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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

EDITORIAL - O ano novo das árvores



Viver, sobreviver, voltar a nascer e continuar neste planeta por gerações e gerações é um sonho do homem e da humanidade. Nos tempos modernos, temos plena consciência de que é esta uma das nossas mais importantes missões: fazer com que o nosso planeta possa ser deixado para as próximas gerações. Uns acham que ele deveria ficar de forma intocada – que o homem é a causa de todas as tragédias e transformações negativas do planeta. Já outros veem os recursos naturais como um dádiva para permitir vidas idealizadas. 
Usar recursos naturais é algo que o homem faz há milênios; o homem e todos os seres vivos do planeta. A vida é um ato de grande movimento e de transformação, e a vida de uma esponja, de uma formiga ou de um homem deixam suas marcas no planeta, transformando alimento em energia e depois em adubo, que novamente vai gerar alimentos.

Se no século passado o objetivo era conseguir aumentar a eficiência da extração e do uso dos recursos naturais, neste século há uma consciência de que estes recursos devem ser preservados. Não de forma imutável e intocada, mas de forma sustentável e reutilizável.

A base desta transformação é o direcionamento que fazemos das nossas buscas tecnológicas e da educação que propiciamos a nossos filhos. O Estado de Israel tem sido um diferencial na criação de inovações que nos auxiliam a manter nosso planeta: melhora da utilização da energia, uso sustentável da água, agricultura diversificada e utilização de recursos do deserto. Somado ao 'usar consciente', houve também um desenvolvimento disruptivo em informática e inteligência artificial que permitiu condições de otimização do uso da água - de tal forma que tornou Israel, um país totalmente dependente de água doce proveniente do vizinho do norte, a Síria, em um país que utiliza a água do Mar Mediterrâneo através de um processo inédito de dessalinização. Mas será que isto é ao acaso? Será que acontece apenas porque o século XXI é o século das grandes oportunidades?

Na realidade, este grande interesse pelo verde e pelo mundo que nos cerca tem raízes históricas que se inicia na Torá. No dia 15 do mês de Shvat, é comemorado o ANO NOVO DAS ÁRVORES – este é o início de um novo ciclo de vida e marca o final do inverno e o início da primavera, com o sol iluminando o mundo e as árvores iniciando um novo ciclo. Regras que foram transformadas em leis religiosas e que buscam não apenas a preservação, mas também permitem a evolução e a mudança.

E, sabendo como é bom poder mudar baseado em uma tradição, entramos na semana de Carnaval, a grande festa brasileira, que é uma forma autêntica de expressão popular. Cantar e dançar ao som de histórias e enredos. Sabendo que encontramos formas especiais de unir aos diferentes de forma alegre e criativa.

Boa semana!

Comitê Editorial

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