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segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Você Sabia? - Olivia Newton-John

 

Olivia Newton-John (1948-2022)

Por Itanira Heineberg


A estrela britânica australiana que dominou a cultura pop no final dos anos 1970 e 1980 e foi símbolo de triunfo e esperança dividiu sua jornada de sucessos profissionais com a batalha contra o câncer de mama que recentemente a levou.



Você sabia que esta garota especial, vibrante de entusiasmo pela vida e pelo ser humano em suas diversidades possuiu fascinantes vínculos judaicos em sua trajetória de 73 anos?



Desde sua infância Olivia mostrou-se fascinada pela música, criando ainda na escola um grupo cantante com suas colegas de classe.

Em 2006, quando já era conhecida no mundo por sua voz e atuação em filmes como Grease, com John Travolta, renovou a versão de “Grace & Gratitude” inspirando-se em sua própria crença de que a música tem o poder de curar acalmando nossas mentes, elevando nossos espíritos e conectando nossos corações, com faixas destinadas ao relaxamento e à cura.

Em 1992 descobriu um câncer de mama que foi logo tratado, mas que voltou em 2013 ele voltou e desde 2017 nunca mais a abandonou. Assim, com estas vivências e sobrevivências, despertou para a importância da saúde do corpo e da mente e em especial para o papel e poder da música em nossas vidas.



Olivia lutou 30 anos para se livrar da doença e foi ativista da causa liderando passeatas, doando verbas de prêmios por ela recebidos a instituições pela cura do câncer e finalmente trocando remédios tradicionais pela cannabis (foto acima).

Uma pessoa dedicada aos seus semelhantes que praticava a caridade, um dos tripés do Judaísmo, sempre determinada a ser um canal do Bem em nosso mundo.

Passemos agora à sua conexão com o Judaísmo.

Olivia possuía raízes judaicas por parte do pai e da família de sua mãe também. Admirava seu avô paterno, que ela considerava um homem de paz.



Em seu recente livro de memórias ela escreveu: “Em 1933, meu avô judeu fugiu da Alemanha com sua esposa, Edwiges, para escapar do regime de Hitler. Ele não era apenas uma mente brilhante, mas também um humanitário que ajudou os judeus a escapar da Alemanha. Estou extremamente orgulhosa do meu avô amante da paz.”

Max Born, seu avô, era o físico vencedor do Prêmio Nobel de Física, um dos fundadores da mecânica quântica e amigo de longa data de Albert Einstein.

 

“Já seu bisavô materno era o jurista judeu-alemão Victor Ehrenberg; seu pai era um oficial de inteligência britânico que prendeu o vice-führer Rudolf Hess durante a Segunda Guerra Mundial”.

 

Newton-John aborda segmentos de sua vida particular em seu livro de memórias "Don't Stop Believin", uma homenagem à uma das faixas de seu álbum de 1976.

Este verso, “Não pare de acreditar”, nada mais é do que uma síntese dos mandamentos de Deus aos israelitas, embora isso, originariamente, talvez não tenha sido sua ideia ao optar por este título para sua autobiografia.

 

“Newton-John aparentemente tinha, no entanto, alguns conceitos místicos judaicos sérios em mente quando gravou seu álbum “Grace and Gratitude”. A confecção da nova era está repleta de interlúdios instrumentais com títulos como “Yesod”, “Hod”, “Nezah”, “Tiferet”, “Hesud-Gevurah”, “Binah”, “Hochmah” e “Keter” – nomes correspondentes às divinas sefirot, ou vasos de energia divina, na Árvore Cabalística da Vida.”

 

Em sua vida plena de atividades humanas, artísticas, caridosas, em meio a sofrimentos, sucessos e alegrias, ela percorreu um caminho de busca espiritual, sempre lembrando das palavras fortes do avô:

 

“A crença de que existe apenas uma verdade e que a pessoa a possui parece-me a raiz mais profunda de tudo o que é mal no mundo.”

 

E ela, influenciada pelas ideias de seu avô e baseada em sua própria filosofia e maneira de olhar o mundo, completa:


“Toda a minha vida procurei uma coisa em que pudesse acreditar, mas não consegui encontrar apenas uma porque acredito em possibilidades e respeito as diferentes crenças de todas as pessoas. Eu tenho um problema real com as pessoas se esgotando pelo que acreditam, então as palavras do meu avô colocam tudo em perspectiva para mim. Eu concordo com ele."




Sim, Olivia, você está coberta de razão, ao aceitar a diversidade humana, a pluralidade de crenças, raças, costumes e tradições, o mundo finalmente encontrará a paz esperada por todas as pessoas de bem.

