Você sabia que o dia mais feliz do calendário judaico, o
15 de Av - dia do amor - tão significativo quanto Valentine’s Day, é também uma
data especial para casamentos?
Tu B'Av (hebraico) ט״ו באב, 15 de Av
Festa do
Amor (חג האהבה Hag HaAhava)
Segundo a
Mishna, Tu B’av era um dia feliz na época do Templo em Jerusalém pois estabelecia
o início da colheita da uva.
Nesta data
as jovens solteiras de Jerusalém, vestidas de branco, iam dançar nos
parreirais.
Conforme o
Talmud da Babilônia, não havia festa mais feliz para os judeus, do que o Tu
B’av.
Após a
reconstrução do Segundo Templo Sagrado, o feriado celebrava a oferta de madeira
para o Templo, artigo indispensável para a queima dos sacrifícios no altar.
A terra
degradada dificultava a coleta de lenha; sem a lenha não poderiam oferecer
sacrifícios e o serviço no Templo deveria ser cancelado.
“Tão significativa era a importância deste
ato, que os inimigos, desejosos de arruinar os serviços do Templo Sagrado,
impediam as pessoas de chegar com lenha a Jerusalém.”
Modelo do Segundo Templo |
“Em 15 de Av, os jovens de Jerusalém
dançavam nos vinhedos cantando: “Jovens, levantem os olhos e busquem a quem
escolher para si próprios”. E, como para nós não há ocasião mais feliz do que
um casamento entre dois judeus sob uma chupá, o dia 15 de Av foi considerado o
dia mais feliz do ano.”
“15 de Av é sem dúvida um dos dias mais felizes de nosso
calendário. Ao mesmo tempo misterioso. Ao fazer uma busca no Shulchan Aruch
(Código da Lei Judaica) a obra não revela observâncias ou costumes para esta
data, exceto pela instrução de que Tachanun (confissão de pecados) e porções
similares devem ser omitidos nas orações diárias (como ocorre em todas as datas
festivas). E a instrução de que deve-se aumentar o estudo da Torá, já que as
noites tornam-se mais longas e "a noite foi criada para o estudo.”
No entanto, há uma razão mais profunda para o dia 15
de Av ser
uma data extremamente significativa no calendário judaico.
Muitas tragédias históricas ocorridas em 9 de Av, Tishá
b’Av, foram retificadas no dia 15.
Por exemplo, D’us decretou que a geração do Êxodo
morreria no deserto em Tisha b’Av, mas esse decreto foi
anulado no dia 15 do mesmo mês.
“O que é muito impressionante sobre o dia 15 de Av é
que ocorre menos de uma semana após o dia 9 – Tishá b’Av. Em
menos de sete dias, o Povo Judeu vai de seu nadir, de seu ponto mais baixo, a
seu ápice: de 9 de Av, dia mais triste do ano, ao dia
15, o mais alegre. Nisso temos uma grande lição, que sustentou nosso povo ao
longo de 2.000 anos de exílio, possibilitando-nos vencer todos os testes e
tormentos pelos quais nós, judeus, passamos. O dia 15 de Av nos
ensina a ter fé, pois a salvação está sempre perto de nós, ou seja, as maiores vitórias
geralmente vêm após as maiores derrotas.”
14 de maio de 1948 –
independência de Israel
Paraquedistas no Muro das
Lamentações logo após a conquista de Jerusalém.
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Este texto é uma colaboração especial de Itanira Heineberg para os canais do EshTá na Mídia.
FONTES:
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