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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

VOCÊ SABIA? - Jejum





Você sabia que o jejum, prática milenar de religiosos dos mais diversos credos e de civilizações ao longo da história do mundo, faz as células “se comerem”, assim renovando o corpo e aumentando a longevidade humana? Quem afirma é o Dr. Yoshinori Ohsumi, recebedor do Prêmio Nobel de Medicina em 2016.




Jejum:
Em hebraico: cobrir (a boca), como em jejum;
Em grego: abster-se de comer voluntariamente como um exercício religioso, particular, em conjunto para único propósito ou público;

Dicionário Aurélio: abstinência ou abstenção total de alimentação em determinados dias por penitencia ou prescrição religiosa ou médica.”




Yoshinori Ohsumi, biólogo celular, professor da Universidade de Tóquio, afirma que o jejum é uma poderosa ferramenta a favor da saúde.
Segundo o ganhador do prêmio Nobel de Medicina em 2016, a autofagia, processo de autodestruição de substâncias do próprio corpo, é essencial para o funcionamento satisfatório das células. A descoberta sobre esta reação, autofagia, criou polêmica nos centros médicos, ao comprovar que “ficar algum tempo sem ingerir alimentos elimina as células deterioradas do organismo, cria outras novas, sadias e mais eficientes para o bom funcionamento de nosso corpo, além de ser eficaz no combate aos malefícios do envelhecimento e na cura de doenças degenerativas.”




Onde fica agora a sábia recomendação de sempre comer um pouco de 3 em 3 horas?
Presentemente os estudos confirmam que tanto o jejum como a restrição calórica esgotam as células contribuindo para estimular a autofagia nas mesmas, impelindo-as a uma faxina interior no corpo além de paralelamente esticar a tão desejada longevidade. Vale lembrar que na autofagia o organismo detecta células doentes e elas morrem sem causar os danos que ocorrem quando as células morrem por necrose decorrente de injúrias físicas, químicas ou induzidas por bactérias, vírus, fungos, enfim, agentes biológicos.
E aí mais uma vez desponta a pergunta: e a alimentação equilibrada e nutricional tão fundamental para a boa saúde?
 Yoshinori Ohsumi responde: “O jejum faz tuas células se comerem – autofagia – e isto te renova.”




Resta ainda uma pesquisa que informe sobre a frequência de um jejum eficiente e seguro.
 “O jejum induz a autofagia, isso é sabido. Também sabemos que a autofagia induz à longevidade. A busca agora é entender a conexão entre a autofagia ativada pelo jejum e a longevidade das células”, explicou Soraya Smaili, professora livre-docente da Escola Paulista de Medicina.

Os judeus do mundo inteiro celebrarão no próximo dia 19 de setembro a festa de Yom Kipur, o dia mais sagrado do calendário judaico, e seguindo o mandamento (Levítico 23:26-32) jejuarão incluindo a abstinência de líquidos por 24 horas, de acordo com suas idades, saúde e condições físicas.
Este não é o único jejum praticado no judaísmo. Outros permeiam as celebrações do ano religioso dos judeus, assim como 10 de Tevet (cerco a Jerusalém – 1º Templo), 13 de Adar (dia que precede o Purim, quando Aman decretou morte aos judeus) e outros.

Em um diálogo sincero com Avinu Malkenu, Nosso Pai, Nosso Deus, o povo judeu praticará a Teshuvá, a penitência por seus erros e omissões, uma introspecção seguida por um exame de consciência, arrependendo-se de suas falhas e prometendo não mais repeti-las. É o momento de pedir perdão ao outro, pedir perdão pelas ofensas cometidas.

E assim, ao final da celebração, com a alma limpa e o coração tranquilo, a congregação rejubilar-se-á em vista de um novo ano e do perdão concedido.
O jejum de Yom Kipur produz a limpeza celular associada à purificação espiritual sugerida para os 10 dias de reflexão que nos permitem solicitar a D’us a inscrição no Livro da Vida para 5779.

Agora sabemos que o santo jejum, além de afastar-nos das preocupações terrenas, elevando-nos às alturas celestiais, está ao nosso lado, regenerando nossas células ruins ao mesmo tempo em que retarda nosso envelhecimento.





Este texto é uma colaboração de Itanira Heineberg para o EshTá na Mídia.

FONTES:

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