 

 

FONTES:

https://www.theguardian.com/film/2022/aug/08/olivia-newton-john-star-of-grease-dies-aged-73?utm_term=62f1dbc6a991fb6ce8247ef5fd283a5b&utm_campaign=GuardianTodayUK&utm_source=esp&utm_medium=Email&CMP=GTUK_email

https://stljewishlight.org/arts-entertainment/tçhe-jewish-history-of-olivia-newton-john-who-passed-way-today-at-73/

https://forward.com/culture/421444/the-secret-jewish-history-of-olivia-newton-john/

https://www.bbc.com/portuguese/geral-62472347

 


quinta-feira, 25 de agosto de 2022

EDITORIAL: TEMPOS MODERNOS - NUVENS NEGRAS - ÁGUA À VISTA?

 TEMPOS MODERNOS

        NUVENS NEGRAS - ÁGUA À VISTA?





Os dias e as noites se sucedem inexoravelmente. Amanhece e Anoitece - alguns dias apreciamos a maravilha do nascer e do por do sol, e em outros olhas para um céu nublado. A beleza do astro rei e as mensagens trazidas pelas nuvens. Em tempos de seca, olhar as nuvens é um presságio de chuva produtiva. O solo e nossos pulmões se alegram e agradecem. Mas, outras vezes, as nuvens se formam e, de repente, para os que não souberam entender a mensagem que estava escrita no céu ou não tiveram tempo para ler, são surpreendidos por turbilhões e grandes desastres. 

A longa história do Povo de Israel, o Povo Judeu, pode muito bem ser seguida com este olhar. Há um florescer iluminado em tempos de tranquilidade desde os tempos antigos, passando Idade Média, Era Moderna e os Tempos de Hoje. Lembramos da Escola de Sagres em Portugal, que era uma Ieshivá, cujos conhecimentos foram transferidos para a Holanda, nos tempos da Inquisição e... vamos avançar no tempo. Vamos chegar ao tempo em que muitos do que estão a ler este editorial consideram história pessoal, ou transmitida diretamente por seus pais. A vida sob o domínio dos Czares da Rússia, Hitler e o nazismo, a expulsão dos Judeus dos Países Árabes, a fuga dos judeus da Etiópia, a recente difamação dos judeus na guerra da Ucrânia. 

Todas estas catástrofes foram precedidas de muitos avisos. Muitos que moravam na Alemanha na década de 1930 perceberam o que acontecia e imigraram. O mesmo aconteceu décadas antes com os que viviam no Leste Europeu. Pessoas ricas e pessoas pobres, vivendo em pleno século XX, integrados nas sociedades de seus países. Vivendo em shtetls (pequenas vilas agrícolas) no Leste Europeu. A razão da imigração era a mesma. ANTISSEMITISMO!

HOJE

Este editorial foi elaborado a partir de algumas conversas com Marcela e Juliana no zap, quando observamos a quantidade enorme de material que denota o antissemitismo de nossos dias, que se avoluma em todo o mundo, e até já admite tratamentos díspares para judeus ou não judeus. 

Vamos aos fatos: Entrou no nosso radar um vídeo apresentado no Fantástico da Globo com o título "Áudios inéditos mostram líder nazista admitindo crimes do Holocausto". Adolf Eichman, o carrasco nazista,  que foi capturado na Argentina, julgado em Israel aparece conversando com amigos e comentando sobre suas façanhas de guerra. Todas negadas quando está no julgamento.  

Mas, e os fatos atuais? Vamos lá. No dia 21 de agosto de 2022, Dana Bash, colaboradora da CNN americana apresenta um programa chamado "O ressurgimento do antissemitismo nos Estados Unidos". São reportados casos de agressões pessoais, destruição de sinagogas e patrimônios neste ano. Estas noticias são reproduzidas no Brasil. Seguindo o mesmo tom, há um alerta em relação ao ambiente universitário. Foi reportado um projeto para resolver "o problema judaico nas universidades americanas". No Canadá, esta semana, o governo  suspendeu financiamento de organizações não governamentais focadas na diversidade, mas que atacam de forma direta os judeus. Um exemplo marcante é a fala de um consultor sênior da Community Media Advocay Centre Laith Marouf. Este senhor usa como motivação a frase: "A vida é muito curta para sapatos especiais ou para presentear um judeu, supremacista branco, com algo diferente que uma bala na cabeça". 

A diferença entre a primeira metade do século XX e o tempo em que vivemos é que o Estado de Israel é uma realidade. Apesar de adicionar uma outra camada de falsas verdades, dá um novo referencial ao Povo Judeu como um todo.

No dia 24 de agosto de 1929 ocorreu, a 30 km de Jerusalém nas terras que eram do Mandato Britânico da Palestina, um massacre de 58 judeus e a posterior expulsão dos judeus de Jerusalém. O motivo que aparece na superfície é que corria um boato que os judeus queriam chegar ao Monte do Templo - onde estava localizado o Muro Oeste do Templo de Jerusalém. Hoje sabemos que era uma forma de demonstração de poder do Mufti de Jerusalém, Haj Amin el Husseini, que inclusive fez aliança com Hitler.

Já existia o esforço sionista para a construção de um Lar Nacional Judaico. Hoje este esforço é uma realidade, mas ainda encontramos uma enorme resistência por parte de estados ditatoriais que mantém homens armados executando ações contra Israel.

