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sexta-feira, 2 de agosto de 2019

EDITORIAL: NUNCA DEIXAMOS NINGUÉM PARA TRÁS

NUNCA DEIXAMOS NINGUÉM PARA TRÁS



Esta semana estreou nao NETFLIX o filme "The Red Sea Diving Hotel" (""Missão no Mar Vermelho". Baseado em uma das histórias mais incríveis do Mossad - o serviço secreto israelense - o filme mostra a grande força do Povo Judeu. Melhor dizendo, A GRANDE RIQUEZA do POVO JUDEU.

Com toques de super heróis e de situações impossíveis, mas que foram vividas por milhares de pessoas - e que resultaram no resgate de milhares de judeus.

A frase acima define muito bem o filme, mas fica muito aquém da realidade histórica. O Estado de Israel moderno tem como objetivo maior a união de todos os judeus. É um porto seguro para aqueles que estão ameaçados em seus países de origem. Este sentimento é tão forte que implica em ações pró-ativas que impeçam a dizimação de populações.

Na Etiópia no final do século XX, muitas populações encontravam-se ameaçadas e eram dizimadas. Estas populações estavam à mercê do nada, pois o mundo não tinha olhos para um continente que tem sido marginalizado através do séculos. Mas um pequeno grupo de etíopes era judeu. E seguindo os princípios que têm norteado a vida judaica na Europa e nas Américas, o Estado de Israel considerou-se responsável pelos judeus Etíopes e criou operações que permitissem trazê-los para Israel e dar a eles uma chance de vida nova.

A cor da pele tinha pouca importância, visto que havia um laço comum de maior relevância. Podemos fazer uma outra leitura desta situação: o Povo Judeu é formado por uma mistura de raças que se tangenciam e que se beneficiam umas das outras. Qual será a linha condutora que permite que um judeu de uma aldeia muito pobre do interior da África possa interagir e ser considerado semelhante a um outro criado nos Estados Unidos e com todas as oportunidades da vida moderna?

Sim, é o conceito: NUNCA DEIXAMOS NINGUÉM PARA TRÁS. O conceito que diz que é preciso manter as diferenças para que a união não resulte numa total perda de identidade, numa "geleca social".

Sim, através das lentes de uma filmadora e da capacidade de edição o filme "The Red Sea Diving Hotel" mostra os dois homens, com características muito diferentes, que tinham objetivos comuns. Passados mais de 30 anos do resgate dos judeus Etíopes via Sudão, chegando a Israel por Mar e por Ar, podemos observar que as diferenças sociais devem ser superadas, e que os processos de educação e socialização vêm comprovar que para haver um salto de qualidade na vida do dia a dia é preciso ter educação formal e oportunidades.

Uma boa semana,

Regina P. Markus

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