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segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

VOCÊ SABIA? - Uma cidade chamada OSWIECIM

 

Da pacata OSWIECIM, Polônia, antes da Segunda Guerra, a AUSCHWITZ: como os alemães a denominaram e transformaram em uma amostra do inferno.

Por Itanira Heineberg




Você sabia que os leitores do compêndio de ficção histórica “Perguntem a Sarah Gross”, embevecidos com a leitura, convenceram o autor a acompanhá-los à Polônia e guiá-los pelos caminhos do holocausto em uma viagem de 6 dias, percorrendo as ruas de “Oswiecim” - a Auschwitz antes de virar palco da Segunda Guerra?



O livro acima, publicado em 2015, narra a história de Sarah Gross, uma judia de origem polonesa que sofreu as consequências abomináveis do holocausto, até o fim de seus dias, já num mundo pós-guerra, pacificado e aparentemente civilizado.

Serve como alerta para que nunca esqueçamos o passado doloroso de um povo injustamente perseguido e acusado, frente ao presente matizado de preconceitos, racismo, intolerância e demonstrações assustadoras por todos os rincões do mundo em pleno século XXI.

O autor judeu João Pinto Coelho, nascido em Londres, arquiteto e escritor que atualmente vive entre Lisboa e Nova York, é um grande estudioso e observador da História do mundo.

Especializou-se em Auschwitz e nunca acreditou que um dia levaria um grupo de seus leitores a percorrerem a trajetória de seu livro - judeus aprisionados nos espinhosos caminhos do holocausto na Europa.



Deixemos o autor, especialista em Auschwitz, falar sobre sua proposta:

“Já levei outros grupos à Polónia, mas nunca enquanto autor, muito menos com um livro na bagagem para me fazer de guia. Será, também, a terceira vez que regresso àquele país, desde que publiquei Perguntem a Sarah Gross. De cada vez que o fiz, Auschwitz não era o mesmo, pois por lá já tinham estado Sarah e Daniel, Esther e Max, o Corvo. Não sei se os irão encontrar, mas aquilo que acontecer ao longo desses seis dias terá de ser muito mais do que consta habitualmente nos itinerários turísticos.”

A visita terá o apoio do Plano Nacional de Leitura e da Leya/D.Quixote, iniciando-se em 30 de julho de 2022, um sábado, e já está com a lotação esgotada.

Assista clicando aqui ao curto vídeo sobre o passeio.

 

“Nos dois meses que antecedem a visita, faremos videoconferências para falarmos de livros – da Sarah e de muitos outros -, de filmes, mas também da linguagem e da estrada armadilhada que é fazer ficção em torno do Holocausto.

Já na Polónia, ao final de cada tarde, proporemos reuniões para fazermos um balanço e escutar as expectativas de quem as quiser partilhar.

Além dos lugares obrigatórios que encontraremos em Cracóvia, queremos ir muito mais longe e visitar os cenários onde viveu Sarah Gross e as restantes personagens que povoam o romance - a cidade de Oswiecim (Auschwitz), a Solahutte, o Collegium Novum da Universidade, etc.

No fim, o dia passado em Auschwitz, para todos a razão de fazer esta viagem.”

O que intriga e preocupa o autor é saber como a Shoah aconteceu, “talvez convenha lembrar que a Shoah só foi possível pelo empenho obstinado de uma multidão de homens e mulheres que, antes da guerra, provaram ser assustadoramente parecidos com cada um de nós. O acaso do tempo e do sangue que nos corre nas veias poupou-nos às circunstâncias que transformaram gente comum em monstros e inocentes em vítimas.”

 

Após a leitura desta obra que muito apreciei e recomendo, acredito que outras excursões similares acontecerão e que João Pinto Coelho levará muitos interessados a conhecerem a tragédia do holocausto, a descobrirem a expertise do homem em requintes de crimes inimagináveis contra seus semelhantes, e a entenderem a necessidade de não esquecer o passado para conquistar um futuro de paz e tolerância frente às muitas diversidades da raça humana.

Estamos vivendo tempos preocupantes de antissemitismo nas universidades do planeta, injustiças na ONU, ataques a escolas e sinagogas.

Aí está a razão para informarmos a todos, ensinar aqueles que desconhecem a história, alertar os incautos. Governos totalitários permitem a supremacia desvantajosa e cruel do homem sobre o homem.


Convém, portanto, lembrar as palavras de Daniel Jonah Goldhagen:

“Pelo menos cem mil alemães colaboraram diretamente no Holocausto e muitos outros indiretamente; toda essa gente empregou a sua energia e as suas capacidades para a destruição do povo judeu, convencida de que ela era necessária e justa.”

 

Aqueles que esquecem o passado estão condenados a repeti-lo.”



FONTES:

https://www.trilhosdesarahgross.com/c%C3%B3pia-termos-e-servi%C3%A7os

https://www.trilhosdesarahgross.com/c%C3%B3pia-termos-e-servi%C3%A7os

https://visao.sapo.pt/atualidade/cultura/2017-11-16-viagem-ao-mundo-de-joao-pinto-coelho-os-loucos-somos-nos/

https://www.viajoteca.com/auschwitz/

https://www.facebook.com/joaopintocoelho.escritor

https://www.goodreads.com/book/show/25258867-perguntem-a-sarah-gross

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