Mas, como diz o título deste texto.... nuvens densas podem significar água à vista - e esta pode ser muito bem vinda.

Nestes dias de conflito há uma série de ações e integração entre árabes e judeus baseados em cidadania comum. Todos israelenses. Entre os árabes, há mulçumanos, cristãos, budistas e ateus. Entre os judeus também encontramos os que tem as mais diferentes crenças e aqueles que se declaram ateus. O que todos têm em comum é serem israelenses. Podem discordar de pontos de vista políticos, e isto é feito no parlamento, visto que a maioria destes grupos estão representados. Grandes discórdias e discussões. Mas hoje queremos falar sobre a boa chuva que cai, e que é capaz de revigorar o solo.

Então vamos olhar um árabe e um judeu que de forma totalmente independente, com poderes diversos e que poucos ousariam colocar num mesmo contexto, tomaram atitudes. Steven Spielberg, que dispensa apresentações, não aceitou os lucros do filme "A Lista de Schindler" que já rendeu até o primeiro semestre de 2022, $320 milhões de dólares. Como declarou em entrevista este ano, o dinheiro foi doado para sobreviventes e para educação sobre o holocausto. O futuro pode ser alterado se não esquecermos o passado.

Yoseph Haddad é um jovem árabe-cristão-israelense que divulga o Estado de Israel. Está na mídia trazendo notícias e opiniões de pessoas anônimas. Recentemente recebeu ameaças, mas segue em frente. Avalia pontos positivos e negativos de muitos dos micromundos que formam o universo israelense e vem se tornando alvo de grupos que querem a destruição dos judeus. Haddad é uma gota d'água que se junta a muitas outras para tornar os sonhos realidade.

Alertas ao perigo e conscientes de nossas realizações e capacidades seguimos em frente, entrando no mês de Elul - o último mês do ano.


Regina, Juliana e Marcela


 

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Editorial - Mar agitado versus Maremoto


MAR AGITADO versus MAREMOTO 

NEWS & FAKE NEWS 


Vivemos tempos diferentes e que não fizeram parte de ficções ou previsões; em 2018 nunca imaginaríamos o que aconteceu nos últimos anos. A pandemia trouxe ao mundo a noção que vivemos em um mesmo planeta, rodeados por um mesmo céu e compartilhando um mesmo rumo. A guerra da Ucrânia - que apenas saiu dos jornais mas continua acontecendo - trouxe a certeza de que os conflitos, quando agudizam junto com o medo e a morte em uma região específica, mostram o quanto somos incapazes de entender problemas distantes. 

Ontem, por acaso, recuperei uma publicação de 2004 referente ao Fórum Universal das Culturas em Barcelona – evento da UNESCO que durou 101 dias. Segundo a Wikipedia, “no âmbito deste Fórum, foi realizado o 4º Fórum de Autoridades Locais para a Inclusão Social de Porto Alegre, que aprovou a Agenda 21 para a cultura em 8 de maio de 2004”. Quando lemos o material gerado naquela época e posteriormente no Brasil ficamos estarrecidos com o recontar e reescrever da história. Deixamos por muitos anos de comentar a temática, ou mesmo passamos a admitir que podem haver versões e que combater as erradas muitas vezes apenas as alimenta e reforça. Como reza o ditado popular, “falem mal, mas falem de mim”. 

Em 2004 o mundo, preocupado com a energia limpa, apresentava o gás natural como o futuro! Chegando em 2022, vemos o quanto a Europa - que rapidamente desativou alternativas energéticas importantes - foi surpreendida por se ver privada em um frio inverno do gás natural que vinha principalmente de uma única fonte. Este foi um dos lados que me chamou atenção. O outro foi a ausência completa de Israel e do Povo Judeu em um evento que preza a Cultura Universal. Também destacava a relevância da UNESCO no processo de educação nos territórios de Gaza e do leito oriental do Rio Jordão – conhecido como Palestina. Há um reescrever da história. 

Mas por que voltar a isto em 2022, e principalmente esta semana? Porque fatos que vinham sendo divulgados na internet mostram um descompasso no que queremos enxergar e no que está realmente frente aos nossos olhos. Na quarta-feira dia 17 de agosto Hananya Naftali, árabe israelense que advoga publicamente a favor de Israel, publicou em sua página no Facebook uma reportagem da Deutsche Welle mostrando falas do Presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Zeidan Abbas, e do Primeiro Ministro Alemão Olaf Scholz na cúpula do G7 que está acontecendo no Castelo de Elmau na Alemanha. Abbas disse, no final da conferência na Alemanha, que Israel cometeu 50 holocaustos! As reações de Olaf Scholz podem ser vistas na publicação de Naftali no Facebook, e sua repercussão na Alemanha foi intensa e ofendeu de forma marcante a sensibilidade dos alemães. 

