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quinta-feira, 22 de março de 2018

EDITORIAL: O turismo dos homens e dos pássaros em Israel







Israel é um país milenar localizado na maior fenda terrestre da Terra. A Grande Fenda começa nas cabeceiras do Rio Jordão, no Líbano, e termina em Moçambique, na África. São 6.000 km de extensão da mais profunda depressão da Terra, e lá também está o Mar Morto, onde termina o Rio Jordão. Esta é uma falha da crosta terrestre que fica entre duas placas tectônicas, a placa africana e a placa arábica (nomes encontrados na Wikipédia).

Israel é um pequeno país e sua maior extensão (norte/sul) tem apenas 273 km. Esta semana, ao escrever o editorial sobre este pequeno pedaço de terra de longa história e muitas culturas, ficou evidente que o tema do turismo em Israel, além de poder ser tratado por diferentes ângulos culturais e religiosos, também pode ser olhado de uma forma diferente: segundo a perspectiva de um pássaro.
Pássaro? Sim: milhares de aves atravessam o pequeno Estado de Israel em suas migrações sazonais. Deixam a Eurásia no final do outono, fugindo das longas noites e das baixas temperaturas de inverno e retornam para procriar e passar um verão ameno. O destino destas aves é a África e seu clima quente. As aves seguem a grande fenda do Globo Terrestre. Um turismo diferente que atrai milhares de amantes de pássaros para o Estado de Israel. No vale do Hula, ao Norte, existe um Parque dedicado aos pássaros; foram eles que escolheram a rota, e os homens decidiram lá colocar um maravilhoso local para observá-los. Ficar dentro de espaços protegidos e olhar com binóculos as miríades de aves e a dança de suas formações é magnífico. Esta semana, convidamos os nossos leitores a buscarem os muitos filmes colocados na Internet mostrando esse espetáculo da natureza.
Encontramos dois universos, os dos pássaros e os dos amantes dos pássaros, que se unem para garantir um futuro para os humanos. Um futuro em que os pássaros continuarão migrando e os homens poderão continuar admirando. Como é possível participar ativamente deste processo e criar condições no presente que garantam o futuro? A resposta é quase um mantra: com vontade e com tecnologia.

No norte da Galiléia – mais especificamente no Vale do Hula, que os pássaros escolheram para fazer uma de suas muitas paradas neste percurso de 6.000 km - foi criado um Parque Nacional, onde pode-se fazer turismo e observar os pássaros muito de perto. São centenas de milhares de aves que encontram comida, água e um lugar seguro para repousar. Algumas pessoas ficam um dia e outras mais que uma semana: vão e voltam pelo mesmo lugar, e há muitas facilidades para os amantes de pássaros e turistas observarem esta maravilha da natureza.



Mas os pássaros precisam de mais que comida; precisam poder voar por céus seguros. Os grandes competidores, neste caso, são os aviões. A Ciência e Tecnologia israelense também foi colocada a favor dos pássaros, de forma a criar uma rota segura para os bandos de aves que coreografam os céus. A alta tecnologia aplicada no WAZE (Google Maps) e no sistema de proteção contra bombas terroristas (duomo de ferro) foi aplicada para detectar os bandos de aves migratórias e abrir espaço nos céus de forma a não atrapalhar o longo caminho das aves.

O turismo das aves e o turismo dos homens encontra uma terra cheia de sabores deliciosos e cheia de atrativos mil, além de ser uma terra de grande segurança. Assim como as aves passam livremente, as crianças andam nas ruas e os turistas encontram os seus caminhos. Um pequeno pedaço de terra, localizado na encruzilhada dos mundos, é importante para os humanos e os animais.

Boa semana a todos.

Editoras do Esh Tá Na Mídia.



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