e com sabor um pouco mais doce do que o de um tomate
comum.
Você sabia que a espécie de tomate cereja mais comumente comercializada hoje em dia foi desenvolvida em Israel?
O
delicioso tomate cereja é cultivado desde o início dos anos 1800 e é
possivelmente originário do Peru, Equador e Norte do Chile.
A espécie mais comumente comercializada atualmente foi desenvolvida em Israel por institutos de pesquisa na área de engenharia genética agrícola no país.
A escola
que mais se destacou nesta pesquisa é filiada à Faculdade de Agricultura da
Universidade Hebraica no campus da cidade de Rehovot.
A pesquisa
por esta classe aconteceu pela necessidade de uma espécie mais apropriada ao
ambiente climático do país, além de permitir que o tempo entre o amadurecimento
e deterioração do fruto fosse maior.
Quando
surgiram os tomates cereja no mercado, a novidade agradou.
“E ninguém nunca se perguntou qual seria sua origem.
Incorporado ao cotidiano de nossas receitas, sua história permaneceria obscura.
Isso se não fosse um avião atrasado no aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv.
Foi aguardando seu voo que a pesquisadora Anna Wexler leu com atenção um folheto que promovia Israel.
Tanto como destino turístico, como terra de inovações.
Entre elas, o governo reivindicava a autoria do tomate cereja como resultado do avanço de sua pesquisa agrícola.
A estratégia é vender o país como um grande centro mundial de desenvolvimento tecnológico.
Mas Anna sabia que o tomate é originário da América (na verdade, Peru e Equador).
E se perguntou se as reivindicações de Israel poderiam ser verdade.
O resultado de sua investigação é o estudo Seeding Controversy: Did Israel Invent the Cherry Tomato?
Em português, seria algo como “Plantando a discórdia: foi Israel quem inventou o tomate cereja?”.
A obra foi publicada na revista científica Gastronomica: The Journal of Critical Food Studies.
Nela, descobrimos a origem da confusão.
A verdade é que esse tipo de tomate crescia de modo espontâneo nos quintais.
Mas não era comercializado porque tinha curta vida útil.
Isso mudou nos anos 1970.
Foi quando a Universidade Hebraica de Jerusalém desenvolveu uma espécie mais resistente ao clima da região.
Ou seja, Israel não criou o tomate cereja, mas sim uma versão economicamente viável.
O ufanismo do governo, somado à publicidade, promoveu uma nova versão para a origem da iguaria.
Hoje em dia, a autoria pelo tomate cereja tornou-se um poderoso elemento da autoimagem dos israelenses.
Por
este motivo, Anna Wexler sugere não questionar a veracidade da história.”
Assistamos
agora a este vídeo de 10 minutos, um Must sobre o assunto, onde conheceremos a
história da agricultura em Israel, de seus tempos difíceis de muita malária,
pântanos e desertos áridos, até agora! Uma conquista com muitas vitórias,
aprendizagens, pesquisas, incluindo todos os países interessados em utilizar
suas técnicas de avanço e grandes colheitas.
FONTES:
https://rulez.io/blog/ecossistema-israel-oren-gershtein/
https://www.frutasriva.com.br/produtos/tomates-cereja-frutas-riva/
http://luciliadiniz.com/quem-inventou-o-tomate-cereja/
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