A reação foi tão importante que hoje apareceu na Folha de São Paulo como matéria. Certamente a foto ocupa um espaço muito grande e o texto é telegráfico. Não há espaço para nomear o primeiro ministro Olaf Scholz, e abre um espaço para destacar o que Yair Lapid, o primeiro ministro israelense, pensa sobre o tema. 




O interessante desta busca foi descobrir que a imprensa alemã destacou a lentidão de seu primeiro-ministro ao responder ao tema, enquanto a imprensa brasileira mantém a palavra do árabe e do judeu como sendo de campos opostos procurando não “tomar partido”. Voltando ao ditado popular, “quem cala consente”. Está na hora de fazer com que seja reconhecida e desnudada a linguagem antissemita que permeia as falas dos árabes que têm como sonho “jogar os judeus no mar”. 

News & Fakenews muitas vezes são intercambiáveis como o mar agitado. Fóruns internacionais com nomes pomposos podem ser formas de enganar o grande público e gerar políticas unilaterais que custam muitas vidas. Mas o tempo mostra as consequências de ações baseadas em falsas verdades! Comparar a relevância do gás natural como fonte alternativa de energia com a possibilidade de ter várias fontes diferentes e adequadas para cada realidade hoje é muito fácil! Energias como petróleo, nuclear, solar, biológica e muitas outras têm que ser usadas com parcimônia. O que tem que ser minimizado é o gasto para transportar a energia por longas distâncias. O aumento da produção local parece ser o foco da vez. Por outro lado, no que tange a Israel fica cada vez mais evidente que o “tempo” é um importante juiz. Milênios de sobrevivência fazem olhar o futuro com apreensão mas também com esperança. Os desdobramentos na Alemanha esta semana mostram que há ainda muito a percorrer, mas a verdade costuma vir à tona mais cedo ou mais tarde. 

Com a esperança de termos o bom censo de separar as “Fakes” das “News”, desejo a todos uma bom fim de semana. 


Regina P. Markus

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Editorial - DIA DO AMOR – TU be AV – 15 de AV

 

DIA DO AMOR – TU be AV – 15 de AV

 

 

Fonte da imagem: IDF News

A lua cheia chega aos céus na metade do mês de Av, no dia 15 de Av, um mês em que se lê lamentações e são lembradas datas históricas marcadas por tragédias que aconteceram ao povo judeu ao longo da história. Conta o Talmud que no dia 15 de Av as filhas de Jersualém iam dançar entre as videiras da cidade e para os que queriam encontrar uma esposa, esta seria o local para o bom encontro. O Talmud considera esta uma data muito importante, que fica muito próxima de Iom Kipur. Neste dia não devem ser lidos textos tristes na sinagoga e as pessoas já começam a cumprimentar as outras desejando uma boa vida e que “você seja inscrito e confirmado em um bom ano novo”.

 

Em português “castiço” diríamos “o ponto da virada”! Lembrar das muitas tragédias que aconteceram no dia 9 de AV fica para trás. Neste momento, cada um olha para dentro de si e sonha com o futuro. Sonhos transportam a humanidade para realizar as mais incríveis façanhas. Quantos matemáticos e filósofos não revelam que os sonhos foram capazes de desvendar mistérios do mundo da matéria e do mundo da vida. Ao chegar a Lua Cheia do mês de Av, o penúltimo mês do calendário judaico é o momento do amor, o momento dos muitos casamentos. A maravilha de estar junto e compartilhar a VIDA é uma das formas de criar algo para eternidade. E com esta sensação de bem estar e vida compartilhada acordamos, olhamos ao redor e nos deparamos com o dia 11 de agosto de 2022.

 

Para aqueles que moram na cidade de São Paulo e têm mais de 70 anos é impossível não lembrar do dia 11 de agosto de 1968. Impossível esquecer da “carta aos brasileiros” escrita pelo Prof. Gofredo da Silva Teles e lida nas escadarias que levam à Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Aqui, quero lembrar um ritual que acontecia no primeiro dia de aula de Direito Civil ministrado pelo catedrático Gofredo da Silva Teles. Olhando a classe com respeito, ele perguntava: “O que é ordem?” - e ele mesmo, de forma pausada, respondia: “Ordem é a disposição adequada de seres para consecução de um fim comum”. E a seguir perguntava com toda a ênfase: “O que é desordem?” E a resposta... “Desordem é a ordem que encontramos no lugar da que queremos”.

 

Olhar o Brasil neste 11 de agosto de 2022 revela que estas palavras continuam verdadeiras. Mas então pergunto a todos vocês - há alguma forma de ordenarmos este mundo?

E aí me deparo com os sonhos... o sonho judaico, que é capaz de passar pelo 9 de Av e chegar ao 15 de Av... passa por Tishá be Av e rápido chega a Tu Bi Av. Para sairmos do mundo da desordem, onde a ordem é ditada por leis ou executada por generais que invalidam ou mesmo retiram as nossas vidas, há necessidade de uniões amorosas que gerem o futuro, que possam sonhar além das fronteiras que hoje conhecemos e que possam fazer isto mantendo a herança de cada um. Uniões levando à geração de filhos e filhas, de seres humanos únicos, de forma que cada um terá a possibilidade de deixar na terra a sua marca e a nossa herança seguir através dos tempos.

