Um evento em memória dos 75 anos de libertação do Campo de Concentração de Auschwitz (23 de janeiro de 1945), quando em um gelado dia de janeiro o exército Russo libertou os poucos prisioneiros que tinham ficado para trás, que não tinham acompanhado a Marcha da Morte. Mortos-vivos saídos de um mundo que poucos imaginam nos filmes, e que foram resilientes física e psicologicamente para unirem um passado em que os judeus colaboraram de forma inegável nas áreas de ciência, artes, negócios em seus respectivos países e iriam participar de um futuro em que tais fatos voltariam a ocorrer, somado ao estabelecimento do Estado de Israel. Um Estado livre, que tem contribuído de forma ímpar com o avanço científico, mas que, como os judeus, tem sofrido ataques e rejeições ao longo dos anos.
Neste dia de memória, um evento criado pelo Dr. Moshe Kantor, russo, doutorado em segurança e automação aeroespacial, homem de negócios, filho de sobrevivente do Holocausto. Criou a Fundação Mundial sobre o Holocausto, que já está em sua quinta edição. O primeiro “Let My People Live” foi em Cracóvia/Auschwitz (2005), o segundo em Kiev/Ucrânia (2006), o terceiro em 2010 voltou a ocorrer na Cracóvia e o quarto em Terezin, Praga, em 2015. Cada um com sua história, reunindo autoridades e sobreviventes. Mas o foro que está acontecendo hoje, dia 23 de janeiro de 2020, é um evento que tem a capacidade de juntar o passado ao futuro, e não apenas lembrar. #EU LEMBRO - #I REMEMBER
O Fórum de 2020 é o maior evento diplomático de Israel. Reunidos na Capital Eterna do Povo Judeu – a Capital da Judéia na antiguidade e do Estado de Israel na modernidade - estão 49 altas autoridades estrangeiras, incluindo o Rei Felipe da Espanha, Príncipe Charles da Inglaterra, Presidentes da Rússia, França, Itália, Alemanha, Argentina, Ucrânia, Romênia, República Tcheca, Áustria, Geórgia, Lituânia, Irlanda, o Vice-Presidente dos Estados Unidos e vários chefes e membros de parlamentos estrangeiros.
No jantar na residência do Presidente de Israel Reuben Ruvi Rivlin na véspera da abertura do Fórum, o discurso de boas vindas incluiu um novo marco na luta contra a discriminação: “JUNTOS vamos lutar contra o ANTISSEMITISMO, o RACISMO e a negação do Holocausto, SOMENTE JUNTOS podemos garantir que a história não será repetida.” O orador da noite foi o Rei da Espanha Felipe VI. Em sua fala, deixou clara a importância dos sobreviventes transferindo a memória do holocausto para o futuro, mas deixou claro também que ele estava em Jerusalém não apenas para honrar a memória dos que foram, mas principalmente para evitar as principais doenças que atualmente atingem nosso planeta: o racismo, a homofobia e o antissemitismo. Comentou sobre as ações que estão sendo feitas na Espanha, em forma de criação de novas leis, e em outros países - sempre com o objetivo de proibir antissemitismo, racismo e intolerância ao diferente - e deixou claro que são ações de grande importância mas só irão atingir o objetivo de NUNCA MAIS acontecerem, se todos estiverem juntos.
Hoje, mais do que nunca é importante se levantar contra os que negam o Holocausto. Há dez anos isto parecia apenas uma aberração, mas hoje, com a entrada de muito dinheiro que jorra na mão de terroristas, que não apenas atacam judeus nas ruas das grandes cidades do mundo, destroem suas propriedades e violam seus cemitérios como também criam e recriam velhos mitos para difamar os judeus e o Estado de Israel.
Israel HaYom
Este evento está acontecendo e convidamos a todos a acompanhar pelas redes sociais e pelos sites de Yad Vashem.
75 ANOS: a geração dos sobreviventes do Holocausto está indo embora e cabe a TODOS NÓS impedir que a humanidade testemunhe de novo horrores contra seres humanos e contra nosso planeta.
Neste momento vem em mente um dos poemas recitados na Cidade de David:
“Como é bom e agradável sentarem juntos os irmãos”
“Hinei Matov hu Manaim, Shevet Arrim gam iarrad” (Salmo 133).
Boa Semana!
Regina, Juliana e Marcela
Nenhum comentário:
Postar um comentário