Israel
é um país milenar localizado na maior fenda terrestre da Terra. A Grande Fenda
começa nas cabeceiras do Rio Jordão, no Líbano, e termina em Moçambique, na
África. São 6.000 km de extensão da mais profunda depressão da Terra, e lá
também está o Mar Morto, onde termina o Rio Jordão. Esta é uma falha da crosta
terrestre que fica entre duas placas tectônicas, a placa africana e a placa
arábica (nomes encontrados na Wikipédia).
Israel
é um pequeno país e sua maior extensão (norte/sul) tem apenas 273 km. Esta
semana, ao escrever o editorial sobre este pequeno pedaço de terra de longa
história e muitas culturas, ficou evidente que o tema do turismo em Israel,
além de poder ser tratado por diferentes ângulos culturais e religiosos, também
pode ser olhado de uma forma diferente: segundo a perspectiva de um pássaro.
Pássaro?
Sim: milhares de aves atravessam o pequeno Estado de Israel em suas migrações
sazonais. Deixam a Eurásia no final do outono, fugindo das longas noites e das
baixas temperaturas de inverno e retornam para procriar e passar um verão
ameno. O destino destas aves é a África e seu clima quente. As aves seguem a grande
fenda do Globo Terrestre. Um turismo diferente que atrai milhares de amantes de
pássaros para o Estado de Israel. No vale do Hula, ao Norte, existe um Parque
dedicado aos pássaros; foram eles que escolheram a rota, e os homens decidiram
lá colocar um maravilhoso local para observá-los. Ficar dentro de espaços
protegidos e olhar com binóculos as miríades de aves e a dança de suas
formações é magnífico. Esta semana, convidamos os nossos leitores a buscarem os
muitos filmes colocados na Internet mostrando esse espetáculo da natureza.
Encontramos
dois universos, os dos pássaros e os dos amantes dos pássaros, que se unem para
garantir um futuro para os humanos. Um futuro em que os pássaros continuarão
migrando e os homens poderão continuar admirando. Como é possível participar
ativamente deste processo e criar condições no presente que garantam o futuro?
A resposta é quase um mantra: com vontade e com tecnologia.
No
norte da Galiléia – mais especificamente no Vale do Hula, que os pássaros
escolheram para fazer uma de suas muitas paradas neste percurso de 6.000 km -
foi criado um Parque Nacional, onde pode-se fazer turismo e observar os
pássaros muito de perto. São centenas de milhares de aves que encontram comida,
água e um lugar seguro para repousar. Algumas pessoas ficam um dia e outras
mais que uma semana: vão e voltam pelo mesmo lugar, e há muitas facilidades
para os amantes de pássaros e turistas observarem esta maravilha da natureza.
Mas
os pássaros precisam de mais que comida; precisam poder voar por céus seguros.
Os grandes competidores, neste caso, são os aviões. A Ciência e Tecnologia
israelense também foi colocada a favor dos pássaros, de forma a criar uma rota
segura para os bandos de aves que coreografam os céus. A alta tecnologia
aplicada no WAZE (Google Maps) e no sistema de proteção contra bombas
terroristas (duomo de ferro) foi aplicada para detectar os bandos de aves
migratórias e abrir espaço nos céus de forma a não atrapalhar o longo caminho
das aves.
O
turismo das aves e o turismo dos homens encontra uma terra cheia de sabores
deliciosos e cheia de atrativos mil, além de ser uma terra de grande segurança.
Assim como as aves passam livremente, as crianças andam nas ruas e os turistas
encontram os seus caminhos. Um pequeno pedaço de terra, localizado na
encruzilhada dos mundos, é importante para os humanos e os animais.
Boa
semana a todos.
Editoras
do Esh Tá Na Mídia.
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