Nestes dias em que muitos lembram de Max Born, não pelas importantes contribuições que deu ao desenvolvimento da física quântica mas pelo falecimento de sua neta, a artista Olívia Newton-John, vale ressaltar que foi orientador e mentor de muitos cientistas de grande renome internacional. Os achados que levaram ao Prêmio Nobel de 1954 foram tão importantes quanto seu legado em humanos modificados por sua presença.

 

E é com o amor dançando ao redor de nossas mentes e sonhando com um futuro que desejo a todos uma excelente semana!

 

 

Regina P. Markus


segunda-feira, 8 de agosto de 2022

VOCÊ SABIA? - Menorá do Terceiro Templo

 

Por Itanira Heineberg


Arco de Tito, monumento construído no primeiro século da Era Cristã, celebrando a destruição de Jerusalém e do Segundo Templo judaico pelo imperador romano. 



VOCÊ SABIA que a famosa menorá de sete braços, candelabro judaico que aparece acima junto a outros tesouros de metais preciosos roubados do Templo no ano 70 DC, já possui uma réplica produzida em Israel para ser usada quando da construção do Terceiro Templo?

Esta menorá de ouro puro, mantida sempre iluminada no Segundo Templo antes de sua destruição, até hoje não foi encontrada - assim como vários vasos de ouro e prata carregados para Roma nos braços dos soldados vitoriosos.

Estudiosos acreditam que algumas destas peças valiosas ainda estejam guardadas nos cofres do Vaticano.

A réplica da nova menorá encontra-se na Cidade Antiga de Jerusalém, protegida por uma campânula de vidro blindado, exposta aos olhos de todos os passantes, já tornando-se motivo de romaria aos turistas e visitantes.

É um objeto religioso artístico de 45 kg de ouro 24 quilates que encanta a todos, passantes e curiosos.

Ela obedece a voz de D´us em Êxodus 25:31, “E vocês farão uma menorá de puro ouro.”

Este candelabro é um trabalho do Temple Institute e só será usado na reconstrução do Terceiro Templo Sagrado.

Abaixo um curto vídeo mostrando a arte que acabamos de descrever:




Apesar do anseio e esforços do Temple Institute, os judeus não chegaram ainda a uma decisão se o Terceiro Templo deve ou não ser construído.

Por milhares de anos eles lamentaram a destruição do Templo em Tisha B’Av, oraram por sua reconstrução e esperaram por um milagre, mas isto nunca aconteceu. Mesmo agora com o Estado de Israel estabelecido desde 1948 ainda há muitas razões para esperar:

 

“ 1 - O Monte do Templo está sob autoridade muçulmana e abriga um santuário islâmico sagrado, o Domo da Rocha. Um Templo não poderia ser construído naquele local sem destruí-lo.

 

“2 -  Nem todos os judeus acreditam que Deus lhes concedeu autoridade para reconstruir o Templo. Muitos sustentam que somente Deus o construirá.

 

“3 - O judaísmo floresceu por milhares de anos sem um templo. Uma vez que os rabinos dizem que o estudo e a oração da Torá podem substituir o serviço do Templo, há menos urgência em trazer de volta um Templo. E muitos judeus concordam com Maimônides que os sacrifícios não são mais a melhor maneira de adorar a Deus. Os primeiros líderes do movimento reformista até nomearam suas casas de adoração de templos para significar que haviam abandonado o desejo tradicional judaico de reconstruir o templo.”

 

Há, porém, uma minoria de judeus se preparando para a construção do Terceiro Templo Sagrado, estudando as normas de adoração do Templo e elaborando ferramentas para nele serem purificadas e usadas após sua reedificação. Há em seus corações a necessidade de reaproximar o homem de seu Criador. Os judeus ortodoxos acreditam com fervor no Terceiro Templo, a presença de D’us em suas vidas.




Segundo o sonho dos fundadores e ativistas do Instituto do Templo, sua construção seria uma nova era de harmonia universal. Acrescentam que “todo profeta de Israel, sem exceção, profetizou que o Templo seria reconstruído, inaugurando uma nova era de paz sem paralelo na história do homem. Assim, o "movimento" de reconstrução do Templo Sagrado não é novo. Nasceu há quase 2.000 anos, no momento da destruição do Segundo Templo. Pois quando o Templo Sagrado estava em Jerusalém, era a alma do povo judeu... e do mundo inteiro... como acreditamos que será novamente.”

E você que leu esta matéria até aqui, o que acha desta pergunta que a muitos incomoda?

Construir ou não o Terceiro Templo?

Eu confesso que nada sabia deste movimento, mas depois de muito ler, pesquisar e ouvir entrevistas, fiquei com Maimônides. Vamos esperar!

