Iniciativa
de adolescentes judeus durante a pandemia liderada por Ivri Hershkowitz:
“Todo
mundo está fazendo sacrifícios, os jovens também podem ajudar.”
Por Itanira Heineberg
VOCÊ SABIA que um jovem israelense de apenas 13 anos decidiu ajudar os pais de seu país a usufruírem
mais tempo de trabalho durante a crise e está obtendo sucesso?
Ivri
Hershkowitz, na foto acima, decidiu ajudar pais a compensarem o tempo perdido
no trabalho e ele está conseguindo: “Nós estamos cuidando das crianças para que
os pais possam trabalhar”.
Ivri
Hershkowitz iniciou o projeto "Juventude Fique Sob a Maca" e afirma:
"O que
estamos fazendo, basicamente, é cuidar das crianças para que os pais possam
fazer o trabalho que foi perdido durante a crise econômica. Ficaremos com as
crianças, e os pais poderão trabalhar ainda mais do que o normal."
Esta ideia
nasceu durante o lockdown.
Hershkowitz conta:
"Eu iniciei este trabalho durante a primeira onda, quando todas as
crianças ficaram em casa. Minha mãe, uma fonoaudióloga, precisava trabalhar. Então
eu lhe disse: Você vai trabalhar e eu cuidarei de minhas 4 irmãs. De qualquer
maneira não havia vida social durante o coronavírus e isto era algo bom que eu
podia fazer."
Colocamos
a ideia no Twitter e as pessoas realmente apreciaram. É nosso trabalho
voluntário.
Os médicos
fazem o que podem, os pais trabalham, todo mundo está fazendo sacrifícios e
chegou a hora dos jovens ajudarem a carregar o fardo.”
E em relação
a recrutar voluntários, o jovem explica:
“No início
eu chamei meus amigos e eles disseram que não estavam fazendo nada importante.
Então
argumentei que numa situação onde muita gente estava ficando histérica, talvez
eles devessem contribuir e ajudar. E eles concordaram. Isto não é facilmente
compreendido. Jovens da nossa idade querem a companhia de seus amigos mas este
período difícil nos ensinou que também devemos ajudar e viver fazendo parte do
momento.”
E a ajuda dos
jovens nestes tempos cruciantes continua:
Jovens
adolescentes lideram esforços para produzir centenas de máscaras de proteção a
partir de kippot (solidéus para cabeça) recicladas e doadas por judeus locais. |
Com o surto
do coronavírus, de repente todos os cinco membros da família Jason viram-se
confinados em casa, em Houston, Texas. E sentados no jantar de Shabat, já no
final de março, o caçula Matthew, de 15 anos, percebeu a semelhança entre as
kippot e as máscaras de proteção ao vírus.
"Observamos
as kippot que estávamos usando para a refeição e percebemos que elas eram
basicamente o formato de uma máscara facial", ele falou ao The Times of Israel
sobre as kippot rituais usadas na cabeça por homens judeus e algumas mulheres.
E assim
surgiu o projeto de caridade levando máscaras para moradores de ruas.
Elas são produzidas
de maneira simples, costurando laços de 15 cm de elástico nos dois lados de
cada kippá, para serem presos nas orelhas da pessoa.
“Até
agora, maio de 2020, o projeto Kippas to the Rescue da família Jason forneceu
330 dessas máscaras para pessoas necessitadas. Aproximadamente 370 máscaras
adicionais estão em vários estágios de produção, e espera-se que elas também
cheguem em breve àqueles sem outros meios de obter esse item de equipamento de
proteção individual agora necessário.”
E o projeto
continuou, solicitando aos amigos, familiares e membros da congregação, a
doação de kippot para serem transformadas.
Matthew
coletando as kippot para doação.
Quando os
três jovens irmãos não estão estudando online, eles usam seu tempo dedicando-se
a produzir mais máscaras, utilizando apenas as boinas feitas de duas camadas,
uma de algodão, na face interna, e outra de tecidos sedosos ou brilhantes no
exterior.
Sem teto em
Houston, Texas, usa máscara feita pela família Jason. |
“As kippot são grandes o suficiente e proporcionam boa cobertura para a boca e o nariz de seu usuário.”
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