Você sabia que vidas destroçadas pelo sofrimento podem
ser celebradas quando milagres acontecem? Eser Bem-Sorek, um blogueiro e
jornalista famoso, relata o que presenciou em 1951 ao entrar em um ônibus da
companhia Dan na esquina das ruas Ben Yehuda e Gordon.
Naquele dia, o veículo estava muito cheio e o Bem-Sorek
ficou em pé ao lado de uma mulher iemenita que levava uma galinha viva debaixo
de seu avental.
As pessoas conversavam calorosamente, como sempre
discutindo as notícias do dia, cada uma com sua própria opinião sobre a
situação política de israel.
A cada parada, passageiros desciam enquanto outros
entravam. Alguns assentos ficaram livres e Esor sentou num banco no meio do
ônibus.
“Em alguma parada da qual não lembro a rua,
alguns passageiros entraram. Uma senhora de idade avançada subiu, aproximou-se
do coletor de passagem ao lado do motorista e ali depositou algumas moedas.
De repente, ao olhar para o motorista ela deu
um grito agudo: “Moishele, Moishele, Moishele, mein kind.” Moishele, minha
criança!”
O motorista pisou nos freios, olhou para a
idosa e gritou, “Mama, Mama, é você, Mama?”
Ambos eram sobreviventes do Holocausto da Polônia e cada
um acreditava que o outro estivesse morto.
O motorista pulou do banco e abraçou sua mãe com a emoção
e surpresa do acontecido. Há muito ele a julgava morta. Os dois se abraçaram e
choraram lágrimas de alegria.
Todos os passageiros bateram palmas emocionados, muitos
com lágrimas nos olhos ao constatar o reencontro da mãe com seu filho. Um saiu do
ônibus e fez com que o próximo parasse e informasse a companhia do acontecido e
enviasse outro motorista.
Ninguém desceu do ônibus; meia hora mais tarde veio um motorista
substituto enquanto mãe e filho soluçavam abraçados, sentados no assento para
eles liberado por passageiros.
Na parada do motorista original, mãe e filho desceram ao
som das palmas de todos e de gritos de “Mazal tov. Mazal tov. Tzu gezunt. A
sach nachas” ("Boa sorte, boa sorte. Tudo de bom. Só alegrias.")
Esor finaliza sua narração:
”Eu nunca fiquei sabendo para onde eles
foram. Provavelmente para a casa do motorista para que sua mãe conhecesse sua
esposa e filhos.
Todos nós no ônibus estávamos ainda tomados
pela emoção e era difícil controlar nossos sentimentos. Não havia um só olho seco
entre nossos passageiros.
Era um dia quente de julho em 1951. Mas eu
nunca esquecerei o milagre no ônibus #4 do Dan naquele dia muito feliz.”
Enquanto muitos atentados terroristas em ônibus
israelenses trouxeram dor e mortes, em 1951 um veículo público da empresa Dan
foi o palco de muita alegria e lágrimas de emoção para os membros da família
que se reencontraram e para todos os passageiros que ali estavam presentes,
participando e usufruindo da felicidade do milagre inesperado.
Este texto á uma colaboração especial de Itanira Heineberg para os canais do EshTá na Mídia.
FONTES:
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