Segundo o bonito vídeo abaixo, parece que as crianças já se decidiram...



 

FONTES:

https://www.myjewishlearning.com/article/12-things-to-know-about-the-temple-in-jerusalem/

https://ensinandodesiao.org.br/artigos-e-estudos/o-terceiro-templo/

https://shemaysrael.com/templo-de-ezequiel/

https://www.chamada.com.br/mensagens/terceiro_templo.html

https://templeinstitute.org/statement-of-principles-2/

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Editorial - Av, as inovações na agricultura em Israel e a revolução alimentar

 


Av não é só chorar! É também comer e rezar? 

Esta semana começou o mês hebraico de Av, “décimo primeiro dos meses na contagem desde a criação do mundo”, quinto dos onze meses do calendário desde o Êxodo do Egito. E a semana termina em 8, no qual, em 1929, foi criada a Agência Judaica para a Terra de Israel ou só Agência Judaica (Sochnut) e véspera do muito temido 9 de Av - Tishá be Av. 




Por que temido? Muitos acontecimentos trágicos são relatados neste dia, a começar pela destruição do primeiro templo em 586 a.e.c. e a coincidente (!) destruição do segundo templo no ano 70 já da nossa era. Teria sido nesse dia que Deus decretou que a geração do deserto não entraria em Canaã e em que houve expulsões dos judeus de muitos países da Europa… e o mês segue triste, sem comemorações. Só a partir do dia 15 começa uma espécie de trégua, com alguns bons momentos ao longo da história como a revogação de decretos punitivos romanos, e mesmo a criação, no mais recente ano de 1936, do Congresso Judaico Mundial. E ao fim, em 28 de Av, diz a Torá que Moshé desceu da montanha, quebrou as Tábuas da Lei e esculpiu outras novas, sendo que no dia seguinte subiu novamente e então recebeu as novas tábuas.

Em um calendário e manual agrícola hebraico encontrado nas escavações arqueológicas de Gezer este mês de Av é chamado o “mês do estio, verão”, da colheita das frutas de verão. 

Deus havia dito “Eu vou lhes dar as chuvas nas devidas estações para que a terra faça sua produção e as árvores deem seus frutos”, e em Devarim são listados os cultivos da terra de Israel, as sete espécies (Shivat Haminim) fornecidos à terra: trigo, cevada, uvas, figos, romãs, olivas e tâmaras (estas últimas também chamadas de mel). A colheita da primavera incluía várias ervas e legumes mas o principal eram o trigo e a cevada ao fim da colheita dos grãos em Shavuot. Diz Oded Borowski, em “Agriculture in Iron Age Israel”, de 1987, que nos princípios do assentamento dos israelitas o cereal mais importante era a cevada pela necessidade de estabelecer áreas de borda e que por causa da tolerância da cevada a condições difíceis, amadurece primeiro. E o autor atribui aos camponeses bíblicos várias inovações: terraços de plantação em larga escala, irrigação, restauração da fertilidade do solo.

Já o trigo, cuja cultura tem seu plantio limitado apenas a alguns terrenos com maior e melhor distribuição de chuvas (vales como o de Megido, o do norte do Jordão e Beth-Shan) amadurece mais tarde que a cevada e era colhido, de acordo com o Manual de Gezer, na sexta estação, até fim de maio. Mas e em Av, no verão? Era (e é) a temporada primordialmente das frutas. Depois de Shavuot, a maior parte da colheita era de uvas, olivas, tâmaras, figos, romãs e numerosas outras frutas, sementes e vegetais. Estes últimos aparentemente tinham menor presença na dieta da época em Canaã devido ao terreno escarpado, “em contraste com os irrigados jardins de vegetais do Egito”. A colheita da primavera era mais proteica que a do verão, mais cheia de vitaminas…



E a cada estação de colheita havia uma comemoração. O Festival do vinho novo só ocorria 7 semanas após Shavuot e ninguém estava autorizado a tomar suco antes antes do novo vinho ser anunciado. E havia também o festival do novo azeite de oliva, 14 semanas após Shavuot. 

A tabela a seguir, da página 37 do referido livro mostra as estações de colheita herdadas e mantidas hoje em Israel.



É interessantíssimo estudar como a natureza e a contagem do tempo foram determinando as crenças e tradições ancestrais. A dependência das condições climáticas foi determinante para os hábitos e dietas que chegaram a nossos dias. 

Mas o aumento da população, a péssima distribuição de renda trazendo insegurança alimentar, a evolução dos princípios alimentares (vegetarianismo, veganismo…) e ainda, acima de tudo, a terrível e concreta ameaça climática vêm alterando a relativa importância das “condições naturais”. O que você quer comer, quanto, quando e onde começam a ser decisões bem diferentes: é a tecnologia de alimentos em ação e Israel tem um papel muito ativo, importante e valioso nisso!

Com o crescimento do movimento para alimentos baseados em plantas (e assim, kosher)  Israel está se tornando um líder global no mercado alternativo de proteínas, o qual pode mudar os hábitos alimentares das pessoas em todo o mundo. 

