Nosso
mundo e as Organizações Internacionais: quando o poder gerado pela maioria é usado
para criar bodes expiatórios
Há
assuntos que são recorrentes: entra ano e sai ano, entra década e sai década, e
eles parecem nunca se renovar. Temas que vão evoluindo lentamente e que
imaginamos nunca ter solução. Um destes temas é a situação de Israel na ONU. O
Conselho de Segurança das Nações Unidas, criado para garantir permanente
vigilância e manter as boas práticas de convivência permitindo o diálogo entre
as nações, tem sido incapaz de realizar suas funções.
O
preconceito e os blocos políticos impedem que as nações apontem de forma
explícita governos que fomentam a ignorância e a violência; governos que
destroem patrimônios da humanidade e mantém minorias étnicas sob constante
pressão. Por outro lado, há uma pressão contínua e constante sobre o Estado de
Israel. Pressão que vem sendo respondida através do desenvolvimento de
mecanismos de defesa e de sobrevivência baseados em ciência e tecnologia. A
sobrevivência do Estado de Israel está baseada em sua capacidade de criar
mecanismos que impedem a ação de terroristas em seu território, sem tornar seus
cidadãos reféns de uma situação de violência. Em Israel, é comum ver crianças a
partir dos 10 anos andando sozinhas pelas ruas e encontrar cadeiras de
restaurantes com bolsas marcando lugares. Para nós, brasileiros, é não só
inacreditável como é impossível seguir o exemplo, pois vivemos em estado de
constante vigilância.
Voltando
ao Conselho de Segurança da ONU, já comentamos que a atual embaixadora dos
Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, que assumiu o cargo em 27 de janeiro de
2017, tem sido uma lúcida defensora de Israel. Quando mencionamos “lúcida
defensora” queremos deixar claro que sua posição não é de alinhamento, mas sim
de constante vigilância. No dia 20 de fevereiro de 2018, ela denunciou mais uma
vez o quanto esta organização promove sistematicamente ações contra Israel.
O
Conselho de Segurança da ONU é formado por 15 nações, sendo que cinco são
membros permanentes e dez têm mandato de dois anos e são eleitas por blocos
regionais. Os membros permanentes são Estados Unidos, França, Reino Unido, Federação
Russa e República Popular da China e as regiões que elegem os demais membros são
grupo Africano (3 membros), grupo Ásia-pacífico (2 membros), grupo Europa
Oriental (1 membro), grupo América Latina-Caribe (2 membros), grupo Europa
Ocidental e Outros (2 membros, sendo que pelo menos 1 deve ser da Europa Oriental).
Há várias regras para a eleição que podem ser encontradas na Wikipedia, mas uma
delas vale destacar: “Um dos membros não-permanentes do conselho é uma nação árabe,
alternadamente dos grupos Africano ou Ásia-Pacífico. Esta regra foi acrescida
ao Sistema das
Nações Unidas em 1967,
passando a vigorar a partir de 1968”.
Mais
um detalhe importante: Israel não faz parte do bloco asiático. Fica então
evidente que este arranjo é o responsável pelo número de condenações
desproporcionais e também por quê as ações das missões da ONU não têm caráter
de neutralidade.
Vale
a leitura do discurso desta semana de Nikki Haley, que além de atual Embaixadora
dos Estados Unidos na ONU também é ex-governadora da Carolina do Norte. Uma
mulher nascida de uma família hindu tradicional, que exerce uma liderança há
muito desejada com um olhar determinado. Uma mulher daquelas que conseguem
ultrapassar fronteiras e avançar gerações, falando de forma ponderada mesmo
tendo que pautar a ausência das delegações que agridem Israel. Estas, por seu
lado, têm como conduta sair das salas de reunião quando sabem que verdades
podem ser ditas.
Entender
a forma como estes organismos internacionais são constituídos permite que
possamos avaliar as suas decisões, e, principalmente a sua capacidade de manter
a imparcialidade necessária para o avanço de processos de convivência.
Distribuição
do Conselho de Segurança da ONU
Grupo Africano
Grupo Ásia-Pacífico
Grupo Europa Oriental
Grupo América Latina
e Caribe
Grupo Europa
Ocidental e Outros
Estado sem grupo
Estado ou território não-membro
Fontes:
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