Marcadores

quarta-feira, 25 de julho de 2018

FAKE SILENCE – a nova forma de driblar a verdade


White Helmets, ou Capacetes Brancos, em ação na Síria
Foto: Times of Israel


Entendendo a Complexidade da Guerra Civil na Síria

A semana passada rompeu o silêncio da mídia com um fato inédito e muito importante. Foi noticiado por toda a imprensa israelense e alguns canais da imprensa ocidental que haviam chegado à fronteira de Israel milhares de pessoas que abandonaram os seus lares porque o Exército Sírio alcançou as aldeias e vilas vizinhas a Israel nas Colinas de Golan. 

A população, que já está acostumada com ajuda humanitária de Israel, tentava em massa cruzar a fronteira. Era o desespero pela sobrevivência, e também a melhor opção. A Jordânia, há muitos anos, tem tido dificuldade em abrir o país para refugiados sírios.

No meio da população também estavam os “capacetes brancos”. Segundo o jornal israelense “Haaretz” (22 de julho de 2018, Tsvee Barel), esta é uma organização de voluntários formada em 2012 em regiões controladas pelas milícias contrárias ao governo central da Síria. Entre estes voluntários estão mulheres ativistas em primeiro socorros e bem estar das populações tão fortemente afetadas pela guerra. Recebem ajuda financeira dos Estados Unidos e Países do Golfo e até o momento, já salvaram cerca de 80 a 90 mil
pessoas.

A chegada do exército sírio representava um real risco de vida para os 422 voluntários que atuavam na região fronteiriça com Israel. Dessa forma, foi montada uma ação conjunta entre Jordânia, Estados Unidos e Israel, onde o Exército de Defesa de Israel conseguiu com êxito entrar no território Sírio e resgatar os voluntários que estão a salvo na Jordânia.

No mesmo artigo são comentadas as tratativas entre Rússia, Jordânia e Israel para que a zona das fronteiras entre Síria, Jordânia e Israel continuem sendo uma zona livre da influência iraniana. Para tanto, devem voltar a atuar na região forças de defesa da ONU. O acordo é que nas fronteiras internacionais estas atuem sem a presença de armamentos, o que não ocorreria entre as zonas de proteção das populações ameaçadas pelas ações com suporte iraniano.
Como podemos perceber as diversas oportunidades em que Trump, Putin, Netanyahu e o Rei da Jordânia conversam pessoalmente faz parte de um intricado jogo de xadrez que de forma alguma quer ser compreendido pela imprensa em geral. Visitas de Netanyahu à Jordânia, Rússia e Estados Unidos têm sido uma rotina nos últimos meses. Na outra ponta do quebra cabeça, estão as populações drusas que habitam os três países e que formam uma base de diálogo importante. No caso dos habitantes de Israel, muitos servem no Exército de Defesa de Israel, alguns com patentes de oficial, e em muito auxiliam na quebra das distâncias entre as culturas.

Entre ajudas humanitárias e as soluções para-militares, todos esperamos que a Guerra Civil da Síria não chegue a estas fronteiras e que este exercício quase surreal possa colaborar para estabelecer pontos de contato. Muitos que chegaram até este ponto da leitura, devem estar pensando: “pontos de contatos também existem em nós difíceis de serem desatados”.

No entanto, sempre fica a esperança que quando estes contatos têm ingredientes pessoais, e também ingredientes governamentais, podem servir para a confecção de um novo laço baseado no respeito à diferenças e na construção de uma amizade duradoura. 

VAMOS ROMPER O #FakeSilence.

Be Shalom.

Nenhum comentário:

Postar um comentário