A “ foodtech” Tnuva, a maior do setor alimentício de Israel, inaugurou recentemente um novo centro de pesquisa focado em proteína alternativa, com um investimento de cerca de 12 milhões de dólares, sendo que as 8 “startups” trabalhando nisso devem crescer para 40 nos próximos anos. Alimentos baseados em plantas usam proteínas originárias de vegetais para criar produtos que contêm teor proteico similar ao de suas contrapartes em carnes, peixes ou laticínios, mas continuam puramente vegetais; e com isso reduzem significativamente as emissões de gases de efeito estufa dos rebanhos, o que no caso dos EUA, por exemplo, já representam quase 8% do total de emissões.

O mercado de alimentos à base de plantas atingiu o patamar mundial de 20 bilhões de dólares, já o negócio dos produtos sem laticínios deve chegar a 38 milhões de dólares em 2024. 

Há 28 laboratórios ativos em Israel pesquisando novos alimentos, segundo o Good Food Institute, e o país fica atrás apenas dos EUA no cenário mundial em termos da quantidade de empresas de agricultura celular e de fermentação.

Agricultura celular é a produção de alimentos de origem animal, mas feitos a partir da cultura de células - e das células cultivadas são fabricados produtos similares sem precisar criar ou matar animais. 

Já a fermentação de precisão usa micro-organismos para produzir ingredientes com funções específicas a partir de pequenas fábricas. É assim que se produz insulina para diabéticos, coalho para queijo, bem como outras eficientes específicas proteínas, enzimas, “moléculas de sabor”, vitaminas, pigmentos e gorduras.

É pouco? A startup /foodtech SavorEat produz carnes alternativas à base de plantas em impressoras 3-D, e acabou de lançar esta semana novos burguers de peru e croquetes de porco kosher, veganos, sem glúten e antialérgicos, que vêm se juntar aos já vendidos em Israel, e que serão em breve colocados no mercado americano. O processo combina a impressão 3-D, com cartuchos que contêm ingredientes à base de plantas embrulhadas em uma inédita fibra de celulose que envolve os ingredientes criando uma textura similar à carne. 

Esta fibra foi desenvolvida pelo Prof. Oded Shoseyov e pelo Prof. Ido Braslevsky, pesquisadores na empresa de desenvolvimento de pesquisa Yissum da Universidade Hebraica de Jerusalem e eles se tornaram sócios da empreendedora Rachel Vizman, hoje CEO, para criar a SavorEat em 2018, em Rehovot. Eles desenvolveram também um Chef-robô que cozinha os croquetes ou burguers sob especificação, acrescentando “pitadas” de proteína, gorduras, celulose, água bem como essências e colorante para então serem fritos ou grelhados, emitindo inclusive os mesmos ruídos e odores da carne em preparo! 

A empresa lançou ações na Bolsa de Tel Aviv em novembro de 2020 e levantou 13 milhões de dólares de investidores israelenses. Outra empresa, a Plantish, imprime salmão vegano em impressora 3-D e recentemente captou 12 milhões de dólares em fundos, enquanto a Redefine Meat, que produz, também por impressão tridimensional, cortes de carneiro, bife bovino, burguers, salsichas, kebabs de carneiro fornece a cerca de 200 restaurantes e outros estabelecimentos (inclusive alguns com estrela Michelin), e fechou acordo com o gigante grupo Selina de hospitalidade/hospedagem, para fornecer a 150 locais no mundo, começando por Tel Avis e Londres. Há pouco a Redefine Meat captou 135 milhões de dólares para expandir a linha de produtos em Israel e na Holanda.

Bem, você está com fome? Quer comer comida kosher, saudável, politicamente correta, mas não quer perder o sabor e o aroma? Em qualquer estação do ano, com qualquer condição, em algum lugar perto de você deve ser cada vez mais fácil de achar, qualquer comida, MADE ou THOUGHT in ISRAEL . 

Bom apetite!

Shabat Shalom!

Juliana Rehfeld


*Inspirado por material recebido de Cláudia Werner


segunda-feira, 1 de agosto de 2022

VOCÊ SABIA? - Meu nome é Sara

 

Após uma tragédia familiar, como sobreviver entre inimigos?

 

“My Name is Sara”, uma história verdadeira...

Por Itanira Heineberg





Você sabia que esta menina polonesa escapou do extermínio do gueto de judeus em sua cidade, perdeu sua família e refugiou-se nos campos até chegar à Ucrânia, onde foi acolhida por uma família de agricultores enquanto passava-se por cristã ortodoxa?

No início do Holocausto, Sara Góralnik ficou órfã aos 12 anos pelas mãos dos nazistas, conseguiu fugir do gueto para o país vizinho levando consigo a identidade de uma amiga e quando acreditou estar finalmente a salvo, descobriu que o casal que a aceitou como babá de seus filhos não era um porto seguro.

Esta história real, de uma jovem que nos piores dias da Segunda Guerra nunca pôde dizer seu nome pois isto já seria uma confissão aos soldados alemães, está sendo contada no filme “My Name is Sara” que recebeu o Grande Prêmio do Festival de Filmes Judeus de Varsóvia em 2019 e só agora aparecerá nos cinemas das grandes capitais do mundo devido à ocorrência inesperada da pandemia.

O filme tem recebido as mais variadas críticas, algumas muito positivas e outras muito negativas. Não nos deteremos aqui neste detalhe, pois foi a decisão do filho de Sara que o levou a ser produzido. É mais uma história do Holocausto e Mickey Shapiro surpreendeu-se ao descobrir as agruras de sua mãe durante a ocupação nazista em Korets, cidade polonesa, hoje ucraniana.   



Mickey, filho mais velho de Sara G. e Asa Shapiro, pouco sabia dos sofrimentos de sua mãe durante o Holocausto. Ela pouco falava, nada contando dos episódios cruéis e chocantes pelos quais passara em sua juventude.

Mas nos últimos dez anos de vida sua história veio à tona e Sara passou a falar sobre sua infância agradável em Korets, onde frequentava a escola pública, tinha amigos judeus e não judeus e falava iídiche em casa. De sua família de 6 pessoas, os pais e três irmãos, ela foi a única com vida ao final da guerra. Sua sobrevivência deveu-se muito à sua agilidade, ou quem sabe à habilidade em manter-se firme ao tomar decisões certas ou não a cada nova situação que se apresentava. Muitos desafios para uma menina tão jovem, subitamente jogada numa realidade muito diferente da que conhecera até então. Com a chegada dos alemães em sua cidade e a prisão dos judeus no gueto, os pais pagaram conhecidos para cuidar de Sara e do irmão mais velho, Moishe, caso algo lhes acontecesse. Os jovens fugiram para a casa de seus futuros cuidadores e a família ficou em casa com os filhos menores onde foram exterminados junto a todos os companheiros do gueto.

Ao chegarem aos seus futuros guardiões, Sara e Moishe não foram bem recebidos e ao descobrirem a morte de seus pais, resolveram fugir.

Moishe preferiu separar-se da irmã pois ele seria mais facilmente identificado como judeu, e realmente não se salvou.

Sara roubara a identidade de sua amiga Manya Romanchuk e, escondendo-se na floresta, conseguiu chegar à Ucrânia apresentando-se como cristã ortodoxa ao pedir trabalho a uma família de agricultores onde, apesar das desconfianças e perguntas traiçoeiras de seus novos patrões, trabalhou cuidando de seus dois filhos.

Mais uma vez Sara depara-se com desafios inimagináveis como frequentar a missa aos domingos, confessar-se com o pastor da igreja, receber a comunhão, comportar-se como uma cristã devota. Para completar o quadro preocupante de sua nova vida, a jovem menina descobre os problemas de relação entre os familiares da fazenda e o apoio por eles dispensado aos nazistas.

 


Mickey ficou enlevado ao ouvir a história de sua mãe e quis contá-la ao mundo. Contactou Steven Oritt, famoso diretor de documentários que já conhecia a história de Sara, e atuou como diretor-executivo do filme acelerando assim sua produção.

Sara e Asa deixaram gravadas longas entrevistas sobre suas experiências durante o Holocausto que podem ser encontradas no United States Holocaust Memorial Museum, em Washington D.C.

Temos aqui uma entrevista emocionante de Sara relatando como foi a difícil separação da família e sua fuga até a Ucrânia.




Sara (Guralnik) Shapiro com seu filho, Mickey Shapiro, em um campo de pessoas deslocadas em 1948, após sobreviver ao Holocausto. - Cortesia de Mickey Shapiro


 

Fica aqui mais uma história guardada durante muitos anos no coração de uma mulher valente, lutadora, heroína de tempos difíceis, que felizmente chegou até nós devido à admiração e amor de seu filho ao redescobrir sua verdadeira mãe já no final de sua vida.

Muitos sobreviventes relutaram em contar suas histórias de dor e angústia durante a ocupação nazista na Europa e a perseguição aos judeus, mas a cada relato que vem ao nosso conhecimento vem também a história verdadeira deste período negro e imperdoável do Holocausto, e uma mensagem de Nunca Mais.

Apresentamos abaixo um curto trailer (1:52) do filme em pauta, produzido por USC Shoah Foundation.




FONTES:

https://www.rottentomatoes.com/m/my_name_is_sara

https://www.adorocinema.com/filmes/filme-278245/criticas/espectadores/#review_1008191906

https://mynameissara.com/

https://www.rogerebert.com/reviews/my-name-is-sara-movie-review-2022

https://www.ushmm.org/

https://medium.com/memory-action/how-did-a-young-woman-become-her-familys-sole-survivor-of-the-holocaust-1a8bb88389ba

https://sfi.usc.edu/storytelling/my-name-sara